Distúrbios de Consciência Flashcards

1
Q

Conceito de INCONSCIÊNCIA:

A

Inconsciência é a perda da capacidade do indivíduo em reconhecer a si mesmo, sem noção do meio que o cerca (sem interação e reação).

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2
Q

Causas de inconciência:

A
  • LESÕES ESTRUTURAIS

- CAUSAS SISTÊMICAS

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3
Q

Causas de inconciência:

LESÕES ESTRUTURAIS:

A

traumas (hematomas, contusão, concussão cerebral), AVC, metastases cerebral, crises convulsivas.

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4
Q

Causas de inconciência:

CAUSAS SISTÊMICAS:

A

hipoglicemia, hiperglicemia (cetoacidose diabética), hipóxia (ICC, DPOC, hipovolemia), tóxicas (monóxido de carbono, drogas e álcool).

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5
Q

Quando realizada a avaliação primária deve-se dar enfase para:

A
  • avaliar responsividade/comprovar a inconsciência

* observar expansibilidade torácica e checar pulso carotídeo ou femoral

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6
Q

Na avaliação primária, caso não sejam observados movimentos respiratórios nem pulso:

A

iniciar RCP

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7
Q

Na presença de movimentos respiratórios e pulso, prosseguir a avaliação primária com ênfase para:

A
  • manter a permeabilidade da via aérea e ventilação adequada
  • oferecer O2 sob máscara não reinalante 10 a 15 l/mim se SatO2 < 94%
  • realizar avaliação através da Escala de Coma de Glasgow e avaliação pupilar
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8
Q

Ao realizar avaliação secundária, dar ênfase para:

A
  • coletar história SAMPLA
  • monitorar sinais vitais e oximetria
  • mensurar a glicemia capilar*
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9
Q

A Escala de Coma de Glasgow usa quais parametros como indicadores:

A

abertura ocular, resposta verbal e resposta motora.

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10
Q

Escala de Coma de Glasgow

No Parâmetro abertura ocular, quais são as respostas e suas pontuações?

A
Resposta de abertura ocular
4 - Espontânea
3 - Ao comendo verbal
2 - À dor
1 - Sem resposta ocular
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11
Q

Escala de Coma de Glasgow

No Parâmetro resposta verbal, quais são as respostas e suas pontuações?

A
Resposta verbal:
5 - Orientado
4 - Desorientado
3 - Palavras impróprias
2 - Emite sons
1- Sem resposta verbal
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12
Q

Escala de Coma de Glasgow

No Parâmetro resposta motora, quais são as respostas e suas pontuações?

A
Resposta motora: 
6 - Obedece ao comando verbal
5- Localiza dor
4 - Se afasta da dor
3 - Flexão anormal (decorticação)
2 - Extensão anormal (descerebração)
1 - Sem resposta motora
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13
Q

Escala de Coma de Glasgow

Avaliação da pupila com estímulo luminoso, pontuação:

A

Avaliação pupilar: deve ser subtraído da pontuação
2 pontos quando for Inexistente
1 ponto quando apenas uma pupila reage
0 pontos se as duas pupilas reagem

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14
Q

Defina e explique os possíveis resultados da avaliação pupilar:

A

ISOCORIA - pupilas com diâmetros iguais.

ANISOCORIA - pupilas com diâmetro desigual (provável lesão cerebral).

MIOSE - diminuição do diâmetro pupilar. Deve ocorrer normalmente como reação à luz (provável choque anafilático (overdose, intoxicação grave, etc…).

MIDRÍASE - aumento do diâmetro pupilar (déficit de oxigenação cerebral, provável lesão em ambos hemisférios cerebrais).

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15
Q

Defina CRISE HIPERTENSIVA:

A

Consiste no aumento da Pressão Arterial (PA) com risco de morte ou de lesão de órgãos-alvo.

