Esôfago, Estômago e Duodeno Flashcards

1
Q

Qual é a classificação de Forrest?

A

Esta classificação divide as úlceras pepticas em sangramentos ativos, sinais de sangramento recente e úlceras sem sinais de sangramento:

Forrest I (hemorragia ativa) -> RISCO DE SANGRAMENTO = 90 % (ALTO)
Ia - Sangramento arterial em jato
Ib - Sangramento lento, "babando"
Forrest II (sinais de hemorragia recente)
IIa - Vaso visivel nao sangrante -> RISCO DE SANGRAMENTO = 50% (ALTO)
IIb - Coágulo aderido -> RISCO DE SANGRAMENTO = 30% (INTERMEDIÁRIO)
IIc - Hematina na base da ulcera -> RISCO DE SANGRAMENTO = 10% (BAIXO)

Forrest III (ulcera com base clara, sem sangramento) -> RISCO DE SANGRAMENTO = <5 % (BAIXO)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Paciente 64 anos, com cirrose hepatica, vomitando grandes quantidades de sangue. Endoscopia com varizes de medio calibre em esofago e fundo gastrico e ulcera gastrica pre-pilorica Forrest 2A. Qual é a taxa de ressangramento e a conduta adequada?

A

IIa - Vaso visivel nao sangrante -> RISCO DE SANGRAMENTO = 50% (ALTO)

Terapia endoscopica com escleroterapia* com adrenalina somada a termocoagulação ou ao uso de hemoclips (terapia combinada)

*tratamento feito pelo médico angiologista ou dermatologista que tem como objetivo promover a eliminação ou diminuição das veias

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quando fazer tratamento endoscopico em uma ulcera peptica?

A
  • Todas as úlceras com sangramento ativo – Forrest IA e IB;
  • Úlceras com vaso visível mesmo sem sangramento – Forrest IIA;
  • Em casos de tratamento para Forrest IIB, apenas se o coágulo for facilmente removido com lavagem e tiver evidência de algum vaso visível ou sangramento ativo;
  • Forrest IIC e III não necessitam de tratamento.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Paciente 32 anos com queimação retroesternal há meses (do estomago ate a base do pescoço), principalmente a noite. Tem tosse cronica e rouquidao. EDA sem alterações. Diagnostico e conduta:

A

Doença do Refluxo Gastroesofagico (DRGE) = pirose cronica
tosse cronica e rouquidao = sintomas atipicos da DRGE

Iniciar prova terapeutica com inibidores da bomba de protons e orientações comportamentais e dieteticas (importancia da perda ponderal).

OBS: pHmetria de 24h indicada para os pacientes com indicação cirurgica para DRGE ou refratarios ao tratamento com inibidores de protons

OBS 2: EDA com biopsia só se tivesse algum fator de alarme

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Paciente 50 anos, com hematemese (vomito com sangue) vultuosa. Conduta inicial:

A

Estabilizar o paciente (qualquer hemorragia digestiva):

MOVO
M - monitorização cardioscopica de PA
0- oximetria e saturação de oxigenio
V- volume de forma agressiva (infundir por acesso venoso = DOIS E CALIBROSOS)
0- oxigenioterapia se Sat < 94%

Depois ABC do trauma.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

No tratamento cirurgico da acalasia* do esofago, recomenda-se associar a esofagocardiomiotomia (reduz o tonus do esfincter esofagiano inferior através da secção da musculatura lisa longitudinal e circular do esofago distal) videolaparoscopica (sinonimo de miotomia de Heller modificada) o procedimento de:

  • Acalasia é um distúrbio de motilidade esofágica congênito caracterizado por peristaltismo esofágico defeituoso e falta de relaxamento do esfíncter esofágico inferior durante a deglutição.
A

Fundoplicatura* gastrica parcial anterior (Thal ou Dor) para evitar DRGE (muito comum após a esofagomiotomia quando existe megaesofago ou hipoperistalse esofagica associada)

  • Esta cirurgia consiste no envolvimento completo de 360º do esófago distal pelo fundo gástrico, formando uma válvula anti-refluxo

OBS: A cirurgia esta indicada nos casos refratarios ou recidivantes da acalasia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Classificação de Lauren para o adenocarcinoma gástrico (tipo mais comum de câncer gastrico) e tratamento:

OBS:
Adenoma é polipo neoplasico.
Polipos hiperplasicos sao os nao-neoplasicos mais frequentes no estomago

