Crescimento E Desenvolvimento Flashcards

1
Q

Como deve ser o acompanhamento regular da criança segundo o MS?

A
  • 1º ano: 1, 2, 4, 6, 9 e 12 meses
  • 2º ano: 18 e 24 meses
  • Após segundo ano: consultas mensais
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2
Q

Quais fatores interferem na produção do GH?

A
  • Aumentam GH: hipoglicemia, exercício, glucagon, testosterona, estradiol e serotonina
  • Diminuem GH: hiperglicemia, obesidade, progesterona, cortisol, hipotireoidismo e privação social
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3
Q

Quais as fases do crescimento?

A
  • Fase intrauterina: fase de maior velocidade de crescimento - muito vulnerável aos fatores extrínsecos do ambiente e saúde materna
  • Fase do lactente: fase de crescimento linear intenso - grande influência de fatores ambientais e nutricionais
  • Fase pré-puberal: crescimento estável e homogêneo - fatores hormonais e genéticos assumem maior importância
  • Puberdade: aceleração do crescimento por ação dos esteroides sexuais e o hormônio do crescimento
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4
Q

Como ocorre o ganho de peso da criança ao longo do primeiro ano?

A
  • OBS: o peso altera-se de forma mais precoce que a estatura
  • RN perde 10% do peso ao nascer nos primeiros dias de vida, recuperando até o 10º dia
  • Bebê duplica de peso aos 4-5 meses / triplica aos 12 meses / quadruplica aos 2 anos
  • 1º trimestre → 700g/mês ou 30g/dia
  • 2º trimestre → 600g/mês ou 20g/dia
  • 3º trimestre → 500g/mês ou 15g/dia
  • 4º trimestre → 400g/dia ou 12g/dia
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5
Q

Como ocorre o crescimento da criança do nascimento até o início da puberdade?

A
  • Ao nascer: 50 cm
  • 0 - 12 meses: aumenta 25 cm
  • 12 - 24 meses: aumenta 12 cm
  • 2 - 4 anos: 8 cm/ano
  • 4 - 6 anos: 6 cm/ano
  • 6 anos - puberdade: 5cm/ano
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6
Q

Como deve ser o crescimento do perímetro cefálico ao longo 2 primeiros anos de vida?

A
  • Ao nascer: 35 cm
  • 1º trimestre: aumenta 2 cm/mês
  • 2º trimestre: aumenta 1 cm/mês
  • 3º trimestre: aumenta 0,5 cm/mês
  • 4º trimestre: aumenta 0,5 cm/mês
  • Ao final do primeiro ano: crescimento de 12 cm
  • Ao final do segundo ano: crescimento de 2 cm
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7
Q

Como é caracterizada a microcefalia?

A
  • Circunferência craniana < -2 DP segundo a tabela, de acordo com idade gestacional ao nascer e sexo (aproximadamente 30,24 cm para meninas e 30,54 cm para meninos)
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8
Q

Qual a equivalência de Escore-Z para percentil?

A
Z-score → Percentil
	\+3    → 99,9
	\+2    → 97
	\+1    → 85
	0      → 50
	-1     → 15
	-2     → 3
	-3     → 0,1
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9
Q

Quais os marcos de desenvolvimento esperados para um RN?

A
  • Postura semifletida
  • Fixa face humana na sua linha de visão
  • Preferência pela face humana
  • Reflexos primitivos presentes
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10
Q

Marcos do desenvolvimento: 1 mês?

A
  • Eleva o queixo e vira a cabeça
  • Segue um objeto em movimento
  • Esboça sorriso
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11
Q

Marcos do desenvolvimento: 2º mês?

A
  • Eleva a cabeça
  • Segue um objeto com a visão por 180º
  • Sorriso social
  • Balbucia
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12
Q

Marcos do desenvolvimento: 3º mês?

A
  • Eleva a cabeça e o tórax com os braços estendidos
  • Moro desaparece
  • Mantém contato social
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13
Q

Marcos do desenvolvimento: 4º mês?

A
  • Mãos na linha média
  • Ao sentar a cabeça não pende mais para trás
  • Alcança e agarra objeto e leva-o à boca
  • Dá gargalhadas
  • Descontente quando contato social é interrompido
  • Som de “ahh”e “ngah”
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14
Q

Marcos do desenvolvimento: 7º mês?

