DRGE Flashcards
Como se define o DRGE?
Doença do Refluxo Gastroesofágico
afecção crônica decorrente do refluxo de parte do conteúdo gastroduodenal para o esôfago.
Fisiologico - assintomático; curta duração após as refeições
Patológico - sintomático; recorrente, longa duração e interprandial
O que é a esofagite de refluxo? Qual sua importância?
Erosões na mucosa esofágica decorrente da irritação crônica relacionada ao refluxo ácido. A presença de esfatie erosiva é o fator de risco mais importante para a ocorrência de adenocarcinoma de esôfago.
Quais as anormalidades básicas na DRGE?
- relaxamentos transitorios frequentes do EEI não relacionados à deglutição (principal mecanismo)
- EEI constantemente hipotônico
- Desestruturação anatômica da JEG (fator contribuinte)
Qual o papel das hérnias hirtais na DRGE?
Favorecem o refluxo por não haver contribuição da mm do diafragma para o EEI. Ainda permite o re-refluxo (refluxo do material contido no interior do saco herniário)
Como se classificam as hérnias hiatais?
I – deslocamento do estômago para o interior do tórax passando pelo hiato diafragmático – hérnia por deslizamento
II – fundo do estômago faz projeção para o interior do próprio estômago
III – tipos I e II juntos
Como se classificam as esofagites de refluxo?
CLASSIFICAÇÃO DE LOS ANGELES
A – lesão única em cada prega e no máximo 5mm;
B – lesão única em cada prega com mais de 5mm;
C – lesão coalescente, ou seja, ultrapassa o limite de uma prega só, sem ultrapassar 75% do diâmetro do órgão;
D – lesão coalescente que ultrapassa 75% do diâmetro do órgão
Quais as principais manifestações clínicas da DRGE?
Piores uma ou duas vezes por dia, com duração de minutos a uma hora, que melhoram após o uso de antiácidos; regurgitação, hipersalivação, dor subesternal e disfagia (CUIDADO disfagia grave = adenocarcinoma)
Sintomas extraesofágicos: relativos à irritação ácida em boca, faringe, laringe, cavidade nasal e árvore brônquica
Como é feito o diagnóstico de DRGE?
HDA: piores pelo menos uma ou duas vezes por semana, de maneira recorrente, por 4 a 8 semanas
DESDE QUE melhore ao ser tratada com IBP
Quais as indicações para exames complementares na DRGE? Quais são eles?
presença de sinais de alarme (disfagia, emagrecimento, odinofagia, sangramento e anemia) e ausência de resposta ao IBP
Exames: EDA, pHmetria 24h, teste de Bernstein, esofagometria, cintolografia esofagiana, esofagografia baritada
Quais as principais complicações do DRGE?
estenose péptica do esôfago, úlcera esofágica, sintomas respiratórios, esôfago de Barret e adenocarcinoma
O que é o esofago de Barret?
Metaplasia intestinal no esôfago; principalmente em homens brancos e 45+ anos. A suspeita é feita na EDA (áreas vermelho-salmão) e confirmada pela biópsia (tipo celular intestinal)
Como se faz o tratamento da DRGE?
1ª escolha - IBP (omeprazol 20mg 1x dia) 30’ antes das refeições (dose dobrada nos refratários ou com complicações)
Se houver escape ácido noturno - +ranitidina 300mg antes de dormir
Casos leves podem ser tratados com antiácido (alumínio/magnésio) 30mL para alívio imediato
Procinéticos (domperidona/cisaprida) - adjuvante
Quais as indicações de cirurgia no DRGE?
alternativa em jovens com baixo risco cirúrgico
Refratariedade ao tratamento clínico
Controle de refluxo nos pacientes com sintomas pulmonares recorrentes
impossibilidade de terapia de manutenção com IBP
CIRURGIA - fundoplicatura completa ou parcial (180-270º)
Como é feito o tratamento do esofago de Barret?
Acompanhamento com EDA par buscar displasia
EDA negativa -> 1 ano -> EDA negativa -> 2-3 anos
EDA positiva -> 6/6 meses
Se displasia de alto grau - esofagectomia distal ou terapia endoscópica (ablação fotodinâmica)