DOENÇA DE ORELHA EXTERNA Flashcards

1
Q

O que é otite externa?

A

É um processo infeccioso e inflamatório que acomete a orelha externa, podendo atingir desde o pavilhão auricular até o folheto mais externo da membrana timpânica.

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2
Q

Qual a duração máxima de uma otite para ser considerada aguda?

A

Até 3 meses.

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3
Q

Quais estruturas da orelha podem ser acometidas na otite externa?

A

O pavilhão auricular e o folheto mais externo da membrana timpânica.

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4
Q

Como as otites são classificadas?

A

Elas são classificadas de acordo com a localização da estrutura auditiva acometida (externa, média ou interna).

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5
Q

Qual é a principal característica de uma otite aguda?

A

A otite aguda tem duração de até 3 meses.

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6
Q

O que é Otite Externa Difusa Aguda (OEDA)?

A

É a forma mais comum de otite externa, caracterizada por inflamação difusa da pele do conduto auditivo. Também é chamada de otite do nadador, sendo frequentemente associada a atividades aquáticas.

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7
Q

Quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da OEDA?

A

Fatores de risco incluem ausência de cerume, queimaduras, traumas, corpos estranhos, superações da orelha média, lavagens repetitivas, alterações de temperatura e umidade, e banho em mar/piscinas/rio.

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8
Q

Qual é o principal sintoma da OEDA e sua prevalência?

A

O sintoma mais comum é a otalgia intensa, presente em 70% dos casos.

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9
Q

: Quais são os principais agentes etiológicos da OEDA?

A

Os principais agentes são Pseudomonas aeruginosa (38% dos casos), Staphylococcus epidermidis (9,1%) e Staphylococcus aureus (7,8%)

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10
Q

Quais outros sintomas além da otalgia podem estar presentes na OEDA?

A

Prurido (60%), plenitude auricular (22%) e perda auditiva condutiva (32%) podem ocorrer à medida que a inflamação evolui.

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11
Q

Como superações da orelha média podem influenciar no desenvolvimento da OEDA?

A

Superações da orelha média podem causar perfuração do tímpano, permitindo drenagem de secreção para o conduto auditivo, favorecendo o desenvolvimento de OEDA.

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12
Q

Como quadros mais agressivos de OEDA podem progredir?

A

Quadros graves podem envolver estruturas adjacentes, como a articulação temporomandibular, as glândulas salivares e o tecido ósseo ao redor da orelha.

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13
Q

Quais são os estágios da OEDA e suas principais características?

A

Leve: Sintoma predominante é prurido, dor discreta, otoscopia revela luz do conduto auditivo preservada.

Moderado: Aumento da dor, conduto auditivo parcialmente obliterado com edema e secreção, luz do conduto auditivo diminuída.

Severo: Dor intensa com piora ao movimentar a pele ao redor da orelha, obliteração completa do conduto, secreção, edema e eritema, risco de disseminação.

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14
Q

Quais são os cuidados locais indicados no tratamento da OEDA?

A

Limpeza atraumática do conduto auditivo externo, removendo secreções, cerume e detritos, com algodão ou aspirador.

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15
Q

Qual o papel dos analgésicos no tratamento da OEDA?

A

AINEs (ibuprofeno, cetoprofeno, cetorolaco) ou dipirona são utilizados para alívio da dor, que é um sintoma importante da OEDA.

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16
Q

Quando é indicado o uso de antibióticos tópicos na OEDA?

A

Antibióticos tópicos são indicados para casos leves a moderados e em pacientes sem comorbidades. Em casos graves ou comorbidades, antibióticos orais são necessários.

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17
Q

Quais antibióticos tópicos são recomendados no tratamento da OEDA?

A

Neomicina, Polimixina B e Ciprofloxacino são opções comuns. Opções alternativas incluem tobramicina, ofloxacino e cloranfenicol.

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18
Q

Quando deve-se considerar o uso de antibióticos orais no tratamento da OEDA?

A

Em casos graves ou em pacientes com doenças crônicas (diabetes, HIV/SIDA), onde há maior risco de complicações.

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19
Q

Quais são os antibióticos orais comumente usados em OEDA grave?

A

Cefalexina (500mg 6/6h por 7 dias) ou Amoxicilina com Clavulanato (875/125mg 12/12h por 7 dias).

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20
Q

Quais medidas de prevenção são recomendadas para evitar episódios de OEDA?

A

Evitar deixar o conduto auditivo molhado, usar tampões ao nadar e evitar substâncias como álcool ou cotonetes no ouvido.