A
  • Rola sobre seu eixo
  • Senta-se com apoio
  • Transfere objetos de uma mão para outra
  • Prefere a mãe
  • Forma polissílabos
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15
Q

Marcos do desenvolvimento: 10º mês?

A
  • Senta-se sozinho e sem apoio
  • Engatinha
  • Pega objetos com o polegar e o indicador (pinça assistida), solta objetos
  • Brinca de esconde e acha
  • Dá tchau
  • Olha quando chamado pelo nome
  • Sentido de permanência do objeto e ansiedade com estranhos
  • Fala “mama” e “dada”
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16
Q

Marcos do desenvolvimento: 12º mês?

A
  • Anda com uma das mãos apoiada
  • Movimento de pinça entre polegar e indicador
  • Entrega objetos por solicitação
  • Ajuda a vestir-se
  • Brinca com bola
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17
Q

Marcos do desenvolvimento: 15º mês?

A
  • Anda sozinho
  • Faz torre de 3 cubos
  • Aponta para objeto que deseja
  • Abraça os pais
  • Dá nome a objetos familiares (“bola”)
  • Escala as escadas
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18
Q

Marcos do desenvolvimento: 18º mês?

A
  • Corre rigidamente
  • Explora gavetas
  • Faz torre de 4 cubos
  • Come sozinho
  • Fala 10 palavras
  • Identifica uma ou mais partes do corpo
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19
Q

Marcos do desenvolvimento: 24º mês?

A
  • Corre bem
  • Sobe e desce escada um degrau de cada vez
  • Pula
  • Faz torre de 7 cubos
  • Faz linha horizontal
  • Ajuda a despir-se
  • Forma frases completas
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20
Q

Marcos do desenvolvimento: 30º mês?

A
  • Sobe as escadas alternando os pés
  • Imita um círculo
  • Lava as mãos
  • Sabe nome completo e refere-se a si como “eu”
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21
Q

Como é caracterizada a desnutrição segundo a classificação de Gomez?

A

Graduação: peso do paciente / peso p50 x 100

  • Normal: > 90%
  • Desnutrição grau I (leve): 76% a 90%
  • Desnutrição grau II (moderada): 61% a 75%
  • Desnutrição grau III (severa): 60% ou menos
  • Presença de edema caracteriza o quadro como grave!!!
22
Q

Como é feita a classificação da desnutrição segundo o MS?

A
23
Q

Quais as formas clínicas da desnutrição grave?

A
  • Marasmo: deficiência de energia + proteínas / < 1 ano / associada a retirada precoce do aleitamento materno / QC: déficit de peso/altura, perda extrema de tecido celular subcutâneo e pele enrugada, desaparecimento da bola gordurosa de Bichat, apetite preservado, anemia e diarreia comuns
  • Kwashiorkor: deficiência principalmente proteica / 2-3 anos de vida / lactentes desmandos subitamente devido à gestação de outro filho / QC: EDEMA, apatia, hipoatividade, anorexia, pele despigmentada, cabelos quebradiços e discrômicos, diarreia, hepatomegalia
24
Q

Quais alterações laboratoriais presentes nos casos de desnutrição grave?

A
  • Hipoglicemia
  • Anemia, linfopenia (comprometimento mais acentuado da resposta celular)
  • Hiponatremia
  • Hipocalcemia, hipomagnesemia, hipofosfatemia
  • Hipoalbuminemia
25
Q

Como é feito o tratamento hospitalar da desnutrição grave?

A
  • Internadas se risco de descompensação metabólica, hidroeletrolítica, infecciosa, instabilidade hemodinâmica e/ou hipotermia
  • Crianças com desnutrição e edema sempre devem ser hospitalizadas
26
Q

No que consiste a primeira fase do tratamento hospitalar da desnutrição grave?

A

Estabilização → Primeiro ao sétimo dia → EVITAR O ÓBITO!

