Colagenoses Flashcards

LES; SAF; Sind. Sjögren; Esclerodermia; Polimiosite e Dermatomiosite; Dç. Mista do tecido Conjuntivo

1
Q

LES

Quais as características associadas a maior prevalência da doença?

A

Mulheres (9:1)

Idade fértil (15 a 45 anos)

Raça negra (3× maior)

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2
Q

LES

Qual a alteração fisiopatologica básica?

A

Formação de autoanticorpos –> Ativação do complemento –> Inflamação tecidual

Formação de imunocomplexos:

  1. In situ (tecidual)
  2. Formação no soro (Imunocomplexos circulantes –> Deposição)
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3
Q

LES

Quais são os fatores predisponentes à formação de autoanticorpos?

A

Genéticos (Essencial)

Desencadeadores:
Exposição aos raios UV (70% dos casos)
*Comportamento epidêmico - Verão
Estrogênios
*Uso de ACO ou TRH = ate2× mais frequente
*Aumentam a atividade dos linfócitos
Tabagismo
Medicamentos
*LES farmacoinduzido (hidralazina, procainamida, isoniazida, clorpromazina, D-penicilamina, anti-TNF)
Infecções (Epstein-Barr)

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4
Q

LES

Quais os tipos de anticorpos formados no LES?

A

Antinucleares

Antimembrana

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5
Q

LES

Quais as principais características clínicas? Qual a expressão mais frequente do curso dos sintomas?

A

Cronicidade
Remitente
Recidivancia

Remissão × Atividade

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6
Q

LES

Quais os locais mais característicamente envolvidos?

A

Pele

Articulações

Membranas serosas (Pleura e pericárdio)

Rins

SNC

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7
Q

LES

Quais as manifestações clínicas mais frequentes?

A

Fadiga (90%)
Febre (80%)

Artralgia/Mialgia (95%)
Artrite não Erosiva (60%)

Anemia (70%)
Leucopenia (65%)
Linfocitopenia (59%)

Fotossensibilidade (70%)
Erupção malar -Rash malar- (50%)
Alopecia discóide (40-70%)
Úlceras mucosas (40%)

Fenômeno de Raynaud (30%)
Alopecia (40%)

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8
Q

LES

Qual o sinal mais precoce de recaída?

A

Fadiga

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9
Q

LES

Qual a lesão cutânea mais característica?

A

Erupção malar (Rash malar)
Ausência de pápulas e pústulas
Poupa sulcos nasolabiais

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10
Q

LES

Qual a lesão típica em áreas de exposição solar recente associada à presença do anticorpo anti-Ro?

A

Fotossensibilidade

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11
Q

LES

Qual entidade está associada ao aparecimento de lesões cutâneas eritematodescamativas difusas não ulceradas em MMSS e tronco, e que poupa a face; acompanhada de sintomas musculares e presença de anti-Ro?

A

Lúpus cutâneo subagudo

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12
Q

LES

Qual o anticorpo relacionado ao lúpus cutâneo subagudo e à fotossensibilidade?

A

Anti-Ro (SSA)

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13
Q

LES

Qual a principal lesão cutânea crônica?

A

Lupus discóide (Presença = Cronicidade)
Face
Couro cabeludo
Pavilhão auricular

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14
Q

LES

Quais anticorpos podem estar presentes diante de vasculite cutânea?

A

Anticorpos anti-fosfolipidios

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15
Q

LES

Qual a manifestação clínica característica mais frequentemente encontrada nesse pacientes?

A

Poliartralgia e mialgia (quase todos têm)

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16
Q

LES

Quais as principais características da atrite lúpica?

A

Simétrica
Distal
Migratória (Furacão média de 1-3 dias por articulação)
Rigidez matinal < 1h

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17
Q

LES

Quais as articulações mais frequentemente acometidas pela artrite lúpica?

A

Mãos
Punhos
Joelhos

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18
Q

LES

Qual condição pode monetizar as deformações da AR nesses pacientes?

A

Artropatia de Jaccoud
As deformidades são semelhantes
REDUTIVEIS à manipulação

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19
Q

LES

Quais condições estão associadas à osteonecrose?

A

Presença de anticorpos anti-fosfolipidios

Uso de corticosteróides

Atividade de doença

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20
Q

LES

É comum a associação com fibromialgia. VERDADEIRO ou FALSO?

A

Verfadeiro

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21
Q

LES

Como identificar o comprometimento renal?

A

Proteinúria>500mg/24h ou >ou= 3+ no EAS; e/ou

Cilindros celulares na análise do sedimento

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22
Q

LES

Qual o principal alvo renal acometido pelos anticorpos?

A

Glomérulos

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23
Q

LES

Qual a classificação de lesão renal Mesangial sem proliferação celular?

A

Nefrite Lúpica Grau I (Mesangial Mínima)

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24
Q

LES

Qual a manifestação cardiaca mais frequente?