A

1) Intestinal = bem diferenciado, com formação de estruturas glandulares intestinais. Maior frequencia de gastrite atrofica e relação com H. pilory
2) Difuso = indiferenciado, sem formações glandulares,, apresentando as celulas em anel de sinete (acumulo de muco no citoplasma deslocando o nucleo para periferia). Está associado a mutação do gene CDH1

Tratamento: gastrectomia com linfadenectomia D2 (nos casos paliativos nao precisa fazer linfadenectomia).
OBS: a neoadjuvancia aumenta a sobrevida (quimioterapia)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Paciente 37 anos, com impactação alimentar no esofago.

HPP: DRGE cronico, pirose, regurgitação e tratamento irregular

Possiveis causas para a obstrução que gerou impactação alimentar:

A

Paciente com esofagite avançada relacionada a DRGE. Possiveis complicações:

1) Estenose peptica do esofago = lesao e cicatrização esofagica
2) Anel de Schatzki (anel esofagico inferior) = estreitamento da mucosa de 2-4 mm que produz a aparencia de um estreitamento anelar do esofago distal na junção escamocolunar
3) Adenocarcinoma na junção esofagogastrica = disfagia (LEMBRAR QUE NAO É CARCINOMA EPIDERMOIDE)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Mulher, 50 anos, portadora de AR. Precisa fazer uso cronico de AINEs. EDA com gastrite leve antral e teste da urease positivo. Conduta:

A

Paciente tem os 2 fatores de risco mais frequentes para Doença Ulcerosa Peptica (DUP):

  • infecção pelo H. pylori (teste da urease positivo já confirma a bacteria, sem necessidade de testes adicionais) -> principal causa de DUP (90% das ulceras duodenais e 75 % das gastricas => duodeno preferencial)
  • necessidade de uso prolongado de AINE (inibem produção das prostaglandinas pela mucosa gastrica,, reduzindo as defesas contra a secreção acida, dificultando o reparo tecidual e a neutralização do HCl => estomago sitio preferencial) => segunda causa principal de DUP (lembrar que AAS tbm é fator de risco para DUP!)

Nesse caso, como vamos precisar do AINE, teremos que erradicar o H. pylori (claritromicina (500 mg 12/12h) + amoxicilina (1g 12/12h) + omeprazol por 14 dias). Lembrar que durante o tratamento com AINE deveremos manter o IBP (inibidor da bomba de protons)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Após o termino do tratamento para erradicação do H. pylori (no minimo 4 semanas após), todos os pacientes devem ser submetidos ao controle de cura. Exames para avaliar a erradicação da H. Pylori:

A
  • Teste respiratorio com ureia
  • Pesquisa de antigeno fecal
  • EDA para o teste de urease ou histopatologico

OBS: sorologia pode permanecer positiva por tempo indeterminado, mesmo após o tratamento, nao sendo indicada como prova de cura

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Paciente com ulcera na parede anterior do duodeno. Qual a principal complicação dessa DUP que pode levar a cirurgia?

A

Lembrar:

Principal complicação da DUP = sangramento (principalmente em parede posterior) => tratamento conservador endoscopico

Principal complicação em parede anterior = perfuração => CIRURGIA

OBS:
. ulceras duodenais nao sofrem malignização
. obstrução pilorica acontece mais em ulceras pré-piloricas
. Sindrome de Zollinger-Ellison (hipergastrinemia*) nao é complicação, mas causa de DUP grave

  • é um distúrbio endócrino caracterizado por níveis aumentados do hormônio gastrina, fazendo com que o estômago produza ácido gástrico em excesso.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Diferença entre usar AINEs seletivos (coxibes) e nao-seletivos (ibuprofeno, naproxeno) para a incidencia de DUP:

A

Todos sao associados ao aumento de eventos cardiovasculares, mas os seletivos trazem menor risco de DUP

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Como se caracteriza os sintomas da DUP:

A

Sindrome de “dispepsia”:

  • dor ou desconforto epigastrico
  • azia (queimação epigastrica)
  • nauseas
  • sensação de plenitude pos prandial

Sintomas sao caracterizados por RITMICIDADE e PERIOCIDADE (tem horario certo para o apareceimento, guardando relação com a alimentação => ulcera duodenal aproximadamente 2-3h após as refeições e ulcera gastrica durante as refeições : Na pratica nao é assim)

OBS: cuidado com pacientes em inibição plaquetaria, pelo risco aumentado de complicações pelo sangramento da DUP (pesquisar H. pylori)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Homem, 46 anos, apresenta rouquidao matinal, tosse seca e odinofagia. Otorrino diz que é DRGE e encaminha para o cirurgiao, que faz EDA e observa apenas gastrite enantematosa. Conduta:

A

Rouquidao matinal, tosse seca noturna e odinofagia = sintomas atipicos da DRGE.
ODINOFAGIA= sinal de alarme, por isso encaminhado direto para a cirurgia.

