Clinica Medica Flashcards

0
Q

Complete:
E. coli:
Enterotoxigênica (libera uma toxina que aumenta a secreção intestinal) causa a ___________; autolimitada, em geral de 3-7 dias.
Enteropatogênica (inibe a absorção e diminui a secreção intestinal), comum acontecer em surtos, na faixa etária ________, nas crianças que não receberam amamentação pode virar uma diarréia persistente.
Entero-hemorrágica, a cepa ________ causa ______ (anemia hemolítica microangiopática, IRA, plaquetopenia), pela liberação da ______. Não está indicado tratamento antibiótico nos casos de suspeita de E. Coli enterohemorragica sem febre, pela possibilidade de liberação da toxina.
Entero-invasiva: causa invasão da mucosa com ________ (começa aquosa e evolui para sanguinolenta).
Entero-agregativa: causa _______.

A
Diarréia do viajante
Pediátrica 
O157:H7, SHU, shiga-like. 
Disenteria
Diarréia persistente em crianças e HIV+
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1
Q

Principal causa de diarréia aguda?

A

Infecciosa

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2
Q

Salmonela não-typhi e não-paratyphi: na maioria dos casos causa gastroenterite autolimitada com ou sem fezes sanguinolentas. Em 10% dos casos causa o que? E na anemia falciforme, se relaciona ao que?

A

Infecções à distância podem ocorrer na salmonelose, com ocorrência de abscessos intrabdominais, infecção no SNC (meningite), infecções pulmonares, ósseas e etc.

Na anemia falciforme é a principal causa de osteomielite.

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3
Q

Shigela está relacionada à

A

Convulsões e SHU. Inclusive, por ser altamente infectante (10 bactérias já causam a infecção) está sempre indicado o tratamento com cipro

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4
Q

Yersinia e campylobacter jejuni estão relacionados a _____

A

Pseudo-apendicite. A yersinia do tipo pseudotuberculinica causa adenite mesentérica

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5
Q

Qual a principal associação entre diarréia aguda e guillain-barré?

A

Campylobacter jejuni

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6
Q

Qual a etiologia da colite pseudomembranosa, seu DX e TTO?

A

Etiologia: clostridium difficile
DX: mais de 3 episódios diarréicos em 24h por pelo menos 2 dias, com história de uso recente de ATB + identificação das toxinas A e B, ou das pseudomembranas no colonoscopia ou coprocultura positiva para c. Difficile

Obs: a cultura é pouco sensível pois pode haver portadores assintomáticos

TTO: sempre que possível VO (principalmente se vanco). Metronidazol é a escolha (500mg, VO, 8/8, por 10-14 dias) e Vancomicina nos casos mais graves (leucócitos > 15.000, Cr >1,5x valor de referência)

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7
Q

Qual a classificação de KWB (keith-wagner-barker) para retinopatoa hipertensiva?

A

Grau I: estreitamento arteriolar
Grau II: cruzamento de arteríola e vênula de 90 graus
Grau III: exsudaria algodonosos/ hemorragia
Grau IV: papiledema

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8
Q

A partir de que PA começa a aumentar o risco cardiovascular?

A

PA > 115 x 75

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9
Q

Qual a classificação norte americana para HAS? E o que muda para a classificação brasileira?

A

NORMAL: < 120 x 80
PRÉ-HAS: 120-139 x 80-89

HAS GRAU I: 140 x 90
HAS GRAU II: 160 x 100
HAS sistólica isolada: >140 x < 90

Na classificação brasileira o normal vira ótimo e o pré hipertenso se divide em normal (120-130 x 80-85) e limítrofe (130-139 x 85-89), além disso considera-se o estágio grau III ( > 180 x 110)

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10
Q

Quais as particularidades das drogas consideradas de primeira linha na HAS?

A

IECA/BRA
Preferência: nefropata crônico e ICC
Efeito adverso: Insuf renal, hiperK
Contra-indicação: Cr > 3 (relativa), K > 5,5, estenose bilateral de a. Renal

TIAZÍDICO
Preferência: idoso e negros
Efeito adverso: espoliação (4 hipos: hipovolemia, hipoNa, hipoK, hipoMg), pode dar 3 hiper: hiperuricemia, hiperglicemia, hiperlipidemia
Contra-indicação: gota

BLOQUEADOR DO CANAL DE CA
Preferência: negro e idoso e doença arterial periférica
Efeitos adversos: vasosseletivas (dipinas) - vasodilatação (edema de mmii e cefaléia); cardiosseletivas (diltiazem e verapamil) - bradiarritmias

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11
Q

5 criterios da sd metabólica

A
1. Circunferência abdominal 
Homem- > 102
Mulher - > 88
2. PA >= 130 x 85
3. TRG >= 150
4. HDL 
Homem < 40
Mulher < 50
5. Glicemia de jejum >= 100
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12
Q

Fórmula de friedwal para cálculo do LDL

A

CT - HDL - TRG/5

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13
Q

Qual o raciocínio da investigação da hiperbilirrubinemia?