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21
Q

O que caracteriza a Otite Externa Aguda Localizada em relação à OEDA?

A

A Otite Externa Aguda Localizada apresenta distribuição focal, geralmente no terço lateral do conduto auditivo, e se manifesta como uma foliculite, ao contrário da OEDA que acomete o conduto de forma difusa.

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22
Q

Qual é o agente etiológico mais comum da Otite Externa Aguda Localizada?

A

O agente mais comum é a Staphylococcus aureus.

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23
Q

Quais são os sintomas clínicos da Otite Externa Aguda Localizada?

A

Os sintomas incluem prurido, otalgia localizada, hipoacusia (causada por edema) e, às vezes, presença de uma coleção purulenta.

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24
Q

Como a Otite Externa Aguda Localizada se parece na otoscopia?

A

A otoscopia revela inflamação, edema e focos de secreção purulenta limitados ao local da foliculite no conduto auditivo externo.

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25
Q

Qual é o tratamento inicial da Otite Externa Aguda Localizada?

A

O tratamento inicial inclui limpeza do conduto, analgesia com AINEs e, dependendo da gravidade, o uso de antibióticos tópicos ou sistêmicos.

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26
Q

Quando os antibióticos sistêmicos são indicados no tratamento da Otite Externa Aguda Localizada?

A

São indicados em casos mais graves, com inflamação severa, ou em pacientes com risco aumentado de complicações, como diabéticos ou imunossuprimidos.

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27
Q

Quais antibióticos são recomendados para o tratamento da Otite Externa Aguda Localizada?

A

As opções incluem penicilina benzatina, cefalexina, clindamicina, ou ciprofloxacino em gotas. Antibióticos tópicos como mupirocina ou clindamicina também podem ser usados.

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28
Q

O que caracteriza a Otite Externa Fúngica?

A

É uma forma de otite externa difusa causada por fungos, acometendo as porções superficiais da pele do conduto auditivo, sendo mais comum em climas tropicais devido ao calor e umidade.

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29
Q

: Quais são os fungos mais comuns responsáveis pela Otite Externa Fúngica?

A

Aspergillus sp. e Cândida sp., com maior desafio no tratamento da Cândida devido à maior taxa de recidivas.

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30
Q

Quais são os principais sintomas da Otite Externa Fúngica?

A

O sintoma mais comum é o prurido, seguido por dor leve. A otoscopia revela hifas na pele do conduto auditivo e secreção de aspecto grumoso, semelhante a coalhada

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31
Q

Qual é a conduta terapêutica inicial para a Otite Externa Fúngica?

A

A limpeza do conduto auditivo com aspirador ou algodão é essencial para permitir a penetração do antifúngico.

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32
Q

Quais são as opções de antifúngicos tópicos para Otite Externa Fúngica?

A

: Miconazol, Clotrimazol, Nistatina, Ciclopirox Olamina e Betnovate, aplicados 3 gotas 8/8h por 7 dias, mantendo por mais 7 dias após melhora clínica.

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33
Q

Quando o uso de antifúngicos sistêmicos é indicado na Otite Externa Fúngica?

A

Em casos mais graves, quando a infecção fúngica se desenvolve sob secreção purulenta ou há perfuração timpânica, associando antifúngico tópico e sistêmico.

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34
Q

O que é Otite Externa Necrotizante/Maligna?

A

É uma forma grave e potencialmente fatal de otite externa que causa infecção grave da orelha externa e base do crânio, sendo mais comum em diabéticos e imunossuprimidos.

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35
Q

Quais são os principais agentes etiológicos da Otite Externa Necrotizante?

A

A associação mais comum é entre Pseudomonas aeruginosa e Aspergillus.

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36
Q

Quais são os sintomas clínicos característicos da Otite Externa Necrotizante?

A

O sintoma principal é otalgia intensa de rápida evolução, com edema, linfadenopatia regional, trismo, cefaleia e otorreia fétida, podendo evoluir para paralisia facial periférica.

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37
Q

Qual o achado característico na otoscopia de pacientes com Otite Externa Necrotizante?

A

A otoscopia revela edema importante, tecido de granulação obstruindo o conduto e secreção purulenta significativa.

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38
Q

Quais exames são recomendados na suspeita de Otite Externa Necrotizante?

A

Bacteriologia e cultura da otorreia, glicemia, VHS, PCR, leucograma, e exames de imagem para avaliar o acometimento de nervos cranianos.