Em casos de sintomas atipicos, tratamento clínico:

1) IBP = reduz a acidez do conteudo gastrico
2) Procinetico = reduz os episodios de refluxo mecanico, responsaveis pela tosse seca

OBS: ausencia de esofagite de refluxo na EDA nao exclui DRGE

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Classificação de Borrmann para câncer gastrico:

A

Borrmann I Lesão polipóide ou vegetante, bem delimitada.

Borrmann II Lesão ulcerada, bem delimitada, de bordas elevadas.

Borrmann III Lesão ulcerada, infiltrativa em parte ou em todas as suas bordas.

Borrmann IV
Lesão difusamente infiltrativa, não se notando limite entre o tumor e a mucosa normal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Mulher, 34 anos, com dor epigastrica, saciedade precoce, vomitos e emagrecimento. TC de abdomen e pelve mostrou infiltração tumoral difusa da parede gastrica com massa no ovario a direita e omental cake (acometimento do omento como metastase). Classificação de Borrmann dessa paciente e diagnostico mais provavel:

A

R: Adenocarcinoma gastrico Borrmann IV (linite plastica* -infiltração difusa da parede gastrica) com tumor de Krukenberg.

  • adenocarcinoma gástrico infiltrativo, difuso e maligno.

Pela idade do paciente, deve ser tumor difuso (indiferenciado, com celulas em anel de sinete). A disseminação do tumor pela cavidade peritoneal pode acometer: epiplon, peritoneo parietal, ovários (TUMOR DE KRUKENBERG), fundo de saco (prateleria de Blumer) e ligamento redondo/veia umbiligual obliterada (nódulo de irma Maria Jose*)

** nome dado a duas dobras do peritônio, fina membrana que recobre a cavidade abdominal. Distinguimos o pequeno e o grande epiplon. O primeiro liga o fígado ao estômago enquanto o segundo vai do estômago ao cólon transverso e cobre a superfície dos intestinos

***tumor metastático que acomete a cicatriz umbilical e pode ser a primeira evidência de neoplasia intra-abdominal

17
Q

A videolaparoscopia esta indicada para estadiamento pré-cirurgico em qual cancer?

A

Estomago => carcinomatose peritoneal (é o câncer disseminado no peritônio) contraindica a resseção cirurgica curativa no cancer gastrico

A videolaparoscopia apresenta maior sensibilidade do que TC e USE (ultrassom endoscopico) para diagnostico de implantes peritoneais, alem de visualizar melhor pequenas metastases hepaticas

18
Q

Mulher, 39 anos, com DRGE há 10 anos e sintomas controlados com tratamento com IBP. Realizado EDA que evidenciou lesao rosa de 2 cm no esofago distal e biopsia que evidenciou metaplasia, sem displasia. Diagnostico e conduta:

A

Esofago de Barrett => lesao rosea em esofago distal em paciente com DRGE cronica

Principal medo: evolução para ADENOCARCINOMA DE ESOFAGO! Por esse motivo, devem ser coletadas biopsias seriadas nos 4 quadrantes a cada 2 cm do seguimento acometido para rastreio de displasia.

Conduta:
1) Uso continuo de IBP em dose plena (todo paciente com EB deve usar) para reduzir os danos cronicos do acido a mucosa esofagiana. Ex: omeprazol 40 mg/dia

2) Depende se achou displasia (lesao pre-neoplasica) ou nao:

  1. 1) EB sem displasia = repetir a EDA com biopsias seriadas a cada 3-5 anos
  2. 2) Repetir a EDA com supressao de IBP em dose dobrada por 8-12 semanas (Ex: omeprazol 40 mg 12/12h) e realizar biopsia de cada quadrante a 1 cm. Se confirmada a displasia na segunda EDA, realizar ablação endoscopica com radiofrequencia (ou terapia fotodinamica, crioterapia, ressecção endoscopica submucosa, etc)