A

Hiperbilirrubinemia indireta: ou é hemólise (se tiver anemia!!) ou é um distúrbio primário (Gilbert e Crigler Najjar)

Hiperbilirrubinemia direta: ou os hepatocitos estão lesados e não conseguem excretar bilirrubina para os canalículos biliares ou há alguma obstrução que não permite que a bile chegue ao intestino.
SÍND. HEPATOCELULAR=HEPATITE - hepatites virais, álcool, drogas (paracetamol, isoniazida), toxinas (cogumelo amanita), hepatite autoimune, doença de wilson, febre amarela
SÍND. COLESTÁTICA=OBSTRUÇÃO BILIAR - intra-hepático: hepatite viral A, hepatite alcoólica, drogas, CBP; extra-hepático: coledocolitíase, mirizzi, CEP, pancreatite crônica, Ascaridiase, colangiocarcinoma, CA de cabeça de pâncreas, de vesícula biliar, periampular

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14
Q

TGP - própria do fígado
TGO - encontrada no fígado e onde mais?
Regra prática:
1) se o aumento das transaminases for maior que 10x o valor de referência (alguns falam > 300) a síndrome é com certeza HEPATOCELULAR
2) transaminases > 1000 com TGP > TGO pensar em _______
3) mas hepatites os níveis de TGP costumam ser superiores aos de TGO, a inversão, especialmente TGO > 2x TGP sugere _____ (GGT nestes casos costuma estar elevada)

A

Musicareis, musculoesquelético, rins e cérebro

2) hepatite viral aguda, outras causas: intoxicação por paracetamol, isquemia hepática grave
3) hepatite alcoólica

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15
Q

Divisão cronológica das lesões hepatocelulares:

  1. Aguda
  2. Crônica
  3. Fulminantes
A
  1. Aguda < 6 meses
  2. Crônica > 6 meses
  3. Fulminante: quando se desenvolve encefalopatia nas primeiras 8 semanas
16
Q

Quais são as regiões hepáticas?

A

Região 1: periportal
Região 2: intermediária (no meio do lóbulo)
Região 3: centrolobular

17
Q
Como é o tipo de lesão hepática para cada uma das seguintes patologias:
Hepatite viral
Hepatite alcoólica 
Hepatite isquêmica
Lesão Hepatocelular por colestase
A

Hepatites virais: tem início nos hepatócitos periportais (infiltração por mononucleares), com o tempo surge o padrão em ponte ou necrose subaguda estendendo do espaço porta para a veia central
Hepatite alcoólica: centrolobular (infiltração por polimorfonucleares, podendo haver reação leucemóide)
Hepatite isquemica:centrolobular
Lesão hepatocelular por colestase: periportal (ingurgitamento dos ductulos de hering, que são os ductulos biliares do espaço porta)

18
Q

Hepatites virais agudas
São infecções de apresentação clássica trifásica: fase prodrômica (síndrome gripal leve + sintomas gastrointestinais inespecificos + desconforto no QSD + manifestações inumunomediadas), fase ictérica ( ictérica +coluria +acolia fecal), pode não haver fase ictérica; fase de convalescência

Quais os períodos de incubação de cada vírus?

A

A: 4
E: 5
C: 7
B e D: 8-12

Sobre a fase ictérica: coluria pode preceder a icterícia; um número significativo de pacientes não chega a desenvolver ictericia; os sintomas gastrointestinais podem permanecer e até piorar; surge dor no HCD e hepatomegalia dolorosa

19
Q

Qual o padrão histológico das hepatites virais?

A
Infiltrado mononuclear (linfocitos) panlobular e dos espaços porta, degeneração eosinofilica apoptótica dos hepatócitos (corpusculosde councilman)
Dependendo da gravidade: necrose em saca-bocado (piecemeal necrosis), necrose em ponte
20
Q

Quais as complicações das hepatites virais agudas?

