Controle Infecção Flashcards

1
Q

Com relação ao risco para infecção apresentado pelos indivíduos internados em unidades hospitalares temos importantes fatores relacionados a sua resposta imune. Quais são esses fatores?

A

A resposta imune específica é um dos mais importantes mecanismos adaptativos, pois permite a sobrevivência em ambientes potencialmente lesivos e se processa em duas frentes: a imunidade humoral, mediada por anticorpos, e a imunidade celular, mediada por células.

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2
Q

Segundo a ANVISA, a higienização das mãos e reconhecida, mundialmente, como uma medida primaria, mas muito importante no controle de Infecções Relacionadas a Assistência ( IRAS). Por este motivo, tem sido considerada como um dos pilares da prevenção e controle de infecções dentro dos serviços de saúde e, incluindo aquelas decorrentes da transmissão cruzada de microrganismos multirresistentes. O que é correto afirmar a respeito da higienização das mãos?

A

O uso do álcool-gel é indicado para locais e procedimentos em que ocorra dificuldade para a higienização das mãos.

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3
Q

A vigilância epidemiológica foi conceituada como:
Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. (Lei Nº 8080 / 90).
Em relação à epidemiologia hospitalar, o que se pode considerar?

A

A vigilância epidemiológica das infecções nosocomiais, pela comparação das taxas de infecção hospitalar interinstitucional e intrainstitucional, representa importante instrumento de avaliação da assistência hospitalar.

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4
Q

A que estão relacionadas as medidas profiláticas adotadas para evitar a disseminação dos microorganismos causadoras de infecções, no local de trabalho?

A

Uso de técnicas assépticas e higienização das mãos.

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5
Q

O que se deve considerar à respeito dos conceitos e critérios de diagnóstico de Infecção Hospitalar, estabelecido pela Portaria Ministerial 2616, de 12 de maio de 1998?

A
  • Quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, for isolado um germe diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o caso deverá ser de Infecção Hospitalar;
  • Também são consideradas hospitalares aquelas infecções manifestadas antes de se completar 72 horas da internação, quando associadas a procedimentos invasivos diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados previamente.
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6
Q

As Infecções Relacionadas a Assistência (IRAS) afetam mais de 30% dos neonatos, e quando comparados à população pediátrica de maior idade seus índices podem ser até cinco vezes maiores. Estima-se que no Brasil, 60% da mortalidade infantil ocorra no período neonatal, sendo a sepse neonatal uma das principais causas.
O que é correto afirmar em relação à Prevenção de Infecção Neonatal?

A

Um microorganismo importante na colonização do RN, que permanece por muito tempo na unidade, é a cândida, principalmente naquelas em uso de antimicrobianos por tempo prolongado, corticóide, ventilação mecânica.

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7
Q

Os processos infecciosos de origem exógena, cujas fontes podem ser os profissionais da área da saúde, os materiais utilizados em procedimentos e o ambiente merecem atenção especial no controle das IRAS. Como uma das medidas preventivas para evitar as IRAS quanto ao material utilizado é realizada o processo de esterilização em autoclave, sendo segura e econômica, é indicada para vários tipos de materiais. O processo se dá por meio de?

A

vapor sob pressão.

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8
Q

Alguns autores, instituições utilizam as IPCS relacionadas ao uso de CVC, como um critério marcador de qualidade dos cuidados prestados na assistência, dessa forma torna-se relevante conhecer a origem das fontes de infecções relacionadas ao acesso vascular.

A
  • Contaminação do cateter no momento de sua inserção.
  • Colonização da pele peri-orifício.
  • Contaminação do canhão.
  • Contaminação das soluções infundidas e, das soluções utilizadas para manter o cateter permeável.
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9
Q

Na epidemiologia das ICS vários agentes etiológicos podem estar envolvidos. Quais são eles?