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16
Q

Qual a diferença de urgência hipertensiva e emergência hipertensiva:

A

A urgência não tem risco imediato à vida e sem dano agudo ou comprometimento vascular imediato (pode evoluir para complicações graves)
A emergência apresenta risco iminente de morte ou de lesão por dano agudo e/ou progressivo, precisando de medicamentos.

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17
Q

Explique urgência hipertensiva:

A

É a elevação da pressão arterial (PA diastólica superior a 120 mmHg).
Pode ser acompanhada de cefaleia, tontura e zumbidos e em casos mais graves de dispneia, dor precordial e ansiedade.

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18
Q

Explique emergência hipertensiva:

A

elevação súbita e perpetuada da PA, com dano agudo e/ou progressivo vascular e de órgãos-alvo, com rápida descompensação da função de órgãos vitais e com risco iminente de morte ou de lesão.
Irreversível sem ação de medicamentos, demanda início imediato da redução dos níveis pressóricos, deve ser controlada nas primeiras horas.
Inclui os quadros de: AVC Hemorrágico, AVC Isquêmico, complicações cardiovasculares (IAM, angina instável, falência de ventrículo esquerdo, dissecção de aorta, edema agudo de pulmão), falência renal.

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19
Q

Conceitue acidente vascular encefálico:

A

Refere-se a qualquer anormalidade funcional do SNC, que ocorra quando se rompe o aporte sanguíneo normal para o cérebro.

Pode envolver uma artéria ou uma veia.

Por oclusão parcial ou completa ou ainda por
laceração da parede de um vaso.

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20
Q

AVC - causa Não-hemorrágica:

A
  • Isquêmico (85%)

trombose, embolia, isquemia

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21
Q

AVC - causa hemorrágica:

A

ruptura de um vaso sanguíneo cerebral
com sangramento para dentro do tecido
cerebral ou dos espaços que circundam
o cérebro

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22
Q

Riscos não modificáveis e modificáveis de AVC:

A

Riscos não modificáveis:
Idade, raça, sexo, história familiar (HF) de AVEI ou AVEH.

Riscos modificáveis:
Doença coronariana, HAS, DM, arritmia cardíaca (FA), estenose de carótida assintomática, ICC, tabagismo, dislipidemia, obesidade, sedentarismo.

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23
Q

Quando suspeitar de um AVC:

A

início súbito de déficits neurológicos focais, especialmente de um lado do corpo (paresia, paralisia ou perda de expressão facial e/ou desvio de rima labial; e paresia, plegia e/ou parestesia).
distúrbios da fala (afasia, disartria).
alterações pupilares e ptose palpebral (lado da lesão).

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24
Q

Quando suspeitar de um AVC:

A
  • Alterações do nível de consciência (de confusão a completa irresponsividade)
  • ocorrência de crise convulsiva (primeiro episódio) sem história prévia de trauma ou episódio anterior
  • cefaleia súbita e intensa sem causa conhecida
  • vômito
  • alteração visual súbita (parcial ou completa)
  • vertigem ou perda do equilíbrio ou da coordenação motora
  • dificuldade súbita para caminhar
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25
Q

Enquanto fazemos a avaliação primária num caso de Acidente Vascular Encefálico e Escala de Gasglow, devemos:

A
  • manter a permeabilidade das vias aéreas e ventilação adequada
  • manter decúbito elevado (35 a 45 graus)
  • manter posição lateral de segurança (PLS) em caso de paciente inconsciente com risco de vômito e broncoaspiração.
  • aspirar orofaringe, se necessário
26
Q

Escala pré-hospitalar de AVC de Cincinnati :

A

Mede: assimetria facial, debilidade dos braços e fala anormal.
A presença de anormalidade em um dos parâmetros avaliados leva a 72% de probabilidade de ocorrência de um AVC. Na presença de anormalidade nos 3 parâmetros, a probabilidade é superior a 85%.

27
Q

Escala pré-hospitalar de AVC de Cincinnati : como avaliar assimetria facial?

A

Pede-se para o paciente mostrar os dentes ou sorrir. Será anormal se um lado não se mover tão bem quanto o outro.

