Deglutição E Disfagia Flashcards

1
Q

Quais são as partes do esôfago e sua histologia?

A
  • Esôfago cervical: separado da faringe pelo EES (m. estriada esquelética)
  • Esôfago torácico (m. lisa)
  • Esôfago abdominal: separado do estômago pelo EEI( m. lisa)
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2
Q

Quais são as fases da deglutição?

A
  • Fase oral: voluntária
  • Fase faringea: controlada pelos reflexos (n. Glossofaríngeo IX, n. Vago X, e n. Hipoglosso XII)
  • Fase esofágica: controlada pela peristalse esofágica
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3
Q

Diferencie as ondas peristálticas esofágicas

A
  • Onda primária: ocorre através do reflexo da deglutição. •
  • Onda secundária: gerada através da distensão causada belo bolo alimentar.
  • Onda terciária: não é peristálticas. Não é sincrônica. Pode ocorrer espontâneamente ou através da deglutição ou distensão esofágica.
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4
Q

Funções do esôfago (3)

A
  1. Conduzir o alimento da faringe ao estômago;
  2. Evitar aerofagia durante a respiração através do EES (fechado)
  3. Evitar o retorno alimentar do estômago pelo bônus EEI
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5
Q

Disfagia: definição e classificação

A

É uma dificuldade deglutição de alimentos.

  • Disfagia mecânica: quando há um estreitamento anatômico ou quando o bolo é excessivamente grande.
  • Disfagia motora: há um problema na motilidade do esôfago.
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6
Q

Disfagia de transferência / orofaringea

A

É uma disfagia alta! Dificuldade em iniciar uma deglutição; PCT ENGASGA! Pode ter regurgitação nasal, aspiração traqueal, sialorreia ou disfonia associada. Ocorre para sólidos e para líquidos; A etiologia pode ser

  • anatômica (Sd. Plummer Vinson, tumor, divertículo de Zenker),
  • neurológica (nervos envolvidos nos reflexos) ou
  • muscular (mm. Esquelética)
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7
Q

Disfunção cricofaringea

A

Disfunção alta! Ha constrição do EES, devido a contratura do m. cricofaringeo.

CQ: Bolo na garganta associado a disfonia intermitente

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8
Q

Disfagia esofágica/condução

A

É a baixa! Dificuldade de transportar o alimento do esôfago ao estômago. Paciente refere estar ENTALADO!

  • Disfagia pra sólidos e líquidos: acalasia, EED
  • Disfagia apenas pra sólidos: mecânico! Tumor, estenose, compressao extrínseca
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9
Q

Diagnóstico de disfagia e perda ponderal intensamente progressiva

A

CA de esôfago

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10
Q

Diagnóstico de disfagia intermitente

A

Presença de membranas e anéis esofágicos

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11
Q

O que é pseudodisfagia?

A

GLOBO HYSTERICUS: Sensação de bolo na garganta, relacionada a estresse emocional

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12
Q

Defina acalasia

A

É uma disfagia esofagica / condução;

Ocorre degeneração dos neurônios do plexo de Auerbach:

  • Déficit de relaxamento do EEI
  • Hipertonia do EEI
  • Substituição peristáltica esofágica normal por contrações que podem ser lentas(acalasia clássica) ou extremamente vigorosas (acalasia vigorosa)
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13
Q

Quadro clínico da Acalásia

A
  • Disfagia de condução,
  • regurgitação
  • broncoaspiraçao
  • halitose
  • tosse crônica
  • perda de peso progressiva
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14
Q

Complicações da Acalásia

A

Pneumonia, abcesso pulmonar e bronquiectasias

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15
Q

Qual tipo histológico de ca mais comum no curso da Acalásia e seu mecanismo etiopatogênico?

A

Carcinoma escamoso.

Ocorre através da irritação da mucosa esofagiana, devido a estagnação do conteúdo alimentar no esôfago , que induz metaplasia e posteriormente, neoplasia.

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16
Q

Qual o exame padrão ouro para diagnóstico de Acalásia?