  • Hipoglicemia (< 54) → se consciente fazer solução 10% glicose oral ou início alimentação (manter 2/2h) → se insconsciente glicose a 10% 5ml/kg EV
  • Hipotermia (tax < 35) → agasalhar a criança, trocar frequentemente fraldas/lençóis molhados
  • Desidratação → via oral é a preferencial! ReSoMal (menos sódio e mais potássio) 20ml/kg em 2h → EV se choque, convulsões ou íleo paralítico - HV salina 0,45% e soro glicosado 5% ou RL + SG - vol: 15ml/kg na primeira hora
  • DHE: reposição de potássio e magnésio na alimentação
  • Infecção → criança sem sinais aparentes de infecção fazer amoxicillina / criança letárgica com complicações: gentamicina + ampicilina
  • Deficiência de micronutrientes → vitamina A, ácido fólico, zinco e cobre. / NÃO FAZER FERRO!
  • Alimentação inicial → volume total de líquidos = 120ml/kg/d / calorias 80-100 kcal/kg/d / proteínas 1-1,5 g/kg/d
  • Frequência de cada refeição: 2/2h depois 3/3h, finalmente 4/4h
  • Em casos de anemia grave (hb 6-4) associados a dificuldade respiratória ou IC, prescrever concentrado de hemácias
27
Q

No que consiste a segunda fase do tratamento hospitalar da desnutrição grave?

A
  • Retorno do apetite é o principal marcador clínico para o início dessa fase → FASE DE REABILITAÇÃO
  • Dieta → calorias 150 - 220 kcal/kg/d / proteínas 4-6 g/kg/d / preparado alimentar de crescimento rápido + leite materno ou dieta apropriada para faixa etária
  • Micronutrientes → ferro 3mg/kg/d
  • Alta hospitalar → resolução dos sintomas clínicos, incluindo edema, bom apetite e clinicamente bem e alerta
28
Q

Quais as principais intercorrências associadas ao tratamento da desnutrição grave?

A
  • Síndrome de realimentação → após a reintrodução alimentar / marcador: hipofosfatemia grave / fraqueza, rabdomiólise, arritmias, convulsões, RNC e morte
  • Síndrome da recuperação nutricional → entre 20-40 dias de tratamento e regride por volta da 10ª a 12ª semana / hepatomegalia, distensão abdominal com ascite, fácies de lua cheia, sudorese intensa em região cefálica, hipertricose, telangiectasia, hipergamaglobulinemia, eosinofilia
29
Q

Como se manifesta a hipovitaminose A?

A
  • Oculares e visuais: xeroftalmia, cegueira noturna, manchas de Bitot, ceratomalácia
  • Metaplasia epitelial dos tratos respiratório e geniturinário (desaparecimento de muco e cílios) prejudicando proteção contra infecções
30
Q

Como se manifesta a hipervitaminose A?

A
  • Síndrome de pseudotumor cerebral (cefaleia, vômitos, papiledema, diplopia)
  • Fontanela abaulada em lactentes
  • Anorexia e dificuldade para ganhar peso
  • Dermatite seborreia
31
Q

Como se manifesta a hipovitaminose D?

A
  • Ações da vitamina D: regulação dos osteoblastos e ação permissiva sobre a ativação dos osteoclastos / intestino aumenta a absorção de cálcio e fósforo / rins aumenta a reabsorção de cálcio e pode aumentar ou diminuir a reabsorção de fósforo (dependendo do níveis séricos)
  • Raquitismo → mineralização óssea inadequada + ossos frágeis + deformidades esqueléticas
    Craniotabes: amolecimento da calota craniana à palpação, bossas frontais
    Rosário raquítico: causado pelo alargamento das junções costocondrais
    Sulco de Harrison: depressão abaixo do gradil costal durante a inspiração
    Alterações MMII: genu varum, genu valgo, coxa vara
32
Q

Quais as alterações radiográficas presentes na hipovitaminose D?

A
  • Alargamento do espaço interarticular e da placa de crescimento
  • Rarefação óssea generalizada
  • Perda da convexidade natural das extremidades ósseas → padrão côncavo (imagem em taça)
  • Fraturas em galho verde
33
Q

Como se manifesta a hipervitaminose D?

A
  • Náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação, anorexia
  • Hipertensão
  • Arritmias (redução QT)
  • Poliúria, desidrataçã, hipernatremia
34
Q

Como se manifesta a hipovitaminose E?

A
  • Raro de acontecer, geralmente há associada má absorção intestinal de gorduras
  • Prematuros: anemia hemolítica, edema de pálpebras e MMII
  • Crianças: neuropatia periférica, oftalmoplegia
35
Q

Como se manifesta a hipovitaminose K?

