Epidemiologia Flashcards

1
Q

Qual a diferença de endemia, epidemia, surto e pandemia?

A

Endemia: quando a doença é variável ou constante, mas respeita a quantidade de casos normal para aquele local em determinado tempo. Temporalmente ilimitada.

Epidemia: quando a doença tem variabilidade, mas extrapola o normal de casos para aquele local em determinado tempo. Ela tem seu começo e fim bem demilitado. Então uma endemia pode virar epidemia. Se for doença nova, a partir do 2 caso em uma determinado local e tempo pode ser considerado epidemia

Surto: a partir 2 casos em uma mesma área, instituição, local-> com fatores iguais, meios e quadro clínico iguais

Pandemia: epidemia a nível mundial

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2
Q

Qual a diferença de epidemiologia descritiva e analítica?

A

Descritiva: estudar a distribuição de um evento de interesse para a saúde segundo o tempo (epidemias, endemias, surtos), lugar e pessoa

Analítica: a relação causal. A grande parte está aqui

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3
Q

O que é o perfil epidemiológico?

A

Baseado diretamente na avaliação direta nas pessoas

Não se basea só em basea fisiopatológicos

Existem inúmeros estudos que são feitos para chegar a uma probabilidade. Então ela é baseada na incerteza, por vezes, mas tem fundamento

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4
Q

Quais são as fases da epidemia?

A
  1. Incremento inicial: ainda está dentro da curva endêmica
  2. Egressão: momento entre progressão e regressão
    3.Progressão: é realmente onde começa, cresce muito
  3. Clímax: atinge o máximo
  4. Regressão: é o fim, começa cair e pode ir até onde estava antes ou até um pouco acima ou até a zero
  5. Descrécimo endêmico: pode ir a patamares bem baixos até 0 que é igual a erradicação

São todos trabalhados com casos indicentes

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5
Q

Fale um pouco sobre a vigilância epidemiológica

A

Ela confisca as doença e agravos
Lembrar do que precisa ter pada a doença ser inserida na lista de notificação: magnitude (alta incidência, prevalência, mortalidade…), potencial de disseminação, vulnerabilidade, transcendência (relevância), compromissos internacionais (para erradicação) e epidemias, surtos e agravos inusitados (doenças de saúde pública)
SINAN: A ficha pode ser anotada por qualquer profissional da saúde. E se avisada por eles ou por qualquer pessoa já na suspeita

Vigilância sentinela: é observar coisas que acontecem fora do padrão, para agir precocemente
Unidade sentinela: fica vigiando em caso para descobrir novos vírus/bactérias

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6
Q

O que é notificação imediata e semanal?

A

Imediata: em 24h (doenças estranhas, doenças com vacina (exceção1.: que é semanal: hepatites virais, tuberculose e dengue, só se for óbito por dengue é imediato) (exceção 2.: essas não entram no geral:caxumba, rotavírus, pneumocócica, HPV), doenças históricas (exceto: hanseníase e sífilis qualquer tipo), acidentes (exceção: acidente material biológico, óbito materno ou infantil, violência doméstica -> semanal), COVID19

Semanal: 7 dias: dengue (só se óbito é imediato), zika (só se em gestante ou óbito é imediato), chikungunya (só se em áreas que não tem casos/óbito é imediato), HIV/AIDS, doenças de parasitas biológicos

Tentar memorizar a tabela faltando pouco pra prova

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7
Q

Quais são os indicadores epidemiológicos?

A

Lembrar: essas divisões pra dar em porcentagem você tem que multiplicar por 100 no final

Razão: a divisão entre dois números que podem ter unidades diferentes. Não indica risco

Proporção: divisão entre dois números, onde o numerador é parte do denominador que é o total. Não indica risco

Coeficiente (o mais comum- tem a ver com morbidade): divisão entre número de pessoas que sofreu o evento sob o número de pessoas que tem risco de sofrer o evento. INCIDÊNCIA INDICA RISCO, É IGUAL.
-Incidência (=RISCO ABSOLUTO): casos novos em um determinado tempo. A fórmula é o numerador casos novos e o denominador depende do tempo-> existem 3 tipos de incidência:
1.Incidência acumulada: é dado um tempo previamente, e a pessoa não sai do estudo. Casos novos/ pop de risco naquele tempo (pode ser ano, meses…)
2.Odds ratio: casos/não casos (diz sobre o risco relativo -> menor que 1 é fator protetor, maior que 1 fator de risco, se cravado em 1 não é um nem outro) -> diz sobre fator de risco e doença
3.Densidade de incidência: é intermitente. A pessoa pode abandonar o estudo, e o tempo fica quebrado. Aí é só somar os tempos que cada pessoa ficou no estudo. Comum nos estudos de coorte e ensaios clínicos.

