doença arterial coronariana Flashcards

1
Q

o que é arteROSclerose

A

inflamação, com a formação de plaquetas de gordura, cálcio e outros elementos na parede as artérias por macrófagos, que após, se transformam em células espumosas, formando estrias gordurosas (lesões iniciais) e depois ateromas
gera redução da elasticidade e diâmetro luminal

reduz o fluxo por obstrução

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2
Q

o que é e como ocorre o remodelamento vascular

A

resposta adaptativa a estímulos específicos, participando da fisiopatologia de doenças cardiovasculares

Ocorre devido a hiperatividade do SNS e SRAA, levando a vasoconstrição crônica. Assim, se estimula a hipertrofia m. lisa, produção de colageno e fibronectina, o que torna os vasos mais rígidos. Dessa maneira, gera disfunção endotelial, onde há a redução de NO e aumento da endotelina-1.

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3
Q

o que é arteRIOSclerose

A

hipertrofia das túnicas íntima e média, com substituição da células musculares lisas por colágeno, elastina e depósito de cálcio na túnica média, gerando redução da elasticidade e aumento da resistência ao fluxo

reduz o fluxo pelas artérias se tornarem mais espessa e rígidas

ocorre fisiologicamente com o envelhecimento

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4
Q

qual a artéria coronariana que possui maior sobrevida?

A

a. coronária direita

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5
Q

em qual fase do ciclo cardíaco que ocorre a permeabilidade das artérias epicárdicas, musculares e dos capilares?

A

diástole

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6
Q

consequências da disfunção vascular

A
  • asterosclerose e arteriosclerose
  • isquemia e necrose miocárdica

tais consequências podem ser cronificadas, resultando em angina e cardiomiopatia, ou podem gerar sintomas agudos como, angina instável e IAM com ou sem supra ST

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7
Q

que fatores endoteliais influenciam a liberação de ON

A
  • Ach
  • trombina
  • histamina
  • bradicinina
  • insulina
  • citocinas
  • estresse de cisalhamento
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8
Q

quais as ações das citocinas inflamatórias na disfunção endotelial?

A
  • proliferação e migração de células lisas vasculares
  • reduz a disponibilidade de ON
  • inibição de angiogênese
  • aumento de LDL nas células endoteliais
  • apoptose das células endoteliais
  • proliferação e migração de células musculares lisas e reestenose
  • aumento da resistência insulínica
  • expressão de moléculas de adesão leucocitárias e plaquetárias
  • aumento de quimiotaxia e trombose
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9
Q

causas da doença arterial coronariana

A
  • espasmo
  • embolos
  • origem congênita (raramente)
  • arterosclerose
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10
Q

quais são as citocinas marcadoras de arteROSclerose

A
  • selectinas
  • integrinas
  • VCAM-1
  • ICAM-1
  • proteína C-reativa
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11
Q

quais são as alterações na túnica íntima na arteROSclerose

A
  • disfunção endotelial, causando aumento endotelial e retenção de lipoproteínas que oxidam o LDL
  • formação de estrias gordurosas (lesões iniciais), onde ocorre o acúmulo de colesterol em macrófagos (células espumosas)
  • estímulo da adesão leucocitária, formando ateromas
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12
Q

diga o processo inflamatório da arteROSclerose

A

é descontínuo

  • macrófagos secretam citocinas e enzimas proteolíticas, amplificando a inflamação e degradando componentes teciduais
  • LT e macrófagos interagem, produzindo mais citocinas
  • há redução da resposta imune dos LT, gerando a produção de anti-LDL oxidada
  • endotélio realiza quimiotaxia, o que libera EROS, promoveno vasoconstrição e trombose
  • gera-se stress de cisalhamento
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13
Q

quem produz a placa lipídica vulnerável na arterosclerose

A

linfócitos inflamatórios, os quais inibem a síntese de colágeno pelas células musculares lisas

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14
Q

quais as alterações na túnica média na arteROSclerose

A

aumento da m. lisa, devido:
- desequilíbrio entre replicação e morte das células musculares
- presença de fatores locais de crescimento, citocinas, células inflamatórias e colesterol oxidado
- fatores sistêmicos, como HAS

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15
Q

qual a alteração na túnica adventícia na arteROSclerose

A

deposito de fibroblastos

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16
Q

o que é a túnica neoítima?

