Eméticos e antieméticos, laxativos e antidiarréicos Flashcards

1
Q

Onde ocorre a coordenação do vômito?

A

O controle do vômito é central, é a nível bulbar, onde tem o centro emético, que recebe estímulos de vários locais, tanto centrais (cerebelo, núcleo do trato solitário), quanto periféricos (faringe e estômago).

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2
Q

Como ocorre o estímulo central a nível de cerebelo?

A

Estímulo a nível de cerebelo, que vem através do ouvido interno (movimentos, como o de viagens; distúrbios do labirinto; ou alguns fármacos como os aminoglicosídeos que alteram as concentrações de eletrólitos a nível do ouvido interno), que irá ocorrer através de receptores H1 ou M, sendo uma resposta direta.

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3
Q

Como ocorre o estímulo central a nível de entrada sensorial?

A

Entrada sensorial, não há envolvimento dos receptores, porém uma dor muito intensa, um cheiro ruim ou uma visão desagradável, pode levar diretamente a uma resposta ao centro do vômito, e essa resposta não há nenhuma via ou receptor, o que torna mais difícil de inibir essa via.

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4
Q

Como ocorre o estímulo central a nível psíquico?

A

Sensação de medo, terror, memórias, expectativas, é um estímulo direto, sem envolvimento de quimiorreceptores

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5
Q

Como ocorre o estímulo periférico a nível da Zona Deflagradora Quimiorreceptora (ZDQ)?

A

Chega através da Zona Deflagradora Quimioreceptora (ZDQ), possui receptores para serotonina (5HT3), Dopamina (D2), e Acetilcolina (M1). Assim, fármacos ou outras substâncias que se liguem a essas substâncias estimulam a zona levando uma mensagem DIRETA ao centro emético. Dentre os fármacos se encontram: a nível sanguíneo alguns quimioterápicos, opioides, levodopa, apomorfina, colinomiméticos, glicosídeos cardíacos, bromocriptina, emetina

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6
Q

Como ocorre o estímulo periférico a nível da via indireta?

A

Pela via indireta temos o estômago estimulando os receptores 5HT3 que estão presentes lá, e esse estímulo ir diretamente até a ZDQ ou ir ao núcleo do trato solitário que levam a resposta
ao centro do vômito. Esse estímulo pode ser causado por irritantes locais como CuSO4, radiação, agentes citotóxicos, bactérias, vírus.

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7
Q

Como ocorre o estímulo periférico a nível de obstrução da faringe?

A

Por obstrução da faringe, estímulos para o núcleo do trato solitário que manda uma resposta emética. Sendo assim podemos utilizar os antieméticos sobre os receptores supracitados, H1, M, D2, 5HT3.

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8
Q

Exemplos de Anti-histamínicos (Anti-H1)?

A
  • Difenidramina;
  • Dimenidrinato (dramin);
  • Ciclizina;
  • Meclizina;
  • Buclizina (contraindicados em gestantes porque tem efeito teratogênico);
  • Clorfeniramina;
  • Prometazina (os dois últimos possuem efeito antidopaminérgico, são os mais potentes).
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9
Q

Relate a função e a ação do antieméticos Anti-H1?

A

São antagonistas competitivos da histamina em receptor H1. Os anti-histamínicos utilizados como antieméticos são os de 1ª geração, porque eles têm que atingir o SNC, os de 2ª são menos lipossolúveis, não atingem concentrações importantes no SNC (os de 2ª tem a vantagem de não dar sono, porém como não chegam no SNC não possuem resposta antiemético).

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10
Q

Do que depende a eficácia dos Anti-H1?

A

Salienta-se que a potência do anti-H1 na êmese depende da sua causa, quando é por um distúrbio do labirinto, quando é por alguma via que tenha no meio o receptor histaminérgico, eles vão ser eficazes. Mas, quando é provocada por fármacos, por exemplo antineoplásicos, os anti-H1 praticamente não possuem efeito, quando usados isoladamente pois há outros mediadores envolvidos.

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11
Q

Quais anti-H1 são usados para náusea e vômito de gestantes?

A

Para náusea e vômito de gestantes, os mais utilizados são a difenidramina a o dimenidrinato

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12
Q

Efeitos colaterais dos Anti-H1?

A

Como efeitos colaterais destaca-se a sonolência.

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13
Q

Exemplos de Anticolinérgicos:

A

De novo aparece a atropina (protótipo, porém não é usado) e escopolamina (hioscina) é o fármaco do buscopan.

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14
Q

Efeito dos anticolinérgicos como antieméticos?

