COMPLICAÇÕES PEROPERATÓRIAS Flashcards
Complicações
Túnel curto x largo
Túnel largo: perda de BSS durante a cirurgia → Surge/RCP
Túnel estreito: Descolamento de Descemet / Maior contato c/ caneta: queimadura da incisão
Complicações
Tunel curto x longo
Túnel curto:
- difícil de selar / hérnia de íris / Seidel / Endof (se não estiver autoselante)
- Maior risco de descolamento de Descemet
Mais astigmatismo induzido
Túnel longo:
- Difícil manipular instrumentos
- Contato com caneta: queimadura da incisão
- Dificultam visualização cirúrgica (estrias na córnea ao mover instrumentos)
Queimadura da incisão:
Causas
Aumento da temperatura da caneta
Ultrassom contínuo
Baixos fluxos de irrigação e aspiração
Núcleos duros (muito US)
Sd da Oclusão viscoelástica
Maior contato da caneta e incisão (túnel estreito e longo)
Descolamento de Descemet
Causas
Incisões curtas e estreitas
Material inadequado/Manipulação excessiva
CA RASA / Glaucoma
Qual tamanho ideal da rexis? Deve cobrir quanto da lente?
5 a 5.5 mm - cobrir 0.5 mm da borda da LIO
Complicações capsulorrexi grande e pequena
Capsulorrexe pequena
- Sd constrição capsular
- Bloqueio capsular na hidrodissecção
- Dificulta fratura e conquista no núcleo
Capsulorrexe grande
- Anteriorização/Descentração da LIO
- Maior incidência de OCP
Como evitar bandeira argentina?
Anestesia tópica
Aliviar blefarostato
Trendelemburg reversa
Viscoelástico COESIVO
Punção com agulha de insulina e aspiração do córtex / YAG pré op
Capsulorrexe em caracol
Laser de femtosegundo
O que fazer em caso de bandeira argentina:
Não hidrodissecar
Reduzir parâmetros e seguir FACO ou converter para FEC
CIRURGIA DE CATARATA ASSISTIDA POR LASER DE FEMTOSEGUNDO
Utiliza imagens de ___ ou ___
Utiliza imagens de OCT ou Scheimpflug
CIRURGIA DE CATARATA ASSISTIDA POR LASER DE FEMTOSEGUNDO
Epatas realizadas pelo laser
1) Capsulotomia
2) Fratura do núcleo
3) Incisões principal/acessória/arqueada
CIRURGIA DE CATARATA ASSISTIDA POR LASER DE FEMTOSEGUNDO
Vantagens
Incisões e capsulorrexe precisas e reprodutíveis
Menor uso de ultrassom
Manejo do astigmatismo - incisões arqueadas / Maior precisão que as manuais
Menor risco de bandeira argentina
CIRURGIA DE CATARATA ASSISTIDA POR LASER DE FEMTOSEGUNDO
Desvantagens
Inadequado para pupilas < 4 mm
Maior tempo cirúrgico
Aprisionamento de ar entre o cristalino e cápsula posterior → Risco de RCP na hidro!
COMPLICAÇÕES NA HIDRODISSECÇÃO
Misdirection
- Por que ocorre?
- Quais sinais?
- Como tratar?
Hidrodissecção/direcionamento de fluido acima da cápsula anteiror → BSS atinge o vítreo através das zônulas
Hidratação e aumento da pressão vítrea
CA rasa e aumento de PIO
Tratamento: manitol EV / punção vítrea / VVPP
COMPLICAÇÕES NA HIDRODISSECÇÃO
Bloqueio capsular
- Por que ocorre?
- Quais FR?
Bloqueio entre cristalino e cápsula anterior
Acúmulo de fluido e RCP
Capsulorrexis pequena + catarata densa
Grandes volumes injetados
Polar posterior / pós-trauma / VVP / IIV
FEMTO c/ aprisionamento de bolha de
COMPLICAÇÕES NA HIDRODISSECÇÃO
Bloqueio capsular pós operatório
Quais tipos?
Quais causas?
Quais consequências?
Como tratar?
