CI I Flashcards

1
Q

Quais os critérios que definem síndrome metabólica?

A

TG > 150
GJ > 110
HDL < 40 em homens e < 50 em mulheres
PA > 130/85
C.A > 102 em homens e > 88 em mulheres

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2
Q

Qual indicação de monoterapia e de dupla terapia para tratamento da HAS?

A

Monoterapia = pré-hipertensão e HAS estágio 1 de baixo risco
Dupla terapia = HAS estágio 1 de risco moderado a alto e HAS estágio 2 e 3

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3
Q

Qual o esquema terapêutico na DM2 para pacientes sem doença CV ou renal?

A

HbA1c < 7,5% = monoterapia com metformina
HbA1c entre 7,5 e 9% = terapia dupla com metformina + outra droga
HbA1c > 9% e assintomático = terapia dupla com metformina associada à insulina
HbA1c > 9% e sintomático = terapia base com insulina

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4
Q

Quais as metas de LDL de acordo com o risco CV?

A

Baixo risco: LDL < 130
Risco moderado: LDL < 100
Risco alto: LDL < 70
Risco muito alto: LDL < 50

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5
Q

Fisiopatologia da SOP?

A

HIPERSSECREÇÃO PULSÁTIL DE LH

Ambiente ovariano hiperandrogênico = folículos não crescem e formam cistos

Excesso de aromatização periférica inibe a secreção de FSH = anovulação

Hiperandrogenismo = hirsutismo e acne

Aumento da gordura visceral = resistência à insulina

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6
Q

Critérios de Rotterdam (SOP) ?

A

Pelo menos 2 dos 3 critérios:

Hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial
Oligo-amenorreia
Critérios ultrassonográficos

Se apenas 1 critério = USG pélvico

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7
Q

Tratamento não farmacológico da SOP?

A

MEV = reduz peso e consequentemente a resistência insulínica = menor estímulo para produção de androgênios

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8
Q

Tratamento farmacológico SOP?

A

Manifestações hiperandrogênicas: COC
• reduzir gonadotrofinas
• aumentar SHBG
• bloquear receptores androgênicos

Se após 6 meses sem resposta terapêutica OU alopecia OU hirsutismo grave: drogas antiandrogênicas (espironolactona, ciproterona, finasterida)

Resistência à insulina = metformina se refratariedade ao MEV após 6 meses

Infertilidade (se desejo de engravidar) = Citrato de Clomifeno

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9
Q

Quais as etapas de uma consulta de puericultura?

A

• Antropometria
• Alimentação
• Vacinação
• Desenvolvimento neuropsicomotor

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10
Q

Quais as suplementações indispensáveis na criança?

A

Ferro = a partir de 6 meses até 24 meses em crianças a termo (1 mg/kg) e a partir de 1 mês de vida em crianças prematuras

Vitamina D = primeira semana de vida até os 12 meses (400 UI/dia) e dos 12 aos 24 meses (600 UI)

Vitamina A = a partir dos 6 meses até os 5 anos (100.000 UI dose única entre 6 e 11 meses e 200.000 UI a cada 6 meses entre 12 e 59 meses)

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11
Q

Como é o exantema do sarampo?

A

• Se inicia poucos dias após o pródromo
• Maculopapular não pruriginoso
• Craniocaudal
• Desaparece lentamente

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12
Q

Qual vitamina é essencial no tratamento do sarampo?

A

Vitamina A

• < 6 meses = 50.000 UI no dia do diagnóstico e no dia seguinte
• Entre 6 e 12 meses = 100.000 UI no dia do diagnóstico e no dia seguinte
• > 12 meses = 200.000 UI no dia do diagnóstico e no dia seguinte, além de uma terceira dose em 4 a 6 semanas

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13
Q

Complicações do sarampo?

A

• Pneumonia
• OMA
• GECA
• Encefalite

Associadas com extremos de idades, desnutrição, deficiência de vitamina A e gestantes

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14
Q

Quais doenças exantemáticas são de notificação compulsória?

