DAOP Flashcards

1
Q

como diferenciar a claudicação arterial da claudicação venosa na insuficiencia venosa ?

A

o paciente arterial vai relatar piora da dor ao movimento precisando parar para obter melhora mas não é bem isso que acontece na venosa, pois o paciente pára e não melhora, ele para porque se torna difícil continuar por conta da dor mas sem melhora

Ulcera irregulares, base palida, dolorosa e membro frio ou paresia em mmii na DAOP em calcaneo e ponta dedeods

dermatite ocre, ulcera pouco dolorosa e base rosada irregulares, tornozelos e perimaleolar, varizes e edema vespertina na venosa

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2
Q

qual definição da doença arterial obstrutiva periférica DAOP e quais grupos de maior risco

A

síndrome clinica marcada por sinais e sintomas de redução do fluxo sanguíneo LENTA E PROGRESSIVAMENTE por aterosclerose em artérias (que não as coronárias) e que são responsáveis pelo sintomas de isquemia ao grupamento muscular afetado pela irrigação desse vaso mas sintomas sofrem influencia de fatores como estreitamento vascular, nível de atividade do paciente e número de vasos afetados.

Fatores de risco para aterosclerose:
● > 70 anos
● Histórico de aterosclerose coronária
● Tabagismo ou DM especialmente > 50 anos
● FRCV como Dislipidemia, HAS, etc
● Aneurisma aorta
● Dislipidemia (atorva aumenta a distância percorrida)

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3
Q

quais podem ser as apresentações clinicas da DAOP

A

1- assintomático (qdo obstrução <50% ou quando circulação colateral compensa fluxo reduzido)
2- sintomas atípicos/desconforto em MMII (40-50%)
3- claudicação intermitente (até 35%): sintomas de dor/caibra/aperto/peso em mmii que piora com atividade e melhora com repouso no grupo muscular, geralmente
4- ulceras e gangrena pela isquemia
5- sinas de pele lisa com atrofia e perda de pelos, alteraçoes ungueais , arofia polpa digital

A maioria dos pacientes no inicio recente dos sintomas não apresenta sintomas típicos de claudicação (por vezes 6% apenas apresentam claudicação) e mesmo os pacientes com sintomas crônicos de DAP

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4
Q

screening da DAOP e utilidade

A

Deve ser realizado em pacientes com
● > 70 anos
● > 50 + DM/tabagismo
● alterações na palpação dos pulsos periféricos (radial, ulnar, braquial, poplíteo, tibial posterior e pedioso)

Merecem avaliação ITB (anormal ≤ 0,9) o que pode identificar pacientes assintomáticos mas que apresentem sinais de aterosclerose e cujo tto precoce (AAS, controle lipídeos) e controle dos fatores de risco ajudam a reduzir desfechos cv

ITB é a correlação entre a PAS do tornozelo e do membro superior (aferidas por USG doppler) mas não é fidedigno em pacientes com calcificação vascular (iTB acima 1,4), em DM ou DRC.

É útil em pacientes com queixas de mmii para avaliar se queixa é de origem vascular e a gravidade da doença, por sua alta E e S mas não para dizer o local do vaso acometido

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5
Q

diferencial importante em DAOP

A

1- dor neuropática
Embora a dor ocorra por conta de isquemia de nervos daí algum tbm relatam parestesias, a alteração da sensibilidade é mais importante e há relatos de melhora da dor com alguma posição que favoreça o fluxo sanguineo

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6
Q

Como deve ser a avaliação clinica de pacientes com suspeita de DAOP

A

A- EXAME PULSOS E MASSAS PULSATEIS: braquial, radial, femoral, poplítea, dorsal e pedicular e tibial posterior) em posição supina ou se não tolerar, sentado com diminuição pulsos, há associação de aneurismas com fenômenos DAOP

B- EXAME NEUROLOGICO: para avaliar neuropatia (pode ser ou não pela DAOP) isquemia crônica pode causar padrões variados de perda sensorial, progredindo de distal para proximal à medida que a gravidade da isquemia piora. Pacientes diabéticos podem ter uma sensibilidade sensorial sobreposta

C- INSPEÇÃO PELE: alterações da coloração da pele e fâneros pela isquemia: a pele fica fina com perda de pelos como pele seca, brilhante, palidez, menor temperatuira, atrofia muscular, palidez a elevação do membro, ulcera isquêmica de base pálida de bordas irregulares em regiões de ponta dos dedos e calcâneos

D- PALPAÇÃO PELE para avaliar temperatura e para demarcação da temperatura dá uma indicação do nível da oclusão (é confusa quando ambas extremidades são afetadas) com extremidades friaas, pele brilhosa

