Disritmias - Fibrilhação auricular Flashcards

1
Q

Em repouso, o potencial de membrana das cardiomiócitos é…

A

Negativo

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2
Q

O potencial de membrana do cardiomiócito depende de duas coisas. Quais?

A

Bomba de Na+/K+

Gradiente de [] de K+

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3
Q

Como funciona a bomba de Na+/K+?

A

Expolia 3 moléculas de Na+ e promove a entrada de 2 K+

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4
Q

Como funciona o grandiente de [K+]?

A

A [K+] é superior dentro da célula, o que favorece a saída de K+

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5
Q

O que acontece na fase 0 do PA?

A

Um estímulo promove a abertura dos canais de Na+ e, assim, uma despolarização rápida

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6
Q

O que acontece na fase 1 do PA?

A

Por saída de K+, vai haver uma repolarização rápida

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7
Q

O que acontece na fase 2 do PA?

A

Há entrada de Ca2+ e saída de K+, o que origina uma fase de Plateau

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8
Q

O que acontece na fase 3 do PA?

A

A saída de K+ ultrapassa a entrada de Ca2+ e dá-se a repolarização da célula

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9
Q

O que acontece na fase 4 do PA?

A

Fase de repouso

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10
Q

As células pacemaker têm um limiar de despolarização menos negativo do que o resto dos cardiomiócitos. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro. (-50mV vs -80mV)

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11
Q

As células pacemaker têm uma característica única. Qual?

A

Automacidade

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12
Q

A despolarização das células pacemakers dá-se pelos canais de … enquanto a dos cardiomiócitos se dá pelos canais de …

A

Ca2+; Na+

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13
Q

O nódulo sinusal tem uma despolarização mais … na fase 4 do PA, quando comparado com o NAV, sendo nomeado de pacemaker …

A

Rápida; primário

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14
Q

Qual a característica principal do NAV?

A

Condução decremental - promove um atraso do estímulo que vai das aurículas para os ventrículos

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15
Q

As anomalias na formação do impulso podem dividir-se em … e …
As anomalias na propagação do impulso dão-se por fenómenos de …

A

Automacidade aumentada; atividade deflagrada; reentrada.

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16
Q

Qual o mecanismo mais frequente de taquidisritmias (supraventriculares e ventriculares)?

A

Mecanismo de reentrada

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17
Q

Os anti-arritmicos de classe I bloqueiam …, fazendo com que …

A

Canais de Na+; lentifiquem a fase 0/atrasem a condução

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18
Q

Os anti-arritmicos de classe II bloqueiam …

A

Recetores beta

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19
Q

Os anti-arritmicos de classe III bloqueiam …

A

Canais de K+

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20
Q

Os anti-arritmicos de classe IV bloqueiam …

A

Canais de Ca2+

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21
Q

Todos os anti-arritmicos têm risco de ser …

A

Pró-arritmicos

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22
Q

Quais são os únicos anti-arritmicos que revelaram reduzir a mortalidade?

A

Beta bloqueantes

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23
Q

Quanto mais rápida a FC, maior a eficácia dos anti-arritmicos de classe I. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro

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24
Q

Os anti-arritmicos classe I só podem ser usados em doentes sem …

A

Patologia cardiaca estrutural!!! P.e. cicatrizes de enfarte, IC, doença coronária.

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25
Q

Os mais usados dentro dos anti-arritmicos classe I são da subclasse …
Quais são?

A

IC; Flecainida e propafenona

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26
Q

Quais os mais usados da classe Ia?

A

Quinidina e procainamida

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27
Q

Indicação da quinidina?

A

Síndrome de Brugada (sexo masculino, bloqueio de ramo direito com supra-ST)

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28
Q

Quais os mais usados da classe Ib?

A

Lidocaína e mexiletina

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29
Q

Indicação principal da lidocaína?

A

Tempestades arritmicas

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30
Q

Flecainida e propafenona podem dar, como RAM, alterações …., pelo que carecem de …

A

Hematológicas (leucopénia, trombocitopenia, anemia)

Vigilância laboratorial

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31
Q

Qual o mecanismo dos anti-arritmicos classe II?

A

São beta bloqueantes, ou seja, inibem a ativição simpática da condução e da automacidade cardíaca. Diminuem a FC e a condução AV

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32
Q

Efeitos colaterais dos Beta bloqueantes. Qual o mais comum?

A

O mais comum é a bradicardia. Outros são hipotensão, exacerbação de doença vascular periférica

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33
Q

Quais os anti-arritmicos mais usados da classe II?

A

Propanolol e metoprolol

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34
Q

Qual o mecanismo dos anti-arritmicos classe III?

