Ciências Básicas Flashcards

1
Q

Quais os princípios que precisam ser atendidos para que haja estabilização absoluta de uma fratura?

A

Redução anatômica
Compressão interfragmentária
Síntese rígida

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2
Q

Quais as fases da consolidação óssea por formação de calo? Em quanto tempo após a fratura cada um inicia, aproximadamente?

A

Inflamatória (1-7 dias)
Calo mole (2-3 sem)
Calo duro (3-4 meses)
Remodelação (meses - anos)

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3
Q

Qual a definição de Strain?

A

Strain é a deformação percentual de um material quando determinada força é aplicada em relação à sua forma original

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4
Q

Qual a função do anel pericondral de Lacroix?

A

Estrutura fibrosa com a função primordial de estabilidade mecânica da placa fisária

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5
Q

Qual a ordem dos parafusos na placa de compressão?

A

Primeiro os parafusos proximais à fratura, iniciando-se pelo parafuso cêntrico, seguido pelo excêntrico

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6
Q

Quais as 4 zonas da Fise de Crescimento, em ordem, da metáfise para a epífise?

A

Germinativa
Proliferativa
Hipertrófica
Ossificação endocondral

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7
Q

Quais fatores aumentam a rigidez da armação do fixador externo?

A

Aumento do número de barras
Aumento do número e diâmetro dos pinos
Aumento da distância entre pinos
Aumento do número de planos

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8
Q

Quais as 5 funções fundamentais de uma placa?

A
  1. Placa de proteção/neutralização
  2. Placa de compressão
  3. Placa de suporte/anti-cisalhante
  4. Banda de tensão
  5. Placa ponte
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9
Q

Qual a definição de rigidez de um material?

A

Capacidade de um material de resistir à deformidade sob carga

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10
Q

Qual a definição de resistência de um material?

A

Tolerância de carga sem falha

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11
Q

Qual a definição de ductilidade de um material?

A

Deformação plástica antes da ruptura

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12
Q

Qual o primeiro parafuso em uma placa de compressão com traço de fratura oblíquo curto?

A

Na axila da fratura (próximo à fratura que forma um ângulo obtuso do traço com a placa)

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13
Q

Qual o princípio da banda de tensão?

A

Converter as forças de tensão em forças de compressão

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14
Q

Qual a ordem crescente de rigidez das armações dos fixadores externos?

A

Linear < Tubo-a-Tubo < Biplanar Unilateral (delta) < Bilateral com Pinos Transfixantes < Circular

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15
Q

Quais os limites da angulação de um parafuso cortical no orifício ovalado de uma placa DCP?

A

Longitudinal: 25°
Transversal: 7°

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16
Q

Quais as articulações mais acometidas pela artrite séptica, na ordem decrescente?

A

Quadril (41%)
Joelho (23%)
Tornozelo
Cotovelo
Punho
Ombro

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17
Q

Correlacione o grau IA da classificação de Gledhill-Roberts para Osteomielite subaguda com seu principal DDx

A

Grau IA: lesão radioluscente metafisária sem esclerose das margens
DDx: Histiocitose de Langerhans

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18
Q

Correlacione o grau IB da classificação de Gledhill-Roberts para Osteomielite subaguda com seu principal DDx

A

Grau IB: lesão metafisária com esclerose das margens
DDx: Abscesso de Brodie

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19
Q

Correlacione o grau II da classificação de Gledhill-Roberts para Osteomielite subaguda com seu principal DDx

A

Grau II: lesão metafisária com perda da cortical
DDx: Granuloma eosinofílico, osteossarcoma

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20
Q

Correlacione o grau III da classificação de Gledhill-Roberts para Osteomielite subaguda com seu principal DDx

A

Grau III: lesão diafisária com excessiva reação cortical
DDx: Osteoma osteoide

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21
Q

Correlacione o grau IV da classificação de Gledhill-Roberts para Osteomielite subaguda com seu principal DDx

A

Grau IV: lesão diafisária com ossificação periosteal “em casca de cebola”
DDx: Sarcoma de Ewing

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22
Q

Correlacione o grau V da classificação de Gledhill-Roberts para Osteomielite subaguda com seu principal DDx

A

Grau V: lesão epifisária
DDx: Condroblastoma

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23
Q

Correlacione o grau VI da classificação de Gledhill-Roberts para Osteomielite subaguda com seu principal DDx

A

Grau VI: lesão vertebral
DDx: TB ou discite

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24
Q

Qual o tratamento de escolha para a osteomielite hematogênica aguda?