A
  • S. epidermidis é responsável por um terço dos casos, habitam a pele e, possuem grande capacidade de adesão a plásticos.
  • Estreptococos do grupo A são as espécies mais patogênicas para o ser humano, causam infecção na orofaringe, feridas, septicemia, escarlatina, pneumonia, doença reumática.
  • Estreptococos do grupo B causam sepse neonatal, infecções articulares e cardíacas.
  • Klebsiella pneumoniae é um agente comum nas IRAS de pacientes imunodeprimidos.
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10
Q

A NHSN lançou a campanha Protecting 5 Million Lives, que constitui um grupo de intervenções baseadas em evidência para pacientes com CVC que, quando adotadas conjuntamente obtém melhores resultados que quando adotadas individualmente. O que é correto afirmar quanto as medidas que compõem esse pacote?

A
  • Higienização da mãos e antissepsia.
  • Precauções máximas de barreira na passagem do cateter.
  • Escolha do sítio de inserção adequado.
  • Reavaliação diária da necessidade de manutenção do cateter , com pronta remoção dos desnecessários.
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11
Q

As técnicas atuais tornaram indispensável o uso de dispositivos intravasculares. São indicados para a administração de soluções endovenosas, medicamentos, sangue, nutrição parenteral e monitorização hemodinâmica. Pelo uso difundido e gravidade das ICS a adoção de medidas preventivas tornaram-se essenciais. O que é incorreto afirmar?

A

Não está indicada a troca rotineira de cateter periférico.

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12
Q

As técnicas atuais tornaram indispensável o uso de dispositivos intravasculares. São indicados para a administração de soluções endovenosas, medicamentos, sangue, nutrição parenteral e monitorização hemodinâmica. Contudo o uso de cateteres vasculares trazem risco do desenvolvimento de ICS. O que não apresenta fator de risco?

A

integridade cutânea preservada.

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13
Q

O que podemos dizer com relação a biossegurança nas ações de cuidado, visando prevenir a incidência e prevalência de IRAS.

A

o conhecimento das vias de transmissão dos agentes etiológicos do paciente é de suma importância para a escolha do tipo de precaução e, assim, prevenir a disseminação de doenças.

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14
Q

A higienização das mãos é uma prática relativamente simples, porém muito importante para o controle de infecções nos serviços de saúde. O que é incorreto dizer à respeito dos produtos e das técnicas de higienização das mãos?

A

Em geral, a higienização com sabonete líquido remove a microbiota transitória, tornando as mãos limpas. Esse nível de descontaminação é suficiente para os contatos sociais em geral e para a maioria das atividades práticas nos serviços de saúde.

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15
Q

O que é correto afirmar considerando que a Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares se constitui um instrumento de trabalho fundamental para o acompanhamento das ocorrências do fenômeno no Serviço de Saúde, em relação ao método de coleta de dados?

A

O estudo em todo o hospital avalia todos os pacientes admitidos. É de elevado custo e a relação com o benefício é incerta, considera-se este estudo como ativo.

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16
Q

Na Vigilância Epidemiológica, uma série de dados são necessários para estudarmos os fatores determinantes e condicionantes da ocorrência de Infecções Relacionadas a Assistência (IRAS). Entende-se que estes dados determinam o processo de construção das intervenções. Neste sentido, dados de significativa importância dizem respeito ao (aos)

A
  • Dados dos pacientes de cirurgia ambulatorial e Hospital – Dia;
  • Dados da flora microbiológica das infecções e o consumo de antibióticos com as diversas características a serem especificadas.
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17
Q

Na prevenção e controle das IRAS, a equipe de enfermagem ao prestar assistência deve utilizar:

A

luvas de procedimento durante o banho no leito.