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39
Q

Quais fatores de risco estão associados ao desenvolvimento de Otite Externa Necrotizante?

A

Diabetes mellitus e imunossupressão são os principais fatores de risco.

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40
Q

Qual exame de imagem é utilizado para investigar o acometimento de estruturas adjacentes na Otite Externa Necrotizante?

A

A Tomografia de Mastoide ou Osso Temporal é utilizada para investigar o acometimento de estruturas adjacentes

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41
Q

Qual é o exame mandatório para o diagnóstico de Otite Externa Necrotizante e por quê?

A

A Cintilografia com Tecnécio 99m é mandatória para diagnóstico devido à sua capacidade de identificar alterações já no início do quadro.

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42
Q

Qual é o exame de escolha para o seguimento (follow-up) de pacientes com Otite Externa Necrotizante?

A

A Cintilografia com Gálio é o exame de escolha para seguimento, avaliando a evolução do acometimento das estruturas durante e após as intervenções.

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43
Q

Qual é o tratamento inicial recomendado para Otite Externa Necrotizante?

A

O tratamento inicial inclui debridamento cirúrgico do canal auditivo externo para remover secreções e tecido necrosado.

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44
Q

Qual é o antibiótico de escolha para Otite Externa Necrotizante e como é administrado?

A

O antibiótico de escolha é Ciprofloxacino, inicialmente administrado por via endovenosa, podendo ser ajustado posteriormente para via oral conforme a resposta ao tratamento.

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45
Q

Quando o tratamento cirúrgico mais invasivo é necessário na Otite Externa Necrotizante?

A

Quando a resposta à antibioticoterapia e debridamento menos invasivo é inadequada, indica-se intervenção cirúrgica mais invasiva.

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46
Q

Quais são os critérios de cura da Otite Externa Necrotizante relacionados à pele?

A

A cicatrização da pele, com diminuição do edema e normalização da aparência do pavilhão auricular, é um dos critérios de cura.

47
Q

: Qual é a importância do controle do Diabetes Mellitus no tratamento da Otite Externa Necrotizante?

A

O controle glicêmico é fundamental para o sucesso do tratamento em pacientes diabéticos, que são mais propensos à doença.

48
Q

O que é necessário observar nas culturas para considerar a cura da Otite Externa Necrotizante?

A

Culturas negativas, sem patógenos detectados nas amostras de otorreia, são um critério importante de cura.

49
Q

Como os exames laboratoriais contribuem para o critério de cura da Otite Externa Necrotizante?

A

A normalização de VHS e PCR é um critério importante para avaliar a resposta ao tratamento.

50
Q

Qual exame de imagem é crucial para determinar a cura da Otite Externa Necrotizante?

A

A cintilografia com Gálio sem alterações é o critério mais importante para determinar a cura.

51
Q

Qual é o critério clínico mais relevante para avaliar a cura da Otite Externa Necrotizante?

A

A melhora das queixas clínicas, como a resolução da otalgia e dos sintomas associados, é essencial para determinar a cura.

52
Q

Qual é a taxa de sobrevivência em 3 anos para pacientes com Otite Externa Necrotizante?

A

A taxa de sobrevivência em 3 anos é de 76%.

53
Q

Qual é o índice de recorrência da Otite Externa Necrotizante?

A

O índice de recorrência varia entre 9% e 27%

54
Q

O que causa a Otite Externa Herpética?

A

A Otite Externa Herpética é causada pelo vírus Herpes, podendo levar à Síndrome de Ramsay Hunt, caracterizada por lesões vesiculares, acometimento do nervo facial e otalgia intensa.

55
Q

Quais são os principais sinais clínicos da Síndrome de Ramsay Hunt?

A

Lesões vesiculares no conduto auditivo e pavilhão auricular, acometimento do nervo facial com possível paralisia facial periférica e otalgia intensa.

56
Q

Qual antiviral é mais utilizado no tratamento da Otite Externa Herpética?

A

O Aciclovir, 800 mg 5 vezes ao dia por 10 dias, é o antiviral mais utilizado. Outras opções incluem valaciclovir, famciclovir e foscarnet.

57
Q

Por que o uso de antibióticos tópicos é recomendado na Otite Externa Herpética?

A

Apesar de ser uma doença viral, as vesículas rompidas podem permitir a entrada de bactérias, necessitando o uso de antibióticos para prevenir infecções secundárias

58
Q

Qual é o papel dos corticosteroides no tratamento da Otite Externa Herpética?

