Complicações do DM

Question 1

Cite 2 exemplos do QC autonômico e neuroglicopênico da hipoglicemia.

Answer 1

o Autonômica: Glicemia de 65-70mg/dl – palpitações, taquicardia, HAS, sudorese, tremor, parestesia.
o Neuroglicopênica: Glicemia de 50-55mg/dl – confusão mental, astenia, alteração de comportamento, agressividade, sonolência, possível coma.

Question 2

Caracterize a triade de whipple.

Answer 2

• Glicemia <70mg/dl + sintomas (autonômicos ou neuroglicopênicos) + remissão dos sintomas após uso de CH.

Question 3

Quais são os 3 principais parâmetros séricos alterados no quadro de cetoacidose diabética? Cite 3 fatores desencadeantes.

Answer 3

Hiperglicemia + cetonemia + acidose metabólica com AG alto.
1. Por ausência da insulina absoluto.
2. Por aumento dos contrarreguladores da insulina reduzindo captação periférica e aumentando neoglicogênese (↑ lipólise).

• Glicemia >250mg/fl.
• Acidose pH< 7,3.
• Cetonúria/cetonemia.

• HCO3 <15 mEq/L.

• Má adesão (dose excessiva, ingesta reduzida), atividade física intensa (↑ consumo muscular de glicose), ingesta alcoólica, infecção, etc.

Question 4

Qual o TTO da cetoacidose diabética por ordem de conduta?

Answer 4

1. Hidratação.
2. Insulina (EV se grave) até alcançar 250mg/dl, diminuindo a velocidade de infusão, mantendo até regularização do pH.
   • Reposição de K+ se necessário (suspender insulina se houver hipocalemia, somente administrando novamente quando K+ >3,3).

Question 5

Qual a principal diferença na patogênese da cetoacidose e do estado hiperosmolar hipertônico, relacionado à insulina, e sua principal consequência?

Answer 5

• Ausência de insulina comparado com deficiência moderada da mesma (insulina ainda presente), resultando em índices glicêmicos >250mg/dl e >600mg/dl respectivamente.

Question 6

Qual principal iatrogenia resultante do TTO da cetoacidose diabética?

Answer 6

• Edema cerebral.

Question 7

Porque não há produção de corpos cetônicos no estado hiperosmolar hipertônico?

Answer 7

Pois há deficiência moderada de insulina, todavia ainda presente, inibindo a lipólise e produção de corpos cetônicos.

• Glicemia >600mg/dl.
• Hiperosmolaridade >320 mOsm/L.
• Ausencia de acidose.
• HCO3 >15 mEq/L.

Question 8

Quando solicitar o exame de fundo de olho após o DX e qual a frequência que o exame deve ser realizado?

Answer 8

• Imediato no DM tipo 2 e após 5a do DX no DM tipo 1.
• Anual.

Question 9

Quais as principais características patológicas da retinopatia diabética e seu TTO?

Answer 9

• Edema vascular.
• Exsudatos algodanosos.
• Microaneurismas retinianos (formação de vasos e risco de hemorragia intrarretinianas).
• Fotocoagulação da retina com laser de agônio (prevenção de formação de neovasos e estabilização dos já existentes).

Question 10

Qual o QC da neuropatia hiperglicêmica (polineuropatia simétrica distal)? Qual a sua evolução se não evitado?

Answer 10

• Hipoestesia térmica (queimação) e dolorosa (choque).
• Parestesia em bota e luva -> rtropatia de Charcot -> pé diabético (lesão não cicatrizante de evolução ulcerativa).
   Prevenção: Calçados adequados (remover pressão de úlceras adjacentes), pés secos e limpos, avaliação vascular (determinar se fluxo adequado), TTO de comorbidades de MMII (infecções).

o Focal: Geralmente acometendo o 3º par craniano evidenciando ptose unilateral com pupilas ICR.

Question 11

Caracterize a artropatia de Charcot e qual o primeiro reflexo perdido no seu quadro.

Answer 11

• Anestesia completa das extremidades levando a uma distribuição anormal da pressão e risco de amputação.
• Reflexo aquileu.

Question 12

Quais critérios DX para IR do diabetes (nefropatia diabética) e seu consequente TTO?

Answer 12

• Aumento da albuminúria (>300mg/24h) e alteração da TFG.
• IECA/BRA, mesmo em normotensos visando proteção renal.