28
Q

Escala pré-hospitalar de AVC de Cincinnati : como avaliar a debilidade dos braços?

A

O paciente fecha os olhos e mantem os braços estendidos. Será anormal se um braço não sobe ou cai.

29
Q

Escala pré-hospitalar de AVC de Cincinnati : como avaliar a fala?

A

Pede-se para o paciente dizer ‘‘o rato roeu a roupa do rei de roma’’. Será anormal se ele pronunciar palavras ininteligíveis, usar palavras incorretas ou for incapaz de falar.

30
Q

Escala de Cincinnati: S A M U

A

S - Sorria (boca torta)
A - Peça para elevar os braços (perda de força)
M - Repita a frase como uma música (dificuldade de fala)
U - Ligue para o SAMU.

31
Q

Defina CRISE CONVULSIVA:

A

movimentos musculares súbitos, incoordenados, involuntários e paroxísticos que ocorrem de maneira generalizada ou apenas em segmentos do corpo.

32
Q

Causas de uma crise convulsiva:

A

Epilepsia, febre alta, hipoglicemia, traumatismo craniano, hemorragia e tumores cerebrais e intoxicações exógenas

33
Q

Tipos fundamentais de crise convulsiva:

A

Convulsões tônicas;

Convulsões clônicas:

34
Q

Convulsões tônicas;

A

Convulsões tônicas: caracterizam-se por serem mantidas, permanentes, e imobilizarem as articulações.

35
Q

Convulsões clônicas:

A

são movimentos rítmicos, alternando-se contrações e relaxamento musculares em ritmo mais ou menos rápido.

36
Q

CRISES CONVULSIVAS FOCAIS

A

Os movimentos ficam restritos a um segmento ou a um dos lados do corpo.

37
Q

CRISES CONVULSIVAS GENERALIZADAS

A

. A atividade eletrofisiológica anormal atinge ambos os hemisférios de forma simultânea e sincrônica.
. Raramente ultrapassa 5 minutos de duração.

38
Q

EXPLIQUE A SEQUENCIA DE EVENTOS DE UMA CRISES CONVULSIVA GENERALIZADA:

A

Começa com a perda abrupta da consciência, com queda ao solo. Acontece primeiro um enrijecimento (fase tônica) e depois as contrações musculares (fase clônica). A crise cessa após 2-5 minutos, com uma fase de relaxamento total, em sono profundo. O paciente acorda sem noção do que aconteceu.

39
Q

Sinais e sintomas durante o episódio convulsivo:

A

Cianose
Sialorreia
Incontinência dos esfíncteres (anal e vesical)
Mordedura da língua
Ferimentos diversos (decorrente da queda e dos abalos)

40
Q

Quando suspeitar uma crise convulsiva:

A
  • súbita perda da consciência, acompanhada de contrações musculares involuntárias, cianose, salivação intensa, lábios e dentes cerrados.
  • eventual liberação esfincteriana caracterizada por incontinência fecal e urinária.
  • na fase pós-convulsiva: sonolência, confusão mental, agitação, flacidez muscular, cefaleia e sinais de liberação esfincteriana.
41
Q

Complicações de uma crise convulsiva:

A
  • Ferimentos durante a crise (queimaduras, quedas)
  • Broncoaspiração de vômito (pneumonia e
  • Insuficiência respiratória)
  • Afogamento
  • Morte
42
Q

Coisas que leigos podem fazem em meio a uma crise convulsiva:

A

Remover óculos, proteger a cabeça, afrouxar roupas apertadas, não conter o paciente à força, virar o paciente de lado, cronometre o tempo de convulsão

43
Q

Condutas que não devem ser tomadas em uma crise convulsiva:

A
  • não jogar água no rosto da vítima
  • não oferecer nada para cheirar durante a crise
  • evite dar alimentos ou líquidos no período pós-ictal (sonolência, dor de cabeça, confusão mental e redução reflexos de tosse e deglutição)
  • não introduza a mão ou objetos que possam ser deglutidos na cavidade oral.
44
Q