D- AUSCULTA PULSOS em busca de sopros

E- INSPEÇÃO ULCERAS: úlceras isquêmicas comumente encontrados nas partes diasi de pressão como nas pontas dos dedos e entre os dígitos também se formam em locais de aumento da pressão focal, como o maléolo lateral e o metatarso e podem acontecer após algum trauma leve local. As lesões parecem secas e perfuradas, dolorosas, com pouco sangramento. Estão associadas a palidez, perda de fâneros e alterações ungueais

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7
Q

queixas clinicas dos pacientes DAOP

A

pode ser ASSINTOMATICO O QUE NÃO DESCARTA PRESENÇA DE LESÃO ATEROSCLEROTICA na arterial iliaca ou femoral na maioria das vezes

Sintomas incluem dor/caibra/aperto de severa a debilitante que limita o estilo de vida ocasionados por exercício e aliviados com repouso. É IMPORTANTE DISNTINGUIR SE O CANSAÇO É POR CAUSA DE DISPNEIA como POR IC QUE LIMITA PCTE e NÃO O MEMBRO

1- Claudicação especificamente em grupo muscular do quadril e/ou coxa por aterosclerose aortoiliaca associado à fraqueza desses musculos ao caminhar., levando a sintomas de dor ou desconforto, diminuição pulsos e impotência sexual.
2- Claudicação por aterosclerose femoral se manifestando com dor/desconforto em coxa e panturrilha
3- claudicação panturrilha mais comum porem Oclusões proximais à femoral profunda ocasionam dor também na coxa. Dor em região glútea
4- dores nos pés podendo inclusive manifestar com alterações
5- ISQUEMIA EM REPOUSO: quadros avançados com sintomas de dor/desconforto que nao aliviam com analgésicos, aliviados ao pendurar os pés sobre a borda da cama, ou em contraste com a claudicação, pela caminhada por causa efeito gravitacional (ortostase) da dependência da perfusão das extremidades
6- Reduções crônicas no fluxo sanguíneo podem levar a uma neuropatia isquêmica sobreposta a dor que é frequentemente descrita como latejante ou ardente
7- ulceras de difícil cicatrização (pode complicar com infecção ou osteomielite)

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8
Q

o que é Síndrome de Leriche ?

A

Tríade clínica devido aterosclerose aortoilíaca.:

  • Ausência/Redução pulso femoral
  • Claudicação glútea, coxa, panturrilhas
  • Impotência sexual (homens)
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9
Q

diagnostico de DAOP

A

Clinico

Os exames entram para assegurar gravidade da doença ou na presença de sintomas atípicos ou pulsos em duvida, avaliar outras causas de dor : pode ser útil ITB para confirmar com USG doppler

a limitação é que exame físico e o ITB não são específicos ou sensíveis o suficiente para localizar com precisão o local da doença

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10
Q

o que fazer diante de ITB normal

A

ITB em repouso normal (normal 0,9 a 1,30) + sintomas DAOP faz-se necessário um teste de esforço e verificação do ITB após exercício com diminuição >20% é diagnóstico para DAOP.

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11
Q

qual utilidade do estudo vascular na DAOP

A

Não é necessário para diagnosticar mas pode ser indicado para diferenciar de outras etiologias vasculares como causa de obstrução arterial

A arteriografia de contraste é o padrão-ouro para a avaliação do membro ameaçado e deve ser fetio um estudo bilateral completo dos vasos aórticos, ilíacos, femorais, poplíteos.

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12
Q

Diagnóstico diferencial de DAOP

A

● ANEURISMA ARTERIAL- A artéria poplítea é o local mais comum e que causa sintomas de isquemia dos membros inferiores
●DISSECÇÃO ARTERIAL- A dissecção arterial pode levar a isquemia dos membros inferiores; no entanto, dissecção é tipicamente acompanhada de dor focal repentina sobre a artéria afetada.
●EMBOLIA- Detritos de fontes proximais podem embolizar causando isquemia aguda do membro. O curso mais agudo dos sintomas geralmente distingue esses pacientes dos pacientes com DAP.
●SD APRISIONAMENTO POPLITEO - pode se apresentar com claudicação intermitente e deve ser suspeitada no paciente jovem que se apresenta com claudicação, mas carece de fatores de risco ateroscleróticos é devido a anexos musculoesqueléticos anômalos ou um curso anormal da artéria poplítea, leva à compressão da artéria poplítea com atividade.
● vasculite ou uso de ergot para enxaqueca
● OA: dor osteoartrítica pode não desaparecer imediatamente após o exercício, pode ser associados a mudanças climáticas e geralmente pior de manhã ao acordar
●IVC: facilmente distinguida da claudicação arterial por um inchaço dos membros, ou varicosidades, e aumento desconforto com pendência do membro

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13
Q

o que seria a sd do dedo azul

A

oclusão embólica das artérias digitais de fonte de uma placa arterial, pode evoluir para uma úlcera não cicatrizante ou areas de gangrena.