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18
Q

Em 1996, o CDC (Centro de Controle de Doenças de Atlanta), estabeleceu novas diretrizes para Isolamento e Precaução, baseadas no modo de transmissão de doenças. A partir desta recomendação podemos afirmar que o isolamento, na transmissão aérea por aerossol é aplicado no diagnóstico de determinadas patologias. Identifique-as:

A

Tuberculose pulmonar, Varicela e Sarampo e SRAG/SARS

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19
Q

A enfermeira da CCIH preocupada com as taxas de IRAS apresentadas nas unidades ambulatoriais, no centro cirúrgico e na clínica cirúrgica, decidiu acompanhar de perto o trabalho da equipe e verificar os casos detectados bem como adotar medidas que visam à diminuição dos riscos de IRAS. O que seria incorreto fazer?

A

A enfermeira deve considerar como IRA toda a manifestação clínica de infecção que se apresenta 72 horas após a admissão do paciente.

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20
Q

Nos últimos anos, as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) causadas por microrganismos multirresistentes têm se tornado um grave problema de Saúde Pública no Brasil e no Mundo. O que se pode dizer a respeito desse problema?

A

Os produtos de higienização das mãos, quando usados de forma inapropriada, podem ser fontes de bactérias multirresistentes através da contaminação dos antissépticos durante seu uso e/ou armazenamento.

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21
Q

Tendo em vista os agentes infecciosos e suas características, leia atentamente as afirmações a seguir

A
  • As estafilococcias são infecções localizadas ou generalizadas causadas por bactérias, cocos gram +, imóveis, aeróbios e anaeróbios facultativos, que geralmente crescem em forma de cachos de uva;
  • O Toxoplasma gondii é um protozoário coccídio intracelular, da classe Sporozoa, de distribuição universal, cuja transmissão pode se dar através da ingestão de carne crua ou mal cozida, na ingestão de oocistos do solo ou durante a gravidez. Tem os felinos como hospedeiros definitivos;
  • A Entamoeba histolytica é um protozoário que se apresenta nas formas de cisto e trofozoito, cuja transmissão é geralmente fecal-oral. Causa alterações intestinais e extra-intestinais graves em 10% dos casos de infecção.
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22
Q

Segundo a ANVISA, a higienização das mãos e reconhecida, mundialmente, como uma medida primaria, mas muito importante no controle de Infecções Relacionadas a Assistência ( IRAS). Por este motivo, tem sido considerada como um dos pilares da prevenção e controle de infecções dentro dos serviços de saúde e, incluindo aquelas decorrentes da transmissão cruzada de microrganismos multirresistentes. O que é correto afirmar a respeito da higienização das mãos?

A

O uso do álcool-gel é indicado para locais e procedimentos em que ocorra dificuldade para a higienização das mãos.

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23
Q

O que se entende por flora (microbiota) transitória?

A
  • Microorganismos de baixa virulência que vivem na pele por curto período de tempo;
  • Microorganismos adquiridos por contato direto com o meio ambiente;
  • Localizam-se em maior quantidade em torno e sob as unhas.
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24
Q

O que se entende por flora (microbiota) residente?

A

Bactérias gram-negativas, fungos e vírus, que esta aderida as camadas mais profundas da pele e mais resistente a remoção apenas por água e sabonete

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25
Q

As mãos dos profissionais de saúde podem ser persistentemente colonizadas por microrganismos patogênicos (Staphylococcus aureus, bacilos Gram-negativos ou leveduras) que, em áreas criticas como unidades com pacientes imunocomprometidos, pacientes cirúrgicos e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), podem ter um importante papel adicional como causa de Infecções Relacionadas a Assistência (IRAS). Por que a higienização das mãos é fundamental para evitar as IRAS?

A

As mãos, na transmissão de microorganismos multirresistentes, constituem a principal via entre um paciente colonizado e outro não colonizado.

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26
Q

A que estão relacionadas as medidas profiláticas adotadas para evitar a disseminação dos microorganismos causadoras de infecções, no local de trabalho?

A

Uso de técnicas assépticas e higienização das mãos.

