Colestase ( Visão Cirurgica Das Vias Biliares ) Flashcards
Triângulo de Callot (hepatocístico)
Ducto hepático comum, borda inferior do fígado e ducto cístico
Origem embriológica do sistema biliar
Divertículo hepático, brotamento ventral do intestino anterior que surge em torno da 4a semana
Principais causas de dilatação das vias biliares extra-hepáticas (USG)
Litíase biliar (coledocolitíase) e tumores periampulares ( o mais comum é o tumor de cabeça de pâncreas)
Sinal de Courvoisier
Vesícula biliar distendida e palpável, porém indolor (indica causa neoplásica de colestase)
Exame padrão-ouro para o diagnóstico de coledocolitíase
Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica
Tratamento da colelitíase
Não exige nenhum tratamento cirúrgico. Com exceção de: vesícula em porcelana, pólipos, cálculos grandes (>2,5-3cm), vesículas com anomalia congênita (ex.: vesícula duplicada), anemias hemolíticas (ex.: anemia falciforme), portadores de um longo ducto após junção do colédoco e ducto pancreático
Manifestações clínicas da colelitíase
Grande maioria é assintomática. Alguns progridem para uma fase sintomática caracterizada pela dor biliar episódica, que costuma durar de uma a seis horas
Manifestações clínicas da Colecistite Aguda Calculosa
Febre + quadro abdominal inflamatório (QSD) + sinal de Murphy
Outros sinais semiológicos que aparecem no quadro de colecistite aguda
Kehr - dor referida no ombro (irritação diafragmática)
Boas - dor referida para ponta da escápula direita
Tratamento da colecistite aguda
Colecistectomia ( laparoscópica ) - idealmente nas primeiras 72 horas
Causa de colecistite enfisematosa
Clostridium perfringens, uma bactéria anaeróbica produtora de gás
Síndrome de Mirizzi
Obstrução do ducto hepático comum por cálculo impactado no cístico ( efeito mecânico ou edema inflamatório )
Tratamento da coledocolitíase
Sempre cirúrgico!!! Por papilotomia endoscópica, exploração do colédoco ( laparoscópica ou aberta ) e derivação biliodigestiva
Indicações para derivação biliodigestiva nos casos de coledocolitíase
Colédoco muito dilatado (>1,5-2 cm de diâmetro), múltiplos cálculos (>6 cálculos), cálculos intra-hepáticos, coledocolitíase primária (cálculos pigmentados castanhos), dificuldade para cateterizar a ampola, divertículo duodenal
Apresentação clínica da colangite bacteriana aguda
Tríade de Charcot e Pêntade de Reynolds
Tríade de Charcot
Icterícia + dor biliar + febre
Pêntade de Reynolds
Tríade de Charcot + hipotensão + estado confusional (forma supurativa ou tóxica)
Definição de colangite
Colecistite + coledocolitiase
Tratamento da Tríade de Charcot
Antibioticoterapia venosa + descompressão eletiva ( CPRE ou colecistectomia + colangiografia intraoperatória )
Tratamento na Pêntade de Reynolds
Antibioticoterapia venosa + descompressão imediata
O que é a colangite piogênica recorrente?
Trata-se de uma doença endêmica no Sudeste Asiático, causada por contaminações bacterianas repetidas da via biliar (geralmente E.coli) e precipitadas por cálculos + parasitos (Clonorchis sinensis, Opisthorchis viverrini e Ascaris lumbricoides)
Quando indicar colecistectomia em pólipos de vesícula biliar?
Nos casos sintomáticos (dor biliar episódica) e nos assintomáticos quando: associado à colelitíase; idade > 60 anos; diâmetro > 1 cm; crescimento documentado na USG seriada
Tumor de Klatskin
Colangiocarcinoma mais comum (75% dos casos), peri-hilar, na confluência dos ductos hepáticos.
Marcador tumoral do Carcinoma de Cabeça de Pâncreas
CA-19-9
Apresentação clínica do Carcinoma de cabeça de pâncreas
Icterícia + dor epigástrica + emagrecimento
Vesícula de Couvoisier-Terrier - importante sinal semiológico; Síndrome de Trousseau: paraneoplásica - tromboflebite migratória
Tipo histológico mais comum entre os cânceres de pâncreas
Adenocarcinoma ductal
Fatores de risco para o Carcinoma de Cabeça de Pâncreas
Idade avançada, sexo masculino, negros, tabagismo, diabetes, história familiar de câncer pancreático, pancreatite crônica ou hereditária, exposição ocupacional e carcinogênios.
Exame de escolha para o diagnóstico de CA de Pâncreas
TC contrastada trifásica ( sem contraste - fase pancreática - fase portal )
Qual é o câncer periampolar de melhor prognóstico?
Carcinoma de ampola de abater
Colecistite aguda acalculosa (alitiásica)
Inflamação aguda da vesícula biliar na ausência de cálculos.
Todo paciente de UTI que evolui com febre e leucocitose inexplicada deve ser investigado.
Tto sempre cirúrgico!
Colangite Esclerosantes Primária
p-ANCA positivo, associada à RCU
Marcador da colangite biliar primária
Anticorpo antimitocôndria