Defina Sincope:

A
  • Perda súbita e transitória (segundos a minutos) da consciência
  • Manifestações prodrômicas mais evidentes
  • Acompanhada de perda do tônus postural
  • Causada por insuficiente fluxo sanguíneo cerebral
  • Seguida de recuperação sem adoção de medidas de reanimação
45
Q

Manifestações prodrômicas (que antecedem) de uma síncope:

A
Mal-estar
 Náuseas
 Sudorese e Palidez
 Visão embaçada
 Desconforto epigástrico
46
Q

Causas da síncope:

A

Neurogênica: vasovagal, hipotensão postural
Cardiovascular: arritmias, obstrução fluxo sanguíneo
Alterações Metabólicas: hipo ou hiperglicemia
Transtornos Psiquiátricos: histérica

47
Q

A síncope pode ser uma Lipotímia/ Vertigem:

A

É uma sensação iminente de perda da consciência que acaba não se consumando.

48
Q

A síncope pode ser um Desmaio:

A

Perda parcial ou total da consciência por qualquer

causa, seja ela devido a uma síncope ou crise epilética

49
Q

Síncope vasovagal:

A

Mais comum em jovens. Perda de consciência é geralmente precedida por manifestações prodrômicas.

50
Q

Síncope vasovagal pode estar associada a:

A
Medo
 Estresse emocional
 Ambiente quente
 Lugar fechado
 Visão de sangue
 Dor
51
Q

Síncope por hipotensão postural (Síncope ortostática):

A

Pode ocorrer em indivíduos normais que permanecem de
pé durante muito tempo (posição fixa)

Ou

Que se levantam rapidamente após longa permanência em
decúbito horizontal (pacientes no leito por muito tempo)

52
Q

Síncope cerebrovascular

A

Doenças cerebrovasculares raramente levam à síncope, mas, quando ocorre, geralmente é decorrente da oclusão de artérias do sistema vertebrobasilar.

53
Q

Síncope de origem metabólica

A

Hiperventilação - alcalose respiratória - ocorre principalmente em mulheres jovens tensas e ansiosas (devido a redução do CO2 circulante e consequente vasoconstrição cerebral).

54
Q

Síncope cardiovascular

A

Pode ser causada por redução da pré-carga, por obstrução do fluxo sanguíneo e por diminuição do inotropismo cardíaco - arritmias (propriedade do coração em se contrair ativamente).

55
Q

Síncope histérica

A

Em geral ocorre sob circunstâncias dramáticas.
Não há alterações no Pulso, PA ou na coloração da pele.
Associada também a hiperventilação (aumento da frequência e profundidade respiratória)

56
Q

Conduta em caso de síncope:

A

Colocar a vítima com a cabeça abaixada entre os joelhos ou deitado com as pernas elevadas.

Afrouxar as roupas apertadas, principalmente no colarinho.

57
Q

Defina HIPERGLICEMIA:

A

Consiste na quantidade excessiva de glicose circulante no plasma sanguíneo.

58
Q

Os sintomas clássicos de hiperglicemia são: OS 4Ps

A

poliúria (muita urina), polidipsia (muita sede), polifagia (muita fome) e perda involuntária de peso

59
Q

Defina HIPOGLICEMIA:

A

Estado metabólico caracterizado por níveis de glicose plasmática inferiores a 60mg/dl.

60
Q

Causas de HIPOGLICEMIA:

A
Dose excessiva de insulina
Reduzida ingesta de carboidratos
Aumento do consumo periférico de glicose (infecções)
Ingestão abusiva de álcool
Insuficiência renal
61
Q

Sinais e sintomas de hipoglicemia:

A
Turvação da visual
Cefaleia
Tremor
Ansiedade
Parestesia
Lentificação do pensamento
Sonolência
Dificuldade de concentração
Confusão mental
Convulsão
Coma