Precoce: viscoelástico
Deslocamento anterior da LIO
Miopização
CA rasa, sinéquias, glaucoma
Tardio: subprodutos de células epiteliais residuais
Assintomático ou piora de AV
Tratamento: capsulotomia posterior ou anterior com YAG laser
Causas para pupila pequena (< 4mm) no intraoperatório
Pseudoesfoliação
Uveíte
DM
Uso crônico de pilocarpina
Atrofia do dilatador relacionada a idade
Conduta diante de pupila pequena no intraoperatório
Inicial:
Adrenalina intracameral
Viscoelásticos coesivos
Romper sinéquias
Se não resolver…
Retratores irianos
Anéis expansores
Streching de íris
Apenas em último caso…
Esfincterotomias radiais
Iridectomia
Hérnia de íris
Causas
Olhos pequenos - hipermetropia/nanoftalmo
Câmara rasa
Pupila pequena
Íris atrófica pós-uveíte
Incisão com túnel curto
Síndrome da íris flácida - IFIS
Causas de IFIS
Bloqueadores alfa-1 (tansulosina, prazosina, doxazosina)
Clorpromazina / Risperidona / Finasterida / Labetalol…
Relação idiossincrásica - sem relação com dose e tempo de uso
IFIS
Conduta (para evitar, tratar e o que não fazer)
Suspender medicação (controverso)
Atropina e AINE pré-op
Incisão com túnivel longo
Adrenalina / Fenilefrina / AINE intra-cameral
Viscoelástico coesivo
Retratoes/ anéis expansores irianos
OBS: não fazer iris streching → pode piorar a flacidez
Reduzir as taxas de fluxo e aspiração
Síndrome da retropulsão do diafragma iridocristaliniano
Clínica
Aprofundamento da CA
Abaulamento posterior da íris
Dilatação pupilar
Dor
Bloqueio pupilar reverso
Síndrome da retropulsão do diafragma iridocristaliniano
Pacientes de risco
Jovens
Alta miopia
Pós-VVPP
Síndrome da retropulsão do diafragma iridocristaliniano
Conduta
Separar íris e cristalino para equalizar pressões
RCP
Conduta inicial
icial - TODOS OS CASOS:
NÃO REMOVER A CANETA DO OLHO!
Interromper irrigação/aspiração
Viscoelástico dispersivo
< 1 quadrante restante:
Luxar para CA
Reduzir parâmetros e emulsificar
> 1 quadrante restante:
Converter p/ extracapsular
Aspirar córtex a seco +/- vitrectomia anterior
LIO 3 peças no sulco com captura da ZO
LIO peça única no bag (RCP pequena, central e regular)
Desinserção zonular
Quais causas? Qual principal?
Trauma (principal)
Iatrogenia
Pseudoexfoliação
Marfan
Desinserção zonular
Conduta
Femto para capsulorrexe
Proteger com viscoelástico
Reduzir parâmetros
Remoção tangencial do córtex
< 90 graus:
LIO de 3 peças no bag → háptico na região de desincerção
+/- devide de suporte capsular
> 90 graus:
Device de suporte capsular + LIO 3 peças no bag ou sulco com captura da ZO
Devides de suporte capsular
Quais são?
Gancho de cápsula → estabilização durante cirurgia
CTR (anel de tensão capsular) → estabilização pós operatória
CTS (segmento de tensão capsular) → estabilização pós operatória; é suturado na esclera (Gore-tex ou prolene 5-0); tem extensão de 90 graus
Anel de Cionni → estabilização pós operatória; é suturado na esclera (Gore-tex ou prolene 5-0); tem extensão de 360 graus
HEMORRAGIA SUPRACOROIDAL
Fatores de risco oculares
AL > 25,8mm
Nanoftalmo
Glaucoma
Hemangioma de coróide (Sturge-Weber)
HEMORRAGIA SUPRACOROIDAL
Fatores de risco sistêmicos
HAS
Taquicardia
Arteriosclerose
Obesos
Idade avançada
HEMORRAGIA SUPRACOROIDAL
Fatores de risco intra op
Incisões maiores (intracapsular > extracapsular > FACO)
RCP/Perda vítrea - HIPOTONIA
OBS: Pode ocorrer no pós-op se hipotonia prolongada
HEMORRAGIA SUPRACOROIDAL
Sinais
Aumento súbito da PIO + dor intensa
CA rasa
Prolapso vítreo/íris
Perda do reflexo vermelho
HEMORRAGIA SUPRACOROIDAL
Conduta
Sutura imediata da incisão!
