Consumidor 2016 Flashcards

1
Q

A companhia aérea Gol cancelou uma série de voos para a cidade de Cruzeiro do Sul (AC), local de difícil acesso por via terrestre ou fluvial. Diante disso, o Ministério Público estadual ajuizou ação civil pública contra a empresa pedindo que ela fosse condenada a não mais cancelar os voos que opera naquela localidade, salvo se houvesse razões técnicas relevantes e intransponíveis que justificassem. O Parquet pediu, ainda, que, em caso de novos cancelamento, essa circunstância deveria ser amplamente divulgada aos consumidores, com informações precisas, claras e verídicas. A ANAC deverá estar presente nesta ação.

A

ERRADO. Nas ações coletivas ou individuais, a agência reguladora não integra o feito em litisconsórcio passivo quando se discute a relação de consumo entre concessionária e consumidores, e não a regulamentação emanada do ente regulador.

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2
Q

Imaginemos, contudo, que o consumidor não se opôs ao fato de o réu ter feito a denunciação da lide. Diante disso, o supermercado (denunciado) foi citado e alegou, entre outros argumentos, que esta denunciação da lide não é válida porque existe expressa vedação no art. 88 do CDC, razão pela qual ele deverá ser excluído do processo. A alegação do comerciante (denunciado) deverá ser aceita.

A

ERRADO. Não pode o denunciado à lide invocar em seu benefício a regra de afastamento da denunciação (art. 88 do CDC) para eximir-se de suas responsabilidades perante o denunciante.
O propósito do legislador ao prever a regra do art. 88 do CDC e não permitir a denunciação da lide foi evitar que houvesse um atraso ou dificuldade na tutela jurídica do consumidor, dando, assim, celeridade ao seu pleito indenizatório e evitando a multiplicação de teses e argumentos de defesa que pudessem dificultar a identificação da responsabilidade do fornecedor do serviço.
Dessa forma, a norma do art. 88 do CDC consubstancia-se em regra insculpida totalmente em benefício do consumidor. Por essa razão, somente ele poderá insurgir-se contra a denunciação. Se há o deferimento da denunciação sem manifestação contrária do consumidor, opera-se a preclusão, sendo descabido ao denunciado invocar em seu benefício a regra de afastamento da denunciação.
Em outras palavras, a invocação da proibição contida no art. 88 do CDC é um direito subjetivo público assegurado ao consumidor para a facilitação de sua defesa, não sendo um direito do denunciado.

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3
Q

A Associação Nacional de Defesa do Consumidor ajuizou ação civil pública contra uma vinícola brasileira pedindo que ela seja condenada a inserir, nos rótulos dos vinhos que comercializa, informações sobre a quantidade de sódio e de calorias que possuem em cada garrafa. O pedido formulado pela Associação deverá ser acolhido.

A

ERRADO. Não existe obrigação legal de se inserir nos rótulos dos vinhos informações acerca da quantidade de sódio e de calorias (valor energético) existentes no produto.

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4
Q

João era aluno do curso de Administração de Empresas da faculdade privada “Étude”. Depois de estudar dois anos, ele começou a ter dificuldades financeiras para pagar o curso e o abandonou, ficando, contudo, com um débito de 4 mensalidades. Alguns meses depois, fez novo vestibular para a mesma faculdade e foi aprovado para o curso de Direito. Ao tentar fazer a sua matrícula, esta foi recusada pela instituição sob o argumento de que há um débito pendente do curso anterior e que precisa ser pago antes da inscrição no novo curso. Diante disso, João impetrou mandado de segurança contra o dirigente da faculdade particular afirmando que a presente recusa violou o Código de Defesa do Consumidor. Cabe mandado de segurança neste caso. A competência para julgar é da Justiça Federal.

A

CERTO. Cabe mandado de segurança porque a conduta do dirigente de faculdade particular que indefere matrícula para curso superior é considerada como ato de autoridade, já que ele atua no exercício de função pública delegada da União.

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5
Q

Na vigência dos contratos de plano ou de seguro de assistência à saúde, a pretensão condenatória decorrente da declaração de nulidade de cláusula de reajuste nele prevista prescreve em 20 anos (art. 177 do CC/1916) ou em 3 anos (art. 206, § 3º, IV, do CC/2002).

A

CERTO. Se o fato ocorreu sob a vigência do CC/1916: 20 anos. Aplica-se o prazo geral, pois não havia um específico.
Se o fato ocorreu sob a vigência do CC/2002: 3 anos (prazo específico).

