DM- CONCEITO E DIAGNÓSTICO Flashcards

1
Q

Qual conceito de DM?

A

É uma doença do metabolismo intermediário, caracterizada por hiperglicemia e suas complicações agudas (cetoacidose diabética, estado hiperglicêmico hiperosmolar, hipoglicemia) e crônicas (microvasculares e macrovasculares).

Decorre do estado de hipoinsulinismo. Ou seja: uma deficiência absoluta (na produção) e/ou relativa (no efeito periférico) da insulina!

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2
Q

Qual o diagnóstico laboratorial de DM?

A
Critérios Diagnósticos para Diabetes:
1- Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl.
                O U
2- Glicemia duas horas pós-TOTG ≥ 200  
                O U
3- Hemoglobina glicada (HbA1c) ≥ 6,5%.
                O U
4- Glicemia aleatória (realizada a qualquer hora do dia, independente do horário das refeições) ≥ 200 mg/dl em um paciente com sintomas

O ÚNICO CRITÉRIO QUE NÃO PRECISA DE REPETIR EXAME É O 4, OS OUTROS PRECISAM DE PELO MENOS 2 EXAMES ALTERADOS PARA DX( EX, 2 GLI JEJUM ALTERADA)

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3
Q

Qual diagnostico laboratorial de pré-dm?

A

Risco aumentado de diabetes (pré-diabetes):
• Glicemia de jejum 100-125
•TOTG 140-199
•HbA1c 5,7-6,4%.

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4
Q

Quais são os hormônios contrainsulinicos?

A

SÃO 4:
• Glucagon - produzido pelas células alfa das ilhotas do pâncreas.
• Adrenalina - produzida pela medula suprarrenal.
• Cortisol - produzido pelo córtex suprarrenal.
• GH - produzido na adenoipófise.

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5
Q

O que é peptídeo c?

A

A insulina sintetizada pelas células beta do pâncreas é armazenada como pró-insulina. Durante a secreção de insulina, o peptídeo C é clivado e liberado conjuntamente com o hormônio.
OU SEJA, SERVE COMO MARCADOR PARA A PRODUÇÃO DE INSULINA

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6
Q

Como diferenciar DM1 e DM2 pelo peptídeo c?

A
  • DM tipo 1: indetectável ou <0,1

- DM tipo 2: > 0,1 ng/dl.

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7
Q

O que é a síndrome de Schmidt?

A

DM 1 associado a outras endocrinopatias autoimunes:
doença de Addison + tireoidite de Hashimoto + DM tipo 1

Anemia perniciosa e vitiligo também podem participar da síndrome.

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8
Q

Qual a diferença entre o subtipo A e B do DM1?

A

O tipo 1A é de origem autoimune, predominante em caucasianos, onde encontramos os autoainticorpos
O tipo 1B é idiopático, mais comum em negros e asiáticos, em que não se encontram autoanticorpos.

“A” DE AUTOANTICORPOS

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9
Q

O que é a DM LADA?

A

LADA (Late-onset Autoimmune Diabetes of Adulthood). São indivíduos com DM autoimune, cuja destruição das ilhotas pancreáticas evolui de forma MAIS LENTA E TARDIA. No início do quadro, alguns até respondem aos diabéticos orais, por meio das células beta que ainda não foram destruídas.

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10
Q

DM2 é uma doença genética precipitada por fatores ambientais

V ou F?

A

VERDADEIRO

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11
Q

80% dos diabéticos tipo 2 são obesos(principalemente obesidade abdominal)
V ou F?

A

VERDADEIRO

Obesidade central provoca resistência periférica à insulina

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12
Q

A mairoria dos obesos abdominoviscerais se tornam diabético

V ou F?

A

FALSO

Conclusão direta: somente o aumento da resistência periférica insulínica não é suficiente para causar diabetes mellitus!

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13
Q

A genética tem mais influencia na DM1 do que na DM2.

V ou F?

A

FALSA

A genética tem maior influência no DM2. Tanto é que a concordância do DM tipo 2 entre gêmeos univitelinos é superior a 80%, contra somente 30% para o DM tipo 1.

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14
Q

Como se comporta a produção de insulina no DM2 durante o curso da doença ao longo dos anos?

A

No início, o pancreas passa a produzir mais insulina (fase hiperinsulinemica). Com o passar do tempo, excreta cada vez menos insulina por exaustão (fase insulinopenica).
Após 10-20 anos de dç, mts pcts necessitarão fazer reposição deste hormônio.