A

Sarampo e rubéola (ambas requerem vacinação de bloqueio em até 72 hrs)

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15
Q

Quais doenças exantemáticas apresentam enantema?

A

• Sarampo (manchas de Koplik = patognomônico)
• Rubéola (manchas de Forcheimmer)
• Exantema súbito (manchas de Nagayama)

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16
Q

Qual o grupo de maior risco para rubéola?

A

Gestantes = transmissão vertical = síndrome da rubéola congênita

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17
Q

Qual a tríade da síndrome da rubéola congênita?

A

Catarata, surdez neurossensorial e cardiopatia (PCA, CIV)

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18
Q

Como é o exantema da rubéola?

A

• Surge poucos dias após o pródromo
• Maculopapular não pruriginoso (mais discreto e menos intenso que o sarampo)
• Craniocaudal
• Rápida evolução (quando surge no tronco já está sumindo na face)

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19
Q

Como é o exantema da varicela?

A

• Coexiste com o sintoma de febre
• Polimórfico e pruriginoso (inicia com máculas eritematosas que evoluem para pápulas, vesículas, pústulas e crostas)
• Distribuição craniocaudal e centrípeta

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20
Q

Condição para ocorrer síndrome da varicela congênita e sintoma mais típico?

A

Condição: mãe contaminada até 20ª semana de gestação

Sintoma típico: malformação das extremidades

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21
Q

É necessário prevenção pós-exposição na varicela?

A

Indicado apenas em indivíduos imunocompetentes > 9 meses até 120 hrs após a exposição

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22
Q

Como é o exantema do exantema súbito?

A

• Surge subitamente após a cessação abrupta da febre
• Maculopapular
• Centrífugo (se inicia no tronco e se dissemina para cabeça e membros)
• Curtíssima duração

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23
Q

Como é o exantema do eritema infeccioso?

A

• Maculopapular
• Craniocaudal
• Fácies de palhaço ou esbofeteada
• Aspecto rendilhado
• Pode reaparecer após exposição ao sol ou exercício

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24
Q

Escarlatina é uma complicação de qual patologia?

A

Faringoamigdalite estreptocócica por cepas produtoras de toxina eritrogênica

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25
Q

Como é o exantema da escarlatina?

A

• Aspecto eritematoso e áspero (“lixa”)
• Pruriginoso
• Inicia no tronco e evolui para face e membros
• Sinal de Filatov
• Sinal de Pastia
• Língua em framboesa

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26
Q

Como é o exantema da mononucleose infecciosa?

A

O exantema só aparece em 10% dos casos e está associado ao uso de amoxicilina ou ampicilina (maculopapular eritematoso disseminado)

OBS: o uso de amoxicilina é devido à faringite típica da mononucleose que pode ser confundida com quadro bacteriano

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27
Q

Qual é o aspecto típico da mononucleose no exame de sangue?

A

Linfocitose atípica

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28
Q

Qual a diferença de gripe e resfriado comum?

A

Gripe = influenza (sintomas sistêmicos > sintomas respiratórios superiores)

Resfriado = adenovírus, coxsackie, coronavírus (sintomas respiratórios superiores > sintomas sistêmicos)

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29
Q

Qual o critério diagnóstico de síndrome gripal?

A

Na ausência de outro diagnóstico:

Presença de febre súbita associada a tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia

OBS: a associação de tosse e febre é uma boa forma de diferenciar síndrome gripal de outras infecções virais

Crianças menores de 2 anos: febre súbita + sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal)

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30
Q

Qual a complicação da síndrome gripal?

A

Síndrome respiratória aguda grave (SRAG)

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31
Q

Qual a conduta na SRAG?

A

Notificar e internar!!

Terapia antibacteriana associada ao Osentamivir até a identificação do agente causal + hidratação venosa e oxigenação

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32
Q

Quais os critérios diagnósticos de rinossinusite aguda?

