Emergências em otorrinolaringologia Flashcards
Epistaxe
É o sangramento originado da mucosa das fossas nasais e o principal sítio de sangramento é o plexo de Kiesselbach.
Epidemiologia
Pico bimodal
- <10 anos
- adultos >50 anos
Fatores predisponentes
Temperatura fria;
Baixa umidade;
Poluição atmosférica.
Classificação
- Anterior (mais comum): Plexo de Kiesselbach
- Posterior (mais grave): Ramos posterolaterais da artéria esfenopalatina
Causas frequentes
- Trauma
- “Irritação”
- Anticoagulantes
- Discrasias
Artérias Plexo de Kiesselbach (4)?
Artéria palatina
Artéria labial
Artéria etmoidal anterior e posterior
Artéria esfenopalatina
Epistaxe, conduta?
- Manutenção da via aérea;
- Interromper sangramento e estabilizar;
- Descobrir a causa.
Manejamento- Primeiros socorros?
- Digitopressão
- Cauterização
- Tamponamento Nasal (anterior e posterior)
- Ligadura Arterial
- Embolização
Digitopressão
- Sangramento de pequena monta
- Feito em domicílio
- Cabeça fletida pra baixo
- Cuidados: posição da cabeça fletida para baixo, mantendo respiração oral. Isso propicia o descimento do sangramento.
Cauterização
Feito sem sangramentos anteriore, quando o ponto de sangramento é identificado. O ponto de sangramento pode ser cauterizado com nitrato de prata ou ácido tricloroacético ou coagulado com eletrocautério.
Tamponamento Nasal anterior?
Os coágulos devem ser aspirados, para ver o ponto de sangramento. Quando a aréa não é acessivel utiliza-se o tamponamento anterior. É feito:
Gaze sanfonada embebida com vaselina líquida;
Dedo de luva ou preservativo preenchidos com esponja.
Tamponamento Nasal posterior?
É feita em sangramentos posteriores para a garganta.
Os tampões anteroposteriores mais utilizados são:
- o de gaze
- o de sonda de foley
Ligadura Arterial?
Artéria maxilar – a ligadura é feita para epistaxe posterior não controlável.
Artéria etmoidal – em sangramento antero-superior acima do corneto médio, não controlado com tamponamento, as artérias etmoidais anterior e posterior podem ser submetidas à ligadura.
Artéria esfenopalatina – a ligadura é feita mediante cirurgia endoscópica transnasal. A artéria é localizada e ligada com um clip vascular.
Embolização?
Em pacientes sem controle do sangramento após a ligadura da artéria esfenopalatina ou pacientes com contraindicação cirúrgica
Resumo condutas epistaxe?
Lavar bastante a mucosa com soro fisiológico gelado.
Aspiração de coágulo para ver o ponto sangrante e definição da conduta.
Vasoconstrictor nasal (opcional)
Cauterizar (se possível)
Tamponamento nasal anterior (mucosa com sangramento difuso), se não resolver:
Tamponamento nasal posterior (feito com a sonda de foley)
Internação
Ligadura arterial
Embolização
Lacerações traumáticas do Canal Auditivo Externo (CAE)
ocorrem muito por manipulações na orelha realizadas pelo paciente.
Otorragia, otalgia e plenitude auricular
Lacerações traumáticas do Canal Auditivo Externo (CAE), tratamento?
Curativos;
Gotas otológicas (se membrana timpânica intacta);
Antibióticos (infecção secundária).
Perfuração traumática da membrana timpânica, causas?
Uso de hastes flexíveis;
Deslocamento de ar (explosões, socos, cabeçadas);
Traumas por água (banhos de mar e piscinas);
Beijos (estalados).
Perfuraçao traumatica MT, clinica?
otalgia, hipoacusia e otorragia (sintomas mais intensos). Pode sentir zumbido, tonteira.
Perfuraçao traumatica MT, tratamento?
- Expectante, se a membrana não fechar em 3 meses, fazer timpanoplastia
- Atb ( infecção associada)
Hemotímpano?
É o acúmulo de sangue por trás do timpâno, pode ocorrer no barotrauma (mergulhos em águas mais profundas, tratamentos em câmaras hiperbáricas, etc.).
Hemotímpano, tto?
Atb (amoxicilina)
Corpos estranhos animados em ouvido?
Insetos no ouvido
Corpos estranhos animados em ouvido, quadro clinico e tto?
Quadro clínico:
Otalgia intensa, de início súbito, as invasões ocorrem durante o sono.
Otorréia em casos com infecção secundária.
Tto: Uso de vaselina
CE ANIMADOS EM NARIZ?
Miíase:
Necrose;
Amplas perfurações septais;
Possibilidade de invasão de seios paranasais e canais lacrimais.
Complicações:
Orbitárias;
Intracranianas; e
Septicemia.
CORPOS ESTRANHOS INANIMADOS EM CRIANÇAS?
Otalgia, hipoacusia, prurido e otorreia.
O objeto pode apodrecer e gerar pus.
Corpos inanimados em crianças?
Nariz:
Diagnóstico
Radiografias simples de perfil - válidas para CE metálicos;
Endoscopia nasal - melhor método diagnóstico.
Faringe
Apresentação clínica: tosse, hipersalivação e sensação mal definida de incômodo faríngeo;
Os corpos estranhos mais encontrados são as espinhas de peixe.
Diagnóstico:
Radiografias laterais do pescoço;
Laringoscopia direta com anestesia geral.
Métodos utilizados para remoção do CE em ouvido?
- Irrigação do conduto auditivo externo
- Pinças Hartmann e jacaré
Métodos utilizados para remoção do CE em nariz Instrumentos que podem ser utilizados?
Pinça tipo baioneta
Corpos estranhos inanimados – Faringe?
CE em tonsilas: pinça tipo baioneta
CE de base de língua e valécula: usar pinças curvas, com auxílio de laringoscopia direta.