Cirurgia de Cabeça e Pescoço Flashcards
Qual o conceito de cirurgia ambulatorial?
Pacientes não necessitam de internação, de forma que os pacientes são liberados no mesmo dia
O que deve estar presente na anamnese de pacientes com linfadenomegalia?
7
- Idade
- Evolução
- Dor (disfagia, disfonia e etc)
- Queda ou não do estado geral
- Fatores desencadeantes (tabado, etilismo, medicamentos, radiação, traumas)
- HP (TBC, HIV, linfoma, blastomicose)
- HF (neoplasias)
O que deve estar presente no exame físico do paciente com queixa de linfadenomegalia?
2
Avaliar face, boca, nariz, faringe e laringe
1. Ectoscopia (sinais flogísticos, massas, fístulas, alterações posturais)
2. Palpação: Características do linfonodo aumentado (localização, consistência, mobilidade, tamanho, dor à palpação)
A região de cabeça e pescoço possui …..% dos linfonodos do corpo humano.
A região de cabeça e pescoço possui 30% dos linfonodos do corpo humano.
Qual a importância da idade em quadros de linfadenomegalia?
Linfadenomegalia < 40 anos:
* reacional / infeccioso
40 anos ou +:
* neoplásica
Com o tempo: involução do sistema linfoide/↓ estímulos antigênicos
Qual a importância do tempo de evolução em quadros de linfadenomegalia?
Linfadenomegalia afuda:
* reacional/infeccioso
crônica:
* neoplásica
Quais as características normais dos linfonodos? Eles são palpáveis fisiologicamente?
- Elásticos
- lisos
- indolores
- ovais
- < 1cm
Dificil palpação quando fisiológicos, porém podem ser palpados em:
* crianças
* adultos jovens (magros, principalmente)
Para onde drenam os linfonodos cervicais?
À direita: vasos independentes (+ comum) ou ducto linfático direito afluindo para v. subclávia D
À esquerda: ducto torácico → angulo jugulossubclávio E
Em quantos níveis dividimos o pescoço? Qual o critério usado?
6 (níveis I a VI)
de acordo com a localização anatômica
Explique qual a área correspondente ao Nível I do pescoço?
Nível I: submento-mandibular
Ia: submentoniano (único) - limites: mandíbula, hioide e ventres anteriores no digástrico
* drenam: lábio inferior, assoalho anterior da boca, língua anterior
Ib: submandibular (D e E): ventres anteriores e posteriores do digástrico e mandíbula
* drenam: g. submandibulares
* estruturas importantes: ramo marginal do n. facial, vasos faciais, n. hipoglosso e n. lingual
ANTERIOR AO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO (ENGLOBANDO-O)
Explique qual a área correspondente ao Nível II do pescoço?
Nível II: jugular-alto (D e E)
IIa: anteriores ao n. acessório
IIb: posteriores ao n. acessório
ANTERIOR AO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO (ENGLOBANDO-O)
Explique qual a área correspondente ao Nível III do pescoço?
Nível III: jugular-médio (D e E)
* hioide até inserção do omo-hioide
ANTERIOR AO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO (ENGLOBANDO-O)
inserção não palpável (~ margem inferior da cricoide)
Explique qual a área correspondente ao Nível IV do pescoço?
Nível IV: jugular-baixo (D e E)
* inserção do omo-hioide até clavícula
ANTERIOR AO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO (ENGLOBANDO-O)
inserção não palpável (~ margem inferior da cricoide)
Explique qual a área correspondente ao Nível V do pescoço?
Nível V: trigono posterior (D e E)
POSTERIOR AO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO
Explique qual a área correspondente ao Nível VI do pescoço?
Nível VI: espaço visceral (D e E)
* limites: linha mediana e a. carótida comum
* estruturas importantes: traqueia, tireoide, esôfago
Quais são as causas gerais de linfadenomegalia?