A

ATB precoce: 10-14 dias de ATB EV + completar 4-6 semanas VO
Tratamento cirúrgico na falha deste

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25
Correlacione patógenos específicos que causam osteomielite hematogênica aguda com seus fatores predisponentes.
IVDU = Pseudomonas Anemia Falciforme/LES = Salmonella Prematuros/UTI = Gram negativos Pós OSS precoce = Gram negativos
26
Qual a epidemiologia da sinovite transitória do quadril?
"Capetinha": branco, masculino, 5-6 anos \* **maior causa de dor no quadril e claudicação não traumática na infância**
27
Qual atitude característica nos quadros de artrite séptica do quadril em crianças?
Posição antálgica de Bonnet: F + AB + RE
28
Quais os achados laboratoriais da análise do líquido sinovial da artrocentese na artrite séptica?
Leuco > 50.000 (imunocomprometidos é 28k) Neutrófilos > 90% Glicose baixa Proteína elevada * Cultura negativa em até 75% dos casos
29
Quais os achados laboratoriais da análise do líquido sinovial da artrocentese na sinovite transitória?
Leuco > 5.000 Neutrófilos < 25%
30
Qual a chance de um paciente desenvolver sinovite transitória do quadril ao longo de sua vida?
3%
31
Qual a epidemiologia da osteomielite hematogênica aguda?
Distribuição infantil bimodal: <2 anos e 8-12 anos Homens > Mulheres
32
Qual a epidemiologia da artrite séptica?
Adultos > crianças (desses, 70% entre 1m e 5a) Homens > mulheres 94% monoarticular 61-79% em articulações dos MMII
33
Quais os marcos temporais da osteomielite?
Aguda: até uma semana Subaguda: 2-3 semanas Crônica: > 3 semanas
34
Quais as complicações da artrite séptica?
Sepse Artrose precoce / rigidez articular OCF Fechamento fisário precoce Artrofibrose
35
Quais os achados laboratoriais da osteomielite hematogênica subaguda?
Hemocultura geralmente negativa Leucocitose geralmente normal VHS aumentado em 50% dos casos
36
Quais os achados radiográficos da osteomielite crônica?
Destruição cortical Reação periosteal Sequestro ósseo (PATOGNOMÔNICO)
37
Qual o marcador cintilográfico para diagnóstico de osteomielite hematogênica aguda, sua janela de tempo e seus achados?
Tecnécio-99, positivo após 24-48h Demonstra aumento da captação em todas as fases (fluxo, equilíbrio e tardia)
38
Qual o patógeno mais frequente da osteomielite hematogênica aguda?
Staphylococcus aureus (85%)
39
Quais os principais patógenos da artrite séptica?
S. aureus > GAS > Enterobacter
40
Qual a porcentagem de recorrência da sinovite transitória do quadril?
4-10%
41
Quais articulações possuem fise intra-articular e por que isso é importante?
Fêmur proximal, rádio proximal, úmero proximal Fíbula DISTAL Importante por poder abrir um quadro de artrite séptica
42
Descreva a classificação de OMC.
Cierny-Mader (Anatômico + Hospedeiro) I: medular II: superficial III: localizada IV: difusa A: hígido B: comprometido C: proibitivo
43
Qual a epidemiologia da artrite gonocócica?
Pacientes jovens (75%) sexualmente ativos que apresentam poliartrite assimétrica associada a pápulas
44
Quais os fatores de risco para a artrite séptica?
AR Artrose Prótese articular Baixo nível socioeconômico IVDU (Pseudomonas) Alcoolismo DM
45
Quais articulações permitem abordagem artroscópica para tratamento de artrite séptica?
Joelho, cotovelo, ombro e tornozelo
46
Quais critérios devem estar presentes para o diagnóstico de infecção periprotética?
Fístula com evidência de comunicação articular ou visualização da prótese OU Duas culturas positivas do mesmo organismo OU somatório de achados laboratoriais
47
Qual a epidemiologia da piomiosite?