A

Presença de 2 ou mais dos seguintes sintomas:

• Obstrução nasal
• Descarga nasal (gotejamento nasal)
• Dor ou pressão facial
• Redução ou perda do olfato

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33
Q

Como caracterizar uma RSA bacteriana?

A

• Permanência de sintomas após 10 dias
• Piora da evolução dos sintomas
• Febre após melhora inicial
• Febre após 3 dias consecutivos e secreção mucopurulenta

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34
Q

Quais os tipos de RSA?

A

• RSA viral (mais comum)
• RSA bacteriana
• RSA pós-viral

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35
Q

Quando é indicada a realização de TC de seios da face na RSA?

A

Quando houver suspeita de complicações (orbitarias ou abscessos intracranianos) OU falha terapêutica

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36
Q

O que pode auxiliar o tratamento da RSA pós-viral?

A

Corticoides tópicos

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37
Q

Qual o tratamento da RSA bacteriana?

A

Amoxicilina/clavulonato 50 mg/kg/dia por 10 dias (evitar amoxicilina = H. influenzae produtor de beta-lactamase)

Se alergia: cefalosporinas de 2ºG ou quinolonas respiratórias (macrolídeos não tem cobertura para H. Influenzae)

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38
Q

Quais os principais patógenos na RSA bacteriana?

A

Pneumococo, H. Influenzae e Moraxella catharrhalis

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39
Q

Quais os tipos de faringoamigdalites e a faixa etária predominante?

A

Virais = crianças menores de 2 anos
Bacterianas = crianças entre 3 e 15 anos (proteção IgG materna nos primeiros anos)

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40
Q

Qual agente causador da faringoamigdalite bacteriana?

A

Streptococcus beta hemolítico do grupo A (S. pyogenes)

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41
Q

Qual a diferença do quadro gripal e bacteriano na faringoamigdalite?

A

Viral = exsudato na faringe e tonsilas + dor de garganta, mialgia, obstrução nasal, espirros e sintomas de TGI

Bacteriana = exsudato purulento nas amígdalas + dor de garganta e febre alta (ausência de sintomas gripais)

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42
Q

Quais as possíveis complicações da faringoamigdalite estreptocócica?

A

• Febre reumática
• Glomerulonefrite aguda
• Escarlatina

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43
Q

Qual escore prediz a conduta na faringoamigdalite?

A

Escore de Centor

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44
Q

Qual tratamento de escolha para faringoamigdalite bacteriana?

A

Penicilina G benzatina 600.000 UI se < 20 kg ou 1.200.000 UI se > 20 kg

Se alergia, utilizar macrolídeos

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45
Q

Quais são os agentes etiológicos OMA?

A

Pneumococo, H. Influenzae e M. catharralis

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46
Q

Por que a OMA é típica da infância?

A

Crianças tem a tuba auditiva horizontalizada (dificulta a drenagem)

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47
Q

Quais os critérios para diagnóstico clínico de OMA?

A

Pelo menos 1 dos 3 critérios:

• Abaulamento moderado ou severo da MT à otoscopia
• Presença de otorreia não atribuível à otite externa
• Abaulamento leve da MT mais:
- início recente de otalgia
- hiperemia da membrana timpânica

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48
Q

Quais crianças com OMA deverão ser tratadas com antibiótico?

A

• Crianças < 6 meses (10 dias)
• Crianças entre 6 meses e 2 anos com presença de sinais de alarme (10 dias)
• Crianças > 2 anos se sinais de alarme (5-7 dias)

Sinais de alarme: otorreia, otalgia > 48 hrs, febre > 39ºC, OMA bilateral (se menor de 2 anos)

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49
Q

Quais os critérios de internação na OMA?

A

• Mastoidite
• Meningite
• Abscesso cerebral

50
Q

Qual antibiótico de escolha na OMA?

A

Amoxicilina dose alta de 90 mg/kg/dia em casos simples ou amox/clavulonato 90 mg/kg/dia se conjuntivite purulenta ou uso de amoxicilina nos últimos 30 dias

Se alergia, utilizar cefalosporinas de 2ºG (macrolídeos não tem cobertura para H. Influenzae)

51
Q

Quais os patógenos associados com PAC bacteriana?