27
Q

Quais são os patógenos que respondem pela maior parte das pneumonias em pacientes adultos internados em unidade de terapia intensiva, segundo Couto et al (2009)?

A

P. aeruginosa, S. aureus e Enterobacter sp.

28
Q

Segundo dados da ANVISA, a infecção do trato urinário (ITU) é uma das doenças mais frequentes na população adulta, cerca de 3 a 4 % das consultas médicas anuais em mulheres são devidas a queixas de disúria, urgência e frequência miccional. Em pediatria, é a segunda infecção mais frequente, sendo superada apenas por infecções de trato respiratório. No hospital, as ITU acometem 2% dos pacientes internados, sendo responsáveis por 35% a 45% das infecções hospitalares.
Aproximadamente 80% dos pacientes que contraem ITU nos hospitais fazem uso de cateteres urinários. Mesmo com emprego de técnica adequada de inserção do cateter vesical e uso de sistema de drenagem fechado, a colonização da urina na bexiga irá ocorrer em torno de 50% dos pacientes após 10 a 14 dias de cateterização. Destes pacientes, cerca de 1 a 3% terão bacteremia com germes provenientes do trato urinário. O cateter urinário está associado a um risco de mortalidade 3 vezes maior nos hospitais e casas de repouso.
Uma das medidas recomendadas para a prevenção de Infecção do Trato Urinário é o uso do Sistema Fechado de Coleta de Urina. sobre as recomendações primárias que são necessárias o Enfermeiro observar?

A
  • A manutenção da integridade do cateter e do sistema coletor de drenagem;
  • Manter a altura da bolsa coletora no nível inferior à bexiga do paciente.
29
Q

A ocorrência de infecção do trato urinário é frequente em Hospitais Gerais, correspondendo a 35- 45 % do total de infecções, sendo 70 a 88 % delas relacionadas ao cateter vesical. O que é correto afirmar?

A

A prevalência de infecção aumenta proporcionalmente com o tempo de cateterização, tornando-se praticamente universal em torno do 30º dia, mesmo com uso do sistema fechado.

30
Q

As infecções do trato respiratório inferior estão sempre entre as três mais importantes causas de infecção adquirida no ambiente hospitalar, juntamente com as topografias do sítio cirúrgico (ISC) e do trato urinário (ITU). Referente aos aspectos epidemiológicos das ISC e das pneumonias hospitalares, o que podemos afirmar?

A
  • Fatores como acidose e hipóxia prejudicam a atividade de neutrófilos e podem influenciar no risco de aquisição de ISC;
  • O agente isolado em hemocultura de paciente com pneumonia hospitalar deve ser considerado o agente etiológico.
31
Q

A infecção do trato urinário (ITU) é uma das doenças mais frequentes na população adulta, cerca de 3 a 4 % das consultas médicas anuais em mulheres são devidas a queixas de disúria, urgência e frequência miccional. Em pediatria, é a segunda infecção mais frequente, sendo superada apenas por infecções de trato respiratório. No hospital, as ITU acometem 2% dos pacientes internados, sendo responsáveis por 35% a 45% das infecções hospitalares. Aproximadamente 80% dos pacientes que contraem ITU nos hospitais fazem uso de cateteres urinários. Mesmo com emprego de técnica adequada de inserção do cateter vesical e uso de sistema de drenagem fechado, a colonização da urina na bexiga irá ocorrer em torno de 50% dos pacientes após 10 a 14 dias de cateterização. Destes pacientes, cerca de 1 a 3% terão bacteremia com germes provenientes do trato urinário. O cateter urinário está associado a um risco de mortalidade 3 vezes maior nos hospitais e casas de repouso. Referente aos aspectos epidemiológicos das ITU, o que podemos afirmar?