A

Prolongam a repolarização por atearem ao nível dos canais de K+

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35
Q

Quais os anti-arritmicos classe III mais usados?

A

Amiodarona e sotalol

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36
Q

A amiodarona só tem efeitos de classe III dos anti-arritmicos. Verdadeiro ou falso?

A

Falso. A amiodarona tem efeitos de todas as classes de anti-arritmicos.

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37
Q

A amiodarona é um ÚNICO anti-arritmico que pode ser usado em doentes com …

A

Doença cardíaca estrutural e IC.

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38
Q

RAM da amiodarona

A

Hiper/hipotiroidismo, hepatotoxicidade, neuropatia ótica. Avaliação laboratorial!

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39
Q

Qual o mecanismo dos anti-arritmicos classe IV?

A

São bloqueadores dos canais de Ca2+ - diminuem a condução AV, a automacidade e a contratilidade.

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40
Q

Quais os anti-arritmicos classe IV mais usados?

A

Verapamil e diltiazem

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41
Q

Evitar anti-arritmicos classe IV em doentes com …

A

IC com fração de ejeção diminuída e WPW.

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42
Q

Qual o mecanismo de ação da adenosina?

Quando é usada?

A

A adenosina faz um bloqueio AV transitório.

Usado nas taquicardias supraventriculares e no flutter (não terapêutico, só ajuda o diagnóstico)

43
Q

Quando uma TSV tem reentrada que depende do NAV, o que lhe acontece se damos adenosina?

A

Termina, porque ela bloqueia os circuitos que passam no NAV.

44
Q

Qual o mecanismo da digoxina?
Qual a utilidade?
Principal preocupação?

A

A digoxina inibe a ATPase Na+/K+, inibindo a saída de Na+ da célula. Acumula-se Na+, e o trocador de Na+/Ca2+ manda o Na+ para fora e coloca Ca2+ dentro da célula, aumentando a contractilidade -> IONOTRÓPICO POSITIVO.
É usada para controlo de frequência.
A principal preocupação é a janela terapêutica estreita que carece de constante monitorização.

45
Q

Para além dos fármacos, quais são as outras abordagens estratégicas?

A

Cardioversão, desfibrilhação e ablação

46
Q

Quando usar cardioversão?

A

Taquicardias ventriculares e supraventriculares organizadas

47
Q

A cardioversão tem de ser efetuada com …

A

Sincronização com QRS

48
Q

Qual o risco da não sincronização na cardioversão?

A

R on T, que pode originar uma Torsade de Pointes

49
Q

Quando usar disfibrilhação?

A

Fibrilhação ventricular, sem sincronização com QRS. Pode ser interno ou externo

50
Q

Quando usar ablação?

A

Arritmias focais ou reentradas. Flutter típico, TRNAV e taquis com via acessória.

51
Q

O que são TSV?

A

Taquiarritmias que têm origem ou dependem da condução pela aurícula ou NAV para os ventrículos. Têm QRS estreitos.

52
Q

Quais são as TSV?

A

FA, FLA, TRNAV e TRAV

53
Q

Quais os fatores associados a maior frequência de FA?

A

HTA, IC, DAC, valvulopatia, obesidade, DM, e DRC

54
Q

Qual a arritmia com impacto clinico + significativo?

A

FA

55
Q

A FA aumenta o risco de …

A

AVC, IC e mortalidade

56
Q

Qual o mecanismo da FA?

A

Ritmo auricular caótico por ativação contínua e variável das aurículas. Contrações auriculares incompletas e ineficazes, estase sanguínea e formação de trombas, embolia e AVC.

57
Q

Fatores precipitantes da FA?

A

Hipertiroidismo, EAM, intoxicação alcoólica, TEP, status pós-cirurgia cardíaca

58
Q

Definição de FA de novo

A

1º episódio conhecido

59
Q

Definição de FA paroxística

A

Duração ≤ 7 dias (autolimitada ou cardiovertida)

60
Q

Definição de FA persistente

A

≥ 7 dias, mesmo que cardiovertida

61
Q

Definição de FA permanente

A

Aceite pelo médico e pelo doente, controlo de ritmo deixa de ser tentado

62
Q

Qual a apresentação clínica da FA?

A

Assintomáticos
Sintomas mais comuns: cansaço, intolerância ao esforço, palpitações e dispneia.
Apresentação grave: síncope, AVC/AIT, exacerbação de IC

63
Q

Escala modificada EHRA para apresentação clínica da FA

A

1 - ausentes
2a - ligeiros - sintomas não afetam a vida diária
2b - moderados
3 - graves - sintomas condicionam a vida diária
4 - incapacitantes

64
Q

Exames necessários para o diagnóstico de FA

A

ECG 12 dev (ausência de ondas P, RR irregular) ou Holter ou registador de eventos
Tem que ter documentação de pelo menos 30s de duração.

