CONCEITOS DE TRANSTORNO, DELÍRIO, DELÍRIUM, PENSAMENTO,SENSO-PERCEPÇÃO,ILUSÃO,ALUCINAÇÃO,PARANOIA E PSICOSE. Flashcards
O QUE É TRANSTORNO?
Uma grande variedade de condições que afetam humor, raciocínio e comportamento. Os transtornos são condições de ordem psicológica e/ou mental que geram comprometimento na vida normal de uma pessoa. EX: Os sinais e sintomas variam e incluem alterações na percepção, na emoção, na cognição, no pensamento e no comportamento. (esquizofrenia).
Transtorno mental: Doença psiquiátrica ou enfermidade cujas manifestações são caracterizadas primariamente por prejuízo comporta mental ou psicológico da função
O que são Delírios?
Delírios são ideias fixas, falsas, que não são compartilhadas por outras pessoas e podem ser divididos em bizarros e não bizarros (delírios não bizarros referem-se ao conteúdo de pensamento que não é verdadeiro, mas não está fora da esfera da possibilidade). Delírios comuns podem ser grandiosos, erotomaníaco, de ciúmes, somáticos e persecutórios.
Quais são os tipos de delírio?
Delírios são considerados bizarros se claramente implausíveis e incompreensíveis por outros indivíduos da mesma cultura, não se originando de experiências comuns da vida. Um exemplo de delírio bizarro é a crença de que uma força externa retirou os órgãos internos de uma pessoa, substituindo-os pelos de outra sem deixar feridas ou cicatrizes
Um exemplo de delírio não bizarro é acreditar que a pessoa está sob vigilância da polícia, apesar da falta de evidências convincentes. Os delírios que expressam perda de controle da mente ou do corpo costumam ser considerados bizarros; (delírios não bizarros referem-se ao conteúdo de pensamento que não é verdadeiro, mas não está fora da esfera da possibilidade).
1)Delírio erotomaníaco –> No tipo erotomaníaco, o tema central do delírio é o de que outra pessoa está apaixonada pelo indivíduo. A pessoa em relação à qual há tal convicção costuma ter condição superior (p. ex., alguém famoso ou em cargo superior no trabalho), embora possa ser um completo estranho. Tentativas de contato com o objeto do delírio são comuns
2)Delírio Grandioso –> No tipo grandioso, o tema central do delírio é a convicção de ter algum grande talento ou conhecimento ou de ter feito alguma descoberta importante. Delírios grandiosos podem ter conteúdo religioso.
3)Delírio ciumento–> No tipo ciumento, o tema central do delírio é ter um parceiro infiel. Essa crença é injustificada e está baseada em inferências incorretas apoiadas por pequenas “evidências” (p. ex., roupas desalinhadas). A pessoa com o delírio costuma confrontar o cônjuge ou o parceiro e tenta intervir na infidelidade imaginada.
4)Delírio Persecutório–> . No tipo persecutório, o tema central do delírio e_nvolve a crença de que o próprio indivíduo está sendo vítima de conspiração, enganado, espionado, perseguido, envenenado ou drogado, difamado maliciosamente, assediado ou obstruído na busca de objetivos de longo prazo._
5) Delírio Somático –> No tipo somático, o tema central do delírio envolve funções ou sensações corporais. Podem ocorrer delírios somáticos de várias formas. Mais comum é a crença de que a pessoa emite odor desagradável, de existir uma infestação de insetos na pele ou sob ela, de haver um parasita interno, de que certas partes do corpo estão deformadas ou feias ou de que essas partes não estão funcionando.
6)Delírios niilistas–> envolvem a convicção de que ocorrerá uma grande catástrofe.(?)
7)Delírios de Referência–> Delírios de referência (i.e., crença de que alguns gestos, comentários, estímulos ambientais, e assim por diante, são direcionados à própria pessoa)
8)Tipo misto: Esse subtipo aplica-se quando não há um tema delirante predominante
9)Tipo não especificado: Esse subtipo aplica-se quando a crença delirante dominante não pode ser determinada com clareza ou não está descrita nos tipos específicos (p. ex., delírios referenciais sem um componente persecutório ou grandioso proeminente).
Definição de Delírium.