 -Prevalência: casos antigos, casos estáveis, crônicos. Casos novos + antigos/ pop de risco. Quanto maior a prevalência, maior valor preditivo positivo, porque é ele que dá o diagnóstico de fato da doença

PREVALÊNCIA NÃO INDICA RISCO.
O que pode aumentar prevalência: mais incidência, imigrações, ou doença que não causa morte e nem cura

O que pode diminuir: morte, cura e emigrações

Prevalência = incidência x tempo de duração da doença

*Taxa de ataque é quando há um surto, portanto não é considerado incidência

    -Mortalidade geral, mortalidade causa específica, letalidade e mortalidade infantil

Índice: mortalidade materna

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8
Q

Qual a diferença entre o coeficiente de mortalidade e letalidade?

A

A diferença está no denominador, que é a população total, no caso da mortalidade, e a população acometida pela doença estudada, no caso da letalidade.

A mortalidade específica pode confundir com letalidade, mas é só se ligar que aquela é risco de morte por causa específica e esta doença que mata

Mortalidade: risco de morrer
Letalidade: risco da doença matar

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9
Q

Qual a diferença de mortalidade geral, infantil e materna?

A

Geral: denominador é sobre pop em risco de morrer

Infantil: óbitos em menor de 1 ano (não entra óbitos fetais), e denominado igual do materno: nascido vivos. Exceto mortalidade perinatal: mães com mais de 22s até 6d sobre nascidos vivos + nascidos mortos e natimortalidade mães com mais de 28 semanas sobre nascidos vivos + nascidos mortos

Materna: mães gestante até 42 dias pós-parto/ nascidos vivos. Só para causas naturais. Direto: por uma causa que a mãe adquiriu. Indireto: uma causa que a mãe já tinha

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10
Q

Como é o índice de fecundidade?

A

Diz de fato o número médio de filhos por mãe em idade fértil (15 e 49 anos)

Número de nascidos vivos, no período/ Número de mulheres entre 15 e 49 anos
1.000
• X
1.000

O número médio de filhos que as mães tem

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11
Q

Como é a taxa de natalidade?

A

Número de nascidos vivos, no período/
População total no mesmo período

O quanto nasce naquela população

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12
Q

Quais os índices que indicam mortalidade proporcional?

A

índice de Swaroop-Uemura: Número de óbitos > 50 anos/Número de óbitos. Quanto maior, melhor

curva de Nelson Moraes: N invertido-> muito baixo; J-> muito alto (Brasil está aqui)

Mortalidade infantil proporcional: óbitos menor de 1 ano/ óbitos total (o denominador muda)

São medidas de probabilidade, frequência relativas

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13
Q

Como foi a redução da mortalidade infantil?

A

Nos últimos anos segue im padrão de redução mas desacelerado, a mortalidade infantil caiu mais as custas de causa pós-natal

Caiu em todas regiões, inclusive o Brasil

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14
Q

Qual a diferença de dados descritivos e analíticos?

A

Descritivos: indivíduo, local e tempo

Analítico: vê a relação causal. São os estudos epidemiológicos, índices epidemiológicos…

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15
Q

O que vale no estudo epidemiológico?

A

Causa: precisar duas variáveis que tenha associação

A relação causal, quanto mais forte, mais o estudo é fidedigno, maior força de evidência

Um dos estudos melhores é o estudo clínico randomizado. Porque eles são divididos aleatoriamente e não leva em consideração os fatores de risco basais, além de relacionar uma causa componente que é suficiente

Conclusão causal: depende de precisão (acertar no alvo -> capacidade de ter o mesmo fenômeno, sem variabilidade-> o contrário é erro aleatório) e depende de validade (capaz de representar o objetivo-> viés). Quanto menor os 2, pior o estudo

Paramêtros

1)A precisão (erros aleatórios) depende da amostra: que deve ter menor valor P (valor de probabilidade ao acaso), porque assim indica que não foi relação causal por acaso

2)O viés (erros sistemáticos) pode ser cometido na seleção (a pop da amostra não corresponde com as pessoas da fonte)

3)Confusão: lembrar dos fatores que podem confundir, por exemplo, você está estudando um fator de risco sob uma doença, mas pode ter outro fator de risco que pode acometer essa mesma doença, e confundir qual fator que está causando mais ou não

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16
Q

Como é o ensaio clínico randomizado?