3
- processo infeccioso (dentro do linfono/ reacional: ↑ estímulo produção linfócitos para agir no local)
- metástase de tumores por via linfática
- linfoma (neoplasia primária do linfonodo)
Quais cadeias apresentariam linfonodomegalia em caso de metástase de câncer em:
* CEC:
* Mama:
* Útero:
* Vulva/penis:
* MMII:
- CEC: cadeias cervicais
- Mama: cadeia axilar
- Útero: cadeia obturatória e ilíaca
- Vulva/penis: cadeia inguinal
- MMII: inguinal
Qual o objetivo inicial do exame físico em pacientes com queixa de linfadenomegalia cervical?
Estruturas confundidoras (5)
Certificar-se de que é mesmo uma linfadenomegalia pois outras estruturas anatômicas podem mimetizar esse quadro:
* bulbo carotídeo (sente pulsação)
* ventre posterior do omo-hoideo (nível V - rotação deixa mais evidente)
* cornos da cartilagem tireoide e hioide
* glândula submandibular (idosos: cai com a gravidade/ pode ser assimétrico)
* tumor de parótida (parte inferior próxima ao final do digástrico - tumores nesse local podem ser confundidos)
Quais as duas principais perguntas a serem respondidas nos casos de linfadenomegalia?
- Definir se é reacional/inflamatório x neoplásicos
- Necessidade ou não de biópsia
Quais as diferenças entre os linfonodos reacionais/inflamatórios e os neoplásicos?
8 de cada
Reacionais:
* súbitos: agudos/ subagudos (< 21 dias)
* associado a inflamação/infecção local ou sistêmica
* ovais/ fusiformes
* < 2-3 cm
* múltiplos e bilaterais desde o início (geralmente mais de uma cadeia acometida)
* macios, elásticos, móveis
* dolorosos ou não
* sinais flogísticos (depois: flutuação)
Neoplásicos
* tempo de evolução maior
* sem associação com inflamação/infecção
* esféricos ou irregulares
* + 3 cm
* (podem ou não acometer mais de uma cadeia)
* endurecidos
* indolores
* sem sinais flogísticos
Qual o principal parâmetro (além do exame físico) usado para definir qualo tipo de linfadenomegalia e qual a conduta?
Idade: > ou < 40 anos
Qual a conduta mais comum em casos de linfadenomegalia cervical em < 40 anos?
Concervadora se exame físico e história indicarem ser reacional
pedir exames para tentar identificar causas:
* Hemograma, VHS e PCR
* Sorologia: sífilis, toxo, citomega e vírus Epstein-Barr
se achar causa (ex: infecção via aerogigestivas superiores): tratar a lesão primária (ex: ATB)
reavaliar em 30 dias:
* se reduziu: confirmada hipótese de hiperplasia reacional
* se persistiu ou progrediu: pensar em doenças inflamatórias crônicas (HIV, toxo, tbc e blastomicose) e PAAF (linfoma? metastático?)
se suspeitar de malignidade (linfoma ou metástase) = biópsia/PAAF já na primeira consulta
Qual a conduta mais comum em casos de linfadenomegalia cervical em > 40 anos?
- Bucar sítio primário (neoplásico): (exame físico, broncoscopia, endoscopia, Raio X de tórax) e biopsiá-lo - buscar: neoplasia oral, nasal, na faringe ou laringe, glângulas salivares e tireoide
- Se não encontrar, fazer PAAF no linfonodo metastático
Por que damos preferência em procurar a lesão primária para biópsia ao invés de biopsiar o linfonodo metastático?
Evitar violação do linfonodo e da cápsula metastática (↑ risco de recidiva cervical)
Se necessário, usar PAAF (não há risco de rompimento)
Podemos realizar biópsia tradicional (“a céu aberto”) em linfonodos metastáticos em alguns casos.
Cite dois exemplos.
Essa biopsia deve ser incisional ou excisional?
Linfonodo já ulcerado ou suspeita de linfoma
* Incisional: linfonodos muito volumosos e infiltrados em tecidos adjacentes (CUIDADO: não retirar somente parte necrótica - coletar cápsula e conteúdo)
* Excisional: linfonodos menores com facilidade de remoção integral
melhor: excisional
O que é a PAAF? Quais suas indicações e contraindicações nos achados cervicais?