A
  • O sistema de drenagem fechado com válvula anti-refluxo está claramente associado a uma menor incidência de ITU hospitalar quando comparado com o sistema aberto;
  • A maior parte das ITU hospitalares é adquirida por via ascendente e os pacientes com diabetes mellitus constituem uma população de risco aumentado para o evento.
32
Q

De acordo com a ANVISA, a duração do cateterismo é fator relevante para ocorrência de infecção urinária. Entre pacientes admitidos sem bacteriúria, 10 a 20% terão ITU após o procedimento. Este valor aumenta significativamente: para cada dia de permanência do cateter com sistema fechado de drenagem, existe um risco estimado de 3% a 10% de se contrair ITU, chegando a 50% no 15º dia e quase 100% em 30 dias. O que deve ser considerado?

A
  • O principal fator de risco para infecções urinárias em pacientes hospitalizados é a sonda vesical, que quebra vários mecanismos de defesa inespecíficos. A uretra é dilatada, as glândulas periuretrais, que normalmente secretam substâncias antimicrobianas, têm seus ductos bloqueados;
  • O balão de retenção impede o completo esvaziamento da bexiga, favorecendo a proliferação microbiana.
  • O cateter urinário permanece continuamente aberto criando a possibilidade de migração bacteriana pelo seu lúmen, pelo fluxo retrógrado de urina em sistemas abertos de drenagem ou mesmo pelo filme urinário que recobre sua superfície interna. Atuando como corpo estranho, favorece a proliferação microbiana na interface de sua superfície externa com a mucosa uretral.
  • A maioria dos microrganismos que invadem o sistema de drenagem urinário origina-se da contaminação perineal pela flora fecal ou da transmissão cruzada provocada pela manipulação deste sistema por mãos contaminadas. Uma simples drenagem de alívio, mesmo realizada em condições assépticas, pode introduzir bactérias da uretra para a bexiga e produzir infecções.
33
Q

Os mecanismos de defesa do trato urinário garantem a sua esterilidade, exceto na porção distal da uretra. A urina possui atividade antibacteriana, a despeito de ser considerada um bom meio de cultura, devido seu baixo pH (< 5,5), extremos de osmolaridade e alta concentração de uréia, que inibem o crescimento da maioria das bactérias colonizadoras e de muitos patógenos. O fluído prostático, que contém zinco, lisozima, lactoferrina e IgA, na urina do homem torna ainda mais difícil o desenvolvimento bacteriano. Por outro lado, a presença de glicose transforma a urina em um meio de cultura.
Nessa perspectiva a prevenção da ITU hospitalar envolve quais aspectos?

A
  • Prevenir o refluxo da urina através do cateter, usando, preferencialmente, sistema com válvula anti-refluxo;
  • Treinar a equipe profissional para a inserção do cateter; manter o meato uretral limpo, destacando-se a higiene perineal.
  • Usar fralda descartável, especialmente em mulheres; usar uripen em homens, como última alternativa à cateterização.
34
Q

A ITU hospitalar contribui para o aumento na permanência do doente no hospital (em média, 2 dias), levando a custos adicionais. É causa direta de morte em 0,1% dos pacientes com Infecção Relacionada à Assistência (IRAS) e causa indireta em 0,7%. Os sintomas de ITU hospitalar ocorrem em somente 30% das pacientes.Quais são os sintomas de ITU no ambiente hospitalar?

A
  • geralmente presença de urgência miccional;

- alteração na característica da urina.

35
Q

As Infecções de Sítio Cirúrgico (ISC), estão entre a terceira causa mais frequente de IRAS, correspondem a 14 e 16% de todas as Infecções Relacionadas a Assistência ( IRAS); o custo extra relacionado ao seu tratamento situa-se entre U$ 2.000 e U$7.500 e, aumentam em média o tempo de hospitalização em 8 dias.
A assepsia cirúrgica previne a contaminação das feridas cirúrgicas. A rígida adesão a estes princípios pelos profissionais na sala de cirurgia é a base da prevenção das infecções em sítios cirúrgicos.
Quais são as orientações básicas para manter a assepsia cirúrgica?