Mais comum o acometimento de um único músculo (quadríceps) de homens na primeira e segunda décadas de vida
48
A partir de quanto tempo de OMA pode ser visualizada reação periosteal na radiografia?
Entre 10 a 12 dias, com necessidade de perda de 30-50% de matriz óssea para evidenciar lesões líticas
49
Qual a diferença dos patógenos na mordida de cães/gatos e humanos?
Cães/gatos: *Pasteurella multocida* Humanos: *S. aureus, Streptococcus* e *Eikenella corrodens*
50
Quais os parâmetros para punção articular do quadril na via anterior?
2.5 cm lateral e 2.5 cm distal à palpação do pulso femoral inferiormente ao L. inguinal, com ângulação de 45° no sentido medial-proximal
51
No que se baseia o diagnóstico tomográfico da OMA?
Detecção de gás intraósseo, osteólise, massas de partes moles, abscessos ou corpos estranhos
52
Qual o marcador cintilográfico mais utilizado para o diagnóstico de OMC?
Gálio
53
O que é a Osteomielite Esclerosante de Garré?
Forma crônica de infecção óssea por bactérias de baixa virulência com esclerose sem abscessos/sequestros, e deve ser distinguida de osteoma osteoide/Paget
54
Quais são os critérios de Kocher para diferenciação de artrite séptica e sinovite transitória?
- Temperatura VO >38.5° - Incapacidade de apoiar o membro - VHS > 40mm - Leuco > 12.000 \* PCR > 25
55
Qual o tratamento da osteomielite hematogênica subaguda?
ATB, podendo realizar biópsia ou curetagem na falha deste
56
Qual o tratamento adequado da OMC?
Sequestrectomia com manejo do espaço morto + ATB por 6 semanas
57
Quais os meios de contaminação bacteriana na artrite séptica?
Hematogênica, inoculação direta ou contiguidade
58
Qual a Sd. de Reiter e seu patógeno causador?
Uretrite + Conjuntivite + Artrite: N. gonorrhoeae *"Can't see, can't pee, can't climb a tree"*
59
Quais os achados laboratoriais da OMA?
PCR aumentado (cai rápido com o tto) VHS aumentado (aparece em 3 dias e cai após 3 semanas) Leucócitos podem estar normais ou aumentados
60
Qual a definição e tempo de início de formação do biofilme?
Comunidade de bactérias sésseis protegidas por polissacarídeos (glicocálix) que se forma a partir de 5-72h, geralmente monomicrobianas
61
Qual a causa mais comumente presumida de artrite séptica em crianças?
Invasão hematogênica da sinóvia durante bacteremia transitória
62
Qual a epidemiologia do politrauma?
Masculino 20-39 anos em acidentes de alta energia
63
Quais os períodos de maior mortalidade no politrauma?
Imediato, precoce e tardio Varia de 6 a 42%
64
Quais as causas de mortalidade imediata no politrauma?
Lesões fatais
65
Quais as causas de mortalidade precoce no politrauma?
TCE, hemorragia e hemo/pneumotórax
66
Quais as causas de mortalidade tardia no politrauma?
Sepse, IRA, FMO
67
Qual o valor limite e os parâmetros avaliados no cálculo da SIRS no politrauma?
SIRS ≥ 2 FC > 90 bpm FR > 20 ipm pCO2 < 32mmHg T > 38° ou < 36° C Leuco > 12.000 ou < 4.000/mm³
68
Qual o valor limite e os parâmetros avaliados no cálculo da ISS no politrauma?
ISS > 16 (A² + B² + C²) Soma do AIS (1-6) das três piores regiões afetadas AIS 1: mínimo AIS 2: moderado AIS 3: grave sem risco de morte AIS 4: grave com risco de morte AIS 5: crítico AIS 6: fatal
69
Qual modificação do ISS foi feita no politrauma?
Uso do NISS, em que a soma deve ser das três **piores lesões** ao invés das três piores regiões
70
Qual o valor máximo do ISS no politrauma?
75 \* Se alguma lesão for fatal (AIS 6) o cálculo termina com valor máximo.
71
Qual o motivo de considerar o *damage control* no politrauma?