A

nova túnica formada na arterosclerose, que invade a túnica íntima, devido remodelação vascular.

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17
Q

quais são os acontecimentos decorrentes da formação do ateroma

A
  • presença de geradores de citocinas inflamatórias
  • aumento da expressão de moléculas de adesão
  • migração trans-endotelial
  • deposição de células espumosas subendoteliais
  • aumento da espessura arterial
  • redução luminal
18
Q

quais as possíveis complicações decorrentes do ateroma

A
  • estenose arterial
  • remodelamento arterial e centrífugo da placa
  • invasão tardia do lúmen
  • crescimento de forma descontínua
  • evolução para isquemia
19
Q

em que situações um ateroma é considerado complicado

A
  • ruptura da capa fibrosa
  • erosão e ulceração
  • trombose arterial
  • vasoespasmo
20
Q

como ocorre ruptura da cápsula fibrosa em caso de ateroma?

A

pode ocorrer por forças mecânicas, inibição da síntese e/ou exacerbação do catabolismo do colágeno
e acúmulo de macrófagos/adipocitos.

21
Q

como pode ocorrer erosão e ulceração em caso de ateroma

A

pode ocorrer por degradação da matriz, apoptose, hemorragia interplaca.

22
Q

como é causada a trombose arterial em caso de ateroma

A

causada pela exposição ao colágeno subendotelial, aderindo plaquetas.

23
Q

como ocorre vasoespasmo em caso de ateroma

A

mediado pelas plaquetas (lesão plaquetária), geralmente ocorre por emoções ou tabagismo abundante e constante.

24
Q

o que é doença arterial coronariana

A

obstrução das artérias coronarianas, que são responsáveis pela irrigação da musculatura cardíaca, podendo levar à isquemia do miocárdio. Essa obstrução ocorre através da lesão endotelial vascular que causa o estreitamento dos vasos - a causa mais comum desse estreitamento dos vasos é a aterosclerose.

25
Q

como se dá o diagnóstico de doença coronariana

A
  • sintomas
  • eletrocardiograma em repouso
  • avaliação funcional (teste ergométrico, cintilografia e ecocardiograma)
  • angiografia e escore de cálcio para graduar a estenose e redução de fluxo
  • angioressonância magnética
  • cinecoronariografia
26
Q

explique as consequências agudas e crônicas da isquemia

A
  • redução crônica do fluxo: limita a oferta de oxigênio
    continuamente – doença coronariana crônica e estável; angina aos esforços; angina estável; cardiomiopatia isquêmica.
  • Redução aguda do fluxo: limita a oferta de oxigênio de forma abrupta, com isquemia em baixa demanda – angina instável; angina vasoespástica; infarto agudo do miocárdio.
27
Q

o que é angina

A

manifestação clínica causada pela redução do
fluxo sanguíneo nas coronárias

28
Q

o que é angina estável

A

manifestação clínica causada pela redução do
fluxo sanguíneo nas coronárias, associada frequentemente ao esforço físico ou estresse, sendo aliviada depois de 5 a 10 minutos de repouso e/ou nitrato, cujas características não se alteram no período de 2 meses.

29
Q

o que é angina instável

A

manifestação clínica causada pela redução do
fluxo sanguíneo nas coronárias, geralmente são episódios transitórios de oclusão trombótica = dor súbita, geralmente durando de 10 a 20
minutos - ela acontece mas sem que haja um infarto do miocárdio, dor vem e passa.

30
Q

o que é angina vasoespástica

A

dor de duração variável, em média de 20 minutos. Episódios são frequentes, vários por semana, independentes de esforços e emoções.

31
Q

como a lesão isquêmica pode gerar acidose

A

pois causa interrupção do suprimento de O2 mitocondrial, cessando o ciclo de Krebs e o fornecimento de energia por fosforilação oxidativa. Assim, a geração de ATP passa a ocorrer por glicólise, aumentando os níveis de lactato citosólico e reduzindo o pH intracelular = acidose.