A

Pericardite

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25
LES Qual a condição associada ao surgimento de vegetações verrucoides no endocardio, precipitadas por quadro de endocardite/valvulite, e qual o anticorpo mais associado?
Endocardite de Libman-Sacks Forma verrucosa nao bacteriana de endocardite/valvulite. Acometimento principal = Valva mitral Anticorpos anti-fosfolipidios
26
LES Qual o período mais frequente de apresentação da psicose lupica?
1° ano de doença | Delirium
27
LES Qual a condição associada a estado confusional, ilusões persecutórias, alucinações audiovisuais e flutuação do nível de consciência? Qual o anticorpo associado?
Psicose lúpica Anti-P
28
LES Qual o principal diagnostico diferencial da psicose lúpica?
Psicose induzida por corticóides Primeiras semanas de uso do fármaco Doses > 40mg/dia de prednisona ou equivalente Regressão após retirada do fármaco
29
LES Qual o anticorpo associado à psicose lúpica?
Anti-P
30
LES Quais as alterações hematológicas mais frequentes?
Anemia normo-normo * Queda no hematócrito é um dos critérios para definir a atividade da doença. * A gravidade da anemia acompanha o aumento do VHS. Leucopenia autoimune --> Linfopenia (<1.500) // Neutropenia é RARO
31
LES O que é a sindrome de Evans?
Anemia imuno-hemolitica + Trombocitopenia autoimune | *Tem no LES sua causa mais comum.
32
LES Qual neoplasia encontra seu risco grandemente aumentado nesses pacientes?
``` Malignidades hematologicas (Linfoma nao Hodgkin) -aumento de 4 a 5 vezes- ```
33
LES Qual a alteração da coagulação frequentemente encontrada?
Depleção de fator VIII = PTT alargado / RNI normal | *Responde apenas à reposição de complexo protrombinico ativado (Prothromplex)
34
LES Qual a manifestação ocular mais comum?
Síndrome de Sjögren
35
LES Quais manifestações hematológicas consideradas no Diagnóstico?
Anemia hemolitica Leucopenia (<4.000) ou linfopenia (<1.000) Plaquetopenia (<100.000)
36
LES A nefrite pode ser considerada como elemento diagnóstico?
SIM! | Ptnúria > 500mg/dia OU Cilind. Hemat.
37
LES A hipocomplementemia pode ser considerada elemento diagnóstico?
SIM | C3; C4; CH50 (baixos)
38
LES Qual a principal utilidade do FAN?
Teste de triagem (NÃO É ESPECÍFICO) | *Títulos >ou= 1:80
39
LES Quais os anticorpos mais específicos, sendo considerados entre os elementos de diagnóstico?
Anti-DNA dupla-hélice (anti-DNAds) Anti-Sm (anti-Smith)
40
LES Qual anticorpo guarda importante relação com a atividade da doença e com o desenvolvimento de nefrite lúpica?
Anti-DNA dupla-hélice | *Altos títulos = Forma grave de nefrite lúpica
41
LES Qual o anticorpo mais específico de todos no diagnóstico?
Anti-Sm | *Só presente em 30% dos casos
42
LES Qual a relevancia na presença dos anticorpos SS-A(Ro) e SS-B(La)?
LES com FAN negativo Correlação negativa com nefrite lúpica (se presentes)
43
LES Qual o anticorpo do lúpus farmacoinduzido?
Anti-histona
44
LES Quais anticorpos são marco da presença da Síndrome antifosfolipidio?
Anticoagulante lúpico Anticardiolipina Antibeta-2-glicoproteína I
45
LES Quais os anticorpos antimembrana mais frequentemente encontrados?
Anti-Hemácia (60%) Antilinfócito (70%) Antineuronais (60%)
46
LES Quais as medidas gerais mais importantes no tratamento?
Repouso (proporcional ao grau de atividade da doença) Uso de protetor solar (FPS>30) Abandono do tabagismo Monitoração de fatores de RCV (TA, glicemia, perfil lipidico)
47
LES Quais vacinas são seguras no paciente lúpico?
Antipneumocócica Anti-influenza *INATIVADAS!!!
48
LES Qual cuidado deve ser adotado ao usar os antimalaticos (principalmente cloroquina)?
Exame oftalmológico periódico: Anual - Hidroxicloroquina Trimestral - Cloroquina *Toxicidade retiniana
49
LES Quais os benefícios do uso de Antimaláricos?
Bons resultados no controle de manifestações dermatológicas, artrite e fadiga; Poupador de corticoide (Doses menores de corticoide); Efeito antitrómbotico e hipolipemiante (Redução do RCV);
50
LES É conduta bastante difundida a manutenção de dose profilática de antimaláricos nesses pacientes, visando reduzir o número de recidivas. VERDADEIRO ou FALSO?
VERDADEIRO | *Manutenção inclusive durante a gestação (Hidroxicloroquina parece ser segura)
51
LES Qual a principal utilidade do uso dos AINEs? Qual o cuidado fundamental a ser adotado diante do seu uso?
Controle de manifestações musculoesqueléticas - Terapia ponte ate o inicio da ação dos Antimaláricos. Evitar o uso prolongado: Risco de Meningite asséptica (ibuprofeno) e IAM (principalmente)
52
LES Qual a contraindicação absoluta ao uso dos AINEs?
Nefrite Lúpica
53
LES Qual a principal utilidade dos Glicocorticoides?
Induzir remissão (Pedra angular da terapêutica) Imunomodulação - Baixa dose (0,5mg/kg/dia) Imunossupressão - Altas doses (1-2mg/kg/dia)
54
LES Qual o cuidado a ser adotado em paciente lúpicos usuários de corticoterapia?
Risco Aumentado de Osteoporose: Reposição Ca 1.500mg/d e Vit. D 800U/d Bisfosfonados profilático (Alendronato 35mg/sem) -Em caso de dose > 4mg/dia de predinisolona por mais de 3 meses.
55
LES Qual cuidado deve ser adotado em pacientes candidatos a pulsoterapia (imunosssupressão)?
Risco de estrongiloidiase disseminada (Síndrome da Hiperinfecção): Tratamento empírico para estrongiloidiase 1. Ivermectina 200mcg/kg, 2d consec 2. Tiabendazol 25mg/kg (Máx. 3g/d), 3d consec
56
LES Qual a utilidade dos Citotóxicos?
Tratamento de complicações graves: P.Ex Glomerulonefrites proliferativas. *Associar a Corticoterapia Terapia de manutenção - Poupador de corticoide