A

1) hepatite colestática: hep A (síndrome colestática prolongada)
2) hepatite fulminante: hep A e hep B
3) hepatite recorrente: hep A, B ou C
4) hepatite crônica: hep B ou C (ppte)
5) fenômenos autoimunes:
hep B: poliartrite, glomerulonefrite, urticária e angioedema
Hep C: crioglobulinemia, líquen plano
6) complicações raras: anemia aplásica, mielite transversa, sd de guillain-barre

21
Q
Hepatite B (único vírus de DNA dos 5):
Diagnóstico: 
HBsAg (antígeno austrália)
AntiHBc Total
HBeAg 
AntiHBe
AntiHBs
A

HBsAg: tem o vírus! se positivo por mais de 6 meses: hep crônica
AntiHBc: contato
IgM: contato recente

HBeAg: replicação (infecciosidade)
AntiHBe: fim da fase replicativa

AntiHBs: cura (super AC) ou imunidade

OBS: o fator reumatóide é uma IgM anti-IgG, a elevação do FR pode levar a falsos-positivos de IgM AntiHBc

OBS 2: com op passar do tempo o AntiHBs pode estar em níveis indetectáveis pelos testes sorologicos

22
Q

Quando suspeitar do vírus B mutante do pré-core?

A

HBsAg positivo
HBeAg negativo
AntiHBe positivo (positivou antes de ter a mutação)
E transaminases elevadas

É uma mutação que leva a uma falha na expressão do antigo e (HBeAg), leva a quadros de hepatite fulminante e exacerbações de hepatites crônicas.

A pesquisa do HBV DNA vai mostrar altos níveis de carga viral, a despeito da ausência de HBeAg detectável no soro

23
Q

Manifestações extra hepáticas da hepatite B

A

Acontecem mais na forma crônica da hepatite. Seu surgimento parece estar relacionado com a circulação de imunocomplexos contendo o HBSAg

PAN (poliarterite nodosa);
Glomerulonefrite (mais comum a forma membranosa)
Acrodermatite papular (doença de gianotti-crosti): erupção maculopapular, eritematosa, não pruriginosa e simétrica sobre a face, membros e nádegas, adenopatia inguinal e axilar 

O HBV pode se distribuir por outros órgãos sem causar lesado e sem relação com imunocomplexos. Esses órgãos se tornam um reservatório e explica a recorrência da hepatite após Tx hepático

24
Q

Chances de cronificação da hepatite B

A

Adultos: 1-5%
Crianças: 20-30%
Recém-nascidos: 90%

25
Q

A chance de transmissão vertical do HBV depende principalmente de que?

A

HBeAg positivo.

26
Q

Indicações da vacina para hepatite B

A

Todos até 49anos
Independente da idade para gestantes a partir do primeiro trimestre, profissionais da saúde, bombeiros/policias
Fazer 3 doses: 0-1-6 meses
Entrou na pentavente

Grupos especiais de susceptíveis (fazer nos CRIEs)
Acrescentar uma dose 0-1-2-6 meses com dobro da dose

OBS: depois de 2 esquemas completos de 3 doses, se não soroconverteu não adianta, passa a ser não respondedor e susctível em caso de exposição

27
Q

Qual a indicação da Imunoglobulina hiperimune + vacina para hepatite B?

A

São 5 situações (indicada após exposição ao vírus e em pessoas não vacinadas):
1. Prevenir infecção perinatal: fazer nas primeiras 12-24h de vida para RN de qq peso gestacional, filhos de mães HBsAg positivas. A proteção conferida contra a transmissão no momento do parto é praticamente 100%. Fazer até 7 dias após o parto. Aleitamento não é contra indicado. Uma pequena porção que já sofreu infecção intrautero, a imunoprofilaxia é ineficaz.

  1. Vítima de acidente com material biológico positivo ou fortemente suspeito: aplicar até 7dias
  2. Comunicantes sexuais de casos agudos de hepatite B: caso a pessoa exposta seja susceptível aplicar até 14 dias depois da exposição
  3. Vítima de abuso sexual: aplicar até 14 dias
  4. Imunodeprimido após exposição de risco, mesmo que previamente vacinado (a resposta a vacinação no imunossuprimido pode ser inadequada)
28
Q

Qual a indicação de rastreio da DM ?

A

Se pensa em rastreio para DM tipo 2:
Idade > 45 anos
Ou independente da idade com IMC > 25 + fatores de risco:
parente de 1 grau
Sedentarismo/obesidade/hipertensão/DCV/sinais de sd metabólica (acantose)