A

Pneumococo, H. Influenzae, M. Catharralis e atípicos (Mycoplasma, Chlamydophila e Legionella)

52
Q

Qual o principal fator de risco para infecção por patógenos atípicos?

A

Comorbidades (geralmente apresentam infecções mistas com envolvimento de germe atípico)

53
Q

Como é feito o diagnóstico dê PAC?

A

Achados clínicos + confirmação pelo Rx de tórax PA e perfil (consolidações)

54
Q

Paciente internado com suspeita de pneumonia, mas Rx normal. Qual a conduta?

A

Iniciar antibiótico empírico e repetir o Rx em 24 a 48 hrs OU realizar TC

55
Q

Quais os padrões radiológicos típicos de pneumonia?

A

Pneumonia lobar e broncopneumonia

56
Q

Para quais pacientes com PAC está indicado a cultura do escarro?

A

Pacientes com PAC grave (internados em UTI) ou não responsivos à terapia inicial

57
Q

Quais os critérios do CURB-65?

A

Confusão mental
Ureia > 50 mg/dL
Frequência respiratória > 30
PAS < 90/60
Idade > 65 anos

0-1 ponto: ambulatorial
2 pontos: internação em enfermaria
3+ pontos: internação em UTI

58
Q

Qual a principal limitação do CURB-65?

A

Não considerar a presença de comorbidades

59
Q

Qual tratamento de escolha para PAC em seguimento ambulatorial?

A

• Sem fator de risco = amoxicilina ou amox/clav ou macrolídeo
• Com fator de risco = amox/clav + macrolídeo
• Alergia = quinolona respiratória

60
Q

Qual tratamento de escolha para PAC em seguimento em enfermaria?

A

• Cefalosporina de 3ºG ou ampicilina/sulbactam + macrolídeo
• Quinolona respiratória

61
Q

Qual tratamento de escolha para PAC em seguimento em UTI?

A

• Cefalosporina de 3ºG ou ampicilina/sulbactam + macrolídeo
• Cefalosporina de 3ºG + quinolona respiratória

62
Q

Qual critério de internação para PAC em crianças?

A

Sinais de insuficiência respiratória OU crianças < 2 meses

63
Q

Qual tratamento para PAC em crianças com seguimento ambulatorial?

A

Amoxicilina como 1º opção

Opções alternativas: amox/clav ou cefuroxima

Se alergia: cefalosporina de 2ºG ou macrolídeo

64
Q

Qual tratamento para PAC em crianças com seguimento em UTI?

A

• Crianças < 2 meses: ampicilina e aminoglicosídeo OU ampicilina e Cefalosporina de 3ºG

• Crianças entre 2 meses e 5 anos: ampicilina. Se caso muito grave iniciar oxacilina + ceftriaxona

65
Q

Qual a tríade de sinais e sintomas da asma?

A

Dispneia, tosse e sibilância

66
Q

Como é feito o diagnóstico da asma?

A

Espirometria com índice de Tiffeneau (VEF1/CVF) < 75% caracterizando doença pulmonar obstrutiva
+
aumento de 200 mL (valor absoluto) e 12% (valor relativo) do VEF1 em relação ao valor pré-broncodilatador

67
Q

Como definir a gravidade da asma?

A

Asma leve = controlada nos STEP 1 ou 2
Asma moderada = controlada no STEP 3
Asma grave = controlada nos STEPS 4 ou 5

68
Q

Qual a definição de cada STEP da GINA?

A

STEP 1 = sintomas infrequentes (menos de 2 vezes ao mês)

STEP 2 = sintomas 2+ vezes ao mês

STEP 3 = sintomas na maioria dos dias ou despertar com sintomas 1+ vez p/ semana

STEP 4 = apresentação inicial da asma com exacerbação grave

STEP 5 = asma refratária aos demais STEPS

69
Q

Como é definido o tratamento da asma?