PAAF: punção aspirativa por agulha fina
* pode ser realizada em todas massas cervicais (exceto suspeitas de tumor carotídeo)
* útil em neoplasias metástáticas de tumor primário de origem desconhecida e doenças infeccioas (princip. linfonodos abcedados)
não rompe cápsula metastática
Como escolher o linfonodo a ser biopsiado caso exista mais de um aumentado e suspeito?
- Maior volume
- Aparecimento mais entigo
- coalescentes e aderidos a outras estruturas
Cite as estruturas anatômicas que podem ser lesadas em biósias de linfonododos em cada um dos níveis cervicais.
cuidado!
- Ia: nenhum
- Ib: ramo marginal do n. facial, n. hipoglosso, n. lingual, a faciais e g. submandibular
- II: a. carótida, v. jugular, n. vago e n. hipoglosso
- III: a. carótida, v. jugular, n. vago
- IV: a. carótida, v. jugular, n. vago e ducto torácico
- V: n. acessório
Quais níveis cervicais podem levar a alterações nervosas importantes quando lesados na cir ou infiltrados? (cite os nervos acometidos)
IA: nenhum
Ib:
* ramo marginal do n. facial (mov. face inferior)
* n. hipoglosso (distúrbio mov. lingua - desvio para lado lesado)
* n. lingual (perda de parte da gustação - nervo facial (ramo corda do tímpano), nervo glossofaríngeo e nervo vago participam)
II:
* n. vago (iniverva pelo laringeo superior e recorrente: paralisia de laringe e perda da função prega unilateral = disfonia)
* n. hipoglosso
III:
* n. vago
IV:
* n. vago
V:
* n. acessório (disfunção da deglutição e movimentos da cabeça e pescoço)
tumores benignos e linfoma não infiltram
CEC infiltra
não existe compressão de nervos por linfadenomegalia
Quais são os 5 grupos de afecções congênitas cervicais mais comuns?
- Patologias do aparelho branquial
- Patologias relacionadas à tireoide
- Cistos dermoides
- Linfangiomas
- Hemangiomas
intra-uterino (má formação embriolog. ou prolif. excessiva)
Quando se formam os arcos branquiais (semana gestacional)? Quantos são e como são enumerados?
4ª semana = cinco arcos branquiais (enumerados no sentido crânio-caudal)
Qual a diferença entre arco, fenda e bolsa branquial?
Arcos: elevações sólidas
Fendas: entre os arcos
Bolsas: correspondentes aos arcos
Quais são duas principais patologias do aparelho branquial? Por que elas ocorrem?
Fístulas e cístos de arcos branquiais:
* 1ª fenda se fecha só parcialmente para originar o CAE
* outras desaparecem
* com o crescimento caudal do embrião, o 1º e 2º arcos crescem caudalmente e o 3º e 4º arcos se aprofundam, formando um recesso denominado seio cervical (forma o ducto cervical e depois some)
- persitencia completa da 1ª fenda (TIPO I) ou duplicação do ouvido externo (TIPO II) = fístuda/cisto de 1º arco
- Demais fístulas e cistos se devem a persistência do seio cervical
Qual a fístula de arco branquial mais comum? Qual o cisto mais comum?
Fístula: 1º arco
Cisto: 2º arco
Qual o provável diagnóstico? Justifique.
explique sua apresentação clínica
Fístula de 1º arco branqueal: pequeno orifício junto ao pavilhão auricular (região parotídea)
* saída esporádica de secreção serosa
* pode ser purulenta se IVAS
Qual o provável diagnóstico? Justifique.
explique sua apresentação clínica
Fístula de 2º arco branqueal: pequeno orifício na região cervical alta
Qual o provável diagnóstico? Justifique.
explique sua apresentação clínica
Fístula de 3/4º arco branqueal: pequeno orifício na região cervical baixa
Como confirmamos o diagnóstico de fístula de arcos branquiais?
Diagnóstico clínico (fistulografia normalmente não funciona pois a fistulação é muito pequena)
Qual o tratamento das fendas branquiais? Ele é sempre necessário?