Exacerbação da SIRS pelo tratamento definitivo (mais lento)
72
Qual a **tríade letal do trauma** e sua explicação?
**acidose + coagulopatia + hipotermia** IL6 → SARA → acidose metabólica → disfunção enzimática → coagulopatia → sangramento → hipotermia → hipóxia ⤾
73
Quando devemos recorrer ao *damage control* do politraumatizado?
Pacientes em estado geral limítrofe - ISS > 40 sem lesão torácica - ISS > 20 com lesão torácica - Politrauma com trauma abdominal - Contusão pulmonar bilateral - PApm > 24 mmHg ou aumento de 6 na cirurgia - Lactato = 2.5 - PAS 80-100 mmHg - T 33-35° C
74
Quais critérios são necessários para o *early total care* ser realizado?
- Estabilidade hemodinâmica - Coagulação normal - Débito urinário > 1 mL/kg/h - Lactato < 2 mmol/L - Normotermia - Sem hipóxia
75
Qual o período máximo para o *early total care*?
5-10 dias, por apresentarem maior risco de infecção
76
Qual o principal marcador da REMIT no politrauma?
IL-6
77
Qual o resultado da fresagem intramedular na HIM de tíbia em um politraumatizado?
Acometimento pulmonar *frequente*, mas *sem* repercussões clínicas
78
Qual a topografia mais comum de ocorrência das fraturas expostas?
Tíbia (>50%)
79
Qual a maior associação de fraturas expostas no trauma?
Mais que 30% dos pacientes apresentam mais que uma lesão associada
80
Quais os patógenos de associação comum a fraturas expostas?
Microorganismos hospitalares: *S. aureus, Pseudomonas* e *E. coli*
81
O que indica o aparecimento tardio de ar no subcutâneo após uma fratura exposta?
Desenvolvimento de colônias de *C. perfrigens* ou *E. coli*
82
Qual grau da classificação de Tscherne está associado a Sd. compartimental?
Grau III de fraturas expostas (sd. compartimental / lesão grave de partes moles com lesão NV) e grau III de fraturas fechadas (sd. compartimental estabelecida)
83
Qual a diferença entre os graus II e III da classificação de Tscherne para fraturas fechadas?
Grau II: sd. compartimental **iminente** Grau III: sd. compartimental **estabelecida**
84
Qual o grau IV da classificação de Tscherne para fraturas expostas?
Amputação total/parcial Lesão de partes moles >3/4 da circunferência
85
Qual a diferença estrutural entre as classificações de Tscherne para fraturas expostas e fraturas fechadas?
Expostas: grau 1-4 Fechadas: grau 0-3
86
Qual mnemônico auxilia na escore MESS (*mangled extremity severity score*)?
"CEII" - choque + energia + isquemia + idade \* lembrar que após 6h de isquemia, a pontuação de isquemia dobra
87
Qual valor do escore MESS indica amputação?
MESS ≥ 7
88
Quais os quatro "C's" que permitem a avaliação da viabilidade do músculo?
Cor Consistência Contratilidade Capacidade de sangrar
89
Quais fatores contraindicam o fechamento primário da ferida de fraturas expostas?
Gustillo-Anderson IIIC ISS > 25 Rural / DM / Vasculites
90
Qual antibiótico de escolha na presença de alergia à beta-lactâmicos?
Clindamicina
91
Quais são as contraindicações ao uso de curativo à vácuo no manejo de fraturas expostas?
1. Presença de pele necrótica ou escaras 2. Osteomielite não tratada 3. Exposição de feixe neurovascular ou anastomose vascular
92
Qual a principal causa de amputações?
90% são secundários a doenças vasculares periféricas \* sendo metade por DM2
93
Quais fatores epidemiológicos são importantes sobre as amputações?
Mortalidade de 30% em 2 anos Chance de isquemia crítica contralateral de 30%
94
Qual a principal causa de amputações **em jovens**?
Trauma
95
Qual a única indicação absoluta de amputação?
Isquemia irreversível
96
Qual a amputação mais comum?