O delirium é marcado por confusão e prejuízo cognitivo de curto prazo, causados por intoxicação ou abstinência de substâncias (cocaína, opioides, fenciclidina), medicamentos (cortisol), condições médicas gerais (infecção) ou outras causas (privação do sono)
O delirium se caracteriza por um declínio agudo nos níveis tanto de consciência quanto de cognição, com particular comprometimento da atenção. Podendo ser letal, mas ainda potencialmente um transtorno reversível do sistema nervoso central (SNC),
O sintoma inconfundível do delirium é um prejuízo da consciência, que normalmente ocorre associado a prejuízos globais das funções cognitivas. Anormalidades do humor, na percepção e no comportamento são sintomas psiquiátricos comuns. Tremor, asterixe, nistagmo, incoordenação e incontinência urinária são sintomas neurológicos habituais.Em sua forma clássica, o delirium apresenta início repentino (horas ou dias), um curso breve e instável e melhora rápida quando o fator causativo é identificado e eliminado
Principais causas de Delírium.
As principais causas de delirium são doenças do SNC (p. ex., epilepsia), doença sistêmica (p. ex., falência cardíaca) e intoxicação ou abstinência de agentes farmacológicos ou tóxicos
O delirium é caracterizado por confusão de curta duração e alterações na cognição. Existem quatro subcategorias baseadas em diversas causas: (1) condição médica geral (p. ex., infecção); (2) induzido por substância (p. ex., cocaína, opioides, fenciclidina [PCP]); (3) causas múltiplas (p. ex., lesão cerebral traumática e doença renal); e (4) outra etiologia ou etiologias múltiplas (p. ex., privação de sono, mediação)

NEUROTRANSMISSORES/VIAS ENVOLVIDOS NA FISIOPATOLOGIA DO DELÍRIUM
Postula-se que o principal neurotransmissor envolvido no delirium seja a acetilcolina e que a área neuroanatômica principal seja a formação reticular.
Diversos estudos relataram que vários fatores indutores de delirium resultam em redução da atividade de acetilcolina no cérebro.
Uma das causas mais comuns de delirium é toxicidade decorrente da demasia de medicamentos receitados com atividade anticolinérgica.
Pesquisadores sugeriram outros mecanismos fisiopatológicos para a síndrome. Em particular, o delirium relacionado com abstinência de álcool foi associado a hiperatividade do locus ceruleus e seus neurônios noradrenérgicos. Outros neurotransmissores que foram implicados são serotonina e glutamato.
DELÍRIUM VERSUS ESQUIZOFRENIA OU DEPRESSÃO
De modo geral, no entanto, as alucinações e os delírios de indivíduos com esquizofrenia são mais constantes e mais bem organizados do que os daqueles com delirium.
O paciente com esquizofrenia costuma não experimentar alteração em seu nível de consciência nem em sua orientação.
Aquele com sintomas hipoativos de delirium pode parecer um pouco semelhante a uma pessoa gravemente deprimida, mas os dois podem ser diferenciados por meio de um EEG.
Conceito de Pensamento
É a capacidade de compreender, formar conceitos e organizá-lo. Estabelece relações entre os conceitos por meio de elementos de outras funções mentais, além de criar novas representações, ou seja, novos pensamentos. O pensamento possibilita a associação de dados e sua transformação em informação estando conseqüentemente associado com a resolução de problemas, tomadas de decisões e julgamentos
o pensamento será avaliado indiretamente, com base no discurso do paciente.
• Curso: é a velocidade do pensamento, ou seja a velocidade com que as ideias se encadeiam umas nas outras. O curso pode estar lentificado, acelerado ou normal.
- Bradipsiquismo= Lentificado;
- Taquipsiquismo= acelerado;
- Sem alterações;
• Forma: aqui, descreve-se a forma como as ideias se encadeiam umas nas outras
o Fuga de ideias (pensamento mais rápido que a fala, não consegue concluir o assunto na ideia original): Mudança abrupta de ideia para ideia, geralmente através de um discurso rápido e aflito. (emenda assuntos minimamente correlacionados);
Descarrilhamento (falo, falo e não falo nada) Associações frouxas, ou seja, mudam de um assunto para outro sem qualquer relação.
Salada de palavras: solta palavras sem nenhuma relação, nem chega a formar frases;
Circunstancialidade: inclusão exagerada de detalhes irrelevantes;
Tangencialidade: quando questionado o paciente dá uma resposta que é apropriada para o tópico geral, sem de fato responder à questão.
• Conteúdo: são as ideias expressas pelo paciente, refere-se àquilo que ele realmente pensa.
Ideias obsessivas;
Ideias suicidas;
Ideias delirantes: crenças irreais não removíveis mediante a argumentação lógica. Existem diversos tipos de delírios, mas os mais comuns são:Delírio persecutório ou de perseguição, o Delírio de grandeza ,o Delírio somático ou hipocondríaco ,o Delírio de influência, o Delírio melancólico ou de ruína.