65
Q

Outros mcdts a requisitar na FA?

A

Avaliação analítica (pep. natriurético pode estar elevado)
ECOCARDIOGRAMA TRANSTORÁCICO (faz parte da avaliação inicial obrigatória!!!)
Ecocardiograma transesofágico - bom para detetar trombos na auricular esquerda e apêndice auricular

66
Q

O tratamento da FA divide-se em controlo de …, controlo de …, e controlo das …

A

Ritmo, frequência, comorbilidades

67
Q

Que fármacos fazem parte do controlo de frequência da FA?

Qual deles a 1ª linha?

A

Beta-bloqueantes, BCC não dihidropiridinicos, digoxina e amiodarona.
Beta-bloqueantes.

68
Q

Qual o mecanismo do controlo de frequência?

A

Na FA, há resposta ventricular rápida, diminui o volume de ejeção, o DC e aumenta a necessidade de O2 -> sintomas de isquémia. Daí a necessidade de controlar a frequência.

69
Q

Qual o efeito dos BCC não DHP no controlo de FC na FA?

A

Eles têm efeito ionotrópico negativo

70
Q

Em que doentes com FA não se pode dar BCC não DHP?

A

Doentes com IC FE reduzida e IC descompensada.

Doentes que já façam beta bloqueantes, não devem tomar os dois em conjunto porque ambos têm efeito ionotrópico negativo.

71
Q

Qual a utilidade da digoxina no controlo de FC na FA?

Em que doentes se usa este fármaco?

A

A digoxina tem efeito ionotrópico positivo mas cronotrópico negativo, ou seja, diminui a FC aumenta a contractilidade. Daí ser a 1ª linha na IC descompensada.

72
Q

Em que casos se usa a amiodarona no controlo de FC na FA?

A

Doentes críticos, IC descompensada

73
Q

Qual o valor de bpm no controlo de FC na FA?

A

< 110 bpm

74
Q

Algoritmo de abordagem da FC no episódio agudo de FA?

A

Saber de há IC FE reduzida descompensada. Se sim -> dose pequena de beta-bloqueante e depois digoxina ou logo digoxina. Se não -> beta-bloqueante ou BCC NDHP, se não resultar -> adicionar digoxina

75
Q

Algoritmo de abordagem da FC a longo prazo da FA?

A

Saber de há IC FE reduzida descompensada. Se sim -> beta-bloqueante titulado até à dose máxima ou digoxina, se não chegar adicionar o outro. Se não -> beta-bloqueante, BCC NDHP ou digoxina.

76
Q

Quais são as estratégias de controlo de ritmo na FA?

A

Fármacos anti-arritmicos, cardioversão (elétrica ou farmacológica) e ablação por catéter

77
Q

Em termos de mortalidade, o controlo de ritmo é mais eficaz do que o controlo de FC na FA. Verdadeiro ou falso?

A

Falso. São equivalentes.

78
Q

O controlo de ritmo é mais eficaz do que o controlo de FC no que toca ao controlo de sintomas/melhoria da qualidade de vida?

A

Sim! É a única vantagem do controlo de ritmo vs controlo de frequência.

79
Q

Quais são os fatores que favorecem a estratégica de controlo de ritmo?

A

Jovem, 1º episódio, cardiomiopatia induzida por taquicardia, poucas comorbilidades, FA por evento temporário, volume auricular esquerdo normal e preferência do doente.

80
Q

Numa estratégia de controlo de ritmo agudo, se o doente estiver hemodinamicamente instável (angor, IC, hipotensão e choque), o que fazemos?

A

Cardioversão elétrica

81
Q

Se o doente estiver hemodinamicamente estável, o que fazemos?

A

Cardioversão elétrica ou farmacológica com amiodarona

82
Q

O pré-tratamento com anti-arritmicos (amiodarona) na cardioversão elétrica na FA não melhora a eficácia desta técnica. Verdadeiro ou falso?

A

Falso. Dar amiodarona antes da cardioversão elétrica melhor a sua eficácia.

83
Q

Choque inicial de elevada energia diminui o número de choques necessários?

A

Sim.

84
Q

Em que doentes se aplica a ablação por catéter no controlo de ritmo da FA? Qual a principal técnica?

A

Doentes refratários à terapêutica médica.

Isolamento das veias pulmonares

85
Q

Qual é o algoritmo da abordagem de controlo de ritmo da FA aguda?

