Digestivo Proximal Flashcards
Obstrução esofágica
Etiologia
- “Choke”
- Alteração mais comum do esófago
- Ocorre de forma primária por obstrução intraluminal através de comida ou objetos. Mais predispostos são animais velhos, com má dentição ou que comem demasiado rápido pois vão ter uma má mastigação dos alimentos. Também ocorre quando se dá alimento muito cedo após a sedação.
- A forma secundária é por anomalias anatómicas que impedem a passagem do alimento como constrições, divertículos, úlceras ou inflamações.
Obstrução esofágica
Sinais clínicos
Corrimento nasal de alimentos e saliva Hipersiália Ptialismo Tosse Tentativas sucessivas de deglutição Flexão e extensão do pescoço Sudação (stress)
Obstrução esofágica
Diagnóstico
-Palpação da faringe e laringe
-Dificuldade na passagem do tubo nasoesofágico.
-Ecografia da região cervical
-Rx cervical /torácico/contraste (aparelho portátil apenas dá cervical)
Faz-se uma lavagem do esófago para se poder ver a obstrução e o estado da mucosa (avaliar as pregas)
A endoscopia não é disgnóstica, é útil para avaliar as estruturas depois da resolução da obstrução.
Obstrução esofágica
Tratamento
- Relaxar o animal e terapia de suporte para a acidose
- Retirar comida
- Sedação para baixar a cabeça e facilitar a drenagem
- xilazina /detomidina
- oxitocina (relaxa os ms do esófago)
- tentar passar o tubo nasogástrico
- lavar o esófago (água morna)
- tubo endotraqueal permite fazer uma lavagem com mais pressão mas o animal deve estar anestesiado
Obstrução esofágica
Complicações
- pneumonia por aspiração (se a obstrução durar mais de 12h considerar AB + AINES)
- úlceras mucosa, constrições
- inflamação do tecido conjuntivo
- hemiplegia laríngea
- Laminite (por libertação de mediadores da inflamção)
Obstrução esofágica
Pós-Tratamento
- Endoscopia de controlo em suspeita de fibrose
- Nas primeiras 24h a 48h dar apenas água (dim. da capacidade de contração esofágica)
- Introdução lenta da comida
- Evitar alimentos grosseiros que possam ferir o esófago
- Se houver úlceras sucralfato e refeições pequenas
Síndrome de ulceração gástrica em equinos (EGUS)
Epidemiologia
- Afeção mais comum do estômago equino
- úlceras esofágicas, gástricas e duodenais
- incidência de 93% mas mais em animais de desporto o que estão estabulados, com poucas refeições porque dim a produção de saliva, o que diminui o efeito tampão
- Lesões na mucosa não glandular: margo plicatus e curvatura menor
Síndrome de ulceração gástrica em equinos (EGUS)
Fisiopatogenia
A secreção de HCl praticamente contínua juntamente com AGV, resultantes de uma dieta que promova o aumento da acidez como o concentrado, levam à formação de úlceras
Os fatores determinantes são:
- exercício, stress e aum. dos córticos endógenos (dim. barreira mucosa)
-atraso no esvaziamento gástrico
-aum. da secreção ácida
-aum. da pressão abdominal
-aum. da gastrina sérica
Síndrome de ulceração gástrica em equinos (EGUS)
Sinais clínicos
Pode ser subclínico
A maior parte dos cavalos c/ cólicas têm algum grau de ulceração principalmente os que têm cólicas recorrentes e ligeiras.
Há emagrecimento crónico, mau rendimento, alteração de comportamento, diarreia intermitente
Síndrome de ulceração gástrica em equinos (EGUS)
Diagnóstico
Sinais clínicos
Endoscopia (mais aconselhável mas nem sempre possivel)
Resposta ao tratamento
-hematologia, bioquímica, palpação retal, ecografia e abdominocentese não são diagnósticos mas são usados para exclusão de DD’s
Síndrome de ulceração gástrica em equinos (EGUS)
Gastroscopia
Está indicada em situações de alteração do comportamento, intolerância ao exercício, dor relacionada com a alimentação, trabalho ou cólicas recorrentes.
É o único meio de diagnóstico fiável, facilita no prognóstico, na escolha de tratamento e a ajustar o tratamento.
As desvantagens é a sensibilidade não absoluta, a deslocação do animal e os diferentes sistemas de classificação para a mesma imagem
Síndrome de ulceração gástrica em equinos (EGUS)
Gastroscopia: Classsificação
- epitélio intacto
- epitélio intacto com congestão ou hiperqueratose
- lesões únicas ou múltiplas pequenas
- lesões únicas ou múltiplas grandes
- lesões extensas e profundas
Síndrome de ulceração gástrica em equinos (EGUS)
Tratamento
3 componentes: maneio, alimentação e medicação
- manter ambiente tranquilo, moderar exercício, evitar episódios de stress como transporte ou vacinações
- aumentar a forragem, diminui ou retirar concentrados e reintroduzir de forma progressiva, aumentar nº de tomas diárias
- -Hidróxido de alumínio e de magnésio (6x/dia). separados não funcionam, baixo custo.
- Antagonistas H2 (ranitidina é a mais eficaz e usa-se em altas doses)
- Protetores da mucosa (sucralfato. não se usam porque devem ser dadas antes da refeição e queremos é que o cavalo esteja sempre a comer)
- Inibidores bomba protões (omeprazol)
Síndrome de ulceração gástrica em equinos (EGUS)
Prevenção
Omeprazol alojamento extensivo diminuição do concentrado aumento da forragem - é impraticável porque a forragem é mais cara e os animais de desporto precisam de alimentos ricos em energia