A

No geral se baseia no uso de b2-agonista + corticoide inalatório (uso contínuo ou somente como resgate)

70
Q

O que define uma exacerbação asmática grave?

A

• Falar em palavras isoladas
• Agitação
• FR > 30
• Uso de musculatura acessória
• FC > 120
• SpO2 < 90%
• Tórax silencioso

71
Q

Qual tratamento para crise asmática leve a moderada?

A

• Salbutamol
• Prednisolona VO
• Fornecer O2 (se disponível)

OBS: se houver piora encaminhar para hospital

72
Q

Qual tratamento para exacerbação asmática grave?

A

• Salbutamol
• Prednisolona VO
• Fornecer O2
• Brometo de ipratrópio (nebulização)

OBS: sulfato de magnésio IV apenas em casos refratários após 1 hora

73
Q

Qual a dose do Salbutamol e da Prednisolona nas crises asmáticas?

A

Salbutamol 4-10 puffs 100mcg a cada 20 min na primeira hora e depois a cada 3-4 horas subsequentes (se necessário)

Prednisolona 40 mg em adultos e 1-2 mg/kg em crianças (dose máxima de 40 mg)

74
Q

O que caracteriza um teste do coraçãozinho reagente e qual a conduta?

A

• SpO2 em MSD ou MI < 89%: realizar ecocardiograma
• SpO2 entre 90 e 94% ou diferença de 4% ou mais entre MSD e MI: repetir teste após 1 hora por até 2 vezes; se persistir a alteração, realizar ecocardiograma

75
Q

Quais as contraindicações para o uso de anticoncepcionais combinados?

A

• História/risco de trombose
• Fatores de risco CV
• Enxaqueca (especialmente com aura)
• História pregressa ou familiar de câncer de mama

76
Q

Quais as contraindicações do DIU de cobre?

A

• DIP ou DST atual, recorrente ou recente
• Hemorragia vaginal inexplicada
• Câncer uterino ou cervical
• Alergia ao cobre
• Imunodeficiência

77
Q

Quais as contraindicações do DIU hormonal?

A

As mesmas do DIU de cobre

OBS: câncer de mama, cefaleia com aura e risco tromboembólico não são contraindicações

78
Q

Quais os efeitos colaterais dos anticoncepcionais orais?

A

• Dor e inchaço nos seios
• Hirsutismo e acne
• Cefaleia
• Aumento da PA
• Maior risco tromboembólico

79
Q

Quais os tipos de HPV de alto risco e de baixo risco oncogênico?

A

Baixo risco = 6 e 11
Alto risco = 16 e 18

80
Q

O uso de preservativos protege contra o HPV?

A

Apenas parcialmente, pois o contato com a mucosa descoberta pode transmitir

81
Q

Qual o local que mais se concentram as lesões malignas de colo de útero?

A

Junção escamocolunar

82
Q

Quais as apresentações clínicas do HPV?

A

Forma latente
Forma subclínica (potencial maligno)
Forma clínica (lesões benignas)

83
Q

Qual a lesão característica da forma clínica do HPV?

A

Condiloma acuminado (lesões verrucosas indolores)

84
Q

Qual a indicação do MS de realização de citológico de triagem para câncer de colo de útero?

A

A partir dos 25 anos em mulheres que já tiveram atividade sexual. Se o 1º exame for normal, repetir com 1 ano. Após o 2º exame normal consecutivo, pode-se realizar a coleta de 3 em 3 anos até os 64 anos

85
Q

Qual a conduta diante de uma LSIL?

A

Se < 25 anos: repetir a citologia em 3 anos
Se > 25 anos: repetir a citologia em 6 meses

Se o resultado subsequente manter LSIL ou apresentar outras atipias, encaminhar para colposcopia

86
Q

Qual a conduta diante de uma HSIL?

A

Encaminhar para colposcopia

87
Q

Quais as classificações das lesões vistas à biópsia da lesão de colo de útero?