Caso sejam encontrados focos de adenocarcinoma esofagiano, o paciente deve ser encaminhado para oncologia

19
Q

Homem, 53 anos, com carcinoma espinocelular em terço medio do esofago com acometimento linfonodal regional, submetido a tratamento neoadjuvante. Após isso, foi submetido a novo estadiamento, sem presença da lesao, mas com acometimento linfonodall positivo. Conduta:

A

Cirurgia curativa = esofagectomia + linfadenectomia regional, com margens de segurança de 8 cm

OBS: a neoadjuvancia causa impacto na sobrevida dos canceres de esofago IB até IIIc, devendo ser recomendada a todos os pacientes. Após 5 semanas de radio + quimio, pacientes em razoavel estado geral e sem grandes comorbidades (cardiopatia, pneumopatia grave, etc) sao candidatos a cirugia curativa (4-6 semanas após o termino do tratamento neoadjuvante)

20
Q

Estágios de classificação de cancer de esofago (para o carcinoma de células escamosas):

A

Estágio 0. O câncer está localizado apenas no epitélio. Esse estágio também é conhecido como displasia de alto grau. O tumor pode estar localizado em qualquer parte do esôfago.

Estágio IA. O tumor está crescendo na lâmina própria ou na muscularis mucosa e não se disseminou para os linfonodos ou outros órgãos. O tumor é de grau 1 ou desconhecido e está localizado em qualquer parte do esôfago.

Estágio IB. O tumor está crescendo na lâmina própria, muscularis mucosa, submucosa ou na muscularis própria e não se disseminou para os linfonodos ou outros órgãos. O tumor pode ser de qualquer grau ou desconhecido e está localizado em qualquer parte do esôfago.

Estágio IIA. O tumor está crescendo na muscularis própria. Não se disseminou para os linfonodos ou outros órgãos. O tumor pode ser de grau 2 ou 3 ou um grau desconhecido e está localizado em qualquer parte do esôfago; ou o tumor está crescendo na adventícia e não se disseminou, podendo ter qualquer grau e estar localizado na parte inferior do esôfago ou ter grau 1 e estar localizado no esôfago superior ou médio.

Estágio IIB. O tumor está crescendo na adventícia e não se disseminou para os linfonodos ou outros órgãos. O tumor pode ser grau 2 ou 3 e estar localizado na parte superior ou média do esôfago ou ter um grau desconhecido e estar localizado em qualquer parte do esôfago ou ter qualquer grau e uma localização desconhecida no esôfago; ou o tumor está crescendo na lâmina própria, muscular da mucosa ou na submucosa e se disseminou para 1 ou 2 linfonodos próximos, e pode ser de qualquer grau e estando localizado em qualquer parte do esôfago.

Estágio IIIA. O tumor está crescendo na lâmina própria, muscularis mucosa, submucosa ou na muscularis própria, e se disseminou para até 6 linfonodos, mas não para outros órgãos. O tumor pode ser de qualquer grau e estar localizado em qualquer parte do esôfago.

Estágio IIIB. O tumor está crescendo na muscularis própria e se disseminou para até 6 linfonodos ou na adventícia e se disseminou para até 6 linfonodos ou na pleura, pericárdio ou e se disseminou para até 2 linfonodos. O tumor não se disseminou para outros órgãos, pode ser de qualquer grau e estar localizado em qualquer parte do esôfago.

Estágio IVA. O tumor está crescendo na pleura ou no diafragma e se disseminou para até 6 linfonodos ou na traqueia, aorta, coluna vertebral ou outras estruturas importantes e até 6 linfonodos ou em quaisquer camadas do esôfago e se disseminou para 7 ou mais linfonodos.
O tumor não se disseminou para outros órgãos, pode ser de qualquer grau e estar localizado em qualquer parte do esôfago.

Estágio IVB. O tumor se disseminou para os linfonodos e/ou outros órgãos, como o fígado e pulmões, podendo ser de qualquer grau e estar localizado em qualquer parte do esôfago.

21
Q

Estágios de classificação de cancer de esofago (para adenocarcinomas):

A

Estágio 0. O tumor está localizado no epitélio. Esse estágio é conhecido como displasia de alto grau.

Estágio IA. O tumor está crescendo na lâmina própria ou na muscularis mucosa e não se disseminou para os linfonodos ou outros órgãos. Grau 1 ou desconhecido.