A
  • Todos os suprimentos, materiais, campos, soluções em contato com a ferida cirúrgica e usados no campo estéril devem ser esterilizados.
    – A equipe cirúrgica deve utilizar avental, que são considerados estéreis, na frente do tórax até o nível do campo esterilizado.
  • O movimento ao redor do campo esterilizado não deve causar contaminação do campo.
  • As máscaras são utilizadas em todos os momentos na área restrita da sala de cirurgia, devidamente ajustadas para evitar ventilação pelas partes laterais.
36
Q

Segundo a OPAS, MINISTÉRIO DA SAÚDE, ANVISA ( 2009), existem cinco dados importantes sobre a segurança cirúrgica:
1 – Complicações pós-operatórias em pacientes internados ocorrem em até 25% dos pacientes.
2 – A taxa de mortalidade relatada após cirurgia mais extensa é de 0,5 – 5%.
3 – Em países desenvolvidos cerca de metade de todos os eventos adversos em pacientes hospitalizados estão relacionados à assistência cirúrgica.
4 – Nos casos onde o processo cirúrgico levou a prejuízos, ao menos metade deles era evitável.
5 – Princípios conhecidos de segurança cirúrgica são aplicados de maneira inconsistente mesmo nos cenários mais sofisticados.
Nessa perspectiva, considere as afirmações sobre as infecções cirúrgicas

A
  • o uso profilático de antibióticos é prática comum e rotina em todos os preparos pré-operatórios.
  • se o agente infeccioso atingir a corrente sanguínea, há possibilidade de ocorrer uma septicemia.
  • a septicemia pode determinar o acometimento e a falência de órgãos vitais, assumindo características de alta gravidade por poder provocar a morte.
37
Q

Em outubro de 2004, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a Aliança Mundial para Segurança do Paciente. A iniciativa foi uma resposta à Resolução 55.18 da Assembléia Mundial da Saúde, que recomendou à OMS e aos Estados-Membros a maior atenção possível ao problema da segurança do paciente. A Aliança desperta a consciência e o comprometimento político para melhorar a segurança na assistência e apóia os Estados-Membros no desenvolvimento de políticas públicas e práticas para segurança do paciente. A cada ano, a Aliança organiza programas que abrangem aspectos sistêmicos e técnicos para melhora da segurança do paciente pelo mundo. (OPAS, MINISTÉRIO DA SAÚDE, ANVISA, 2009).
Sobre a segurança do paciente, quais considerações devem ser feitas?

A

Todos os profissionais que entrarem na sala de operação deverão utilizar máscara que cubra pelo menos a boca.

38
Q

Como podem ser classificadas as cirurgias?

A

Limpas - 1 a 5%
Potencialmente Contaminadas - 3 a 11%
Contaminadas - 10 a 17%
Infectadas - 27%

39
Q

Na prevenção de infecção do sítio cirúrgico no pré-operatório, é recomendação fortemente aceita para implementação, e sustentada por alguns estudos experimentais, clínicos ou epidemiológicos e justificativa teórica, referidos na categoria 1B do CDC (Centro de Controle de Doenças) de Atlanta:

A
  • abstenção do tabaco, pelo menos antes de um mês da cirurgia.
  • prescrever banho pré-operatório do paciente com agente antisséptico, na noite anterior.
40
Q

De acordo com a ANVISA, as principais fontes de transmissão de infecção no paciente no centro cirúrgico são: o paciente, os funcionários do Centro Cirúrgico, o ambiente e os materiais e equipamentos. Entretanto, há que se considerar que cada uma dessas fontes têm sua ordem de importância, dependendo das próprias condições do paciente e dos procedimentos realizados. Entre as medidas de prevenção do sítio cirúrgico, relacionadas ao ambiente do centro cirúrgico, o que devemos considerar?