A

Prednisona oral é utilizada para reduzir o edema e a inflamação, especialmente em casos com paralisia facial periférica causada pela compressão do nervo faciaL

59
Q

Qual medida terapêutica é fundamental devido à intensidade da dor na Otite Externa Herpética?

A

Analgesia potente é fundamental, pois a Otite Externa Herpética é uma condição extremamente dolorosa.

60
Q

O que caracteriza a Otite Externa Bolhosa?

A

A formação de bolhas na membrana timpânica ou no conduto auditivo, acompanhada de otalgia intensa e súbita, com secreção serossanguinolenta após o rompimento das bolhas.

61
Q

Qual bactéria está frequentemente associada à Otite Externa Bolhosa?

A

Mycoplasma pneumoniae é a bactéria mais frequentemente isolada nessa condição.

62
Q

Quais são os sintomas típicos da Otite Externa Bolhosa?

A

Otalgia intensa, secreção serossanguinolenta, perda auditiva condutiva e, em alguns casos, queixas vertiginosas.

63
Q

Como é feito o tratamento da Otite Externa Bolhosa?

A

: O tratamento inclui antibioticoterapia tópica e oral (geralmente com macrolídeos, como eritromicina ou claritromicina), além de corticóide tópico.

64
Q

Quando é indicado o rompimento das bolhas na Otite Externa Bolhosa?

A

A indicação para rompimento das bolhas varia com o serviço hospitalar, mas geralmente se espera o rompimento espontâneo.

65
Q

Por que pacientes com Otite Externa Bolhosa podem apresentar vertigem?

A

Mycoplasma pneumoniae pode causar inflamação na orelha interna, resultando em queixas vertiginosas.

66
Q

O que é Pericondrite e Condrite?

A

A pericondrite é a inflamação do pericôndrio, a camada que reveste a cartilagem, enquanto a condrite é a inflamação ou infecção da própria cartilagem.

67
Q

Quais são as causas mais comuns de Pericondrite e Condrite?

A

Geralmente são causadas por traumas, como pós-operatório de otoplastia ou piercings na cartilagem da orelha. Também podem ser secundárias à infecção do conduto auditivo externo.

68
Q

Quais são os agentes etiológicos mais comuns em Pericondrite e Condrite?

A

Os agentes mais comuns são Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa, sendo frequentemente infecções polimicrobianas.

69
Q

Qual é o tratamento inicial para Pericondrite e Condrite?

A

O tratamento inclui limpeza cirúrgica e drenagem de coleções purulentas, que são procedimentos mandatórios e prioritários.

70
Q

Quais são os riscos de não tratar Pericondrite e Condrite de forma agressiva?

A

A inflamação pode causar destruição do pavilhão auditivo, prejudicando a vascularização da cartilagem e levando a necrose.

71
Q

Quais condições podem predispor à Pericondrite e Condrite?

A

Otoplastia, piercings na cartilagem e infecções do conduto auditivo externo podem predispor à pericondrite e condrite.

72
Q

Qual é o antibiótico de escolha para o tratamento de Pericondrite e Condrite?

A

O antibiótico de escolha é o Ciprofloxacino, podendo ser administrado por via oral ou endovenosa, dependendo da gravidade do quadro. Em casos mais graves, pode-se usar Ceftazidima.

73
Q

O que é a técnica de sutura captonada usada no tratamento de Pericondrite e Condrite?

A

A técnica de sutura captonada envolve o uso de botões ou algodão para pressionar a orelha após limpeza e drenagem cirúrgica, evitando que espaços se formem e causem nova inflamação.

74
Q

O que é Condrite Recorrente Autoimune?

A

É uma condição autoimune caracterizada por episódios recorrentes de inflamação da cartilagem, sem história de trauma. Geralmente é bilateral e pode estar associada a poliartrite e uveíte.

75
Q

: Qual é o tratamento para Condrite Recorrente Autoimune?

A

O tratamento envolve o uso de corticosteroides, como a Prednisolona.

76
Q

Quais são as características típicas da Condrite Recorrente Autoimune?

A

A doença é marcada por inflamações recorrentes, geralmente bilaterais, sem infecção ou trauma, e pode estar associada a poliartrite e uveíte.

77
Q

: O que causa a impactação do conduto auditivo por rolha de cerume?

A

A impactação é causada pelo acúmulo de cera, resultando em sensação de plenitude auricular e possível perda auditiva condutiva, podendo também causar dor se a cera estiver ressecada.

78
Q

Qual é o tratamento para impactação do conduto auditivo por cerume?