Esses pacientes podem ter pulso palpável e tem que tratar a placa e anticoagular para evitar danos adicionais pois ela é a responsável pelas alterações

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14
Q

utilidade do doppler na DAOP

A

documenta e confirma diagnostico além de estratificar a gravidade da doença diante de ausência de pulso ao exame ou diante de sintoma claudicante

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15
Q

é importante avaliar a historia clinica de claudicação do paciente sobre a limitação do exercício sobra da capacidade de atividade diária pois outras condições se não avaliadas podem confundir erroneamente com claudicação , tais como

A
sempre avaliar se  exercício não é limitado por outra causa, como :
●angina
● IC
●DPOC
●problemas ortopédicos e articulares
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16
Q

manejo médico inicial não farmacológico para tratamento da DAOP

A

1- cessação do tabagismo, impede a progressão mas não tem efeito melhora dos sintomas
2- Exercícios de reabilitação marcha programada em terreno plano pelo menos 30min semanalmente
(prova-se tão efetivo quanto a terapia revascularização para melhora da atividade física)
3- controle dos fatores de risco CV: dm, has, dislipidemia
4- prevenção secundaria com antiplaquetários

17
Q

indicação e opções de terapia farmacológica na DAOP

A

Terapia farmacológica é menos benéfica para quem não para de fumar ou não participa de um programa de terapia por exercício. Visa melhorar os sintomas e aumentar a distância em pacientes com limitação do estilo de vida pela claudicação, principalmente se a MEV e a terapia com exercícios não foram eficazes e a revascularização não pode ser oferecida ou é recusada pelo paciente

●1- Estatinas : reduz progressão da doença e pouco impacta nos sintomas com meta LDL < 50 (sintomático) < 70 (se ITB alterado sem sintomas)
- Atorvastatina 40-80mg*
- Rosuvastatina 20-40mg
- sinvastatina 40mg + ezetimibe
●2- Antiplaquetários:
AAS ou clopidogrel ( AAS 100mg/dia ou clopidogrel 75 mg / dia) como prevenção 2ª e para sintomáticos
●3- controle DM e HAS
(preferir ieca/BRA)
Evitar BB
●4- Vasodilatadores
a) cilostazol 50-100mg 2x/dia 30 min antes da refeição : efeito antiagregante e vasodilatador e cujos efeitos acontecem com 4 semanas MAS EVITAR na INSUFICIENCIA CARDIACA
b) Naftidrofuryl: tem menos efeitos colaterais que cilostazol e pode ser experimentado primeiro. Se o efeito não for suficiente, tentar mudança para cilostazol
c) Pentoxifilina 400mg 2x/dia:
diminui viscosidade sanguínea

● reabilitação CV com exercício físico 150min/sem

18
Q

como é o seguimento dos pacientes com DAOP e quando referenciar

A

Após medidas deve ser reavaliado melhoria dos sintomas com 3 meses.
●a) Se melhora, exame anual com ITB
●b) Se não melhorar, deve-se insistir nas MEV + medidas de prevenção secundaria além de adicionar terapia farmacológica para sintomas com nova reavaliação com dentro de 6 meses ou se piora dos sintomas antes disso.

Se sem efetividade, exame vascular para avaliar gravidade e referenciar para especialista deve ser realizado (embora o tabagismo possa progredir a doença e muitos ainda continuem, relutam terapia vascular se isso for causa)

19
Q

quando REFERENCIAR PARA ESPECIALISTA DAOP

A

REFERENCIAR PARA ESPECIALISTA para avaliar possibilidade de abordagem cirurgica

●= Índice Tornozelo-Braquial (ITB) < 0,5
●= Sintomas incapacitantes ou progressivos, limitantes a despeito da terapia clinica e controle dos fatores de risco para programação da intervenção cirúrgica
●= Dor de repouso
●= presença de lesão trofica/gangrena
20
Q

Classificação de Fontaine

A

gravidade clinica

1- Assintomático
2-Claudicação
  a- > 200m
  b < 200m
3- Em repouso (requer revasc)
4- Isquemia e gangrena
21
Q

medicações que devem ser evitadas em DAOP

A

1- canagliflozina: pelo aumento de risco de amputações

2- Beta-Bloqueador: piora fluxo sanguíneo periférico
( rever dados)

3- evitar cilostazol se IC

22
Q

exames que podem ser solicitados na investigação de DAOP

A

1- ITB
2-USG com doppler arterial de mmii para avaliar o grau de obstrução
3- angioTC ou RM
4- Teste ergometrico (avalair capacidade funcional mas não é util se tiver DAC coronariana)