Transtibial
97
Qual a principal diferença entre os níveis de uma amputação?
Amputações proximais têm melhor cicatrização, mas pior função (*maior gasto energético*)
98
Que amputação tem maiores riscos de complicar?
43% das amputações de MMII
99
Quais fatores predizem a reinternação de um amputado?
1. Amputação não-eletiva 2. Revascularização ou amputação prévia 3. Diálise ou IC 4. Institucionalização
100
Quais fatores aumentam o risco de dor relacionada ao membro fantasma?
Amputações mais proximais Dor antes do procedimento
101
Quais pacientes têm maior risco de infecção pós-amputação?
Isquemia + DM2 + tabagismo
102
Qual a principal causa de amputações em crianças?
Deficiência já congênita (60%)
103
Por que e qual amputação é preferida em crianças?
Desarticulações, pela anisomelia (lesão fisária) e sobrecrescimento do coto ósseo
104
Qual a epidemiologia do sobrecrescimento do coto ósseo?
Amputações pós-traumáticas transósseas do úmero ou fíbula de jovens **sem relação com a fise**
105
Quais características devem ser observadas na amputação de um membro isquêmico?
Não garrotear, não realizar miodese e deixar a tíbia mais curta e um *flap* posterior mais longo
106
Qual a regra do nível de amputação tibial de membros não-isquêmicos?
Deixar 2.5cm de coto para cada 30cm de altura
107
Quando ressecar toda a fíbula em uma amputação transtibial?
Quando o coto tibial for menor que 8.8cm
108
Qual a técnica de Ertl?
Sinostose tibiofibular distal, para reduzir a instabilidade TF proximal e proporcionar um coto mais estável
109
Qual a amputação parcial mais comum?
Amputações de pododáctilos, especialmente do 5°
110
Qual a peculiaridade na amputação do 2° raio do pé?
Ressecar todo o 2° raio pelo risco de causar hálux valgo
111
Qual a peculiaridade na amputação de 2 ou mais pododáctilos?
Preferir amputação transmetatarsal
112
Qual a peculiaridade nas amputações de Lisfranc/Chopart?
Para evitar o equino: reinserção do TA e FC + tenotomia do aquiles
113
Quais as amputações do retropé e suas diferenças?
**Syme:** desarticulação tibiotársica + ressecção inframaleolar com preservação da sindesmose **Pirogoff:** similar à Syme + artrodese de secção vertical posterior do calcâneo à tibia **Boyd:** similar à Pirogoff mas a osteotomia do calcâneo é horizontal
114
Qual a principal complicação das amputações do retropé?
Migração posterior do coxim plantar
115
Quais as peculiaridades das amputações do 2° QD?
Na necessidade de amputar ao nível da FP, prefere-se a ressecção de todo o raio para facilitar a pinça com o 3° QD Comum a formação de neuroma doloroso em avulsões
116
Qual a peculiaridade na amputação proximal do 3° ou 4° raios?
Na ausência de FP, prefere-se a transposição do raio adjacente
117
Qual a contraindicação à transposição dos raios adjacentes na amputação proximal do 3° ou 4° raios?
Trabalhadores manuais, por acabar sendo realizada a ressecção da **origem do adutor do polegar**
118
Qual a contraindicação à transposição dos raios adjacentes na amputação proximal do 3° ou 4° raios?
Trabalhadores manuais, por acabar sendo realizada a ressecção da **origem do adutor do polegar**
119
Qual o objetivo das amputações distais à 1MCF?
Não se importar com tamanho e sim com sensibilidade e cobertura
120
Qual o objetivo das amputações ao nível da 1MCF?
Aprofundar a comissura ou retalho osteocutâneo
121
Qual o objetivo das amputações ao nível do 1MTC?
Policização ou transferência de pododáctilo
122
Qual a principal estrutura lesada nas lesões por desenluvamento do dedo?