A

Esofagomanometria

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17
Q

Achados no rx de tórax em pct com Acalásia (3)

A
  • Ausência de bolha gástrica;
  • Massa tubular mediastinica ao lado da aorta;
  • Nível hidroaéreo no mediastino em ortostase (material estagnado)
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18
Q

Achados na esofagograma baritado (4)

A
  1. Dilatação no corpo esofágico (megaesôfago)
  2. Estreitamento em bico de pássaro na topografia do EEI
  3. Atraso no esvaziamento esofágico
  4. Presença de contrações esofagiana não peristálticas
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19
Q

Achados a esofagomanometria na acalasia (3)

A
  1. Não relaxamento do EEI à deglutição (+ importante)
  2. Hipertonia do EEI
  3. Aperistalse
20
Q

Diagnósticos diferenciais de Acalásia

A
  • Estenose péptica
  • Pseudoacalasia (carcinoma estenosante distal)

❗SEMPRE REALIZAR BIÓPSIA do esôfago distal e da cárdia

21
Q

O que é o mal do engasgo? E como se faz o diagnóstico?

A

É a acalasia chagasica! Com os mesmos sintomas da Acalásia idiopatica.

O diagnóstico é sorológico: ELISA ou reação de machado-guerreiro

22
Q

Qual a classificação de Rezende-Mascarenhas?

A

Estadia o esôfago chagásico à esofagografia baritada

1- Forma anectasica: esôfago de tamanho normal (<4cm), com pequena retenção de contraste

2- Esôfago discinetico: 4-7cm, com franca captação de contraste (megaesôfago leve)

3- Esôfago francamente dilatado: 7-10cm, atv motora reduzida e franca retenção de contraste (megaesôfago clássico)

4- Dolicomegaesofago(alongado): >10cm

23
Q

Tratamento da Acalásia

A

Atuam no EEI, pois não há como normalizar a peristalse esofágica;

  • Sintomas leves a moderados: nitrato sublingual ou nifedipina
  • Resultados imediatos: injeção de toxina botulínica intramural e circunferencial (dura < 6m)
  • Sintomas graves ou falha na terapia inicial:

a) Dilatação pneumática ( pode perfurar o esôfago e 50% recidiva)
b) Cirurgia: Miotonia de Heller, secção da camada longitudinal e circular da mm. lisa do esôfago distal
c) Esofagectomia: em esofagos grau IV (>10cm)

24
Q

Qual a diferença na etiopatogenia da Acalásia e o EED?

A

A degeneração nervosa na acalasia ocorre nos corpos celulares dos neurônios, enquanto na EED, a degeneração é nós axônios

25
Q

O que é o Espasmo esofagiano distal? (EED)

A

Substituição da peristalse esofagiana por intensas contrações não propulsivas, principalmente nos 2/3 distais.

QC: Cólica esofagiana que irradia pra dorso, mandibula, mmss, etc(DD de angina pectoris) + disfagia para líquidos e sólidos

26
Q

Exame complementar para diagnóstico de EED

A

Padrão-ouro é a esofagomanometria, revelando contrações características, prolongadas (>2,5s) de grande amplitude (>120mmHg), sendo necessário >30% das contrações com essa característica para fechar diagnóstico.

27
Q

Esofagograma baritado no EED

A

Evidencia-se o “esôfago em saca rolhas” ou em “contas de rosário”

28
Q

Qual o tratamento para o EED?

A

Nitratos; Nifedipina; Amtriptilina;

Dilatação endoscópica com balão;

Injeção com toxina botulínica etc

29
Q

O que é o “esôfago quebra-nozes”?

A

É o Esôfago hipertensivo, uma variação do EED, onde há uma hipercontração de todo o esôfago, atingindo >180mmHg à manometria;
Semelhante a Acalásia, o EEI está hipertônico, mas após a degluição, há o relaxamento fisiológico preservado

30
Q

O que é o EED?

A

É caracterizado por um espasmo (contração não peristaltica) dos 2/3 distais do esôfago, gerando dor retro-esternal (cólica esofágica) + disfagia.

OBS:. O EED é clinicamente indistinguível da angina pectoris

31
Q

Quais exames utilizo na Disfagia alta? E na baixa?

A
  • Na alta: videofluoroscopia
  • Na baixa: Esofagomanometria; Esofagograma baritado; e EDA
32
Q

Cite as causas de Obstrução extrínseca do esôfago

A
  • Aumento de AE
  • Aneurisma de aorta
  • Tumores extrínsecos
  • Exostose óssea
  • Tireóide retroesternal
  • Anomalias do arco aórtico: a. subclávia direita anômala e a. pulmonar esquerda anômala
33
Q

O que são aneis / membranas esofágicas?