Ressecção cirúrgica
1. Incisão em elipse (sentido transversal) englobando o orifício externo da fístula
2. Dissecção de todo o trajeto fistuloso
Indicação:
* infecção e drenagem recorrentes
* desconforto ao paciente
Quais as estruturas anotômicas importantes que podem ser lesadas na ressecção de fístulas de 1º e 2º arcos branquiais?
1º: n. facial
2º: vasos cervicais e n.hipoglosso
Qual a história clínica mais associada aos cistos de arcos branquiais?
- IVAS
- surgimento súbito de massa cervical elástica (epitélio do cisto é o respiratório = secretor = infecção estimula secreção, o que aumenta o cisto)
Qual o provável diagnóstico? Justifique.
Explique sua apresentação clínica
Cisto branquial de 1º arco: massa elástica em região de parótida
* cisto: estrutra capsulada com líquido em seu interior
* pode simular parotidite de repetição
* se comunicar com orelha externa - pode observar otorreia e otalgia
Qual o provável diagnóstico? Justifique.
Explique sua apresentação clínica
Cisto branquial de 2º arco: massa elástica em região cervical jugulo-carotídeia alta (anterior ao esternocleidomastoideo)
mais comum entre os cistos de arcos branquiais
Como realizamos o diagnóstico dos cistos de fendas branquiais?
- Clínico - se restar dúvida:
- Punção do cisto (secreção com aspecto de leite condensado)
- USG (lesão cística com presença de restos ou debris)
se infectado pode ficar mais endurecido = dúvida
Qual o tratamento dos cistos branquiais? Ele é sempre indicado?
Ressecção completa do cisto:
1. incisão transversa até exposição da cápsula
2. Dissecar todo o cisto sem romper a cápsula
Indicação:
* infecções de repetição com formação de abcesso
* desconforto estético e funcional
* ressecção mais indicada que nas fístulas pois há rara possibilidade de associação com CEC
Como ocorre a formação embiológica da tireoide, como isso se relaciona ao cisto tireoglosso?
- ducto tireoglosso = invaginação do endoderma no mesoderma do tubo intestinal primitivo (até 2º e 3º aneis traqueais
- Da extremidade cranial do ducto (próx. à base da língua - linha mediana das papilas aladas), surgem dois brotos laterias que darão origem a tireoide
- Essas estruturas vão descendo pelo trajeto fibroso e, na medida q isso ocorre, a porção proximal do ducto vai sendo reabsorvida
- O forame cego é o resquício do ducto tireoglosso.
Se há persistência do ducto tireoglosso, ocorre a formação do cisto tireoglosso
anomialia cirúrgica mais comum do desenvolvimento da tireoide
Qual o possível diagnóstico?
Exlique sua apresentação clínica
Cisto tireoglosso: lesão cística na linha média cervical
80%: infra-hioideos
Qual a história clínica do cisto tireoglosso?
Surgimento súbito (NÃO associado a infecções de trato superior)
qualquer idade (maior parte: criança e adolescente)
Como diferenciar um cisto tireoglosso de uma linfadenomegalia mediana ou cisto dermoide?
cisto tireoglosso é móvel à deglutição ou protusão da língua
se necessário, pedir:
* USG: cisto anecoico, homo ou heterogeneamente hipoecoico
* TC: capta constraste
Explique a formação da fístula de tireoglosso.
Fistula aparece quando há infecção e drenagem expontânea ou cirúrgica do cisto = fistulização do cisto para a pele
≠ fístula e cisto branquiais (entidades distintas)
Qual o tratamento do cisto tireoglosso? Ele é sempre indicado?
Ressecção completa do cisto ou fístula até a base da língua
1. Incisão cervical transversa sobre a protusão do cisto
2. Dissecar o cisto (incluindo o terço médio do osso hioide - parte do trajeto está no interior do osso)
Indicado por motivos estéticos
Qual o possível diagnóstico?
explique essa apresentação clínica
Tireoide ectópica (não ocorre migração completa da tireoide, a qual permanece na base da língua)
mais comum em crianças
Tireoide ectópica pressupõe disfunção tireoideana?