Usualmente do 4° dedo com lesão vascular quase sempre
123
Como se mede o comprimento real de um membro?
EIAS - maléolo medial
124
Como se mede o comprimento aparente de um membro?
Cicatriz umbilical - maléolo medial
125
Como se diferencia clinicamente a anisomelia de MMII entre suas causas?
Teste de Nelaton-Galeazzi para aferir discrepâncias no comprimento femoral
126
Qual dimensão de anisomelia costuma causar sintomas?
> 2,5 cm de discrepância
127
Quais as medidas que *Menelaus* prevê para o crescimento?
9mm do fêmur distal e 6mm da tíbia proximal
128
Em qual período *Menelaus* serve como preditor de crescimento?
A partir dos 9 anos até os 14 anos (mulheres) e 16 anos (homens)
129
Qual o método mais utilizado como preditor de crescimento?
Multiplicadores de Paley
130
Quais métodos de crescimento são indicados para pacientes esqueleticamente imaturos com anisomelia?
Epifisiodese até 5 cm Alongamento >5 cm
131
Quais métodos de tratamento são indicados para anisomelias de até 4 cm?
Palmilha (1 cm) Calço (2-4 cm) Epifisiodese (pode ir até 5 cm)
132
Quais métodos de tratamento são indicados para pacientes esqueleticamente maduros com anisomelia?
Encurtamento de até 6 cm no fêmur e 3 cm na tíbia em *pacientes que aceitam perder estatura* Alongamento se não aceitarem
133
Quais os requerimentos da epifisiodese na correção de anisomelias?
Correção de discrepância de até 5 cm Ter fise aberta Obliterar o máximo da fise Associar a fíbula se >2 cm de tíbia
134
Qual a principal complicação da epifisiodese?
Deformidade angular
135
Qual a diferença entre a epifisiodese com parafusos cruzados e grampos?
Grampos podem ser utilizados para deformidades angular e podem ser retirados, mas são biomecanicamente inferiores
136
Quando podem ser indicados alongamentos agudos para anisomelia?
Quando a anisomelia se associa a displasia acetabular
137
Como e quando se pode iniciar o alongamento por calotaxia?
1 a 3 semanas após a corticotomia de baixa energia, por 1mm/dia
138
Qual a principal complicação do método de Ilizarov?
Infecção no trajeto dos pinos
139
Quais fatores de risco de desenvolver síndrome compartimental aguda?
- Sexo masculino - Idade inferior a 35 anos - Politrauma - Transfusão - Uso de anticoagulantes
140
Qual a principal lesão associada ao desenvolvimento de síndromes compartimentais agudas?
Fraturas (69%) fechadas em MMII, especialmente a diáfise da tíbia (36%)
141
Quais as 3 lesões mais associadas ao desenvolvimento de síndromes compartimentais agudas?
Fratura da diáfise da tíbia (36%) Lesão de partes moles (23%) Fratura do rádio distal (9.8%) Fratura do antebraço (7.9%)
142
Como se desenvolve a necrose muscular na síndrome compartimental aguda?
Necrose de central para periférica (centrífugo)
143
Qual compartimento é mais suscetível ao desenvolvimento de síndrome compartimental aguda?
Compartimento anterior da perna pela maior quantidade de fibras do tipo I (vermelha / contração lenta / metabolismo oxidativo)
144
Por que a síndrome da reperfusão leva ao dano muscular?
Produtos pró-coagulantes da necrose muscular levam à trombose microvascular e perpetuam o dano muscular
145
Qual o sinal mais precoce da síndrome compartimental aguda?
Dor desproporcional e refratária a analgesia **pouco sensível**
146
Qual medida de pressão intracompartimental consideramos como crítica?
ΔP (PAd - PIC) ≤ 30mmHg indica fasciotomia *PIC isolada é pouco confiável*
147
Quais fatores são encontrados na infância para o diagnóstico de síndrome compartimental aguda?
**3 A's** Agitação Ansiedade Analgesia crescente
148
