Clínica De Equinos Flashcards
Cólica em equinos diagnóstico?
A palpação retal é uma das avaliações mais úteis para o diagnóstico, sendo possível avaliar as condições das vísceras. As condições que podem ser identificadas no exame retal e geralmente exigem correção cirúrgica estão exemplificadas abaixo (Keller, 2015):
Palpação retal em equinos.?
a) alças distendidas do intestino delgado;
b) intestino grosso distendido;
c) torção uterina;
d) hérnias inguinais;
e) distensão cecal;
f) compactação de cólon;
g) compactação de flexura pélvica;
h) descolamento de cólon maior;
i) aprisionamento nefro esplênico;
j) enterólitos e;
l) corpo estranho.
Auscultação em Equinos?
Para Assumpção, (2008), a frequência cardíaca (FC) é um indicador de severidade da dor e do quadro do animal, quanto maior a FC, maior a dor e pior o prognóstico. Lesões na fase inicial, a FC tende a ficar no seu valor normal (28 a 40 bpm). No caso de obstruções simples, geralmente a frequência se eleva (40 a 70 bpm). Lesões por estrangulação em uma fase inicial estão associadas à FC na ordem dos 50 a 90 bpm, e em uma fase mais avançada a 70 a 120 bpm.
Análise líquido peritoneal em equinos com cólica?
Segundo Mendes et al (2000),, a quantidade de líquido presente na cavidade abdominal de um equino sadio varia entre 100 e 300 ml, em condições ideais, é possível coletar 50 a 60 ml em um período de dez minutos aproximadamente. Nesta situação, o líquido é pálido, claro e
contém teores de proteína inferiores a 2,5g/dL e a contagem de células nucleadas menor que 5000 mlf. A distribuição de células polimorfonucleares e mononucleares variam, mas sempre predominam as polimorfonucleares. Em condições que aumentem a taxa de proteína e o número de células nucleadas, o líquido se torna turvo.
Aspectos importantes do líquido peritoneal?
Cavalos com obstrução simples podem apresentar líquido peritoneal normal durante a fase inicial do quadro clínico.
O exame do líquido peritoneal é considerado o teste laboratorial mais esclarecedor para o estabelecimento do diagnóstico, para o direcionamento da terapia e também para determinar a severidade da lesão abdominal (Tulleners, 1983).
Em equinos que apresentam cólica o líquido peritoneal poderá apresentar cor âmbar e ligeiramente turvo (aporte sanguíneo insuficiente ao intestino), associado à diapedese de glóbulos vermelhos e brancos dos capilares da serosa. Nos casos em que o fluído peritoneal apresentar uma cor escura sanguinolenta e não coagular deve-se suspeitar de necrose intestinal (WHITE,1990; TAYLOR et al., 1997).
Processos de peritonite irão apresentar uma solução opaca, de coloração amarelo acastanhada, e com um elevado número de leucócitos. No entanto, nos exsudatos opacos pode haver coagulação se a peritonite associada for demasiadamente severa e permitindo a passagem de fibrinogênio para o fluído peritoneal (TAYLOR et al., 1997).
Sobre cólica?
A cólica nos equinos é caracterizada por alterações no aparelho digestório, e pode estar correlacionada com vários fatores, que vão desde uma produção excessiva de gases no estômago, fermentação de alimentos, obstruções, e torções intestinais. Estas afecções podem levar a distúrbios neurocirculatórios graves até o óbito (Campelo & Piccinin, 2008).
Diagnóstico, bordagem para tratamento de cólica ?
A síndrome cólica deve ser tratada como emergência, requerendo um atendimento imediato visando o alívio dos sintomas, enquanto se pesquisa a causa primária e se institui um tratamento específico.
- Pedrosa, (2008) relata que, no diagnóstico desta afecção existem vários parâmetros que devem ser avaliados, tais como:
# grau de dor; distensão abdominal;
# frequência cardíaca, frequência respiratória;
# coloração das mucosas; tempo de repleção capilar;
# Temperatura retal; motilidade gastrointestinal;
# sondagem; # achados a palpação retal;
# características do fluido peritoneal;
# análise fecal.
Prolapso uterino fatores predisponente?
Os fatores que predispõem esta ocorrência são partos onde ocorrem contrações excessivas (distócicos e gemelares), hipocalcemia, retenção de placenta e infecção uterina. O evento apresenta maior prevalência em vacas pluríparas e com relaxamento excessivo dos ligamentos pélvicos.
