Dermatofitoses (micoses cutâneas) Flashcards
Gêneros das dermatofitoses
Trochophyton sp
Epidermophyton sp
Microsporum sp
Fungos dermatófitos são capazes de levar a quadros sistêmicos por disseminação?
Não
Como ocorre transmissão de fungos dermatófitos?
Contato inter-humano direto
Desbiose de microbiota
Solo/água contaminados
É necessário porta de entrada para se ter dermatofitose?
Não, o fungo libera enzimas que digerem a queratina
Como são chamadas as infecções por Dermatófitos?
Tinhas
Aspecto da tinha de “corpo, face e barba”
Placas eritematodescamativas com bordas elevadas e bem delimitadas, com clareamento central e aspecto de lesão anular
A tinea na barba pode simular qual doença?
Foliculite (sicose)
Local frequentemente acometido pela tinha de “corpo, face e barba” por conta da umidade e maceração local
Região inguinal
Diagnóstico diferencial de tinha de “corpo, face e barba” na região inguinal
Eritrasma (causado por corinebactéria)
Diagnóstico de tinha de “corpo, face e barba”
Exame micológico direto - encontra-se hifas septadas
Diagnóstico diferencial de tinha de “corpo, face e barba”
Eczemas
Psoríase
Tratamento de tinha de “corpo, face e barba”
Cremes imidazólicos (cetoconazol,isoconazol,etc) - casos localizados
Terbinafina ou intraconazol - casos disseminados
Tinha incógnita:
Infecção fúngica cujas características clássicas são mascaradas pelo uso de corticoides tópicos indevidamente
População na qual a tinha do couro cabeludo (tinea capitis) é mais comum
Crianças
É rara em adultos e idosos
Manifestação de tinea tonsurante (tinea do couro cabeludo/capitis)
Manifestação branda
Placas descamativas com alopedia e cotos pilosos
Kerion celsi (tinea do couro cabeludo/capitis)
Manifestação mais exuberante e inflamatória
Geralmente associada a fungos zoofílicos ou geofílicos
Tinha de couro cabeludo mais grave de todas
Tinha favosa, pois pode cursar com alopecia cicatricial (Alopecia permanente)
Agente etiológico da tinha favosa
Trichophyton schoenleinii
Diagnóstico de (tinea do couro cabeludo/capitis)
Exame micológico direto
Cultura evidencia o agente
Agentes etiológicos da tinea tonsurante
Trichophyton tonsurans
Trichophyton audouinii
Tipos de tinea de couro cabeludo/capitis
Tonsurante
Favosa
Kerion Celsi
Agente causador da tinea favosa
Trichophyton schoenleinii
Agente causador do Kerion Celsi
Trichophyton violaceum
Microsporum canis
Diagnóstico diferencial de tinea de couro cabeludo em crianças
Psoríase
Pseudotínea amiantácea
Diagnóstico diferencial de tinea de couro cabeludo em adultos
Psoríase
Dermatite seborreica
Antifúngico oral padrão ouro para tto de tinea de couro cabeludo em crianças
Griseofulvina
Antifúngico para tto de tinea de couro cabeludo em adultos
Itraconazol
Terbinafina
(por 2 a 4 semanas)
Nome popular da tinha dos pés
Frieira
Formas clínicas da tinha dos pés
Interdigital
Queratodérmica
Bolhos
Mocassim
Forma interdigital da tinha dos pés
Maceração e descamação entre os dedos
Forma queratodérmica da tinha dos pés
Descamação e espessamento da pele plantar, podendo formar fissuras
Forma bolhosa da tinha dos pés
Descamação e lesões vesículobolhosas na região plantar (pé de atleta), podendo ser pruriginosas
Forma mocassim da tinha dos pés
Eritema e descamação plantar avançados para a borda do dorso do pé
Tipo de acometimento que é altamente sugestivo de tinha dos pés
Acometimento dos 2 pés e 1 mão (síndrome 2 pés e 1 mão)
Principais agentes envolvidos na tinha dos pés
T. rubrum
T. metagrophytes
Diagnóstico diferencial de tinha dos pés
Dermatite de contato
Desidrose
Psoríase palmoplantar
Tinha das unhas
Infecção da lâmina ungueal que frequentemente progride para o leito ungueal
Tinha das unhas acomete mais as dos pés ou das mãos?