Estágio IB. O tumor está crescendo na lâmina própria, muscularis mucosa ou na submucosa, não se disseminou para os linfonodos ou outros órgãos. Grau 1 ou 2 ou desconhecido.

Estágio IC. O tumor está crescendo na lâmina própria, muscularis mucosa, submucosa ou na espessa camada de músculo, não se disseminou para os linfonodos ou outros órgãos. Grau 1, 2 ou 3.

Estágio IIA. O tumor está crescendo na muscularis própria, não disseminou para os linfonodos ou outros órgãos. Grau 3 ou desconhecido.

Estágio IIB. O tumor está crescendo na lâmina própria, muscularis mucosa ou na submucosa, não se disseminou para os linfonodos ou outros órgãos, podendo ser de qualquer grau; ou o tumor está crescendo na adventícia, não se disseminou para os linfonodos, podendo ser de qualquer grau.

Estágio IIIA. O tumor está crescendo na lâmina própria, musculais mucosa, na submucosa ou na espessa camada de músculo, se disseminou até 6 linfonodos, mas não se disseminou para outros órgãos, podendo ser de qualquer grau.

Estágio IIIB. O tumor está crescendo na muscularis própria e se disseminou para até 6 linfonodos ou na adventícia e se disseminou até 6 linfonodos, ou na pleura, pericárdio ou diafragma e se disseminou para até 2 linfonodos. Não se disseminou para outros órgãos, podendo ser de qualquer grau.

Estágio IVA. O tumor está crescendo na pleura, pericárdio ou diafragma e se disseminou para até 6 linfonodos, ou na traqueia, aorta coluna vertebral ou outras importantes e até 6 linfonodos, ou
quaisquer camadas do esôfago e se disseminou para 7 ou mais linfonodos. Mas, não se disseminou para outros órgãos, podendo ser de qualquer grau.

Estágio IVB. O tumor se disseminou para os linfonodos e/ou outros órgãos, como fígado e pulmões, podendo ser de qualquer grau.

22
Q

Homem, 33 anos, etilista, com HDA. A sua EDA mostra varizes esofagianas de pequeno calibre e grande quantidade de sangue no estomago, refluindo pelo piloro. Diagnostico:

A

Ulcera duodenal posterior
“refluindo pelo piloro” = ulcera pós-pilorica

OBS: paciente etilista com HDA devemos pensar na ruptura de variz esofagica (mas pela idade do paciente é pouco provavel que ele ja tenha cirrose -> condição cronica)

OBS 2: gastropatia hipertensiva surge em decorrencia da cirrose e gera sangramento com uma mucosa gastrica fina, esbranquiçada com aspecto em pele de cobra com pontos avermelhados (cherry red spots)

23
Q

Os tumores gastrointestinais estromais sao mais comuns em qual parte do trato digestivo?

A

Estomago

Sarcomas sao originarios do mesenquima e representam 3% das neoplasias gastricas malignas. Principal representante é o GIST (gastrointestinal stroma tumor), que surge mais no estomago.

24
Q

Sobre o H. pylori:
1) Como é o grau de resistencia no Brasil? As pessoas costumam se reinfectar após o tratamento?

2) O que pode ser associado ao IBP para aumentar a chance de erradicação da bacteria?

A

1) Nao temos estudos.
Não é comum. Geralmente quando mantem após o tratamento é pq ficou cepa antiga resistente.

2) Associação de antibioticos com dose plena dupla de IBP

OBS: apesar de ter o H. pylori como agente comum, existem ulceras benignas que nao se malignizam

25
Q

Principais manifestações clinicas do cancer gastrico:

A

Em geral, é assintomatico. Em estagios avançados da doença pode dar sangramento digestivo alto.

OBS: lembrar da importancia da linfadenectomia para diminuir a recidiva local, ajudar no estadiamento N histopatologico norteando a terapia adjuvante.

26
Q

Paciente refratario ao tratamento medicamentoso da DRGE. Conduta:

A

Cirurgia = Hiatoplastia e fundoplicatura total (Nissen)

OBS: na teoria, era melhor fazer fundoplicatura parcial (Toupet, Thal, Dor) pq causa menos disfagia. Mas nao notaram muita diferença e a fundoplicatura total recidiva menos. Entao fazemos a total (Nissen), mesmo em pacientes com a peristalse esofagica afetada.