57
LES Quais os principais paraefeitos da cilofosfamida?
Cistite hemorrágica Fibrose e transformação neoplásica das células vesicais Azospermia Toxicidade Ovariana Toxicidade à medula Óssea
58
LES Quais as opções terapêuticas no tratamento da forma Cutânea?
Lesões Bem Localizadas: Corticoides tópicos Baixa potência (hidrocortisona) -> Maior potência (fluoretados) Casos Refratários/Lesão Extensa: Associar Antimaláricos
59
LES Quais as opções terapêuticas diante das formas articular e muscular?
AINEs Convencionais/ Inibidores da COX2 Se refratário: Prednisona dose baixa a intermediária (7,5 - 30mg/dia) OU iniciar antimalárico (Poupador de coirticoide/retirar AINE. Se artrite intensa e refratária: MTX (boa resposta)
60
LES Quais drogas permitem regressão dos quadros serositicos?
AINEs ou Corticoides em dose antiinflamatória Após regressão retirar a droga de forma paulatina.
61
LES Como conduzir as formas graves?
Imunossupressão agressiva: | Corticosterooides alta dose + Citotóxicos (Ciclofosfamida)
62
LES Qual droga apresenta excelente resposta diante de quadros de anemia imuno-hemolítica, trombocitopenia e vasculite sistêmica?
Corticosteroides (1-2mg/kg/dia de prednisona ou equivalente)
63
LES Qual a droga de escolha no tratamento da Nefrite lúpica?
Corticosteroides: Branda (classe III leve) - 0,5mg/kg/dia de prednisona Grave (Classe III grave ou IV) - 1-2mg/kg/dia *Associar Imunossupressores Glomerulonefrite rapidamente progressiva - Pulsoterapia com metilpredinisolona
64
LES Qual a abordagem terapêutica diante da Nefrite Lúpica no tocante à terapia imunossupressora?
Indução da Remissão Droga de Escolha: Ciclofosfamida - Pulsos mensais por 6 meses. Micofenolato em Negros e Hispânicos Manutenção da Remissão Droga de Escolha: Micofenolato ou Azatioprina por 18 a 24 meses
65
LES Qual a classificação de lesão renal Mesangial Proliferativa ?
Nefrite Lúpica Grau II
66
LES Qual a classificação de lesão renal que envolve menos de 50% dos glomérulos renais?
Nefrite Lúpica Grau III (Focal) A. Leões Ativas: Proliferativa A/C. Lesões Ativas e Crônicas: Proliferativa e Esclerosante C. Lesões Inativas Crônicas + Cicatrizes: Esclerosante
67
LES Qual a classificação de lesão renal que envolve mais de 50% dos glomérulos?
Nefrite Lúpica Grau IV (Difusa) A. Lesões Ativas: Proliferativa A/C. Lesões Ativas e Crônicas: Proliferativa e Esclerosante C. Lesões Inativas Crônicas + Cicatrizes: Esclerosante *As subclassificações podem ser categorizadas em Segmentares (S) ou Globais (G) -Atentar para o padrão de acometimento dos capilares glomerulares-
68
LES Qual a classificação de lesão renal Membranosa?
Nefrite lúpica Grau V
69
LES Qual a classificação de lesão renal Esclerosante de grau avançado?
Nefrite Lúpica Grau VI
70
LES Qual o mecanismo fisiopatológico fundamental da lesão renal na Nefrite Lúpica?
Deposição de Imunocomplexos DNA/Anti-DNA | Há ainda ativação do complemento formando depósitos de C3, C4 e C1q
71
LES Quais outras medidas não imunossupressoras também são importantes no tratamento da Nefrite Lúpica?
Controle da HAS (Meta <140/90mmHg); Controle da Glicemia, da lipemia e da Proteinúria. Uso de IECA/BRA *Importante em qualquer forma de Nefrite Lúpica Grave
72
LES Qual o tratamento de escolha em pacientes com Psicose lúpica, Vasculite do SNC e mielite transversa?
Prednisona em altas doses (Ou pulso de Metilprednisolona) | Imunossupressores (Ciclofosfamida) = Se grave
73
LES Quais as indicações de realizar Biópsia Renal na Nefrite Lúpica?
1. Presença de anormalidades leves no exame de urina, não sugestivas de uma classe específica, mas refratárias a baixas doses de prednisona (0,5mg/kg/dia) 2. Proteinúria nefrótica com escórias normais 3. Aumento lentamente progressivo das escórias
74
LES Qual o anticorpo associado a maior risco de desenvolvimento de LES neonatal e Bloqueio cardíaco congênito?
Anti-RO
75
LES Quais os cuidados que a paciente lúpica deve ter em relação à gestação antes de inicia-la?
Engravidar somente se > 6 meses de remissão; Portadoras de Nefrite Lúpica devem ser desencorajadas a gestar; Acompanhar como Gravidez de Alto Risco.
76
LES Como deve ser feito o manejo dos sintomas da Gestante lúpica?
AINES Corticosteroides Hidroxicloroquina Ciclofosfamida, Metotrexato e Warfarina têm risco de teratogenicidade e são contraindicados.
77
LES Quais os principais medicamentos implicados no desenvolvimento de LES farmacoinduzido?
Procainamida (Maior risco = 20% dos usuários) Hidralazina (Mais frequente) D-penicilamina
78
LES Como costuma se apresentar o quadro do LES farmacoinduzido?
Mais Brando: Poupa SNC e Rim Lesões cutâneas e manifestações hematológicas graves não são comuns Associado a uso de alguma das drogas implicadas (Geralmente > 1 mês). Mal-estar geral, mialgia, artralgia, febre, rash e/ou serosite.
79
LES Quais os achados Laboratoriais do LES farmacoinduzido?
FAN em altos títulos + anti-Histonas presentes; Ausência de Anti-DNA Dupla-hélice (Exceto se induzido por Anti-TNF e Alfa-interferon) e anti-Sm; Complemento Normal.
80
ES Qual o tratamento de escolha no LES farmacoinduzido?
Suspensão da droga implicada Pode necessitar AINE ou Antimalárico por curto periodo
81
ES Qual o anticorpo caracteristicamente encontrado nos pacientes com LES farmacoinduzido?
Anti-Histona
82
SAF Quais os marcos característicos dessa patologia?