A

Não são utilizados como antieméticos, porque mesmo possuindo essa ação ela é pouco potente, são mais usados para dor/cólicas intestinais, pois diminuem a motilidade intestinal, são antagonistas colinérgicos, então diminuem a ação da acetilcolina na musculatura lisa gastrointestinal (pró-cinético). Outro fator de não serem utilizados é por apresentarem vários dos efeitos adversos. Atuam sobre os receptores para acetilcolina (M1).

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15
Q

Importância dos Antagonistas dopaminérgicos como antieméticos?

A

Estão entre os fármacos mais potentes como antieméticos, pois a via dopaminérgica está presente em vários caminhos na resposta emética. Têm-se vários grupos químicos de antagonistas dopaminérgicos. São antagonistas competitivos do receptor da dopamina, principalmente, D2.

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16
Q

Exemplos de Antagonistas dopaminérgicos:

A
  • Fenotiazínicos: prometazina (ação anti-histamínica e antidopaminérgica); clorpromazina (antipsicótico); proclorperazina; perfenazina; tietilperazina; trifluoperazina.
  • Butirofenonas: haloperidol; droperidol (os dois são antipsicóticos).
  • Trimetobenzamina: domperidona (plazil) – pode causar o Parkinson medicamentosos.
  • Procainamida: metoclopramida
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17
Q

Como é a ação e contraindicação dos Antagonistas dopaminérgicos?

A

As ações são dose dependentes, em baixas doses tem boa resposta antiemético, e em altas doses antipsicóticos. Devido a isso se dão as reações adversas, como sintomas extrapiramidais (tremores). São contraindicados para pacientes com Parkinson e epilepsia

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18
Q

Exemplos de Antagonistas 5HT3

A

Dentre os inibidores dos receptores para serotonina estão:
- Ondansetrona;
- Granisetrona;
- Tropisetrona;
- Dolasetrona;

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19
Q

Conceito de constipação:

A

-frequencia de evacuação inferior a 3 X/semana
-peso das fezes inferior a 35g/dia
-esforço defecatório em mais de 25% das ocasiões
-sensação de evacuação incompleta em pelo menos 25% das evacuações
-fezes endurecidas ou fragmentadas em pelo menos 25% das ocasiões

20
Q

Causas da constipação?

A

-IDIOPÁTICA
-SECUNDÁRIA:
*Enfermidades intrínsecas: estenose tumoral, não tumoral(colite ulcerosa, doença de Crohn, hérnia, prolapso), diverticulite de cólon, anomalias anatômicas, doença de Chagas.
*Enfermidades extrínsecas: úlcera, Ca digestivo, Ca de pâncreas, colelitíase, fissuras anais, fístulas, hemorroidas, doenças metabólicas, neurológicas, etc.
*Uso de medicamentos: ag anticolinérgicos, ag. antidiarreicos, ag. bloqueadores ganglionares, analgésicos (inibidores da síntese de prostaglandinas), antiácidos (contendo carbonato de cálcio ou hidróxido de alumínio), antidepressivos tricíclicos (efeito anticolinérgico), anti-histamínicos (bloqueadores Hg- efeito anticolinérgico), fármacos antiparkisonianos (efeito anticolinérgico), clonidina, corticosteróides, diuréticos que causam hipotassemia, fenotiazinas (efeito anticolinérgicos), ferro, inibidores da monoamina oxidase, laxativos (usados cronicamente), lítio, metais pesados (especialmente chumbo), octreotídio, opióides, propanolol, relaxantes musculares, resinas de polistireno, sulfato de bário e verapamil

21
Q

Exemplos de laxativos:

A

AMOLECEDORES (LUBRIFICANTES) FECAIS:
- Dioctil-sulfossuccinato de sódio, óleo mineral.
FORMADORES DE BOLO FECAL:
- Metilcelulose, plantago, ágar, farelo.
PURGATIVOS SALINOS:
- Sais de Mg, e sais de Na e K
PURGATIVOS ESTIMULANTES:
- Cáscara sagrada, Sene, Ruibarbo, fenolftaleína, bisacodil, ácido ricinoléico

22
Q

Exemplos de Expansores do bolo fecal:

A
  • Farelo
  • Preparação de psyllium
  • Goma caraia
  • Fibras dietéticas
  • Resinas poliacrílicas hidrofílicas
  • Derivados de celulose
23
Q

Mecanismo dos Expansores de bolo fecal:

A

Efeito hidrofílico, acúmulo de líquido no lúmen intestinal, aumento de volume e amolecimento do bolo fecal, aumento do peristaltismo.

24
Q

Agentes Amolecedores do bolo fecal

A

Docusato de sódio, cálcio ou potássio

25
Q

Mecanismo dos Amolecedores do bolo fecal

A

Alteração de permeabilidade celular, inibição de absorção ou aumento de secreção de água/eletrólitos em jejuno e cólon.