A
  • Ação: síntese fatores de coagulação (2, 7, 9 e 10) e da anticoagulação (prt C e S)
  • Neonatal → DOENÇA HEMORRÁGICA DO RN → forma de início precoce (primeiro dia de vida) uso materno de drogas que influenciam com a vitamina K (fenobarbital, fenitoína, warfarin, rifampicina e isoniazida) ou coagulopatia congênita / sangramento GI, coto umbilical, craniano → forma clássica: entre o segundo e sétimo dia de vida, prevenida pela administração de vitamina K ao nascer
  • TTO: vitamina K EV ou IM / casos graves associar plasma fresco ou sangue total fresco
36
Q

Como se manifesta a hipovitaminose C?

A
  • Escorbuto → defeito na formação de colágeno
    Idade entre 6 a 24 meses
    Hemorragias cutâneas, petéquias, púrpuras, equimoses e hematomas gengivais
    Dor a manipulação de membros (hemorragias subperiósteas), pseudoparalisia pela dor
  • Alterações radiográficas: osteopenia, afilamento da cortical, linha branca espessa na metáfise (linha de Fraenkel)
37
Q

Como se manifesta a hipovitaminose B1 (tiamina)?

A
  • Beribéri
    “Seco”: irritabilidade, neurite periférica, ataxia
    “Molhado”: taquicardia, edema, cardiomegalia, ICC
  • Encefalopatia de Wernicke: confusão mental, sonolência, irritabilidade, sinais oculares e ataxia
  • Deficiência pode estar relacionada ao alcoolismo e dieta à base de arroz polido
38
Q

Como se manifesta a hipovitaminose de B3 (niacina)?

A
  • Pelagra: dermatite (superfícies expostas ao sol) / diarreia / demência ou depressão
39
Q

Como se manifesta a hipovitaminose B9 (ácido fólico)?

A
  • Anemia megaloblástica e hipersegmentação de neutrófilos

- Baixa concentração na gestação: defeitos de fechamento do tubo neural, espinha bífida, mielomeningocele

40
Q

Como se manifesta a deficiência de vitamina B12 (cobalamina)?

A
  • Absorvida no íleo ligada ao fator intrínseco, produzido pelas células parietais do estômago
  • Causas: ingestão inadequada (vegetarianos estritos), falta do fator intrínseco, ressecção ileal, doença de Crohn
  • QC: anemia megaloblástica
  • Laboratório: elevação dos níveis séricos de homocisteína e do ácido metilmalônico (na def de folato apenas a homocisteína está aumentada)
41
Q

Como se manifesta a deficiência de Zinco?

A
  • SIstema imune: atrofia de tecido linfóide e diminuição de linfócitos
  • Endócrino: retardo do crescimento e hipogonadismo hipogonadotrófico
  • Pele: alopécia, dermatite bolhosa
  • Acrodermatite enteropática: doença autossômica recessiva na qual há má absorção do zinco
    Lesões cutâneas: vesicobolhosas, eczematosas, secas ou psoriasformes de distribuição simétrica em regiões periodal, perineal, malar, cotovelos, joelhos e tornozelos / cabelos com coloração avermelhada e locais de alopécia / fotofobia, conjuntivite e blefarite
42
Q

Como é feito o diagnóstico de sobrepeso e obesidade nas crianças?

A

Separação em duas faixas etárias: 0 a 5 anos / 5 a 19 anos → avaliação de peso para estatura e IMC para idade em crianças até 5 anos e IMC para idade em crianças de 5 a 19 anos
0 a 5 anos
- maior que p85 até p97 = risco de sobrepeso | maior que p97 até p99,9 = sobrepeso | maior que p99,9 = obesidade
5 a 19 anos
- maior que p85 até p97 = sobrepeso | maior que p97 até p99,9 = obesidade | maior que p99,9 = obesidade grave
#OBS: p85 = Z +1 | p97 = Z +2 | p99,9= Z +3

43
Q

Como caracterizar a síndrome metabólica na infância e adolescência?

A
  • Apenas para crianças acima de 10 anos
    1) cintura abdominal ≥ p90 e, no mínimo, mais 2 dos seguintes
  • Hipertrigliceridemia ≥ 150
  • Baixo HDL < 40
  • HAS PAS ≥ 130MMHG/PAD ≥ 85 MMHG
  • Intolerância a glicose GJ ≥100 (recomendado TTOG) ou DM2
44
Q

Como caracterizar a hipertensão arterial sistêmica na infância e adolescência?