NÃO - pode funcionar normalmente
Como diagnosticamos a tireoide ectópica?
- TC: capta contraste (fica branca)
- USG (verirficar se está no lugar certo - excluir octopia)
- Cintilografia
Qual o tratamento da tireoide ectópica? Ele é sempre indicado?
Se sintomas obstrutivos (ex: dispineia) por realizar ressecção.
maioria assintomática: não operar pois ficara com hipotireoidismo
O que são os cistos dermoides?
Tumores congênitos, formados por células embrionárias totipotentes comuns na linha média em áreas de fusão:
* região supra-hioidea
* frontal
* glabela
* região supraesternal
Conteúdo pode ser cístico e ter os mais diversos tecidos e formações.
Características:
* Idolores (dolorosos em casos de infecção secundária)
* crescimento lento
a partir dos 20 anos
Qual o tratamento dos cistos dermoides? Ele é sempre indicado?
Ressecção completa (sempre indicado)
Qual o possível diagnóstico?
explique sua apresentação clínica
Lesões derivadas do saco linfático jugular:
* macias
* elásticas
* “bexiga de água” (pouco compressível)
* indolores
até 2 anos (maioria presente desde o nascimento)
Quais as 3 classificações dos linfangiomas?
Simples
* Pequeno volume
* Capilares delgados entrelaçados no interior de sua cápsula.
Higromas císticos
* volumosos
* subdivididos por septos finos
* mais comum: trígono posterior do pescoço, na face e na região supraclavicular
Linfangiomas cavernosos
* plexiformes
* envolvem estruturas anatômicas vizinhas
podem apresentar componente hemangiomatoso associado
* tendência a infiltração de tecidos
* maior chance de recidivas
* comum ocorrer linfangite/hemorragia dentro dele
Como fechamos o diagnóstico dos linfangiomas?
Clínico: trasiluminação
(imagem se necessário - princip. cavernosos)
Qual o tratamento dos linfangiomas? Ele é sempre indicado?
Ressecção completa sempre que possível (não involuem e são muito suceptives a infecções) até 3-4 anos de idade
recidiva frequente
Qual o provável diagnóstico?
Explique sua apresentação clínica
Hemangioma: tumore vascular congênito
* 95% manifesta-se até o 6º mês de vida (80% =cabeça e pescoço)
* Grande espectro de apresentação (lesão sem repercussões até volumosa com deformidade e limitação funcional)
tumor mais frequente na infância
Quais as 3 classificações dos hemangiomas?
- Capilares em morango: manchas planas avermelhadas ou áreas de capilares evidentes, sem constituírem uma mancha regular e bem definida.
-
Hemangiomas cavernosos: massa vermelho vinhoso de consistência elástica, depressível ao toque, e
com graus variados de deformidade - Hemangiomas mistos: característica mistas dos capilares e cavernosos.
Qual o tratamento dos hemangiomas? Ele é sempre indicado?
Maioria - expectante (grande tendência a involução)
Tratamentos:
* Acelerar involução: Prednisona, interferon alfa 2b ou propranolol
* Injeção intralesional de triancinolona ou de substâncias esclerosantes.
Cirurgia somente em casos com risco de desfuncionalização do órgão comprometido ou com repercussões sistêmicas
- IC de alto débito
- Plaquetas ↓
- Sangramento constante
- Limitação importante
Quais são as principais afecções virais e bacterianas das glângulas salivares? Como diferencia-las?
cite seus tratamentos
Viral: parotidite epidêmica - caxumba
* população infantil
* Manifestações: aumento da glândula, dor (5-10 dias)
* geralmente bilateral
* acompanhada de sinais prodrômicos da virose e fenômenos gripais
* autolimitada
* tratamento: sintomáticos
* complicações: surdez, sialectasia, orquite/ooforite, meningoencefalite
* Outras: citomegalovirose
Bacteriana (sialodenite aguda)
* Estase e redução do fluxo salivar = predispoe à invasão pelos ductos excretores
* Idosas em pós-operatório, desidratados/desnutridos, intubados, anticolinérgicos
* parótida é a mais acometida, seguida pela submandibular
* S. aureus > Gram-negativas
* aumento de volume súbito, dor e hiperemia da pele
* glândula endurecida
* pode evoluir com trismo e disfagia
* febre alta e prostração
* Imagem: diferenciar de abscesso ou tumor
* * tratamento: abt por 10-14 dias; AINEs; Hidratação
* cirurgia: drenar abcesso, extração de cálculo e etc
Qual o provável diagnóstico?