A

NIC I (displasia leve)
NIC II (displasia moderada a grave)
NIC III (carcinoma in situ)

88
Q

Qual a conduta diante do diagnóstico de NIC pela biópsia?

A

NIC I = seguimento com citologia em 6 meses
NIC II/III = CAF ou Conização

89
Q

Qual indicação da vacina de HPV?

A

Meninas entre 9 e 14 anos
Meninos entre 11 e 14 anos

2 doses com intervalo de 6 meses

90
Q

Quais as características clínicas da leishmaniose visceral crônica (calazar)

A

Hepatoesplenomegalia
Pancitopenia
Hipoalbuminemia + hipergamaglobulinemia policlonal

91
Q

Quais as características clínicas da forma aguda da leishmaniose visceral?

A

Síndrome febril aguda prolongada que cursa com hepatoesplenomegalia

92
Q

Quando deve se suspeitar de leishmaniose visceral?

A

Pacientes com síndrome febril prolongada associada a hepatoesplenomegalia

93
Q

Como é feito o diagnóstico de leishmaniose visceral?

A

Triagem inicial = sorologia (ELISA)

Se positivo, confirmar o diagnóstico com pesquisa direta do parasita (aspirado de medula óssea ou aspirado esplênico)

94
Q

Qual o tratamento para leishmaniose visceral?

A

Internação!!

Anfotericina B lipossomal 3 mg/kg/dia nos dias 1-5, 14 e 21 (dose total de 21 mg/kg)

Opção alternativa: antimônio

95
Q

Qual o esquema terapêutico na DM2 para pacientes com doença CV ou renal?

A

Terapia dupla com metformina associada à iSGLT-2 ou GLP-1RA

96
Q

Como deve ser feito o monitoramento da DM2?

A

HbA1c a cada 3 meses (meta < 7%) e se necessário reajustar a terapia

97
Q

Quais classes de anti-hipertensivos são contraindicados na gestação?

A

• IECA/BRA
• Espironolactona

98
Q

Quais antidiabéticos orais são contraindicados na gestação?

A

• Metformina (relativo)
• Pioglitazona
• Sulfonilureias
• Repaglinida

99
Q

Quais antidiabéticos orais causam aumento de peso?

A

• Sulfonilureias
• Pioglitazona
• Repaglinida

100
Q

Qual vitamina deve ser monitorada no uso crônico de metformina?

A

Vitamina B12 (dosar anualmente após 4 anos de uso de metformina)

101
Q

Quais classes de antidiabéticos orais tem alta eficácia na redução glicêmica?

A

• Metformina
• Sulfonilureias
• Pioglitazona
• Repaglinida
• GLP-1RAs

102
Q

Quais classes de antidiabéticos orais tem eficácia moderada na redução glicêmica?

A

• inibidores do SGLT-2
• inibidores da DPP-IV

103
Q

Qual classe de antidiabéticos orais tem baixa eficácia na redução glicêmica?

A

Acarbose

104
Q

Qual o tempo que define uma hepatite viral aguda?

A

Até 6 meses

105
Q

Quais as fases clínicas de uma hepatite viral aguda?

A
  1. Fase prodrômica (quadro gripal)
  2. Fase ictérica
  3. Fase de convalescença
106
Q

Quais são os sintomas da fase ictérica das hepatites virais?

A

Ictéricia com ou sem acolia fecal e colúria + hepatomegalia dolorosa

A maioria dos pacientes evolui com formas anictéricas!!

107
Q

Quais as características laboratoriais das hepatites virais agudas?

A

TGO/TGP > 10x o limite superior
Bilirrubina aumentadas

Formas colestáticas: aumento de FA/GGT

Marcadores de pior prognóstico: albumina e TAP alterados

108
Q

Quais as características da hepatite A?

A

Transmissão fecal-oral
Vírus não citopático
Autolimitada (não cronifica)
Hepatite viral mais relacionada com síndrome colestática

Diagnóstico: anti-HAV IgM

Tratamento: suporte (corticoide se síndrome colestática)

109
Q

Quais as características da hepatite B aguda?

