Complicações Hipertensivas Agudas (Crise hipertensiva) Flashcards
Quais são as principais emergências hipertensivas? (6)
- Encefalopatia hipertensiva
- AVE isquêmico ou hemorrágico
- Síndrome coronariana aguda (angina instável, IAM)
- Dissecção de aorta
- Edema agudo de pulmão
- Eclâmpsia
- Síndrome HELLP
“Embora elevação da PA, por si só, não defina qualquer síndrome clínica em especial, a lesão aguda em órgão alvo não ocorre na ausência de HAS moderada a grave (ou seja, ≥ 108/ 110 mmHg).
Por outro lado, na ausência de sintomas, a mera presença de PA excessivamente alta no PS (independentemente do valor) não prenuncia o desenvolvimento iminente de lesão em órgão alvo.
Obs.: Para se iniciar uma emergência hipertensiva deverá ter níveis pressóricos excessivamente altos, mas não significa que ao longo das doenças essas pressões se mantêm. Não é devido a pressão que iremos medicar o paciente, mas sim pela etiologia que está causando isso ao paciente.
“Embora frequentemente acompanhados por PA elevada, sintomas como cefaleia, epistaxe e vertigem não são, em si, evidências de lesão aguda em órgão-alvo e, isolados, não constituem uma emergência hipertensiva ou indicam a necessidade de redução aguda da PA.”
O paciente que é cronicamente hipertenso, que já não controla muito bem sua pressão, se tem a curva desviada para direita, a linha tracejada no gráfico. Observe o perigo ao medicar o paciente com captopril ou furosemida e diminuir a pressão buscando um faixa alvo, considerada normal para indivíduos normotensos, o paciente hipertenso já desenvolveria sinais de hipofluxo cerebral, como sonolência e rebaixamento de nível de consciência, o que é muito frequente.
Outra coisa a se perceber é que os pacientes hipertensos necessitam de pressões mais altas para desenvolver encefalopatia hipertensiva.
Hipertensão na emergência - Fenômeno de “labeling”
Esse fenômeno foi observado que muitos pacientes foram a emergência julgando saber quando estão hipertensos. Esses pacientes que vão ao serviço de saúde, aferiram a pressão e eram medicados, tinham uma menor adesão ao tratamento ao longo prazo. Assim, era passado ao paciente que ele pudesse saber quando sua pressão aumentava e só buscava a medicação quando se sentia dessa forma. Isso foi um trial que acompanhou tais pacientes e mostrou que eles sofriam o fenômeno da rotulação - rotula-se esses pacientes como hipertensos sintomáticos, em que o médico passa a informação que o paciente sabe quando tem picos de pressão alta. Isso fazia com que ele tivesse baixa adesão ao tratamento a longo prazo, que é o importante para diminuir a mortalidade. Por isso, converse bastante com seu paciente para que não se caia nessa armadilha e o paciente não tenha a melhoria em longo, prazo como deveria.
Como usar o Nitroprussiato de sódio (Nipride)?
Nipride, 1 amp + 248 ml de SF 0,9%, correr EV em bomba de infusão com ajuste a critério médico
- Iniciamos com 5 ml/h e aumentamos a cada cinco minutos
Como usar Nitroglicerina?
Nitroglicerina, 1 amp + 245 ml de SG a 5%, correr EV em bomba de infusão com ajuste a critério médico
- Iniciamos com 5 ml/h e dobramos a dose a cada cinco minutos
Quando usar nipride ou nitroglicerina?
Na maioria das vezes, pode se ficar à vontade para escolher. Atenção que apenas em pacientes cardiopatas (que tem antecedente de infarto e insuficiência cardíaca) é que será preferível a nitroglicerina. Não use o nipride nesses pacientes, pois pode se ter roubo coronariano, piorando uma isquemia miocárdica. Em edema agudo de pulmão, também se é preferível o uso da nitroglicerina. Geralmente, em AVC ou encefalopatia hipertensiva, optamos pelo uso do nipride.