Qual a glângula mais acometida e qual o tratamento?
Litíase: cálculo no interior ou no ducto da glândula
* + comum: submandibular
* dor, aumento de volume (piora com alimentação)
* tratamento: AINEs, hidratação, massagem, sialogogos se tolerar (ATB se infecção)
* cirurgia: recorrência (via transoral ou por excisão da glângula)
Qual o provável diagnóstico?
Qual a glângula mais acometida e qual o tratamento?
Mucocele: cisto de retenção das glângulas mucosas:
* glângulas salivares menores
* traumatismos (ex: morder a boca)
* pequena lesão esférica e cística (mais profunda = tumefação com mucosa normal)
* tratamento: ressecção total sob anestesia local
Qual o provável diagnóstico?
Qual a glângula mais acometida e qual o tratamento?
Rânula: cisto de retenção do assoalho da boca
* obstrução das submandibulares e sublinguais
* unilateral
* sem sinais flogísticos
* tratamento: marsupialização
Quais as três causas obstrutivas de afecções das glândulas salivares?
Qual a glângula mais acometida em cada uma delas e qual o tratamento?
Litíase:
* + comum: submandibular
* dor, aumento de volume (piora com alimentação)
* tratamento: AINEs, hidratação, massagem, sialogogos se tolerar (ATB se infecção)
* cirurgia: recorrência (via transoral ou por excisão da glângula)
Mucocele: cisto de retenção das glângulas mucosas:
* glângulas salivares menores
* traumatismos (ex: morder a boca)
* pequena lesão esférica e cística (mais profunda = tumefação com mucosa normal)
* tratamento: ressecção total sob anestesia local
Rânula: cisto de retenção do assoalho da boca
* obstrução das submandibulares e sublinguais
* unilateral
* sem sinais flogísticos
* tratamento: marsupialização
Quais são as neoplasias de glândulas salivares mais comuns? Elas são, em sua maioria, malignas?
Mais comum: tumor de parótida (maioria benigno)
obs: quanto menor a glândula, maior o risco de malignidade (risco malignidade: parótida < submandibular < sublingual < pequenas glândulas)
Qual a apresentação típica dos tumores de glândulas salivares?
massas, geralmente assintomáticas, localizadas na topografia habitual das glândulas
Qual o tumor de parótida mais comum?
Adenoma pleomórfico (tumor benigno que une várias formas histológicas e possui potencial de transformação maligna)
Como realizamos o diagnóstico e o tratamento do tumor de parótida?
Diagnóstico:
* Clinico: nódulo assintomático, topografia (pré-auricular, junto ao angulo da mandíbula)
* exame de imagem (se dúvida com linfonodomegalia)
* PAAF
Tratamento:
* sempre CIRURGICO (ressecção com margem) pelo potencial de malignização
Podemos realizar biósia incisional em parótida?
Não!
risco de lesão de nervo facial
Qual o tumor de submandibular mais comum? Qual seu diagnóstico e tratamento?
Adenoma pleomórfico
Diagnóstico:
* Clinico: nódulo assintomático, topografia (submandibular)
* exame de imagem (se dúvida com linfonodomegalia)
* PAAF
Tratamento:
* sempre CIRURGICO (ressecção com margem) pelo potencial de malignização e 50% é maligno
Qual o tipo de tumor mais comum, diagnóstico e tratamento dos tumores de pequenas glândulas?