A

Ele é experimental, precisa ter randomização entre os grupos (escolha aleatória, mas ambos são semelhantes-> controle de confusão), mascaramento -> controle de viés (duplo cego: nem o paciente nem o avaliador sabe, triplo cego: nem o paciente, nem o avaliador nem o profissional da estatística sabe. Diminui efeito placebo pro paciente e reduz viés de aferição do avaliador) e Analise por intenção de tratar: controla viés de seleção, quando há cruzamento de tratamentos

Ele é o melhor tipo de estudo, depois da revisão sistemática que o melhor de todos

17
Q

Quais são as fases do estudo clínico randomizado?

A

Pré-clínica: Estudos de bancada (laboratorial) e experimentos animais
Aqui começa os clínicos:
Fase |: Pequeno grupo de voluntários normais (tolerabilidade, farmacocinética básica)-> testa segurança
Fase II: Farmacocinética, “prova de conceito”, eventos adversos graves e comuns, normalmente sem grupo de controle -> testa efeitos adversos e dose-resposta. Também chamada de ensaio piloto de eficácia.
Fase III: Avaliação de eficácia (ensaio clínico randomizado propriamente dito)
Fase IV: Avaliação de efetividade (efetividade é a eficácia testada no mundo real). Eventos adversos raros e farmacovigilância -> quando vai ser comercializado

18
Q

Existem 2 tipos de estudo: estudos experimentais e observacionais. Quais são os subtipos?

A

Observacionais: : Descritivos: Relato de caso, Série de casos, Transversal. Analíticos: Caso-controle, Coorte e Ecológico

Experimentais: Ensalo Clinico Randomizado, Ensaio de campo
e Ensaio comunitário

Uma classificação extra-> estudos longitudinais (os prospectivos e retrospectivos): clínico randomizado, coorte e caso-controle-> são os mais caros

19
Q

Diferença do estudo experimental pra o observacional?

A

O experimental avalia de acordo com uma intervenção randomizado que leva a um desfecho

O observacional ele não interveem, a pessoa já tem o fator de risco que se expõe que leva a um desfecho, não tem randomização

Essa é a diferença do ensaio clínico randomizado e o coorte por exemplo. O que há de comum é que ambos falam de incidência, inclusive são estudos de longo prazo

20
Q

Como é dividido coorte?

A

É o melhor modelo observacional, pode avalia vários desfechos

Tem o mesmo modelo na divisão, mas pode ser prospectivo (para frente, também chamado de concorrente) ou retrospectivo (também chamado de não concorrente-> olhar pop de anos atrás-> difícil, porque precisa de dados de todas as pessoas e se certificar que você pegou todas as pessoas)

21
Q

Como é o caso-controle?

A

O contrário do coorte: porque ele inicia pelo desfecho (pega as pessoas que tiveram a doença) e as pessoas que não tiveram. Importante que sejam da mesma pop fonte. Coorte inicia pegando pelo fator de risco e depois observa o desfecho. Cuidado pra não confundir com o coorte retrospectivo: nesse você pega a população fonte toda. No caso controle você pega a pop fonte específica que causa desfecho e a outra parte que não causou desfecho.!

O caso-controle não consegue calcular risco, mas usa o Odds Ratio que dá um valor próximo do risco

Não é a longo prazo, a pessoa pode sair do estudo e não causar prejuízo

22
Q

Quais as vantagens e desvantagens do coorte?

A

Indica incidência, riscos, menos viés
Longo prazo, mais sucestivel ao pciente abandonar estudo

23
Q

Quais as vantagens e desvantagens do caso controle?

A

Prático, pontual, consegue avaliar casos raros, não consegue avaliar casos raros (porque precisa de uma amostra muito maior pra ocorrer a chance de aparecer um raro)
Mas tem viés de seleção (selecionar o controle), viés de memória (paciente que tem a doença é mais fácil de lembrar os fatores de
risco do que os que não tiveram), não indica incidência

24
Q

Como é o estudo transversal?