DEFINIÇÃO DE SENSO-PERCEPÇÃO E SUAS ALTERAÇÕES
sensações e percepções do paciente que resultam da estimulação dos correspondentes órgãos do sentido.
As principais alterações da senso-percepção são comentadas abaixo:
Despersonalização: refere-se à sensação de estranheza, como se seu corpo, ou partes dele não lhe pertencessem, ou fossem irreais.
Desrealização:o: o ambiente ao redor parece estranho e irreal, como se “as pessoas ao seu redor estivessem desempenhando papéis”.
Ilusões: interpretação perceptual alterada, resultante de um estímulo externo real.
Alucinações: percepção sensorial na ausência de estimulação externa do órgão sensorial envolvido. As alucinações podem ser: auditivas (sons ou vozes; as vozes podem dirigir-se ao paciente ou discutirem entre si sobre ele), visuais (luzes ou vultos até cenas em movimento, nítidas e complexas), táteis (toque, calor, vibração, dor, etc.), olfatórias e gustativas. As alucinações que ocorrem no estado de sonolência, que precede o sono (hipnagógicas) e no estado semiconsciente, que precede o despertar (hipnopômpicas) são associadas ao sono normal e não são, necessariamente, patológicas
CONCEITO DE ILUSÃO
Falsa interpretação perceptual de um estímulo externo real.
Obs: Compare com alucinação.
As ilusões são distorções de imagens ou sensações reais, enquanto as alucinações não se baseiam na realidade. Ilusões podem ocorrer em pacientes com esquizofrenia durante as fases ativas, mas também ao longo das fases prodrômicas e dos períodos de remissão. Sempre que ocorrem ilusões ou alucinações, os médicos devem levar em conta a possibilidade de que a causa dos sintomas esteja relacionada a uma substância, mesmo quando o paciente já recebeu um diagnóstico de esquizofrenia
DEFINIÇÃO DE ALUCINAÇÃO
Falsa percepção sensorial que ocorre na ausência de estímulo externo relevante da modalidade sensorial envolvida.
ALUCINAÇÕES–> As alucinações mais comuns, , são as auditivas, com vozes muitas vezes ameaçadoras, obscenas, acusatórias ou ofensivas. Duas ou mais vozes podem conversar entre si, ou uma voz pode comentar a vida ou o comportamento da pessoa. Alucinações visuais são comuns ao contrário das táteis, olfativas e gustativas, cuja presença deve levar o médico a considerar a possibilidade de um problema clínico ou neurológico subjacente estar causando toda a síndrome.
ALUCINAÇÕES CENESTÉSICA–> São sensações infundadas de estados alterados em órgãos do corpo. Os exemplos incluem sensação de queimação no cérebro, sensação de pressão nos vasos sanguíneos e sensação cortante na medula óssea. Distorções corporais também podem ocorrer.
CONCEITO DE ALUCINOSE
Estado patológico caracterizado por múltiplas perturbações alucinatórias perante as quais o indivíduo mantém o juízo crítico da realidade. Quadro observado em consequência da ingestão de alucinogéneos (morfina, marijuana, LSD, cocaína, etc.) ou por autointoxicação, como pode acontecer na urémia.
Estado no qual uma pessoa experimenta alucinações sem prejuízo da consciência
PARANOIA
Outra condição separada, denominada paranoia, era caracterizada por delírios persecutórios persistentes. Esses pacientes não apresentavam o curso deteriorante da dementia precox e os sintomas intermitentes de psicose maníaco-depressiva.
PSICOSEàA psicosepode ser considerada como um conjunto de sintomas nos quais a capacidade mental, a resposta afetiva e a capacidade do indivíduo de reconhecer a realidade, de se comunicar e de se relacionar com outras pessoas estão comprometidas.
No mínimo, psicose significa delírios e alucinações. Em geral, envolve também sintomas como discurso e comportamento desorganizados e distorções graves da realidade.
Os transtornos que exigem a presença de psicose como característica definidora para o diagnóstico são esquizofrenia, transtornos psicóticos induzidos por substâncias, transtorno esquizofreniforme, transtorno esquizoafetivo, transtorno delirante, transtorno psicótico breve e transtorno psicótico devido a condição médica geral
Os transtornos que podem ou não apresentar sintomas psicóticos como características associadas são a mania e a depressão, bem como vários transtornos cognitivos, como a doença de Alzheimer.
A psicose em si pode ser paranoide, desorganizada/excitada ou depressiva.