Carcinoma Adenoide Cístico
Diagnóstico:
* Clinico: nódulo assintomático, topografia (nódulo submucoso na junção do palato mole com palto duro)
* exame de imagem (se dúvida com linfonodomegalia)
* PAAF
Tratamento:
* sempre CIRURGICO (ressecção com margem) - 70% maligno
diferencial com tórus (duro / mais medial)
Qual o provável diagnóstico?
Tumor de pequena glândula salivar
curúrgico
Quais são os tumores benignos (6), as lesões pré-malignas (3) e malignas (1) comuns na prática da CCP?
Benignos:
* 1- Fibromas
* 2- Papilomas
* 3- Hemangiomas de língua
* 4- Tórus
* 5- Lipoma
* 6- Linfangioma
Pré-malignos:
* 1- Leucoplasia
* 2- Eritroplaisa
* 3- Queilite actínica
Malignas:
* 1- Carcinoma
Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?
Explique sua apresentação clínica e seu tratamento
Fibroma: resposta da mucosa à irritação crônica (prótese dentária mal adaptada - ex: dentaduta por pressão - ventosa)
* lesão sessil ou pediculada
* de elástica a fibrosa
* bem delimitada
* mucosa normal (≠ tumor peq. glândulas)
* TT: afastar causa + ressecção com margem (anestesia local)
BENIGNO
Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?
Explique sua apresentação clínica e seu tratamento
Papiloma: papila hipertrófica - proliferação de epitelio escamoso com hiperqueratose (origem desconhecida - prov. viral)
* lesão achatada ou pedunculada
* única ou múltipla
* alguns milímetros
* TT: ressecção e sutura (anestesia local) - estética
BENIGNO
Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?
Explique sua apresentação clínica e seu tratamento
Tórus palatino (pode ser mandibular): exostose (crescimento ósseo benigno)
* linha média - fusão dos dimídios
* duro (osso)
* TT: espectante (se crescer ou atrapalhar = ressecção)
BENIGNO
Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?
Explique sua apresentação clínica e seu tratamento
Hemangioma de língua: lesão vascular
* massa avermelhada e elástica
* indolor
* TT: espectante (tente a regredir) - ressecção se repercussões sistêmicas ou prejuízo funcional
BENIGNO
Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?
Explique sua apresentação clínica e seu tratamento
Lipoma:
* lesão amolecida, bem delimitada e indolor
* TT: ressecção completa
BENIGNO
Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?
Explique sua apresentação clínica e seu tratamento
Leucoplasia: zona de deposição córnea por alteração no epitélio escamoso - 90% é benigna porém 3% já é displasia e 1% é carcinoma invasor
* mancha (isoladas ou placas) branca que** não desaparece com raspagem**
TT:
* biópsia
* hiperceratose, paraceratose e acantose: eliminar fatores causais identificáveis (ex: tabagismo): ver se regride
* displasia: ressecção completa
PRÉ-MALIGNA
Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?
Explique sua apresentação clínica e seu tratamento
Eritoplasia: zona de deposição córnea por alteração no epitélio escamoso - 90% é benigna porém 3% já é displasia e 1% é carcinoma invasor
* placa avermelhada sem relação com trauma ou inflamação (ausência de queratina)
* maioria já tem displasia
TT:
* eliminar fatores causais
* displasia: ressecção completa
PRÉ-MALIGNA
Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?
Explique sua apresentação clínica e seu tratamento
Carcinoma:
* feridas de crescimento contínuo e muitas vezes dolorosas
* ulceroinfiltrativas, ulcerovegetante ou submucoso
* podem apresentar emagrecimento, disfagia, presença de massa cervical (corresponde à metástase regional - cadeias submentonianas, submandibulares e jugulares altas → Ia, Ib e II)
* mais comum: CEC
TT:
* biópsia incisional na primeira consulta (anestesia local -xilocaína spray 10%) → raspagem com lâmina de bisturi ou duas amostras com pinça saca-bocado→compressão para hemostasia
● Estádios clínicos I e II: operação ou radioterapia.
● Estádios clínicos III e IV: combinação e, eventualmente, quimioterapia. Seguimento rigoroso após o tratamento, para detectar possíveis recidivas e o aparecimento de outros tumores primários.
MALIGNO