Dor Lombar Flashcards

1
Q

Dor Lombar Baixa: conceito

A

Dor entre os segmentos de T12 à crista ilíaca, podendo ter irradiação para quadril e faces lateral e anterior da coxa

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2
Q

Dor Lombar Baixa: importância

A

Segunda causa de consulta ao médico generalista, após sintomas respiratórios, e primeira ao ortopedista

Principal síndrome dolorosa da coluna, seguida de cervicalgia

Maior causa de falta no trabalho mundial

Custos econômicos indiretos de 100 bilhões de dólares nos EUA

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3
Q

Dor Lombar Baixa: prevalencia

A

Prevalência geral de até 73%
Inicidência anual de 10-15%

2ª doença crônica mais prevalente no Brasil, após HAS (18,5% população adulta)

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4
Q

Fatores de risco

A
Obesidade (IMC>30)
Sedentarismo
Tabagismo
Ocupação (trabalhador braçal)
Satisfação com o trabalho
Nível educacional
Nível econômico
Fatores psicológicos: ansiedade, depressão estresse
Maior tendência à cronicidade
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5
Q

História Natural

A

Geralmente quadro autolimitados
Muitos não chegam a procurar atendimento médico

Resolução em cerca de 1 mês (Sizínio)
1/3 em 1 semana, 2/3 em até 7 semanas (Efort)

40% com recorrência em 6 meses
Resulta em um problema crônico com fases agudas intermitentes
Raramente incapacitante permanentemente

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6
Q

Fatores de risco em crianças

A

Crescimento rápido, tabagismo, contratura quadríceps ou isquiotibiais, emprego durante período letivo, saúde mental

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7
Q

Estratégia Diagnóstica

A

Antes de investigação exaustiva, responder:
Uma doença sistêmica está causando a dor?
Câncer, infecção crônica, poliartrite

Existem transtornos psicológicos ou sociais?
Depressão, problemas familiares, processo trabalhista, somatização

Existe alguma disfunção neurológica?
Dor ciática, claudicação neurológica, parestesia, perda força, cauda equina

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8
Q

Avaliação Clínica

A

Idade

Localização

Avaliar presença de sintomas neurológicos

História mórbida pregressa

Excluir “red flags”

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9
Q

Avaliação Clínica: Idade

A

Dor inespecífica é rara em crianças e >50 anos

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10
Q

Avaliação Clínica: Localização

A

Início e intensidade da dor
Não desperta o paciente a noite
Piora com movimento e posição sentada

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11
Q

Avaliação Clínica: Avaliar presença de sintomas neurológicos

A

Sugere causa secundária

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12
Q

Avaliação Clínica: História mórbida pregressa

A

Malignidade, infecção, osteoporose, fraturas

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13
Q

Red Flags

A
Idade <20 ou >55
Característica não-mecânica
Doenças reumatológicas
HMP: malignidade, HIV
Uso corticóides
Drogadição ou etilismo
Osteoporose
Dor noturna ou repouso
Dor torácica
Sintomas sistêmicos
Perda de peso
Sintomas neurológicos
Deformidade estrutural
Falha no tratamento prévio
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14
Q

Exame Físico

A

Dor muscular é comum, porém não tem especificidade
Geralmente não pode ser reproduzida durante o exame

Contratura muscular paravertebral não é sugestiva de qualquer patologia
Útil no acompanhamento do resultado da FST

Lasegue: irritação radicular
Sinal cruzado é altamente específico

Avaliação sensitiva L5 e S1: principal sintoma discogênico

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15
Q

Diagnósticos Diferenciais

A

Divide por
Idade
Sexo

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16
Q

Diagnósticos Diferenciais: Idade

A

Crianças (raro): deformidades são indolores
Investigar caso dor - probabilidade de doença grave

Adolescente: espondilólise, hérnia discal

Adultos: espondiloartrites, tumores benignos, causas mecânicas

Idosos: osteoporose, tumores malignos, infecção – probabilidade de doença grave

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17
Q

Diagnósticos Diferenciais: Sexo

A

Homens:
Lombalgias mecânicas
Espondiloartrites
Tumores

Mulheres:
Osteoporose
Doenças endócrinas
Quadros musculares (fibromialgia, dor miofascial)

18
Q

Suspeita: tumor

A
Histórico de malignidade
Idade > 55 anos ou < 20 anos 
Perda de peso 
Dor por mais de 4-6 semanas 
Dor em repouso
Dor noturna
Sem melhora com analgesia
Falha no tratamento conservador por 1 mês
História de tabagismo
19
Q

Suspeita: fratura

A

Histórico de trauma
Uso de corticoides
Idade acima de 50 anos
Osteoporose

20
Q

Suspeita: infecção

A

Hipóteses: discite, osteomielite, abscesso epidural

Febre
Drogadição
Infecção respiratória/urinária/pele
Imunossupressão
Diabetes
Tuberculose
Dor em repouso
21
Q

Quando pedir RX?