Pés
Principal grupo etário acometido por tinha dos pés
Idosos
3 apresentações da tinha de unha
Branca superficial
Unha subungueal distal
Unha subungueal proximal
Apresentação da tinha de unha branca superficial
Machas brancas na superfície da lâmina
Forma mais leve e mais facil de tratar
Apresentação da tinha de unha subungueal distal
Forma mais frequente com espessamento e escurecimento da porção subungueal
Apresentação da tinha de unha subungueal proximal
Forma rara
Muito associada a imunossupressão/HIV
Diagnóstico de tinha de unhas
Exame micológico direto e cultura
Não fazer só com base na clínica
Gênero mais comum causador de tinha de unhas
Trichophyton sp.
Por que deve-se monitorar enzimas hepáticas na tinea das unhas?
Tratamento longo e com potencial de hepatotoxicidade
O tratamento da tinea das unhas deve ser sempre sistêmico. Exceto, na forma
Branca superficial
Drogas de escolha para tinha de unha
Tratamento sistêmico com terbinafina e Itraconazol por 4 a 6 meses, complementada por esmaltes tópicos com ciclopirox e olamina ou amarolfina
Tinha de unha com coloração esverdeada sugere contaminação secundaria por
Pseudomonas
Monilíase
“Sapinho” (infecção superficial)
Infecção por Candida albicans associada a áreas ocluídas e úmida
Fisiopatologia das micoses superficiais por candida
É um fungo da microbiota e oportunista, geralmente acometendo pessoas com fatores predisponentes
Fatores predisponentes da candidíase
Imunossupressão ;Antibióticos Diabetes Gravidez Anticoncepcionais
QC da candidiíase (6)
Candidíase oral Candidíase genital Intertrigo por Candida Dermatite das fraldas Onicomicose e paroníquia Quadros sistêmicos
Forma mais comum de candidiase oral
Psedomembranosa aguda (sapinho)
Formas menos frequentes de candidíase oral
Crônica hiperplásica (placas verrucosas na língua) Queilite angular (perleche)
Apresentação mais comum da candidíase genital
Predomina em mulheres como vulvovaginite
Candidíase genital em homens
Rara: ocorrem placas eritematosas e maceradas no prepúcio (balanite)
Com a evolução, as placas estendem-se para a região inguinal e escroto (nos casos de tinha, costuma ser poupado)
Regiões mais comuns de se ter intertrigo por candida
Região inframamária e entre 3o e 4o espaços interdigitais das mãos
Característica marcante do intertrigo por candida
Pequenas pápulas e pústulas adjacentes à grande lesão (satélites)
Caracterização do intertrigo por candida
Placas eritematosas em áreas ocluídas, sendo provável infecção secundária pelas leveduras
Dermatite das fraldas
Intertrigo devido à oclusão pelas fraldas, iniciando dermatite por irritação pelas fezes 9ricas em C. albicans) e pela urina. Quadro comum em crianças e idosos
Paroníquia
Inflamação da prega periungueal devido à perda da cutícula, criando um espaço morto e úmido, principalmente em donas de casa, que tem contato com a água.
Diagnóstico das infecções superficiais por candida
Exame micológico direto nem sempré é util
Cultura é fundamental, com quantificação do número de colônias
Tratamento de infecções por candida
A maioria deve ser sistêmico
+ indicado: Fluconazol 100 a 200 mg para C. albicans
Onicomicose - o tto deve ser mais longo (ex. tinha da unha)
Casos simples e localizados podem ser com imidazólicos e cremes com nistatina
Casos graves e com candidemia: uso de Anfotericina B IV
O que difere as dermatófitos dos fungos causadores de micoses superficiais?
Eles produzem enzimas que digerem a queratina, não necessitando de porta de entrada