32
Q

como a acidose, decorrente da isquemia, é compensada

A

por acúmulo intracelular de água (gerando edema), e ativação do trocador de Na+/H+, para regular o pH
e o volume intracelular, promovendo efluxo de íons de Hidrogênio (H+) e influxo de Sódio (Na+) na célula.

33
Q

quais as consequências da progressão da lesão isquêmica

A

Maior concentração de Na+ no citosol gera ativação reversa do trocador de Na+/Ca2+, com exclusão de Na+ e entrada de cálcio, inativação das bombas Na+/K+ ATPase e SERCA (impedindo tanto a exclusão do Na+ e a entrada do K+, como a recaptura do Ca2+
liberado no citosol de volta para o RS).

A sobrecarga de Na+ e Ca2+ inviabiliza a repolarização e a contração

Ocorre, então, ativação de enzimas (fosfolipases, proteases, endonucleases e ATPases), associadas a peroxidação lipídica, produção de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs), disfunção de proteínas contráteis, perda da função celular e necrose.

34
Q

fatores de risco para arteROSclerose

A
  • HA
  • DM
  • tabagismo
  • dislipidemias
  • sedentarismo
35
Q

quais os sintomas do IAM

A
  • Pressão/dor (>20min) na porção mediana do tórax, com ou sem irradiação retroesternal (≠ angina)
  • Falta de ar
  • Fadiga
  • Náusea
36
Q

explique a evolução do IAM

A
  1. Ruptura da placa, micro trombos, vasoespasmo, aumento do trombo = oclusão aguda
  2. Interrupção do metabolismo aeróbico (segundos) = isquemia
  3. Acúmulo de produtos de degradação
  4. Perda da contratilidade (minutos)
  5. Morte celular (20 a 30 minutos) – a dor deixa de ser angina e passa a ser infarto após os 20min, pois começa a necrose.
  6. Necrose completa (4 a 6 horas) - exceto na presença de ampla circulação colateral.
  7. Hibernação – a parte do músculo que sofreu infarto fica hibernante = dormindo = inútil.
37
Q

quais as alterações no miocárdio decorrentes do IAM

A
  • Necrose das miofibrilas
  • Desintegração do colágeno interfibrilar, perda da sustentação, propensão à distensão e deformação
  • Deslizamento de áreas musculares necróticas com realinhamento dos miócitos na parede infartada
  • Fibrose
  • Remodelamento
  • Disfunção ventricular
38
Q

explique a remodelação do miocárdio no IAM

A

é um conjunto de variações moleculares, celulares e
intersticiais do tecido gerando alterações da geometria, volume, massa e constituição do coração em resposta a uma agressão.

Pode ocorrer a partir de:
- Hipertrofia da musculatura não afetada
- Redução do conteúdo proteico do miocárdico
- Depósito de colágeno
- Fibrose

39
Q

explique a cardioproteção por exercícios físicos

A
  • Controla os fatores de risco
  • Protege de lesões por isquemia e reperfusão
  • Estimula utilização/fortalecimento da circulação colateral
  • Ocorrem adaptações bioquímicas especificas do miocárdio
  • Aumenta o nível de agentes opióides como a beta-endorfina e a encefalina
40
Q

por que a reperfusão coronária pode aumentar as chances de um novo infarto

A

implica em perda do potencial de ação da membrana da mitocôndria, desacoplamento da fosforilação oxidativa, depleção do ATP e morte celular. Também atrai neutrófilos, gerando disfunção do RS, mais sobrecarga de cálcio e mais enzimas ativadas pelo cálcio.

a reperfusão pode produzir mais lesão que a isquemia

41
Q

tto emergencial da síndrome coronariana aguda

A
  • analgesia
  • nitrato oral
  • ASS
  • betabloqueadores
  • antagonistas dos canais de cálcio
  • IECA
  • reperfusão com fibrinolíticos
  • angioplastia transluminal com ou sem stent
42
Q

possíveis evoluções da doença coronariana

A
  • óbito
  • IC
  • angina estável e instável
  • morte súbita tardia
  • reinfarto
  • retorno assintomático às atividades habituais