A
45
Q

Quais devem ser as metas do tratamento do sobrepeso e obesidade?

A
  • Sobrepeso:
    sem comorbidades: manutenção do peso
    com comorbidades: 2 - 7 anos = manutenção do peso | > 7 anos = perda gradual de peso
  • Obesidade
    sem comorbidades: 2 - 7 anos = manutenção de peso | > 7 anos = redução gradual de peso
    com comorbidades: redução gradual de peso
46
Q

Quais são os pilares do tratamento para sobrepeso e obesidade?

A
- Planejamento dietético
	esclarecimento sobre a alimentação
	avaliação do comportamento
	diminuir a quantidade das porções
	melhorar a qualidade da dieta
	manutenção
- Estimular a atividade física = uma hora ao dia de atividade física, limitar tempo de tela
- Medicações: em raras situações, somente após 6 meses de reeducação alimentar e mudança de hábitos
47
Q

Como se define baixa estatura?

A
  • Criança com estatura para idade abaixo de 2 DP da média populacional ou abaixo do p3
    0 - 19 anos
  • Menor que p3 (Z-2) até p0,1 (Z-3) = baixa estatura para idade
  • Menor que p0,1 (Z-3) = muito baixa estatura para idade
48
Q

Como avaliar uma criança com uma ainda estatura?

A
  1. Velocidade de crescimento (VC) = melhor forma de avaliar o crescimento linear (estatura) → nos anos que precedem a puberdade VC = 5 cm/ano
  2. Alvo genético
    meninas = (altura da mãe + altura do pai) - 13 / 2 (variação de mais ou menos 5 - 8,5cm)
    meninos = (altura da mãe + altura do pai) + 13 / 2 (variação de mais ou menos 5 - 8,5cm)
  3. Relação peso/estatura → nas endocrinopatia o comprometimento é principalmente na estatura = são crianças baixas com peso adequado ou obesas → nas doenças sistêmicas graves (associada à desnutrição) = há déficit ponderal e estatural = são crianças baixas e emagrecidas
  4. Relação segmento superior/segmento inferior → quadros de baixa estatura desproporcional são sempre patológicos! Ao nascer é 1,7 e vai reduzindo até atingir 0,9-1 no final da puberdade
    SS/SI aumentada → encurtamento dos membros → displasia ósseas
    SS/SI diminuída → encurtamento do tronco → mucopolissacaridoses
  5. Idade óssea → comparação do aspecto radiológico dos ossos do carpo (mão e punho esquerdos)
49
Q

Quais as variações da normalidade que podem levar a baixa estatura?

A
  • Baixa estatura familiar = alvo genético baixo, VC normal, IO compatível com idade cronológica
  • Atraso constitucional do crescimento = VC normal ou próxima do normal, IO atrasada em relação à idade cronológica → crianças que crescem lentamente, mas por mais tempo e na fase adulta atingirão o alvo genético (padrão familiar semelhante)
50
Q

Quais as causas de baixa estatura patológica?

A
  • Sistêmicas: cardiopatias, pneumopatia, nefropatia, encefalopatias, imunodeficiência, desnutrição primária
  • Endócrinas: hipotireoidismo, hipopituitarismo (def GH), síndrome de Cushing
  • Genéticas/cromossômicas: anomalias cromossomiais (sd de Down, Turner), síndromes genéticas (Silver-Russel, Seckel, Noonan, Bloom)
51
Q

Como investigar a baixa estatura?

A
  • BE desproporcional: sempre patológica → avaliar displasia ósseas e mucopolissacaridoses
  • BE proporcional
    # se VC normal → DDX com variantes normais do crescimento
    # se VC anormal → DDX entre as causas patológicas
    1. Achados dismórficos: avaliar síndromes genéticas e cromossomiais, em meninas, mesmo sem alterações, avaliar cariótipo (síndrome de Turner)
    2. Peso normal a elevado: sugere endocrinopatias
    3. Peso normal a baixo: sugere doenças sistêmicas que levam à desnutrição secundária ou desnutrição primária
52
Q

Quando usar GH recombinante?

A
  • Deficiência de GH
  • Restrição ao crescimento intrauterino sem crescimento de recuperação
  • Insuficiência renal crônica
  • Síndrome de Turner
  • Síndrome de Prader-Willi
  • Baixa estatura idiopática (casos selecionados)