A

São dobras circunferenciais da mucosa esofágica, causando obstrução mecânica

34
Q

O que é o anel de Schatzki?

A

É um anel localizado no esôfago terminal (na junção do ep escamoso do esôfago e colunar do estômago)

Clínica típica: De 3/3 meses o paciente vai a emergência relatando uma bola de carne/pão impactado no 1/3 distal do esôfago.

TTO: Glucagon(relaxa agudamente o esôfago); se nada funcionar, faz-se endoscopia com anestesia geral e iot para proteger contra broncoaspiração

35
Q

Pacientes com anemia ferropriva grave podem desenvolver quais doenças?

A

Sd. de Plummer-Vinson ou Paterson-Kelly: onde há a formação de membranas no esôfago superior ou médio; Predisposição a carcinoma de esôfago

36
Q

Qual o tto definitivo para aneis/membranas?

A

Ruptura mecânica com dilatador endoscópico

37
Q

Quais são os tipos de divertículo e suas diferenças?

A
  • Divertículos verdadeiros: Há herniação de todas as camdas de sua parede, inclusive a muscular.
    São formados pela força de tração, ou seja, há uma estrutura tracionando a parede do esôfago que hernia. Ex: Linfonodos parabronquicos inflamados, BK, histoplasmose etc
  • Pseudodivertículos: Ocorre herniação apenas da mucosa e submucosa, através de um ponto de fragilidade (buraco) na camada muscular.
    São formados pela força de pulsão, ou seja, pelo aumento da pressão intraluminal, normalmente por uma dismotilidade. Ex: Acalásia, EED etc
  • Intramurais: A herniação não ultrapassa o limite externo do esôfago, ficando dentro da camada muscular
38
Q

Como é feito o diagnóstico de diverticulos esofagianos?

A

Esofagografia baritada e EDA

39
Q

Como é feito o tratamento dos divertículos

A

Só é feito quando a sintomatologia é importante, optando-se pelo tto cirurgico: miotomia, associado ou não a ressecção do divertículo

40
Q

O que é o divertículo de Zenker?

A

É um pseudodivertículo de pulsão que hernia através do triângulo de Killian (área de fragilidade próximo ao EES), devido ao aumento da pressão luminal , gerada pela perda do relaxamento fisiológico do EES (Acalásia do EES)

41
Q

Qual o quadro clínico do Divertículo de Zenker?

A
  • Disfagia
  • Regurgitação e broncoaspiração (acumulo de comida no seu lúmen), cursando:
  1. Halitose
  2. Broncoespasmo e tosse crônica
  3. Pneumonias de repetição
42
Q

Tratamento do divertículo de Zenker

A
  • <2cm: faz-se esofagomiotomia cervical
  • >2cm:
  1. Diverticulectomia
  2. Diverticulopexia (Idosos)
  3. Procedimento de Dohlman: formação de um canal comum entre a luz do esôfago e o interior do divertículo
43
Q

O que é um divertículo médio-esofágico? Qual conduta?

A

Tende a ser um divertículo verdadeiro, formado através da tração de uma estrutura mediastinal, mas pode ser de pulsão.
Faz-se:

  • TC de tórax (doença mediastinal);
  • EDA ( fístula esofagobronquica, QC: tosse e hemoptise)
  • Manometria (disturbios de motilidade = pulsão)
44
Q

Divertículo Epifrênico

A

São pseudodivertículos de pulsão que ocorrem no terço distal do esôfago, próximo ao EEI.
Associado a acalásia, EED (Hipertonia do EEI)

45
Q

Qual doença suspeitar se diverticulos epifrênicos cursarem com esofagomanometria normal?

A

Síndrome de Ehlers-Danlos

46
Q

Qual o tipo de tumor esofagiano benigno mais comum? Qual conduta?

A

Leiomioma (60%):

  • tumor mesenquimal
  • entrar do m. liso.
  • Mais comum nos 2/3 distais
  • Classificado como GIST

Todos devem ser ressecados, exceto os <2cm e em idosos operados inviáveis.

47
Q

Qual patologia esofágica benigna está relacionada a hernia de hiato e a esofagite de refluxo?

A

Anel de Schatzki