O prolapso do útero geralmente ocorre dentro de poucas horas após o parto, quando a cérvix está aberta, o útero perdeu o tônus e os ligamentos uterinos encontram-se bastante distendidos.
Com base na variedade dos fatores causais, pode se imaginar como é difícil atuar na prevenção do problema.
Consequência de um prolapso uterino?
Frequentemente a perda do animal pode ocorrer devido à ruptura da artéria mediana do útero. Este vaso, que pode apresentar a espessura do dedo polegar, é a principal via de irrigação do útero durante a gestação.
A perda de sangue por ruptura dessa artéria leva à um choque do tipo hipovolêmico, por perda de sangue total.
Nos casos de ruptura, muitas vezes não há uma maneira efetiva de controlar a hemorragia.
Devido às repercussões sistêmicas causadas, é comum a ocorrência de tromboembolismo.
Tratamento prolapso uterino?
O principal tratamento no prolapso uterino é a redução anatômica do órgão e prevenção da recorrência deste deslocamento.
Nas vacas, o tratamento envolve a remoção da placenta (se ainda estiver presa) e a limpeza completa da superfície endometrial.
Retorna-se então o útero para a sua posição normal por um de vários métodos.
Primeiro, deve-se administrar uma anestesia epidural. Se a vaca ficar de pé, deve-se limpar o útero, elevá-lo ao nível da vulva sobre uma bandeja (ou por meio de uma maca segura por dois assistentes) e então ao colocá-lo por meio da aplicação de uma pressão anterior firme, começando na porção cervical e progredindo gradualmente para o ápice.
Uma vez recolocado o útero, deve-se inserir a mão na extremidade de ambos os cornos uterinos para se certificar de que não haja uma invaginação remanescente. Se a vaca ficar em decúbito, deve-se posicioná-la com os quartos posteriores elevados para movimentá-la para uma área inclinada ou para colocá-la em decúbito esternal com as patas traseiras estendidas para trás.
Indica-se a ressecção do útero prolapsado somente nos casos de longa posição em pé em que ocorreu necrose tecidual.
Uma vez que o útero esteja em sua posição normal, antibióticos são colocados no mesmo e administra-se ocitocina. As infusões de solução salina estéril e morna podem ajudar a evitar a recidiva.
A fim de impedir possíveis recidivas, utilizam-se métodos de fechamento da vulva, tais como o de Flessa ou de Bühner.
A vulva é untada com pomadas para cuidados locais. Após seis ou oito dias são retirados os pontos da sutura.
Prolapso uterino características ?
Somente a face interna do útero é exposta nos casos de prolapso de útero.
O útero evertido é semelhante a uma mala virada do avesso. A superfície que é observada no útero prolapsado é, na realidade, a face interna do útero que envolve o feto durante a gestação (o endométrio).
É através desta superfície que o feto recebe os nutrientes durante a gestação.
Prognóstico para prolapso uterino?
O prognóstico depende do grau de lesão e de contaminação do útero. Porém a reposição imediata de um útero limpo e minimamente traumatizado permite um prognóstico favorável.
Não há tendência da afecção para recidivar nos partos subsequentes, não havendo portanto interferência na fertilidade do animal.
As complicações tendem a se desenvolver quando ocorrem laceração, necrose e infecção, ou quando se retarda o tratamento.
Balanopostite?
Balanopostite é uma inflamação do prepúcio e da glande peniana decorrente de lesões traumáticas ou infecciosas. No caso as lesões infecciosas podem ocorrer devido aos seguintes agentes:Trichomonas foetus,Herpesvirusequino tipo III, bactérias mistas e parasitos.
Sarna psorótica em equino:?
Causada pelo ácaroPsoroptes sppque sobrevive livre no ambiente;
- pode ocorrer emequinos, bovinos, ovinos e caprinos;
sinais clínicos: dermatites na região da face, tronco, crina e cauda, prurido intenso, formação de crostas, quadro seborreico severo;
-diagnóstico: exame de raspado de pele (formas larvais ou adultas do parasito);
-tratamento: tópico e ambiental.
Parto dos Equinos?
O parto em éguas é caracterizado por ser relativamente rápido e ocorrer em três fases:
a primeira é afase prodrômica, que são os sinais característicos da aproximação do parto;
já a segunda fase é afase de dilatação,quando ocorrem as contrações até o momento do rompimento dos anexos fetais; e,
por último, afase da expulsão fetalpropriamente dita(PRESTES,2000).