A

O tratamento inclui o uso de ceruminolíticos (como Cerumin) por 7 dias e, se necessário, remoção mecânica e lavagem do conduto por um otorrinolaringologista.

79
Q

O que é Otite Eczematosa e quais são seus sintomas?

A

A Otite Eczematosa pode acometer o conduto auditivo e o pavilhão, causando formação de placas descamativas e prurido, especialmente em pacientes com psoríase ou eczema no couro cabeludo

80
Q

Qual é o tratamento indicado para Otite Eczematosa?

A

O tratamento envolve o uso de corticóides tópicos, como Oto-betnovate ou Trok N, por cerca de 10 dias.

81
Q

: O que caracteriza a Erisipela do Pavilhão Auditivo?

A

A Erisipela do Pavilhão Auditivo é um processo infeccioso e inflamatório que afeta a pele e o tecido subcutâneo, causando lesões de bordas elevadas e hiperemia intensa.

82
Q

Qual é o tratamento para Erisipela do Pavilhão Auditivo?

A

O tratamento inclui antibióticos orais, como Cefalexina ou Clindamicina por 10 dias, ou intramuscular, com Penicilina Procaína 400.000 UI.

83
Q

O que é Otite Média Aguda (OMA)?

A

É uma inflamação do mucoperiósteo da orelha média, causada por etiologia viral ou bacteriana, com duração inferior a 3 meses.

84
Q

Qual é o pico de incidência da Otite Média Aguda (OMA)?

A

A OMA tem um pico de incidência em crianças de 6 a 12 meses de idade.

85
Q

Quais são as consequências da OMA recorrente em crianças menores de 2 anos?

A

A OMA recorrente pode causar atraso no desenvolvimento da linguagem e cognitivo, devido à perda auditiva condutiva e diminuição da acuidade auditiva.

86
Q

Como é definido um quadro de OMA recorrente?

A

OMA recorrente é definido por:
3 ou mais episódios de OMA em 6 meses;

4 ou mais episódios de OMA em 12 meses.

87
Q

Qual o impacto da perda auditiva causada por OMA recorrente?

A

A perda auditiva condutiva pode prejudicar o desenvolvimento da fala, cognição e habilidades sociais, afetando o desempenho escolar.

88
Q

Qual é o fator predisponente mais comum para o desenvolvimento de Otite Média Aguda (OMA)?

A

O processo prévio de infecção de vias aéreas superiores (IVAS) ou uma alergia nas vias aéreas superiores é o principal fator predisponente para OMA.

89
Q

Por que a OMA é mais comum em crianças do que em adultos?

A

Em crianças, a tuba auditiva é mais curta e retificada, o que facilita a entrada de fluidos e patógenos da nasofaringe na orelha média.

90
Q

Quais são os agentes virais mais comuns causadores de Otite Média Aguda?

A

O vírus mais comum é o Vírus Sincicial Respiratório, seguido de Adenovírus, Influenza e Parainfluenza.

91
Q

Quais são as principais bactérias associadas à OMA?

A

: As bactérias mais comuns são Streptococcus pneumoniae (20-40%), Haemophilus influenzae (15-30%), Moraxella catarrhalis (10-20%) e Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus (2-3%).

92
Q

Quais são os sintomas típicos de Otite Média Aguda em crianças?

A

Otalgia (dor de ouvido), irritabilidade, recusa alimentar, febre e, às vezes, vômito e diarreia. A otoscopia revela hiperemia, edema e abaulamento da membrana timpânica.

93
Q

Qual é a conduta inicial para crianças com Otite Média Aguda não complicada?

A

A conduta é observar por 72 horas e reavaliar, pois 80% dos pacientes apresentam melhora sem antibióticos, usando apenas anti-inflamatórios e analgésicos.

94
Q

Quais são os critérios para uma Otite Média Aguda ser considerada não complicada?

A

Crianças com mais de 6 meses, infecção unilateral, sem otorreia, e infecção bilateral apenas em crianças com mais de 2 anos.

95
Q

Quando é indicado iniciar antibioticoterapia imediatamente em crianças com OMA?

A

Em crianças com menos de 6 meses, com otorreia, febre acima de 39°C por mais de 48 horas, toxemia ou histórico de falha terapêutica.

96
Q

Qual é o antibiótico de escolha para OMA em crianças que não podem ser observadas?

A

Amoxicilina com Clavulanato (50-90 mg/kg/dia). Alternativas incluem Amoxicilina isolada, cefuroxima, ceftriaxona, ou azitromicina para alérgicos à penicilina.