A
  • manter as portas das salas de cirurgias fechadas, exceto para a passagem de equipamento, do pessoal e do paciente.
  • Considerar ultra-filtragem do ar para cirurgias com implantes ortopédicos.
41
Q

O que é I.H.?

A

A infecção adquirida durante a hospitalização e que não estava presente ou em período de incubação por ocasião da admissão do paciente. São diagnosticadas, em geral, a partir de 48h após a internação.

42
Q

O que se sabe da infecção hospitalar nos recém nascidos?

A

Elas são hospitalares, com exceção das transmitidas pela placenta, ou das associações à bolsa rota superior a 24h.

43
Q

Quais são as causas da I.H.?

A

A IH pode ser atribuída às condições próprias do paciente com dificuldade em conviver com as bactérias que lhe colonizam a pele e as mucosas, pois sua microbiota endógena é importante na aquisição desta infecção.

44
Q

Cite algumas medidas de prevenção das IRAS.

A
  • Uso de EPI;
  • Não utilizar avental de outra instituição;
  • Não sentar no leito do paciente;
  • Manter cabelos sempre presos;
  • Somente usar sapato fechado;
  • Manter unhas curtas e limpas;
  • Não se alimentar no posto de enfermagem; etc
45
Q

A que se deve o ato de higienização das mãos?

A

O ato de lavar as mãos com água e sabão, visa a remoção de bactérias transitórias e algumas residentes, além de sujidade, pelos, suor, oleosidade e células descamativas.

46
Q

Quando se deve lavar as mãos?

A
  • Ao chegar na unidade;
  • Antes de preparar medicamentos e administrá-los;
  • Antes e após curativos;
  • Antes e após qualquer procedimento no paciente;
  • Ao final do trabalho.
47
Q

Quais são as possíveis causas das IRAS?

A
  • Falhas no processo de esterilização;
  • Falhas no preparo de medicação parienteral;
  • Falhas na execução de procedimentos invasivos.
48
Q

Quais são os tipos de investigação das IRAS?

A
  • Prospectivo;
  • Retrospectivo;
  • Incidência;
  • Prevalência;
  • Busca ativa;
  • Busca passiva.
49
Q

Quais são os tipos de microbiotas (floras) existentes? Caracterize-as.

A

Residente: são parcialmente eliminadas com antissépticos; tem baixa virulência, mas podem ser responsáveis por infecções sistêmicas graves em pacientes imunodeprimidos e em procedimentos invasivos.
Transitória: microorganismos adquiridos por contato direto com o meio ambiente, contaminam a pele temporariamente (podem ser facilmente removidos com água e sabão). Facilidade de transmissão de um indivíduo à outro. Está frequentemente relacionada às IRAS.

50
Q

O que são patógenos multirresistentes?

A

São microorganismos capazes de resistir a agentes físicos e químicos. Tem capacidade bacteriana para resistir aos antibióticos. Praticamente todos os germes desenvolveram mecanismos de resistência por muitos antibióticos.

51
Q

Quais são as causas da resistência bacteriana?

A
  • Aplicação inconsistente das medidas básicas, técnicas de controle pelos profissionais de saúde (lavagem das mãos, uso de luvas, etc);
  • Unidades, especialmente UTI, assistência terciária superlotadas e com poucos funcionários;
  • Contaminação ambiental;
  • Pacientes colonizados com bactérias MR, etc,
52
Q

Quais são as principais medidas de prevenção das IRAS?

A
  • Limpeza;
  • Desinfecção;
  • Esterilização.
53
Q

Quais são os tipos de desinfecção? Explique cada um deles.

A

Desinfecção de alto nível: Destrói TODAS as formas de microorganismos, inclusive o da tuberculose, fungos e parte dos esporos. Ex. Glutaraldeído, ácido piracético.
Desinfecção de Médio nível: Inativa o bacilo da TB, bactérias na forma vegetativa e a maioria dos fungos e vírus. Ex. Compostos clorados, álcool 70%
Desinfecção Baixo nível: Elimina a maioria das bactérias, vírus do HIV, Hepatite B, Hepatite C e fungos. Ex. Compostos fenólicos.