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15
Q

Medida mais eficaz na pré-DM para evitar evolução da dç

A

MUDANÇA DE HABITOS DE VIDA- REDUZIR OBESIDADE

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16
Q

QUADRO CLINICO DA DM1

A

DM tipo 1:

  • Geralmente se inicia antes dos 20 anos
  • Quadro clinico abre de forma abrupta e sintomática (emagrecimento, poliúria, polidipsia)
  • Autoanticorpos (anti-GAD, anti-IA-2…) são positivos
  • Níveis séricos do peptídeo C são inferiores a 0,1 ng/dl ou indetectáveis
  • São magros e não respondem a antidiabéticos orais.
  • Acabam evoluindo para cetoacidose diabética.
17
Q

QUADRO CLINICO DA DM2

A

DM tipo 2:

  • Se inicia após os 45 anos e de forma INSIDIOSA E TARDIA.
  • Os sintomas (poliúria, polidipsia, emagrecimento) são tardios
  • Os autoanticorpos são negativos
  • Níveis séricos de peptídeo C estão acima de 0,1 ng/dl.
  • 80% dos pacientes têm obesidade.
18
Q

Como é feito o rastreamento da DM2? (exame e periodicidade)

A
O rastreamento pode ser feito com:
-glicemiade jejum
-TOTG 75 (2h) 
-HbA1c. 
Caso o teste esteja normal, ele deve ser repetido dentro de três anos.
19
Q

Qual o publico alvo do rastreamento DM2?

A

1- qualquer pessoa a partir dos 45 anos
2- independentemente da idade, se tiver sobrepeso (IMC > 25) e pelo menos, um dos fatores de risco abaixo:
• História familiar de DM positiva
• Etnicidade de risco (negros,nativos americanos, asiáticos)
• Hipertensos
• Dislipidemia
• Sedentarismo.
• Síndrome dos ovários policísticos.
• História de doença cardiovascular.
• História de diabetes gestacional.
• Outras condições associadas à síndrome metabólica

20
Q

Quais são as dçs que devem ser rastreadas em pcts com DM1?

A

Devido a maior frequência de doenças autoimunes, devem ainda fazer rastreamento para:

  • disfunção tireoideana(principalmente tireoidite de hashimoto)
  • deficiência de B12 (anemia perniciosa)
  • doença celíaca

OBS: especialmente na presença de sintomas (em assintomáticos ainda é questionável, embora muitos também o indiquem).

21
Q

No adulto, existe associação entre DM1, vitiligo e anemia perniciosa.
V OU F?

A

VERDADEIRO

22
Q

O QUE É HEMOGLOBINA GLICADA?

A

HbA1c, trata-se de uma fração da hemoglobina que se liga à glicose de forma irreversível.

23
Q

A HB1AC mostra a média da glicemia de quantos meses? quanto a glicemia do ultimo mês influencia?

A

É Proporcional à média das glicemias nos últimos TRES MESES- tempo de vida da hemácia

O nível glicêmico no mês precedente contribui com cerca de 50% para o valor

24
Q

Como o valor da HB1AC pode estar alterada de acordo com o turnover das hemácias?

A

TURNOVER BAIXO (ex.: anemias carenciais): valores falsamente elevados - há menor renovação das hemácias

TURNOVER ALTO(ex.: hemólise, anemias carenciais em tratamento e uso de eritropoetina):
falsamente reduzidos- há maior renovação das hemácias, não permanecendo por 3 meses
25
Q

Anemia hemolítica
Estados hemorrágicos
Hipervitaminoses C e E

AMBAS SITUAÇÕES AUMENTAM OU DIMINUEM A HEMOGLOBINA GLICADA?

A

DIMINUEM

26
Q

Qual a conduta no pct com pré-dm?

A

-Devem ser monitorados anualmente
-Medidas terapêuticas:
combater obesidade e sedentarismo
metformina: deve ser considerada

27
Q

Glicemia capilar ≥ 126 mg/dl é um criterio para diagnóstico de DM.

V OU F?

A

FALSO!!!

É GLICEMIA DE JEJUM, NÃO GLI CAPILAR

28
Q

Existe algum significado clinico diferente entre glicemia de jejum alterada e o teste de intolerância oral à glicose alterada?

A

SIM.
O Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) é o mais sensível-> corresponde uma reposta alterada das secreções aguda e crônica de insulina
Glicemia de jejum alterada se correlaciona apenas com a redução da resposta aguda