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6
Q

João trabalhava na empresa “X”, que tinha um contrato com o plano de saúde “Z” por meio do qual era oferecido um plano de saúde coletivo para os funcionários da empresa que quisessem contratá-lo. Assim, após João ter aceitado participar deste plano coletivo, todos os meses era descontado R$ 300 de seu salário e repassado para o plano de saúde. Ocorre que o contrato da empresa “X” com o plano de saúde acabou e, por divergências entre as partes, não foi renovado. O plano de saúde ofereceu aos usuários do plano coletivo (funcionários da empresa) que migrassem para planos individuais. João queria continuar contando com a assistência e por isso procurou a sede do plano de saúde para fazer a migração. No entanto, ao ver o preço, ele se assustou. No plano individual, a sua mensalidade, que era de R$ 300, passava para R$ 500. Diante disso, ajuizou ação de obrigação de fazer contra o plano de saúde pedindo que os valores das mensalidades do plano de saúde individual oriundo da migração fossem os mesmos praticados quando vigente o contrato coletivo empresarial rescindido. O pedido de João foi acolhido pelo STJ.

A

ERRADO. Não existe direito de manutenção do mesmo valor das mensalidades aos beneficiários que migram do plano coletivo empresarial para o plano individual, haja vista as peculiaridades de cada regime e tipo contratual (atuária e massa de beneficiários), que geram preços diferenciados.

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7
Q

Não é possível impor ao consumidor sua prévia filiação à entidade aberta de previdência complementar como condição para contratar com ela empréstimo financeiro em razão de se configurar venda casada.

A

ERRADO. É possível impor ao consumidor sua prévia filiação à entidade aberta de previdência complementar como condição para contratar com ela empréstimo financeiro.
As entidades abertas são empresas privadas constituídas sob a forma de sociedade anônima, que oferecem planos de previdência privada que podem ser contratados por qualquer pessoa física ou jurídica. Ou seja, não têm como finalidade institucional a operação como instituição bancária. Assim, a concessão de empréstimos não é a sua atividade primordial.
Segundo o parágrafo único do art. 71 da LC 109/2001, as entidades de previdência privada abertas podem realizar operações financeiras apenas com seus patrocinadores, participantes e assistidos.
Dessa forma, a entidade de previdência, ao exigir que o consumidor, antes de realizar o empréstimo, fizesse um plano de previdência complementar, não praticou qualquer ato ilícito, considerando que tais entidades somente podem realizar este tipo de operação com seus patrocinadores, filiados e assistidos. Logo, sem essa prévia filiação, a entidade estaria impedida de conceder o empréstimo.

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8
Q

João, cliente do plano de saúde Unimed, descobriu que estava com câncer e que precisava fazer quimioterapia. Ele pesquisou na página do plano na internet e descobriu que o Hospital São Carlos integra a rede credenciada da Unimed. Dentro deste hospital, no setor de oncologia, funciona o Instituto Oncológico Santa Marta, uma referência no tratamento do câncer. Diante disso, ele pediu as guias de serviço para fazer a quimioterapia no Instituto Oncológico Santa Marta. O plano de saúde não autorizou o procedimento alegando que o Instituto Santa Marta, apesar de funcionar dentro do Hospital São Carlos, é uma instituição diferente e que apenas o Hospital é credenciado. O plano alegou, ainda, que na cidade existem outras instituições credenciadas para realizar tratamento quimioterápico, de forma que o consumidor não seria prejudicado. Inconformado com a justificativa, João propôs ação de obrigação de fazer contra a Unimed pedindo que ela fosse condenada a custear o tratamento. Argumentou que, se o Hospital São Carlos é credenciado pela operadora ré, o seu serviço de oncologia, ainda que realizado em parceria com outra instituição, também deve ser disponibilizado aos usuários do plano de saúde. A tese de João foi aceita pelo STJ.

A

CERTO. No caso em que, nas informações divulgadas por plano de saúde aos seus usuários, determinado hospital particular figure como instituição credenciada sem ressalvas, se o usuário optar pela realização de tratamento contratado e disponibilizado pelo aludido hospital, a operadora do plano será obrigada a custeá-lo, ainda que o serviço seja prestado em parceria com instituição não credenciada, cuja unidade de atendimento funcione nas dependências do hospital, sendo irrelevante o fato de haver, na mesma localidade, outras instituições credenciadas para o mesmo tipo de tratamento de saúde.

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9
Q

João era aluno do curso de Administração de Empresas da faculdade privada “Étude”. Depois de estudar dois anos, ele começou a ter dificuldades financeiras para pagar o curso e o abandonou, ficando, contudo, com um débito de 4 mensalidades. Alguns meses depois, fez novo vestibular para a mesma faculdade e foi aprovado para o curso de Direito. Ao tentar fazer a sua matrícula, esta foi recusada pela instituição sob o argumento de que há um débito pendente do curso anterior e que precisa ser pago antes da inscrição no novo curso. A instituição agiu corretamente ao negar a matrícula de João no curso de Direito considerando que sua inadimplência quanto às mensalidades do curso de Administração era superior a 90 dias.

A

ERRADO. A eventual cobrança de valores em aberto poderá ser realizada, porém pelos meios legais ordinários, não se admitindo a pretendida negativa de matrícula.
Portanto, instituição de ensino superior não pode recusar a matrícula de aluno aprovado em vestibular em razão de inadimplência em curso diverso anteriormente frequentado por ele na mesma instituição.

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