97
Q

Qual é a duração recomendada da terapia antibiótica para Otite Média Aguda em diferentes faixas etárias?

A

Abaixo de 2 anos ou casos graves: 10 dias.

2 a 5 anos com casos leves/moderados: 7 dias.

Acima de 6 anos com casos
leves/moderados: 5 a 7 dias.

98
Q

Quais medidas adicionais podem ser adotadas no tratamento da OMA em crianças?

A

Uso de anti-inflamatórios esteróides (Prednisolona 0,5-1 mg/kg/dia), corticoide nasal e lavagem nasal com pouco volume para prevenir acúmulo de secreção.

99
Q

Quais são as medidas adjuvantes no tratamento da OMA em crianças?

A

Anti-inflamatório esteroidal (Prednisolona 0,5-1 mg/kg/dia), corticoide nasal e lavagem nasal de pouca pressão/volume.

100
Q

Quando é indicada a intervenção cirúrgica para tratar Otite Média Aguda?

A

Intervenções cirúrgicas, como a Meringotomia, são indicadas quando o quadro não se resolve com tratamento clínico ou quando há complicações.

101
Q

O que é Meringotomia e quando ela é realizada?

A

Meringotomia consiste em fazer um corte na membrana timpânica para aspirar secreção da orelha média. É indicada em casos crônicos ou complicados de OMA.

102
Q

Quando é indicada a adenoidectomia no contexto de OMA?

A

: Adenoidectomia é indicada quando o paciente continua com quadros crônicos de OMA, mesmo após meringotomia com tubo de ventilação.

103
Q

Quais são os métodos de prevenção mais eficazes para evitar a Otite Média Aguda?

A

Vacinação contra o vírus Influenza, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae tipo B.

104
Q

O que causa a Paralisia Facial Periférica (PFP) como complicação da OMA?

A

O edema pode comprimir o nervo facial, especialmente se houver mastoidite. O tratamento inclui corticoterapia sistêmica, antibióticos e meringotomia com aspiração da secreção.

105
Q

O que é mastoidite e como ela se desenvolve como complicação da OMA?

A

Mastoidite é o acúmulo de secreção nas células da mastoide, levando a abcesso retroauricular. É tratada com antibióticos, corticoides e, se necessário, cirurgia para drenagem da secreção.

106
Q

Qual é o tratamento inicial para a mastoidite como complicação da OMA?

A

O tratamento inicial inclui antibióticos, corticoides e meringotomia. Se não houver melhora em 72 horas, é necessária intervenção cirúrgica

107
Q

O que é Petrosite e como ela se apresenta?

A

Petrosite é uma complicação rara da OMA, envolvendo infecção do osso petroso. Pode afetar o nervo abducente, causando paralisia e dor retro-orbital, levando à Síndrome de Gradenigo.

108
Q

O que caracteriza a Síndrome de Gradenigo, associada à Petrosite?

A

A tríade inclui paralisia do nervo abducente (diplopia e estrabismo), dor retro-orbital e otorreia purulenta crônica. O tratamento é com antibióticos venosos e, em alguns casos, cirurgia.

109
Q

: O que caracteriza a Otite Média com Efusão?

A

É um quadro sub-agudo com presença de fluidos na orelha média, sem sinais infecciosos ou inflamatórios. A otoscopia revela abaulamento da membrana timpânica e bolhas de ar ou líquido atrás dela.

110
Q

: Qual é a principal consequência auditiva da Otite Média com Efusão?

A

Pode causar perda auditiva condutiva. De 75 a 90% dos pacientes evoluem com resolução espontânea da patologia.

111
Q

Em quais pacientes a Otite Média com Efusão é mais comum?

A

É mais frequente em pacientes com rinite alérgica ou inflamação nasal crônica, e pode ocorrer após a resolução de uma Otite Média Aguda.

112
Q

Quando o tratamento intervencionista é indicado na Otite Média com Efusão?

A

É indicado quando a efusão persiste por mais de 3 meses, com perda auditiva maior que 40 dB, retração ou erosão da orelha média, atraso no desenvolvimento da fala ou cognição, ou em pacientes com Transtorno do Espectro Autista ou outras deficiências sensoriais.

113
Q

Qual é o tratamento intervencionista recomendado para Otite Média com Efusão crônica?

A

A colocação de tubo de ventilação na orelha média é recomendada para melhorar a drenagem e ventilação da orelha.