A

Indica PREVALÊNCIA. Ela é pontual, pega dados (exposição e desfecho simultaneamente) naquele exato momento e pronto (não vê temporalidade), vê prevalência, sujeito a causalidade reversa -> vc confundir causa com consequência ou vice-versa, porque você não sabe o que vem antes e depois, fere um dos critérios de Hill (a causa precisa surgir antes do desfecho), como no transversal é impossível saber isso, então esse estudo não diz relação causal

Também chamado de seccional,

Ele não vê prognóstico

25
Q

Como é o estudo ecológico?

A

São equivocados, porque não levam em consideração fatores individuais, compara dois tipos de dados e pronto

26
Q

O que a meta análise?

A

Ela pega vários estudos semelhantes i bastante e junta. Ele geralmente é usada em revisão sistemática quando quer deixa-la mais específica

27
Q

Qual o estudo que tem menos evidência?

A

Opinião de especialista

28
Q

Quais são os dois estudos que falam de incidência?

A

Clínico randomizado e coorte

Incidência= risco

29
Q

O que é risco absoluto, relativo, atribuível, Odds ratio e NNT?

A

Risco absoluto (dos expostos é: os que tiveram desfecho positivo (ocorreu o problema)/ todos que foram expostos (com desfecho e sem desfecho)) (dos não expostos: os que tiveram desfecho positivo/ todos que não expostos (com desfecho e sem desfecho))

Resumindo:
Desfecho Ñ desfecho
Expostos A B
Ñ expostos C D

Risco absoluto de expostos= A/ A + B

Risco absoluto de não expostos= C/ C + D

Risco absoluto= incidência

Risco relativo (ele compara exposto com não expostos)= risco absoluto dos expostos/ risco absoluto dos não expostos (>1 fator de risco; <1: fator protetor, mas isso quer dizer que se for fator de risco é aumentar o risco que já existe, fator protetor quer dizer que diminui o risco que já tem, ou seja, o risco existe eles vem se aumenta ou diminui).

Odds ratio: é a razão de chances, ele se aproxima do risco relativo, então é muito usado em estudos como o caso controle que não é risco mas com o Odds você consegue calcular um valor mais próximo possível de um risco. Ele calcula a chance do grupo exposto desenvolver a doença compara ao grupo não exposto. Ele é a razão: chances de doença no grupo exposto/ doença no não exposto (a x d) (b x c)

Risco atribuível: é a diferença do risco absoluto dos expostos - risco absoluto dos não expostos

NNT: o número de pacientes que precisa de tratamento para evitar 1 morte adicional

é uma medida usada para descrever a eficácia de uma intervenção, como o tratamento com um medicamento. O NNT é o número de participantes que precisarão de ser tratados para que uma pessoa recupere, ou mostre a redução dos sintomas, ou qualquer resultado que seja medido no estudo

1/ taxa de mortalidade do grupo controle - taxa de mortalidade do grupo tratado

Lembrar que todos esse valores são dados em valores absolutos, se quiser em porcentagem tem que multiplicar por 100

30
Q

O que tira o viés de seleção e deixa os grupos mais semelhantes possíveis?

A

Randomização

31
Q

Qual a diferença do coorte e caso controle?

A

Coorte:
-Avalia risco (assim como o randomizado)
-Avalia exposição e não exposição
-não vê muito doença rara
-Pode ser prospectivo e retrospectivo (retrospectivo porque olhar a partir do desfecho pra trás , a diferença pro caso controle é que no coorte ele avalia a pop geral e o caso-controle a pop específica separada em cado e não caso)

Caso controle:
-Não avalia risco
-Avalia casos de não casos ( ou seja, desfechos de não desfechos)
-vê doenças rara
-É também retrospectivo

32
Q

Qual a diferença entre eficácia, eficiência e efetividade?

A

Eficácia: resultados
Eficiência: custos envolvidos
Efetividade: impacto dos resultados e custos

33
Q

O que faz a revisão sistemática?

A

A justificativa para a realização da revisão sistemática é consolidar os achados de diversos estudos discrepantes ou que não tem grande força de evidência, seja pelo tamanho do estudo ou outras questões.

34
Q

O qur é o forest plot?

A

É um estudo onde usa um gráfico com linhas separadas por uma linha vertical no meio todas as linhas que tiverem a direita intervenção favorável e todas as linhas que tiver a esquerda a intervenção não favorável, se estiver variando a linha entre à esquerda e a direita passando pela linha do mail quer dizer que é nulo ou seja valor insignificante. lembrar de olhar também se tal fato tem uma evidência a alta baixa muito baixa porque isso também é levado em consideração