``` Eventos tromboembólicos arteriais e venosos Abortamento espontâneo de repetição Presença de Anticorpos: Anticardiolipina Anticoagulante Lúpico Antibeta-2-glicoproteína I ```
83
SAF Qual a classificação quanto a etiologia causadora?
SAF Primária (50%) = Quando ocorre de forma isolada SAF Secundária (50%) = Quando se associa a outras desordens hematológicas ou não
84
SAF Qual o tipo de SAF mais frequente no sexo feminino?
SAF Secundária (Associada a LES)
85
SAF Qual a cascata de eventos que constitui a base fisiopatológica?
Alteração na posição da Fosfatidilserina (Na face extracelular da membrana) Conjugação de Beta-2-glicoproteína 1 à FS Presença de Acs Antifosfolipídios = Ligação ao complexo FS-Beta-2-GP1 Ativação do complemento > Estado pró-trombótico
86
SAF Qual a manifestação mais comum da SAF?
TVP
87
SAF Quais as manifestações mais comumente encontradas nesses pacientes?
``` TVP Trombocitopenia Livedo Reticular AVE isquêmico Abortamento espontâneo ```
88
SAF Qual o critério obstétrico mais específico para SAF? Qual o mais sensível?
Morte fetal inexplicada em feto morfologicamente normal > 10 sem. Abortamentos Recorrentes
89
SAF Quais sintomas compõem a tríade de Sneddon?
AVE isquêmico (fora da faixa etária de risco) Livedo Reticular Anticorpos antifosfolipídios positivos
90
SAF Qual o quadro mais grave?
``` SAF catastrófica: Eventos trombóticos agudos Acometimento múltiplo de veis e artérias Vasos de pequeno e grande calibre Mortalidade > 50% ```
91
SAF Quais os critérios diagnósticos clínicos?
1. Trombose Vascular: >1 episódio de trombose confirmada por USG Doppler ou Histopatologia. EXCLUIR VASCULITES (Histopatologia) 2. Morbidade Gestacional
92
SAF Quais as formas de documentar a morbidade gestacional para que ela seja incluída como critério disgnóstico?
≥ 1 Morte inexplicadas de feto morfologicamente normal com IG > 10sem; ≥ 1 nascimento prematuros com causa: Pré-Eclampsia, eclâmpsia ou insuficiência placentária; ≥ 3 abortamentos espontâneos antes de 10 sem excluídas causas maternas ou cromossomiais.
93
SAF Quais os critérios diagnósticos laboratoriais?
1. Presença de Anticoagulante lúpico no plasma 2. Anticorpo anticardiolipina IgG ou IgM com títulos moderados a altos (>40U) 3. Anticorpo anti-Beta-2-Glicoproteína 1 IgG ou IgM em altos títulos Dois exames (+) com mais de 12 semanas entre si
94
SAF Qual o anticorpo responsável por prolongar o TTPa?
Anticoagulante Lúpico | Não é corrigido com administração de plasma humano
95
SAF Qual a principal causa de anticoagulante lúpico falso-positivo e como diferencia-las?
No LES - Presença de antifator VIII Antifator VIII = Hemorragia Anticoagulante lúpico = Trombose
96
SAF Qual a diferença clínica entre IgG e IgM Anticardiolipina?
IgG = Trombose IgM = Anemia Hemolítica Autoimune
97
SAF Qual o anticorpo com maior especificidade para o diagnóstico?
Anticardiolipina
98
SAF Quais as medidas gerais adotadas no tratamento?
Interrupção do tabagismo e do uso de ESTRÓGENOS | Controle de outros fatores de Risco Cardiovascular
99
SAF Como manejar pacientes com tromboembolismo agudo?
Heparinização Plena inicial + Cumarínicos (Depois) * *Manter associação até que se obtenham 2 INR em faixa terapêutica em 2 dias seguidos. * *Após atingir a faixa terapêutica de INR retirar heparina e manter Cumarínico.
100
SAF Qual a heparina de escolha no tratamento da fase aguda?
Heparinas de Baixo Peso Molecular (HPBM) * *Pode associar ao cumarínico já no primeiro dia de tratamento e não precisa monitorar TTPa. * *Heparina Não fracionada (HNF) = Monitorar TTPa
101
SAF Quando deve ser preferível o uso de Heparina Não Fracionada?
Risco significativo de sangramento agudo | Necessidade da interrupção da anticoagulação em curto prazo
102
SAF Qual o tratamento de manutenção para esses pacientes?
``` Medidas gerais/Orientação/MEV Anticoagulação permanente: Cumarínicos (Monitorar RNI): **Trombose Venosa: RNI alvo 2-3 **Trombose Arterial: RNI alvo 3-4 +/-AAS (100mg/dia) ```
103
SAF Qual a indicação para a realização de profilaxia primária com AAS para o primeiro evento tromboembólico?
Portadores de LES (Mesmo sem história prévia de Trombose) + Presença de algum Anticorpo Antifosfolipídio
104
Qual a doença autoimune caracterizada por infiltração linfocítica das glândulas exócrinas (principalmente salivares e lacrimais)
Síndrome de Sjogren
105
SÍNDROME DE SJOGREN Qual o nome dado ao achado de aumento simultâneo das glândulas parótidas, sublinguais, submaxilares e lacrimais bilateralmente?
Síndrome de Mikulicz
106
SÍNDROME DE SJOGREN Qual a forma de apresentação com maior probabilidade de acometimento extraglandular?
Primária
107
SÍNDROME DE SJOGREN Qual a classificação quanto à apresentação clínica? E quanto ao acometimento glandular?
Primária (Isolada) Secundária (Associada a outra doença automune) Glandular (Apenas Glândulas Exócrinas) Extraglandular (+ Outros sítios associados)
108
SÍNDROME DE SJOGREN Qual a população mais acometida pela forma Primária?
Mulheres (9:1) | 40-50 anos
109
SÍNDROME DE SJOGREN Quais os principais mecanismos patogênicos associados à lesão glandular?
1. Infiltração Linfocitária | 2. Deposição de Imunocomplexos
110
SÍNDROME DE SJOGREN Quais as manifestações clínicas mais frequentes?
``` Ceratoconjuntivite Seca (Areia nos olhos) Xerostomia (Boca seca) ```
111
SÍNDROME DE SJOGREN Qual a neoplasia encontra risco aumentado de desenvolvimento nesses pacientes?
Linfoma (Risco 40x maior) * *10% Evoluem com Pseudolinfoma - 10% Evoluem com Linfoma Não Hodgkin
112