Quais os compartimentos da coxa?
Anterior Posterior Adutor
149
Qual o conteúdo do compartimento anterior da coxa?
M. quadríceps femoral M. Sartório N. femoral
150
Qual o conteúdo do compartimento posterior da coxa?
M. bíceps femoral M. semimembranoso e M. semitendíneo N. ciático
151
Qual o conteúdo do compartimento adutor da coxa?
Mm. adutores N. femoral A. femoral profunda
152
O M. fibular terceiro está em qual compartimento?
Compartimento anterior da perna
153
Quantos compartimentos existem no pé?
Nove
154
Qual o conteúdo dos compartimentos do pé?
1. Medial: musculatura intrínseca do hálux 2. Lateral: flexor do dedo mínimo, abdutor do dedo mínimo 3. Central superficial: flexor curto dos dedos 4. Central profundo: quadrado plantar 5. Adutor do hálux 6-9. Interósseos (4)
155
Como é realizada a fasciotomia do pé?
1. Justamedial ao 2° MTT 2. Justalateral ao 4° MTT 3. Medial (4 cm anterior à face posterior do calcanhar e 3 cm superior)
156
Qual o compartimento mais acometido na síndrome compartimental do antebraço?
Volar
157
Qual o conteúdo do compartimento móvel do antebraço?
Braquiorradial ERCC ERLC
158
Quantos compartimentos existem na mão?
Dez
159
Qual o conteúdo dos compartimentos da mão?
1. Tenar: abdutor curto do polegar, flexor curto do polegar, oponente do polegar 2. Hipotenar: abdutor do dedo mínimo, flexor do dedo mínimo, oponente do dedo mínimo 3. Adutor do polegar 4-7. Interósseos dorsais (4) 8-10. Interósseos volares (3)
160
Qual o tempo mínimo que deixamos a fasciotomia aberta após o diagnóstico de síndrome compartimental aguda?
No mínimo 48h
161
Qual característica clínica está presente somente na síndrome compartimental crônica?
75% de bilateralidade
162
Quais fatores podem estar associados ao desenvolvimento da síndrome compartimental crônica?
Hérnia fascial muscular Pronação excessiva
163
Qual a diferença entre não-união e retardo de consolidação?
Na *não-união* só esperamos consolidação além do tempo esperado **após uma nova intervenção**
164
Qual pode ser o tratamento direto não-cirúrgico para retardo de consolidação?
USG de baixa intensidade ou ondas de choque do Leandrão
165
Por que o *diabetes mellitus* prejudica a consolidação secundária?
Forma um calo menos resistente *(além de outras consequências)*
166
Por que o *tabagismo* prejudica a consolidação?
Aumenta o risco infeccioso e tem **menor função osteoblástica**
167
Qual a associação entre a dosagem de vitamina D e as pseudoartroses?
Baixa dosagem de vitamina D foi associada ao retardo de consolidação
168
Qual a associação entre fraturas expostas e pseudoartroses?
20% de fraturas expostas podem evoluir para pseudoartrose
169
Como é feita a avaliação tomográfica da pseudoartrose?
Sensibilidade de 100% Alto risco para pseudoartrose se estiver formada ponte óssea < 25%
170
Qual a classificação de Judet e Judet?
Classificação para pseudoartrose, foi modificada por Weber e Cech em *vasculares e avasculares*
171
Quais defeitos são englobados pelo tipo avascular de Weber e Cech?
1. Cunha de torção 2. Cominuta 3. Falha óssea 4. Atrófica (ponta de lápis)
172
Quais defeitos são englobados pelo tipo vascular de Weber e Cech?
1. Hipertrófica (pata de elefante) 2. Normotrófica (casco de cavalo) 3. Hipotrófica
173
Qual a diferença no tratamento entre os tipos de pseudoartrose de Weber e Cech?
Avasculares: faltou biologia → enxerto Vasculares: faltou estabilidade → estabilização rígida ± desbridamento
174
Qual o achado cintilográfico da pseudoartrose sinovial?
Fenda fria entre duas áreas quentes de captação