A

Transmissão parenteral, sexual e vertical
Vírus não citopático
Cronifica!! Especialmente em crianças (assintomáticas)

Diagnóstico: avaliar HBsAg, anti-HBc, HBeAg, anti-HBsAg e anti-HBe

Tratamento: apenas formas graves e/ou prolongadas
• INR > 1,5
• Icterícia e hiperbilirrubinemia > 4 semanas
• Encefalopatia

Utilizar Tenofovir ou Entecavir (antivirais)

110
Q

Qual a conduta diante de uma gestante portadora de hepatite B?

A

Indicar profilaxia com Tenefovir entre 24 e 28 semanas de gestação e continuar após 12 semanas após o parto em casos de:
• Carga viral > 200.000 UI/mL E/OU
• HBeAg reagente

111
Q

Qual a conduta diante de um RN de mãe portadora de hepatite B?

A

Imunoglobina + vacina em até 12 horas após o parto e dar sequência ao esquema vacinal habitual

O aleitamento materno não é contraindicado!!

112
Q

Qual a conduta diante de uma exposição acidental potencialmente infectante para hepatite B?

A

Profilaxia pós-exposição com imunoglobulina

113
Q

O que define uma hepatite B crônica?

A

HBsAg positivo por mais de 6 meses OU

Anti-HBc IgG positivo + anti-HBc IgM negativo

114
Q

Quais as fases da infecção crônica pelo HBV?

A

1º fase: imunotolerância (fase replicativa e doença hepática inativa)
2º fase: imunoativa (fase replicativa e doença hepática ativa)
3º fase: portador inativo (fase não replicativa e doença hepática inativa)
4º fase: reativação (fase replicativa e doença hepática ativa)

115
Q

Quando indicar tratamento para hepatite B crônica?

A

Pacientes com HBV-DNA > 2.000 UI/mL + TGP aumentado em 2 medidas consecutivas com intervalo de 3 meses

Outras indicações de tratamento:
• HBsAg reagente com idade > 30 anos
• Coinfeccão HBV-HIV, HBV-HDV ou HBV-HCV
• História familiar de CHC
• Doença hepática avançada (cirrose)
• Manifestações extra-hepáticas

Droga de escolha: Tenefovir ou Entecavir

116
Q

Quais as características da hepatite C?

A

Transmissão parenteral
Vírus não citopático
Assintomática (80% dos casos)
Cronifica na maioria dos casos

Diagnóstico: triagem pelo teste rápido anti-HCV (indica contato prévio com o vírus) e confirmação por pesquisa de HCV-RNA por técnica PCR (indica infecção presente)

Tratamento: todo paciente com HCV deve ser tratado mesmo na fase aguda

Não há indicação de profilaxia antiviral pós-exposição

117
Q

Quando indicar avaliação de grau de fibrose na hepatite B crônica?

A

Pacientes com HBV-DNA > 2.000 UI/mL e níveis persistentemente normais de TGP

Método preferencial: elastografia

A biópsia fica reservada para quando restar dúvidas mesmo após a elastografia

OBS: a presença de doença hepática avançada indica tratamento!!

118
Q

Quando indicar avaliação de fibrose hepática em paciente com hepatite C?

A

Todos os casos, pois pode orientar a escolha do tratamento

Métodos de escolha: elastografia ou biópsia

119
Q

Quais são as 2 formas de apresentação da hepatite D?

A

Coinfecção: se adquire ao mesmo tempo o HBV e o HDV (fase aguda grave mas em geral resulta na resolução espontânea)

Superinfecção: o portador crônico de HBV adquire o HDV (acarreta formas graves e progressão da doença em 70% dos casos)

120
Q

Como diferenciar sorologicamenfe uma coinfecção de uma superinfecção pelo HDV?

A

Coinfecção: HBsAg + anti-HBc IgM + anti-HDV

Superinfecção: HBsAg + anti-HBc IgG + anti-HDV