SÍNDROME DE SJOGREN Qual a suspeita diante de quadro de linfadenopatia generalizada + Esplenomegalia + Aumento de volume de parótidas + Nódulos Pulmonares
Pseudolinfoma
113
SÍNDROME DE SJOGREN Quais as formas possíveis de manifestação do acometimento renal?
1. Nefrite Intersticial Linfocitária | 2. Glomerulonefrite por Imunocomplexos
114
SÍNDROME DE SJOGREN Qual a forma de lesão renal mais frequente?
Nefrite Intersticial Linfocitária
115
SÍNDROME DE SJOGREN Qual a manifestação cutânea mais frequente e típica?
Fenômeno de Raynaud
116
SÍNDROME DE SJOGREN Quais as manifestações extraglandulares mais frequentemente encontradas?
Artralgias/Artrite Fenômeno de Raynaud Linfadenopatia
117
SÍNDROME DE SJOGREN Quais os anticorpos devem ser pesquisados na suspeita de SS?
Anti-Ro (SSA) 60-75% | Anti-La (SSB)
118
SÍNDROME DE SJOGREN Qual o quadro laboratorial encontrado?
+ Anti-Ro (SSA)/Anti-La (SSB) + FAN (80-90%); + FR (75-90%) Anemia de doença crônica Aumento de VHS Hipergamaglobulinemia Leucopenia/Trombocitopenia
119
SÍNDROME DE SJOGREN Como estabelecer a deficiência de secreção exócrina das glândulas lacrimais?
Teste de Schirmer: Fita lacrimal **Área úmida < 5mm = Secreção lacrimal deficiente Coloração de Rosa Bengala **Detecção de Ceratoconjuntivite Seca (Rosa)
120
SÍNDROME DE SJOGREN Como documentar o acometimento das glândulas Salivares?
Cintilografia Salivar **Insensível porém altamente específico **Avalia Glândulas salivares Maiores Fluxo salivar não estimulado ** Coleta de saliva ≤ 1,,5 ML = Teste positivo
121
SÍNDROME DE SJOGREN Quais as vantagens da Biópsia de Lábio Inferior no diagnóstico?
Auxiliar no estabelecimento do diagnóstico Quantificação do grau de lesão 94% Sensibilidade 90% Especificidade
122
SÍNDROME DE SJOGREN Como estabelecer o sintomas oculares na investigação diagnóstica?
Sintomas oculares: Olhos secos todos os dias > 3 meses, Sensação recorrente de corpo estranho ou uso de colírios mais de 3x/dia. **Uma ou mais das manifestações./
123
SÍNDROME DE SJOGREN Como estabelecer o sintomas orais na investigação diagnóstica?
Sintomas orais: Boca seca > 3 meses, parótidas edemaciadas de forma recorrente ou persistente, necessidade de uso de líquidos para deglutir.
124
SÍNDROME DE SJOGREN Quais os critérios diagnósticos?
1. Sintomas Oculares 2. Sintomas Orais 3. Sinais oculares (Schirmer ou Rosa Bengala) 4. Histopatologia sugestiva em ao menos uma glândula salivar menor 5. Envolvimento de glândulas salivares: Cintilografia/Fluxo salivar 6. Presença de Anti-RO (SSA) e/ou Anti-LA (SSB)
125
SÍNDROME DE SJOGREN Qual a terapêutica no doente com Síndrome de Sjogren?
Alívio sintomático (Não há tratamento que reverta a doença): 1. Colírio de ciclosporina 0,05% 2. Pomadas oftalmológicas (lubrificação); 3. Lágrima artificial contendo metilcelulose 4. Soro fisiológico Nasal 5. Hidratantes para pele 6. Saliva artificial 7. Lubrificantes vaginais 8. Óculos de Natação à noite
126
SÍNDROME DE SJOGREN Qual o tratamento em caso de manifestações extraglandulares?
Corticoterapia com Prednisona * *Glomerulonefrite, pneumonite e pseudolinfoma * *Vasculite sistêmica = Associar ciclofosfamida (se manifestações renais ou pulmonares graves
127
ESCLERODERMIA Como podemos classificar a Esclerodermia quanto à sua forma de evolução?
Localizada - Não afetam órgãos internos Sistêmica - É uma colagenose
128
ESCLERODERMIA Como classificar a Esclerose Sistêmica quanto à sua forma de evolução?
Cutânea Difusa: Lesões encontradas em qualquer parte do corpo Cutânea Limitada: Lesões se limitam às regiões distais (cotovelos, joelhos e clavículas) Visceral: Comprometimento de órgãos internos SEM acometimento cutâneo **Tanto a forma Difusa quanto a Limitada são variações da Esclerose Sistêmica e podem apresentar acometimento orgânico interno
129
ESCLERODERMIA Quais os órgãos mais frequentemente acometidos pela forma sistêmica?
``` Pele Pulmões Trato Gastrointestinal Rins Coração ```
130
ESCLERODERMIA Qual o perfil do paciente acometido pela forma Sistêmica?
Mulheres (4:1) 30-50 anos **É doença rara **Pode aparecer em qualquer idade sexo ou raça **Mais grave em Negros (Fibrose Pulmonar)
131
ESCLERODERMIA Qual a célula efetora do processo patológico na forma Sistêmica? Quais os processos patológicos báscios na gênese da doença?
Fibroblastos 1. Disfunção Vascular 2. Fibrose insidiosa em órgãos e tecidos afetados
132
ESCLERODERMIA Qual a manifestação costuma ser a mais precoce?
Fenômeno de Raynaud * *Pré-Esclerodermia * *Anos antes do inícios dos sintomas típicos
133
Qual a principal causa do fenômeno de Raynaud??
Doença de Raynaud * *Mulheres jovens (< 30 anos) * *Ausência de gangrena digital/exame físico normal * *Autoanticorpos negativos; VHS normal
134
ESCLERODERMIA Quais as alterações características que ocorrem nas mãos desses pacientes?
Edema Pele espessa e brilhosa (Redução de mobilidade) Contraturas fixas de flexão Queda de pelos e redução de sudorese
135
ESCLERODERMIA Quais os achados constituem a fácies esclerodérmica?
``` Perda e pregas cutâneas/da expressão facial Redução da amplitude de abertura da boca Dentes à mostra Lábios adegalçados Nariz afinado ```
136
ESCLERODERMIA Quais as manifestações musculoesqueléticas mais encontradas?
Poliartralgia e mialgia (Mais precoçes) Atrofia/Fraqueza Muscular Síndrome do Túnel do Carpo
137
ESCLERODERMIA Quais as três manifestações mais comun?
1º Comprometimento cutâneo 2º Fenômeno de Raynaud 3º Esofagopatia
138
ESCLERODERMIA Quais as manifestações esofágicas?
