Dor No Abdome Inferior Flashcards

1
Q

História evolutiva clássica da dor na apendicite aguda

A

A dor se inicia na região periumbilical (relacionada à distensão do apêndice - peritônio visceral)

Depois de 12-24 horas a dor se localiza em fossa ilíaca direita (relacionada à inflamação - peritônio parietal)

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Q

Causa mais comum de obstrução appendicular na apendicite aguda

A

Coprólito

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3
Q

Principais bactérias envolvidas na inflamação do apêndice

A

Bactericides fragilis

Escherichia coli

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4
Q

Sinal de Blumberg

A

Dor de maior intensidade com a descompressão súbita do abdome no ponto de McBurney (indica peritonite)

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5
Q

Sinal de Dunphy

A

Dor na fossa ilíaca direita que piora na tosse

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6
Q

Sinal de Lenander

A

Temperatura retal maior que a axilar em 1 grau Clécio

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7
Q

Sinal do obturador

A

Dor hipogástrica provocada pela flexão da coxa e rotação interna do quadril

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8
Q

Sinal do iliopsoas

A

Dor provocada pela extensão e abdução da coxa direita, com o paciente deitado sobre o seu lado esquerdo

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9
Q

Sinal de Rovsing

A

Dor na fossa ilíaca direita após a compreensão da fossa ilíaca esquerda (por deslocamento de ar)

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10
Q

Principal complicação da apendicite aguda

A

Perfuração

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11
Q

Formas de perfuração na apendicite aguda

A

PERFURAÇÃO BLOQUEADA
Mais comum,
Formação de abscesso periapendicular

PERFURAÇÃO LIVRE PARA O PERITÔNIO
peritonite generalizada
Febre 39-40
Pode evoluir para sepse

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12
Q

Em que grupos a apendicite aguda pode apresentar sinais clínicos distintos do comum?

A

Crianças
Idosos
Gestantes
Obesos mórbidos

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13
Q

Quadro clínico de apendicite aguda em crianças

A

Pode ter apenas febre, letargia, vômitos intensos e diarreia.

Perfuração é mais comum que nos adultos

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14
Q

Quadro clínico de apendicite aguda em idosos

A
Pior prognóstico 
Dor menos intensa
Temperatura menos elevada
Leucograma pouco alterado
Incidência de perfuração ainda maior do que na criança
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15
Q

Condições que podem cursar com um quadro idêntico ao da apendicite

A
Apendagite epiploica
Linfadenite Mesentérica
Infarto omental
Doença de Crohn
Divertículite do lado direito
Urolitíase
Afeções ginecológicas
Hematoma retal
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16
Q

Achados no USG que sugerem apendicite aguda

A

Diâmetro anteroposterior > 7mm

Espessamento da parede

Estrutura luminal não compressível

Presença de apendiculito

Ausência de gás no interior do apêndice

Alteração de gordura periapendicular

Alteração do fluxo vascular apendicular

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17
Q

Qual o melhor método de imagem para o diagnóstico de apendicite aguda?

A

TC

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18
Q

Achados sugestivos de apendicite aguda na TC

A

Diâmetro > 7mm

Espessamento da parede (lesão em alvo)

Barramento da gordura periapendicular

Edema

Ausência de contraste no apêndice

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19
Q

Qual o exame de imagem mais adequado para investigar apendicite aguda em crianças e gestantes?

A

Ultrassonografia abdominal

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20
Q

Em casos duvidosos de suspeita de apendicite na gestante, qual método de imagem utilizar ?

A

RNM sem contraste

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21
Q

Mulher em idade fértil com atraso menstrual e clinica de apendicite aguda, como investigar ?

A

Temos que excluir prenhez ectópica ou outra doença ginecológica, solicitamos exame de imagem, neste caso USG

22
Q

O que são os critérios de Alvarado

A

Escala criada para avaliar a probabilidade de um quadro de abdome inflamatório se tratar de apendicite.

Varia de 0 a 10
9-10: altíssima probabilidade
0-4: bastante improvável

23
Q

Descreva a Escala de Alvarado

A

SINTOMAS
Migração da dor 1
Anorexia 1
Náusea e/ou vômitos 1

SINAIS
inflamação em quadrante inferior direito 2
Descompressão dolorosa 1
Aumento da temperatura 1

LEUCOGRAMA
Leucocitose 2
Desvio para esquerda 1

24
Q

Qual a melhor técnica cirúrgica (aberta ou laparoscópica ) para apendicectomia?

A

Nenhuma técnica se mostrou superior a outra

25
Q

Quais as principais complicações associadas a apendicectomia?