26
Q

Agentes lubrificantes

A

Óleo mineral

27
Q

Mecanismo dos Agentes lubrificantes:

A

Interferência com absorção intestinal de água, ação emoliente

28
Q

Agentes salinos e osmóticos

A
  • Lactulose
  • Hidróxido de magnésio
  • Citrato de magnésio
  • Sorbitol
  • Manitol
  • Glicerina
  • Polietilenoglicol (PEG), Macrogol
29
Q

Mecanismo dos agentes salinos e osmóticos

A

Retenção osmótica de água no lúmen intestinal, estimulação de secreção de fluído e motilidade, induzida por aumento luminal de colecistocinina.

30
Q

Agentes irritantes ou estimulantes

A
  • Óleo de ricino
  • Derivados de difenilmetano: fenolftaleína, bisacodil
  • Derivados antracênicos: sene, cáscara-sagrada, ruibarbo, dantrona
31
Q

Mecanismo dos agentes irritantes ou estimulantes

A

Retenção de água no lúmen intestinal, aumento de motilidade, estimulação de secreção de água/eletrólitos para o lúmen intestinal.

32
Q

Agentes Agonistas selestivos dos receptores 5-HT

A

-Tegaserode
- Prucaloprida

33
Q

Mecanismos dos Agentes Agonistas seletivos dos receptores 5-HT

A

Agonistas seletivos de receptores serotoninérgicos de subtipo 4. Aumento de motilidade gastrointestinal.

34
Q

Agentes ativadores dos canais de cloro

A

Lubiprostona

35
Q

Mecanismo dos Ativadores dos canais de cloro

A

Ativação local de canais de cloro em porção proximal do intestino, aumentando secreção intestinal de fluídos e motilidade intestinal.

36
Q

Agentes Agonista dos receptores da guanilato ciclase-C

A

Linaclotida

37
Q

Mecanismo dos Agentes Agonistas dos receptores da guanilato ciclase-C

A

Estímulo do tránsito intestinal e da secreção de líquido para o lúmen intestinal

38
Q

Efeitos colaterais mais frequentes dos Laxativos ou Pergativos.

A
  • FORMADORES DE MASSA: distenção abdominal, flatulência, obstrução intestinal, asma (psyllium), redução da absorção de alguns fármacos, reações alérgicas.
  • OSMÓTICOS: desidratação, distensão, flatulência, sensação de queimação e irritação anal, alterações eletrolíticas
  • ESTIMULANTES: cólica, depressão eletrolítica, irritação anal, ação catártica, reação alérgica.
  • ÓLEO MINERAL: vazamento anal, diminuição da absorção de vitaminas lipossolúveis, pneumonia lipoide.
39
Q

Conceito de diarreia:

A

Três ou mais evacuações de fezes de consistência diminuída, representando um desequilíbrio entre os processos de absorção e secreção intestinais.

40
Q

Causas de diarreia aguda:

A
  • Infecções: virais, bacterianas, parasitária.
  • Dietéticas: intolerância a carboidratos, proteínas, glúten, dietas
    hiperosmolares.
  • Anatômicas e mecânicas: intestino curto, doença de Crohn,
    enterocolite, retocolite.
  • Bioquímicas
  • Imunológicas
  • Neoplasias
  • Tóxicas
  • Psicogênicas
  • Cólon irritável
  • Medicamentos: acarbose, metformina, inibidores da recaptação
    de serotonina.
41
Q

Agentes higroscópicos e formadores de bolo fecal:

A
  • Carboximetilcelulose
  • Caulim
42
Q

Sequestradores dos ácidos biliares

A
  • Colestiramina
  • Colestipol
43
Q

Antisecretores e supressores da motilidade

A
  • OPIÓIDES: Loperamida, difenoxilato.
  • Bismuto
  • Octreotídeo
44
Q

L.C.R., 78anos, masculino, internado em instituição hospitalar para tratamento de pneumonia bacteriana, possuia história de hábito intestinal constipado, o qual agravou-se após internação hospitalar, sendo prescrito óleo mineral, 30ml VO de 8/8hs, com diminuição da constipação.
-Qual classe e mecanismo de ação do laxante utilizado?
- Quais os principais riscos do uso deste laxante para este paciente?
- Poderia ter sido utilizado outro laxante? Justifique sua resposta.

A
45
Q

C.O.M., 43 anos, apresenta-se à consulta médica com queixa de diarréia crônica sendo-lhe prescrito loperamida.
-Qual classe e mecanismo de ação do medicamento utilizado?
- Quais os principais efeitos colaterais deste medicamento?

A

(Hipótese diagnóstica)