Redução da pressão de repouso do EEI (precoce) Refluxo gastroesofágico Disfagia (Redução na peristalse dos 2/3 inferiores)
139
ESCLERODERMIA Qual a alteração visualizada em exame de imagem Gastrointestinal é considerada patognomônica?
Divertículos Colônicos de Boca Larga (luz ampla)
140
ESCLERODERMIA Qual a patologia guarda importante relação com a Esclerose Sistêmica?
Cirrose Biliar Primária | **Síndrome de Overlap
141
ESCLERODERMIA Pode haver associação com Síndrome Disabsortiva?
SIM!! | **Quando há acometimento de intestino delgado
142
ESCLERODERMIA Qual a atual principal causa de mortalidade nesses doentes?
Alterações Pulmonares
143
ESCLERODERMIA Qual a alteração pulmonar mais comum dos portadores da forma limitada (CREST)?
Hipertensão Pulmonar | **Hipertensão Arterial Pulmonar é mais classica na forma cutânea limitada.
144
ESCLERODERMIA Qual a manifestação Pulmonar mais comum?
Alveolite com Fibrose Pulmonar | **Doença Intersticial Pulmonar
145
ESCLERODERMIA Quais as manifestações características da doença intersticial pulmonar fibrosante?
Tosse seca Dispneia de esforço Estertoração Crepitante fina bibassal (Estertores em Velcro)
146
ESCLERODERMIA Qual o exame mais sensível para flagrar a disfunção pulmonar?
Prova de Função Pulmonar: Espirometria Teste de difusão de CO
147
ESCLERODERMIA Quais as alterações mais precoces podem ser observadas no teste de função pulmonar?
Baixa difusão de CO | Queda da Capacidade Vital (CV)
148
ESCLERODERMIA Qual o prognóstico da alveolite fibrosante esclerodérmica?
Péssimo: Sobrevida média de 6-8 anos
149
ESCLERODERMIA Qual a forma clínica em que há envolvimento renal?
Forma Difusa | **Manifestação exclusiva
150
ESCLERODERMIA Quais os componentes da Crise renal?
1. Insuficiencia Renal Aguda Oligúrica 2. Hipertensão Arterial Acelerada 3. Anemia Hemolítica microangiopática 4. Trombocitopenia
151
ESCLERODERMIA Quais os elementos associados a maior incidência da crise renal?
5 Primeiros anos após o diagnóstico Negros Evolução rápida do envolvimento cutâneo
152
ESCLERODERMIA Quais os achados indicativos de Crise Renal da Esclerose Sistêmica.
Hipertensão Acelerada Maligna (renovascular). Sintomas de Síndrome Urêmica Anemia hemolítica microangiopática + trombocitopenia Proteinúria (Universal) subnefrótica EAS: Hematúria e Cilindros Granulosos
153
ESCLERODERMIA Qual a principal causa de morte nesses pacientes?
Comprometimento Pulmonar * *Fibrose * *Doença Vascular com Hipertensão pulmonar + cor pulmonale
154
ESCLERODERMIA Quais os componentes que definem a Síndrome CREST?
``` Calcinose; Raynaud; Esofagopatia; Esclerodactilia; Teleangiectasias. ```
155
ESCLERODERMIA Qual o padrão de distribuição característico da Forma Cutânea Limitada?
Distal aos cotovelos e joelhos; Superiores Às clavículas; Poupa região proximal de membros, tórax e abdome.
156
ESCLERODERMIA Quais os fatores indicam maior incidência de Síndrome CREST?
Mulheres 35-50 Anos Anticorpos Anticentrômero (AAC)
157
ESCLERODERMIA Qual o padrão de distribuição das lesões cutâneas da forma Difusa?
Lesões acometem qualquer região do corpo, sem predileção por áreas específicas.
158
ESCLERODERMIA Qual o anticorpo encontrado na forma Difusa?
Antitopoisomerase I (40% dos casos)
159
ESCLERODERMIA Qual o achado de exame físico permite firmar o diagnóstico quando encontrado (Critério Diagnóstico Patognomônico)?
Fibrose em dedos (mãos e pés) com extensão para as regiões proximais às articulações metacarpofalangianas e metatarsofalangianas.
160
ESCLERODERMIA Quais as manifestações, quando associadas à lesão de pele permitem sugerir mais fortemente o diagnóstico?
1. IRA e Hipertensão grave inexplicadas; 2. Dispneia e infiltrados pulmonares; 3. Edema de membros inferiores, hepatomegalia e turgência de Jugular; 4. Dismotilidade esofágica e Refluxo GE significativo
161
ESCLERODERMIA Quais os padrões de FAN são mais sugestivos de Esclerose Sistêmica?
Nucleolar (Anti-RNA polimerase I, Anti-Scl-70, Anti-U3-RNP) Nuclear pontilhado centromérico (Anticentrômero)
162
ESCLERODERMIA Qual o autoanticorpo típico da forma limitada?
Anticentrômero | **Síndrome CREST
163
ESCLERODERMIA Qual o anticorpo marca o comprometimento cutâneo difuso, pulmonar e renal?
Antitopoisomerase I
164
ESCLERODERMIA Quais os principais exames complementares no diagnóstico?
Pesquisa de anticorpos (FAN, Anticentrômero e Antitopoisomerase -Principais-) Capilaroscopia do Leio Ungueal
165
ESCLERODERMIA Quais os achados à capilaroscopia de leito ungueal que correspondem à forma Limitada? E à forma Difusa?
Tortuosidade e dilatação das alças capilares. Áreas avasculares com padrão "em praia deserta".
166
ESCLERODERMIA Quais as opções de terapêutica farmacológica para manejo desses pacientes?
Antifibróticos e Anti-inflamatórios Imunossupressores Drogas de Ação vascular *Não existe consenso de qual seja a roga mais eficaz *Em alguns estudos o uso da D-Penicilamina mostrou-se benéfico em reduzir a espessura da pele e o acometimento de órgãos internos. Uso nas fases precoces (Controverso)
167
ESCLERODERMIA Como deve ser feito o tratamento em caso de pacientes com Fenômeno de Raynaud (Raynaud Secundário)?
Antagonistas do Receptor de Ca: *Di-hidropiridinicos (Nifedipina e anlodipino) *Não di-hidropiridínicos (Diltiazem) Nitroglicerina tópica (no trajeto das artérias dos dedos mais afetados) **Tratamento é usado em casos de Raynaud frequente e grave (Perfil de apresentação do Raynaud Secundário como é o caso na Esclerodermia)
168