A

Infecção do sítio cirúrgico (mais comum)

Obstrução intestinal

26
Q

Conduta na apendicite precoce (simples)

A

Hidratação

Correção de distúrbios hidroeletrolíticos

Antibióticoprofilaxia

Apendicectomia

27
Q

Conduta na apendicite tardia ( >48 horas) com peritonite difusa

A

Reanimação volêmica agressiva

Correção de distúrbios hidroeletrolíticos

Antibióticoterapia empírica

Cirurgia de urgência

28
Q

Conduta na apendicite tardia ( >48 horas) SEM peritonite difusa

A

Tem que realizar Tomografia para definir conduta

29
Q

Conduta na apendicite tardia ( >48 horas)
SEM peritonite difusa
TC evidenciando ABSCESSO

A

Drenagem guiada por TC

Antibiótico terapia

Após melhora, realizar colonoscopia com 4-6 semanas para afastar colite e neoplasia

Avaliar necessidade de apendicectomia de intervalo após 6-8 semanas

30
Q

Conduta na apendicite tardia ( >48 horas)
SEM peritonite difusa
TC evidenciando FLEIMÃO OU PEQUENA QUANTIDADE DE LÍQUIDO

A

Antibiótico terapia

Colono após 4-6 semanas

Apendicectomia de intervalo após 6-8 semanas

31
Q

Fases da apendicite aguda

A

Fase I: Fase Edematosa ou Catarral (apêndice inflamado, sem sinais de complicação )

Fase II: Fase Úlcera flegmonosa ou flegmatosa (apêndice extremamente edemaciado pela obstrução do retorno linfático e venoso)

Fase III: Fase gangrenosa (presença de necrose transmural do apêndice)

Fase IV: Fase perfurativa (perfuração tamponada ou não do apêndice)

32
Q

O que são divertículos ?

A

São herniações da mucosa intestinal pelos pontos de maior fragilidade da parede colônica, isto é, nos locais em que as artérias retas atravessam a camada muscular

33
Q

Características dos divertículos

A
Atingem principalmente Idosos
Sem preferência entre os sexos
Predominam no sigmoide 
Geralmente assintomáticos 
É um pseudodivertículo (mucosa e submucosa)
34
Q

Complicações mais frequentes no divertículo de Meckel

A

Sangramento

Obstrução intestinal

Diverticulite

35
Q

Regra dos DOIS para o Divertículo de Meckel

A

Incidência de 2%

Dois tipos de mucosa ectópica (gástrica e pancreática)

Localização 2 pés (45-60cm) da válvula ileocecal

2 polegadas de comprimento

36
Q

Definição diverticulite

A

Inflamação pericolônica (fora do cólon ou do divertículo) causada pela perfuração de um ou mais divertículos

37
Q

Clínica da diverticulite

A

Dor no quadrante inferior esquerdo (sigmoide)

Pode irradiar para região suprapúbica, flanco e coluna

Alteração do hábito intestinal

Urgência urinária

Febre com calafrios

38
Q

Classificação de HINCHEY para diverticulite

A

Estágio I: Abscesso pericólico ou mesentérico

Estágio II: Abscesso pélvico

Estágio III: Peritonite purulenta generalizada

Estágio IV: Peritonite fecal Generalizada

39
Q

Achados na TC compatíveis com diverticulite

A

Espessamento da parede colônica (>4 mm)

Abscessos peridiverticulares

Fistulas e coleções líquidas intra-abdominais

40
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial da diverticulite

A

Câncer de retossigmoide

Após 3-6 semanas de resolução do quadro de diverticulite, todo paciente deverá ser submetido a investigação de Câncer de cólon através de sigmoidoscopia ou colonoscopia

41
Q

Conduta diverticulite NÃO COMPLICADA

A
Se sintomas mínimos e poucos sinais de inflamação: 
Dieta líquida sem resíduos
ATB oral (Cipro + Metronidazol)
Se sinais de inflamação exuberantes
Internação hospitalar 
Dieta zero
Hidratação venosa
ATB parenteral (Cefalosporina de 3a geração + Metronidazol)
42
Q

Quando pensar em procedimento cirúrgico na diverticulite?

A

A partir do 2 ou 3 episódio de diverticulite

Em imunodeprimidos pode ser indicado no primeiro episódio

43
Q

Conduta diverticulite complicada para abscessos > = 4 cm

A

Drenagem guiada por TC

ATB

Colonoscopia (4-6 semana)

Cirurgia (6-8 semanas)

44
Q

Na diverticulite onde é mais comum a formação de fístulas

A

Para a BEXIGA

45
Q

Conduta na Fístula

A

Controle do quadro infeccioso

Colonoscopia

46
Q

Conduta diante diverticulite HINCHEY III E IV

A

Reanimação volêmica

Atb

Laparotomia

47
Q

Cirurgia eletiva empregada no tratamento da diverticulite

A

Ressecção do sigmoide
Anastomose primária
( em um único tempo cirúrgico, terminoterminal)

48
Q

Cirurgia emergencial empregada no tratamento da diverticulite

A

Ressecção do segmento acometido

Construção de colostomia

Sutura do coto retal

Após dez semanas possibilidade de reconstrução de trânsito.

49
Q

Conduta no Hinchey I (abscesso < 4 cm)

A

Sintomas mínimos:

Dieta sem resíduos
ATB oral

Sintomas exuberantes:

Dieta zero
ATB IV
HV

50
Q

Conduta no Hinchey I (abscesso > =4 cm) ou Hinchey II

A

Drenagem guiada por TC

ATB IV

Colonoscopia após 4-6 semanas

Cirurgia eletiva

51
Q

Conduta no Hinchey III e IV

A

Cirurgia de urgência (geralmente Hartmann)

52
Q

Conduta diverticulite com fístulas

A

ATB

Colonoscopia após 4-6 semanas

Cirurgia eletiva (correção da fístulas + ressecção segmento acometido $