54
Q

O que é esterilização e quais os tipos existentes?

A

Remoção total dos microorganismos patogênicos e não patogênicos, vírus, bactérias, esporos, fungos, protozoários, helmintos, etc.

  • Química: Para materiais termosensíveis;
  • Físico-química: processo industrial;
  • Calor físico: seco ou
    vapor: autoclave ou estufa
55
Q

Quais são os tipos de limpeza?

A

Limpeza concorrente: limpeza diária;

Limpeza terminal: limpeza feita em caso de alta, transferência ou óbito.

56
Q

Quais são os tipos de descarte de resíduos?

A

GRUPO A - INFECTANTE: saco branco leitoso identificado;
GRUPO B - QUÍMICO;
GRUPO C - RADIOATIVO: (CNEN - Conselho Nacional de Energia Nuclear);
GRUPO D - COMUM: saco preto/ RECICLÄVEL saco amarelo;
GRUPO E - PÉRFURO CORTANTE: caixa descarpack

57
Q

Por que a infecção urinária é mais frequente em mulheres?

A

A infecção urinária acomete mais as mulheres em virtude, principalmente, da anatomia feminina. Na mulher, o ânus e a vagina estão muito próximos da entrada da uretra, o que favorece a migração de bactérias. Em razão dessa proximidade, é essencial a higiene desses locais. Além disso, a uretra feminina é muito pequena, o que favorece a ascensão das bactérias.

58
Q

Quais são os mecanismos de defesa do trato urinário masculino?

A

No homem, normalmente a infecção do trato urinário está associada com o aumento da próstata. Um dos mecanismos de defesa do sistema urinário seria o fluxo constante de urina, responsável pela “limpeza” constante de bactérias que eventualmente caiam ali. Com a obstrução ou diminuição desse fluxo, como no aumento da próstata, as bactérias teriam mais tempo para se estabelecer e proliferar.

59
Q

Cite 05 anormalidades anatômicas ou fisiológicas que favorecem o esvaziamento da bexiga e, em consequência, a infecção.

A
  • má formação congênita;
  • estreitamento uretral;
  • hipertrofia prostática;
  • patologias neurológicas;
  • divertículo de bexiga.
60
Q

Cite 05 medidas para a prevenção da ITU.

A

-

61
Q

O que são IPCS (Infecções primárias da corrente sanguínea)?

A

São aquelas infecções de conseqüências sistêmicas graves, bacteremia ou sepse, sem foco primário identificável.
Há dificuldade de se determinar o envolvimento do cateter central na ocorrência da IPCS.
Com finalidade prática, as IPCS serão associadas ao cateter, se este estiver presente ao diagnóstico como descrito adiante.

62
Q

O que é CCIH e qual sua função?

A

Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.

  • Detectar casos de infecção hospitalar, de acordo com critérios de diagnóstico estabelecidos previamente;
  • Ter conhecimento das principais infecções hospitalares observadas no serviço e saber reconhecer as taxas aceitáveis de ocorrência de infecção hospitalar para determinados serviços;
  • Responsável pela elaboração de normas de padronização para que os procedimentos que forem feitos na instituição estejam dentro de um programa asséptico;
  • No que se refere à prevenção e controle das infecções hospitalares, essa comissão deve colaborar no treinamento dos profissionais da saúde;
  • Controlar a prescrição de antibióticos, para evitar o uso descontrolado na instituição;
  • No caso de pacientes hospitalizados, recomendar medidas de isolamentos cabíveis à situação;
  • Auxiliar a administração hospitalar na aquisição correta de materiais e equipamentos e também, para o planejamento da área física das unidades de saúde.
63
Q

Quais profissionais fazem parte da CCIH?

A
  • 01 médico (20h);

- 01 enfermeiro (30h).