ESCLERODERMIA Quando e como tratar os pacientes com Doença Pulmonar?
Existência de lesão pulmonar ativa (alveolite): Padrão de Vidro moído na TC = Tto específico Prednisona 20mg/dia (Dose Baixa) + Ciclofosfamida (Dose > 125mg/dia) por 3 meses. Depois Reavaliar.
169
ESCLERODERMIA Qual deve ser o tratamento de escolha para a Hipertensão Arterial Pulmonar?
1. Antagonistas da endotelina-1 (bosentana); OU 2. Análogos da Prostaciclina (Epoprostenol). * Redução da pressão pulmonar em curto prazo e manutenção por 1-2 anos. * Melhora clínica significativa.
170
ESCLERODERMIA Como manejar a Crise Renal da Esclerodermia?
Reconhecimento precoce + Rápido Controle da TA: * Iniciar IECA o mais rápido possível * Normalizar níveis pressóricos * *Se insucesso no controle da TA com os IECA associar BCC. * *Manter IECA mesmo se paciente evoluir com IR (Dialisar se necessário) * *Evitar corticoides
171
ESCLERODERMIA Como devemos realizar profilaxia para o dano renal?
Não deve ser realizada!! | **Não existe benefício do uso profilático de IECA
172
ESCLERODERMIA Qual a população com maior incidência da forma Localizada?
Crianças e Mulheres jovens
173
ESCLERODERMIA Quais os tipos de Esclerodermia localizada encontraods?
1. Morfeia Localizada: Área circunscrita fibrótica; Mias comum; 2. Morfeia Generalizada: Múltiplas fibróticas; 3. Esclerodermia Linear: Forma mais comum na infância; acometimento de membros assimétrico; Prejuízo de desenvolvimento do membro afetado; 4. Lesão em Golpe de Sabre: Esclerose linear; Geralmente em face; Pele + Tecidos profundos.
174
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Qual a alteração fisiopatológica básica?
Desenvolvimento de Processo Inflamatório não supurativo em musculatura esquelética. *Inclui nesse grupo (Miopatias Inflamatórias Idiopáticas) a Miosite Por Corpúsculos de Inclusão.
175
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Quais as características associadas a maior incidência/prevalência na população?
Sexo Feminino (2:1) 7-15 anos // 30-50 anos **A Miosite por Corpúsculos de Inclusão acomete mais Homens > 50 anos
176
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Qual das miopatias inflamatórias idiopáticas está mais frequentemente associada a malignidades?
Dermatomiosite * 2-3 vezes mais que na população geral * CA de Ovário especialmente tem frequência elevada em mulheres.
177
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Como podemos diferenciar entre essas doenças no tocante à fisiopatologia?
``` Dermatomiosite = Deposição de imunocomplexos em vasos musculares (Microangiopatia + Isquemia Muscular) Polimiosite = Destruição do miócito por lesão direta mediada por Linfócitos T CD8+ autorreativos. ```
178
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Qual a miopatia inflamatória idiopática caracterizada por acometimento predominantemente assimétrico da musculatura distal, principalmente de quadríceps femoral (Relato de queda)?
Miosite por Corpúsculos de Inclusão
179
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Quais as características da fraqueza muscular?
* Principalmente nas fases iniciais; * Simétrica e proximal (cinturas escapular e pélvica); * Progride para a musculatura proximal dos membros; * Acometimento dos flexores do pescoço; * Poupa os músculos extrínsecos oculares; * Preservação dos reflexos tendíneos e sensibilidade..
180
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Quais as principais manifestações musculares?
Fraqueza muscular -Fases iniciais- Disfagia de transferência Disfonia Consumo muscular (Contraturas, atrofia) -Fases Tardias-
181
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Qual das miosites caracteriza-se por não apresentar manifestações dermatológicas?
Polimiosite
182
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Quais as manifestações dermatológicas ocorrem na Dermatomiosite?
Pápulas de Gottron: Formações escamosas elevadas, violáceas presentes sobre os nós dos dedos; Heliótropo: Erupção eritematoviolácea nas pálpebras superiores; Hemorragias em Estilha: Nas cutículas; Mãos de mecânico: Fissuras e lesões ásperas nas regiões lateral e palmar dos dedos das mãos; Erupções eritematosas em Face, pescoço, tórax ou superfície extensora de extremidades. (Sinal do Xale_
183
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Quais as manifestações cutâneas específicas da Dermatomiosite?
Heliótropo Edema Palpebral Pápulas de Gottron
184
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Como se dá o comprometimento articular nas miopatias inflamatórias idiopáticas?
Similar ao da AR, principalmente em mãos | **Podem haver deformidades mas não costuma haver erosão óssea
185
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Quais as possíveis manifestações pulmonares/torácicas?
Miosite do Diafragma e intercostais -> Propicia atelectasia e infecções respiratórias; Doença Pulmonar Intersticial (Estertores bibasais em velcro).
186
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE A quais alterações podemos associar a presença do anti-Jo1?
Comprometimento pulmonar intersticial; | Mãos de Mecânico;
187
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Qual a mais comum das miopatias inflamatórias em pacientes maiores 50 anos?
Miosite por Corpúsculos de Inclusão
188
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Quais as características da fraqueza muscular da Miosite por Corpúsculos de Inclusão?