A

Saber se está hemodinamicamente estável ou não. Se não -> cardioversão elétrica. Se não, depende da escolha do doente: pode fazer cardioversão elétrica eletiva ou cardioversão farmacológica. Para esta última, temos que saber se tem doença cardíaca estrutural ou não. Se sim -> Amiodarona. Se não -> flecainida ou propafenona.

86
Q

Qual o principal efeito adverso da amiodarona no ECG? Que medidas tomar? Quando descontinuar?

A

Prolongamento do QT. Temos de monitorar com ECG e descontinuar se QT > 500ms.

87
Q

Quais os efeitos adversos de órgão da amiodarona?

Temos de fazer vigilância?

A

Toxicidade hepática, renal e tiroideia.

Sim.

88
Q

Qual o aspeto a ter em consideração quando damos flecainida ou propafenona para controlo de ritmo na FA?
Que medidas tomar?

A

Pode promover a condução 1:1 FLA (se a frequência auricular for 300 a ventricular também vai ser).
Temos de associar um bloqueado do NAV como um BCC ou beta bloqueante.

89
Q

Qual é o algoritmo da abordagem de controlo de ritmo da FA a longo prazo?

A

Saber se há doença cardíaca estrutural. Se sim -> amiodarona ou ablação. Se não -> flecainida ou propafenona ou ablação.

90
Q

Um dos principais fatores precipitantes de FA que tem de ser controlado.

A

SAOS.

91
Q

O rastreio de FA não está indicado nos doentes com HTA. Verdadeiro ou falso?

A

Falso, é uma recomendação de classe IB.

92
Q

O rastreio oportunístico de FA não está indicado em doentes com SAOS. Verdadeiro ou falso?

A

Falso.

93
Q

Qual é a classificação para avaliar o risco trombótico na FA?

A

Score CHA2DS2-VASc.

94
Q

Quais são os parâmetros da classificação CHA2DS2-VASc?

A partir de quantos pontos é recomendada a anti-coagulação?

A
IC - 1p
HTA - 1p
≥ 75 anos - 2p
DM - 1p
AVC/AIT - 2p
D. vascular - 1p
Idade 65-74 anos - 1p
Sexo feminino - 1p

Se ≥ 3p na mulher ou ≥ 2p no homem.

95
Q

Qual é a classificação para avaliar o risco hemorrágico na FA?
Mais pontos nesta classificação contra-indicam a anti-coagulação?

A

HTA não controlada - 1p
Alt da função hepática ou renal - 1p cada
AVC - 1p
Predisposição ou história de hemorragia - 1p
INR lábil - 1p
≥ 65 anos - 1p
Alcoolismo/ drogas ou fármacos que aumentem o risco de hemorragia - 1p

NÃO

96
Q

Sobre anticoagulação em contexto de cardioversão na FA, quando ocorre o risco máximo de AVC?

A

No momento da conversão a ritmo sinusal, por expulsão do trombo.

97
Q

Quer a FA tenha mais ou menos de 48h, é necessário fazer anti-coagulação antes da cardioversão. Verdadeiro ou falso?

A

Falso, se a FA tiver menos de 48h ainda não houve tempo para se formar trombo, não é preciso fazer anti-coagulantes.

98
Q

Que medidas tomar antes da cardioversão quando a FA tem mais de 48h?

A

Anti-coagulação oral ou, se for urgente, fazer ecocardiograma transesofágico para ver se há trombo no apêndice auricular.

99
Q

Se o CHA2DS2-VASc for baixo, após a cardioversão não é preciso fazer anti-coagulação. Verdadeiro ou falso?

A

Falso. Todos os doentes têm de fazer anti-coagulação durante 4 semanas, independentemente do CHA2DS2-VASc, por causa do stunning auricular. (a auricula por ficar atordoada, têm mais tendência para formar trombos). Só depois das 4 semanas é que depende do CHA2DS2-VASc!

100
Q

Quais os fármacos de preferência para a anti-coagulação?

A

Novos anticoagulantes orais - dabigatrano, rivaroxabano, apixabano e edoxabano.

101
Q

Os NOAC são inferiores à varfarina na FA e necessitam de constante monitorização. Verdadeiro ou falso?

A

Falso. Eles não são inferiores à varfarina e não necessitam de monitorização.

102
Q

Em que casos é que os NOAC estão contra-indicados?

O que se faz nesses casos?

A

Prótese valvular mecânica, estendes mitral moderada-grave, cirrose hepática.
Nestes casos fazemos varfarina.

103
Q

A aspirina está indicada na FA para redução do risco de AVC. Verdadeiro ou falso?

A

Falso. A aspirina não tem indicação na FA.