Reduzir PA / Controlar dor / Manitol para reduzir PIO
Avaliar drenagem após liquefação do coágulo (14d) +/- VVPP
Endoftalmite
FR pré op
Blefarite/Conjuntivite/Dacriocistite
DM/ Imunossupressão
> 80 anos
Sexo masculino
Endoftalmite
FR intra op
Vazamento incisional
RCP/Perda vítrea
Maior tempo
cirúrgico/contaminação
Incisão clear córnea sem sutura (versus com sutura)
Endoftalmite
Profilaxia pré e intra op
Tratar blefarite/ conjuntivite/ afecções palpebrais
Iodopovidona 10% ou clorexidina na PELE
Isolamento dos cílios
Iodopovidona 5% → 3 a 5 min antes da cirurgia - PRINCIPAL
ATB intra-cameral - Moxifloxacino / Cefuroxima / Cefazolina
Incisões selantes
Quais ATB devemos evitar para uso intracameral na profilaxia de endoftalmite durante a cirurgia de catarata?
EVITAR: Genta - Infarto macular / Vanco - HORV (vasculite hemorráfica e oclusiva da retina)
Quais tipos de endoftalmite?
Aguda (< 4 - 6 semanas)
Crônica (> 6 semanas)
Quais agentes da endoftalmite aguda?
S. epidermidis / S. aureus - GRAM + pele (+ comum)
Outros Gram + (Streptococcus / enterococcus)
Gram - (Pseudomonas / Haemophilus / Gram - entéricos)
Quais sinas/sintomas da endoftalmite aguda?
Dor forte
BAV significativa
Hipópio e turvação vítrea
Qual tratamento da endoftalmite aguda?
AV > ou = MM:
Punção vítrea + IIV ATB tem igual eficácia a VVPP + IIV ATB
ATB = Vanco + ceftazidima
OBS: estudo antigo com vitreófagos menos evoluídos; a tendência atual é sempre fazer a VVPP
AV = PL:
VVPP + IIV ATB
ATB = Vanco + ceftazidima
Quais ATB VO são as melhores opções para uso adjuvante na endoftalmite aguda? Quando são especialmente úteis?
ATB VO (especialmente se endoftalmite endógenta) → moxifloxacino, levofloxacino, linezolida têm melhor penetração vítrea pela via oral
Quais agentes da endoftalmite crônica?
Agentes:
Propionibacterium acnes 63%
S. epidermidis 16%
Candida parapsilosis 16%
Quais sinais e sintomas da endoftalmite crônica?
Uveíte crônica parcialmente responsiva aos corticoides
RCA granulomatosa
Placas intracapsulares
Qual tratamento da endoftalmite crônica
VVPP + explante da LIO e saco + IIV ATB (Vanco + Cefta +/- dexametasona)
Endoftalmite versus TASS
Tempo de instalação
Dor
Hipópio
Vitreíte
AV
Conduta
Endoftalmite
Instalação 3-7 dias
Dor Intensa
Hipópio +++
Vitreíte Grave
BAV grave
ATB intravítreo +/- VVPP
TASS
Instalação 1as 24h
Dor Leve
Hipópio +
Sem vitreíte ou vitreíte leve
BAV leve
Intensificar corticoide tópico
EDEMA MACULAR CISTÓIDE (Síndrome de Irvine-Gass)
Fatores de risco
Incisões maiores (FIC > FEC > FACO)
RCP / Perda vítrea / Restos corticais
Hérnia de íris / LIO capturada na íris
DM / Uveíte
EDEMA MACULAR CISTÓIDE (Síndrome de Irvine-Gass)
Clínica
Pico entre 4-6 a até 10 semanas após a cirurgia (não é algo precoce)
Redução de AV
Extravasamento petalóide na AGF
Cistos intrarretinianos +/- líquido SR no OCT
OBS: EDC SUBCLÍNICO é MUITO mais frequente que o EMC CLÍNICO (BAV)
EDEMA MACULAR CISTÓIDE (Síndrome de Irvine-Gass)
Tratamento
AINE + Corticoide tópico 6/6h por 4-12 semanas
Se refratário:
TNC IIV ou Ozurdex → Anti-VEGF → VVPP
FALÊNCIA DE FÍSTULA DE TREC
Fatores de risco pré op
< 6m entre a TREC e a FACO
PIO descontrolada no pré-operatório
- Se estava descontroalda, provavelmente é uma TREC que já estava falindo
Idade < 50 anos e glaucoma pós uveíte
- Cicatrização/inflamação maior = maior risco de falir
FALÊNCIA DE FÍSTULA DE TREC
Fatores de risco intra op
Manipulação de íris
Manipulação/sangramento conjuntival
Incisão próxima à bolha
RCP/ Perda vítrea
Restos de córtex ou viscoelástico