Início distal Assimétrica Comprometimento seletivo do Quadríceps femoral e dos flexores profundos dos dedos (musculatura do antebraço) Fraqueza facial leve ocorre em 1/3 dos casos *Não é encontrada na DM e PM.
189
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Quais as diferenças que permitem distingui a DM/PM da Miosite por Corpúsculos de Inclusão?
MCI: Homens, idade mais velha > 50 anos, fraqueza muscular distal e assimétrica (quadríceps), acomete músculos faciais, resposta pobre a corticoterapia. DM/PM: Mulheres, idade mais jovem < 50 anos, fraqueza muscular proximal (cinturas escapular e pélvica e músculos proximais dos membros) e simétrica, boa resposta a corticoterapia.
190
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Quais as características associadas a maior risco de incidência de malignidades?
Idade avançada Dano capilar na biópsia Lesões necróticas em tronco Vasculite leucocitoclástica
191
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Existe associação da presença ou erradicação do tumor com a intensidade das manifestações clínicas?
NÃO! * A presença não agrava e nem impacta na resposta terapêutica * A erradicação também não impacta na evolução do quadro.
192
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Qual o elemento preventivo deve ser associado à avaliação clínica desses pacientes?
Rastreio de malignidades: 1. Exame Físico: Toque retal, avaliação ginecológica, avaliação mastológica... 2. Caso nenhum indicio de câncer presente: RX de Tórax, hemograma, bioquímica sérica, Hepatograma, PSA e EAS. * *O screening mamográfico e colonoscópico devem ser mantidos conforme indicação habitual (Não antecipar)
193
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Qual o grupo muscular poupado no acometimento muscular das Miopatias Inflamatórias Idiopáticas?
Músculos Oculares Extrínsecos
194
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Qual a população mais frequentemente acometida pela DM Juvenil?
Meninas < 16 anos (Pico entre 5-10 anos) **A DM Juvenil é 20x mais comum que a PM
195
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Quais as possíveis manifestações clíncias encontradas na DM Juvenil?
* Febre e perda ponderal importantes; * Vasculite de Tubo Digestivo (Dor e Distensão Abdominal) -Pode acompanhar Sangramento e Perfuração-; * Calcinose (40% dos casos) -Se associa à gravidade da lesão cutânea, à presença de vasculopatia e atraso no início do tratamento-.
196
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Quais as principais enzimas avaliadas na investigação diagnóstica? Qual a mais sensível?
``` Creatinina quinase (CK) Lactato desidrogenase (LDH) Aldolase Aspartato aminotransferase (AST)/Alanina Aminotransferase (ALT) ``` Maior sensibilidade: CK **A intensidade da fraqueza muscular correlaciona-se com seus níveis.
197
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Qual o exame padrão-ouro na investigação diagnóstica?
Biópsia Muscular * *Afasta com total segurança as outras causas de miopatia. * *Fragmento deve ser oriundo de um músculo afetado (Geralmente Deltóide ou Quadríceps) * **Grupamentos atróficos e locais submetidos à EMG não devem ser biopsiados.
198
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Qual a utilidade da Eletromiografia (EMG)?
Diferenciar o acometimento muscular do neurológico * *Repouso = Potenciais de fibrilação e ondas positivas de ponta; * *Contração = Potenciais Polifásicos (mais de 4 fases) -Normal = Trifásicos-, de baixa amplitude e curta duração. PADRÃO MIOPÁTICO.
199
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Quais os achados observados à biópsia muscular?
1) Comuns: Necrose de fibra muscular, degeneração e regeneração, e, infiltrado mononuclear. 2) DM: Atrofia perifascicular decorrente de isquemia proporcionada pela obstrução dos capilares; Infiltrado rico em linfócitos B e TCD4+ perivascular ou em septos interfasciculares. Imunofluorescência = Deposição de complexo de ataque à membrana (C5b-9) na parede vascular. 3) PM: Infiltrado celular intrafascicular; Sem sinais de comprometimento vascular. Imunofluorescência = Grande expressão de MHC classe I na superfície dos miócitos.
200
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Quais os achados na biópsia de pele do paciente com Dermatomiosite?
Atrofia leve de epiderme com alterações vacuolares na camada de queratinócitos e infiltrado linfoide perivascular. Dermatite de interface indistinguível da encontrada na LES.
201
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Quais os critérios diagnósticos?
``` Força muscular: Padrão Miopático Eletromiografia: Miopática **Alterações comuns à DM e PM Rash Cutâneo ou Calcinose Enzimas Musculares Biópsia Muscular ``` **Se biópsia negativa tem-se Miopatia Inflamatória provável.
202
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Como podemos firmar o diagnóstico de Dermatomiosite?
Rash Cutâneo ou calcinose: Present e Diagnóstico **Se rash cutâneo o diagnóstico ppode ser firmado mesmo se biópsia negativa. Enzimas musculares: Aumentadas (Até 10x) ou Normais. Biópsia: Deposição de complemento na parede dos capilares; Atrofia perifascicular.
203
POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE Como podemos firmar o diagnóstico de Polimiosite?
Rash Cutâneo ou calcinose: Ausentes Enzimas musculares: Aumentadas (Até 100x) Biópsia: Expressão de MHC classe I nos miócitos; Infiltração por Linf. CD8+, incluindo fibras musculares saudáveis; Ausência de complemento na parede vascular.