A
Idade >50 anos
Trauma significativo
Déficit neurológico
Perda de peso
Drogadição ou etilismo
Histórico de câncer
Uso de corticoide
Febre
Visita recente (menos de 1 mês) pelo mesmo problema, sem melhora
Paciente buscando compensação trabalhista por dor lombar
22
Q

Por que não pedir sempre RX?

A

73% das vezes está normal

Quando alterado, 46% são achados incidentais

Existe baixa correlação dos achados de exame com os sintomas

23
Q

Outros exames

A

reservados para forte suspeita de lesão neurológica, discal, tumor ou infecção

Mielografia
RNM (melhor que TC)

24
Q

Mielografia

A

desuso
Pode causar dor de cabeça, náusea ou vômitos = cefaleia pós raqui
Pode ser uma opção para avaliação intra canal de pacientes com instrumentação prévia da coluna ou em casos duvidosos

25
RNM
mais sensível para tumor, infecção e fraturas (edema ósseo) Lombar: 100% possuem alterações após os 50 anos Cervical: 60% possuem alterações após os 60 anos Correlacionar os achados com clínica Uso indiscriminado pode levar a sobretratamento e cirurgias desnecessárias
26
Tratamento: medicamentoso
Analgesia com AINEs + relaxantes musculares de horário Evitar “conforme necessário” Atentar para efeitos colaterais e contra-indicações
27
Tratamento: não medicamentoso
Recomendação para a maioria dos pacientes é de retorno rápido ao trabalho Repouso de 1 a 3 dias Esclarecimento e educação do paciente Evitar levantar peso, esforço rotacional do tronco e vibração Fortalecimento lombar é útil na prevenção da recorrência da dor e cronificação
28
Tratamento: o que não é bom
Manipulação espinhal e FST tem eficácia limitada Repouso no leito e fortalecimento específico lombar não são efetivos na fase aguda
29
Tratamento Dor Crônica
Exercícios e tratamento multidisciplinar de dor Terapia comportamental, analgésicos opióides, antidepressivos, AINEs, educação Corticóides injetáveis, órteses e tração não possuem evidência de benefício (Efort) Evidência positiva fraca para acupuntura, quiropraxia e massagem
30
Tratamento Invasivo
Exceção, pouco efetivos na ausência de radiculopatia Infiltração de facetas, epidural ou trigger points Injeção de agentes esclerosantes Ablação por radiofrequência da inervação facetaria Resultado não dura mais que 4 semanas Atrodese?
31
Tratamento Invasivo: Artrodese
Artrodese por degeneração lombar Sem diferença após 1 ano em relação ao conservador Seleção cuidadosa do paciente Mais efetivo em jovens, com apenas 1 ou 2 níveis, sem alterações psicossociais Orientar paciente sobre melhora de apenas 50% da dor Será necessário manter outras modalidades de tratamento após cirurgia para manter nível de atividade aceitável
32
Critérios de Waddel
Sinais não organicos Simulação Distração
33
Critérios de Waddel: Sinais não organicos
Disturbios regionais: Fragilidade neuroanatomica incompativel ou área muito ampla de alteração sensitiva Superficial/ não anatomica sensibilidade dolorosa
34
Critérios de Waddel: Simulação
Carga axial: Refere dor mesmo com paciente em pé Rotação: Dor qnd ombro e pelve rotacionados no mesmo plano
35
Critérios de Waddel: Distração
Elevação de perna: Limitação inconsistente Hiperreação: Reações exageradas durante exame
36
Critérios de Waddel: interpretação
Preditor de mau resultado em intervenções cirúrgicas Se 3 ou mais presentes, considerar diagnóstico alternativo psicossocial
37
Indicadores Psicossociais de Mau Prognóstico
Relacionados ao paciente Relacionadas ao trabalho Relacionadas a questões trabalhistas
38
Indicadores Psicossociais de Mau Prognóstico: Relacionados ao paciente
Níveis desproporcionais de dor Atitudes de evitação, catastrofismo Emoções alteradas Dificuldades em relacionamentos familiares
39
Indicadores Psicossociais de Mau Prognóstico: Relacionadas ao trabalho
Local de trabalho inadequado Relações no trabalho gerando insatisfação Questões pessoais para retorno ao trabalho
40
Indicadores Psicossociais de Mau Prognóstico: Relacionadas a questões trabalhistas
Disputas jurídicas Acidentes de trabalho Desentendimentos com patrão
41
Ganho Secundário
Se não retornou ao trabalho em 6 meses, 50% chance de retornar Após 1 ano afastado, somente 25% retornam ao trabalho