Cefaleia e Epilepsia Flashcards

1
Q

Cefaleia primária

A

Cefaleia é a própria doença
Dx pela história + exame físico
História de recorrência / sem alterações no exame físico

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2
Q

Sinais de alerta para cefaleia secundária

A
Início súbito 
Pior cefaleia já apresentada
Vômitos precedendo cefaleia
Piora progressiva subaguda (dias/ sem)
Induzida por flexão ou tosse
Pertuba o sono ou inicia logo ao acordar 
Doença sistêmica
Início após 50-55 anos 
FEbre ou inexplicáveis sinais sistêmicos
Exame neurológico anormal (sinal focal)
Dor associada com ponto doloroso local (ex. art temporal)
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3
Q

Exame de imagem na cefaleia

A

se algum sinal de alarme presente

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4
Q

Cefaleia primária - classificação

A

Enxaqueca
Tensional
Trigêmeo-autonômica
Outras

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5
Q

Enxaqueca - epidemiologia

A

10% população
Mais em mulheres
Início adolência / pico 30-50 anos
História familiar +

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6
Q

Enxaqueca - fatores precipitantes

A

Clima, estresse, álcool, alimentos, período pré-menstrual

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7
Q

Enxaqueca - dor

A

pródromos até 2d antes - irritação, fadiga, mal-estar
Fontotemporal unilateral
Pulsátil
moderada - graves
4-72h
manhã ou final da tarde
Pct prefere ambiente calmo e com pouca luz
Aura presente (20%)
Náuseas, vômitos, foto/fonofobia, osmofobia

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8
Q

Enxaqueca - tto abortivo

mais eficaz na fase precoce

A

Triptanos (escolha) -
Vasoconstritores
Analgésicos simples/ AINE altas doses - crise leve-mod
+ Plasil de vômitos

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9
Q

Enxaqueca - tto profilático

A

indicação: >=4 crises/mês
evitar fatores precipitantes
Betabloqueadores (escolha; propranolol 1°)
Antidepressivos, anti-convulsivantes, flunarizina, inibidor do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP)
Mantido 5-6meses e então retirado gradualmente

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10
Q

Tensional - epidemiologia

A

mais em mulheres
sem HMF
precipitada por estresse

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11
Q

Tensional - dor

A
bilateral, holocraniana 
opressiva 
leve-mod
30min-7d
fim da tarde
não impede atividades diárias
hiperestesia e hipertonia de musculatura pericraniana
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12
Q

Tensional - tto abortivo

A

analgésicos comuns/ AINE

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13
Q

Tensional - tto profilático

A

indicação: >=15d/mês

Tricíclico

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14
Q

Cefaleia em salvas - epidemiologia

A

mais em homens
sem HMF
precipitada por álcool

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15
Q

Cefaleia em salvas - dor

A
periorbitária unilateral 
em facadas 
insuportável 
12-180 min 
paciente muito agitado
hiperemia conjuntival, lacrimejamento, congestão nasal, sudorese facial, miose, ptose/edema palpebral
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16
Q

Cefaleia em salvas - tto abortivo

A

Triptanos (sumatriptano SC ou IN - oral não) + O2 100% (máscara)
no primeiro episódio = TC ou RM para dx diferencial

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17
Q

Cefaleia em salvas - tto profilático

A

Indicação: sempre
Verapamil (escolha)
opções: valproato, lítio, ciclo de 10d de CTC

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18
Q

Hemicrania Paroxística

A

rara
+ mulheres*
dor aguda, unilateral, periorbitária, supraorbitária, temporal
hiperemia conjuntival, lacrimejamento, congestão, nasal, sudorese, rinorreia, miose, ptose
2-30min* - >frequência de crises*
Tto crise + profilaxia = indometacina

*diferenças para cefaleia em salvas

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19
Q

Cefaleias que respondem a indometacina

A
Hemicrania 
Cefaleia primária em facada 
Cefaleia primária da tosse 
Cefaleia primária do esforço físico 
Cefaleia primária associada a atividade sexual 
Cefaleia hípnica
Cefaleia numular
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20
Q

Cefaleia diária crônica

A

qualquer cefaleia que dure >=15d/mês

tto direcionado para o tipo de cefaleia

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21
Q

cefaleia atribuída ao AVEi

A

início súbito
associada a sinal neurológico focal
+ território vertebrobasilar

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22
Q

cefaleia atribuída ao AVEh intraparenquimatoso

A

súbita
associada a sinais neurológicos focais e/ou RNC
mais comum e mais forte que no AVEi

23
Q

cefaleia atribuída ao AVEh HSA

A

explosiva e súbita

dx TC crânio sem contraste –> punção lombar (xantocromia - 100% casos)

24
Q

cefaleia atribuída a arterite temporal

A

idosos
dor em região temporal unilateral
sinais inflamatórios - febre / anemia / aumento VHS / PCR
complicação - perda da visão
claudicação de mandíbula
dx - padrão outro é a bx artéria temporal
tto - CTC (melhora expressiva nos 3 primeiros dias)

25
Q

cefaleia atribuída a HIC idiopática (benigna / pseudotumor cerebral)

A

mulher obesa
pressão liquórica >25cmH20 com exame citoquímico normal e sem evidências de causa secundária
sinais exame físico: papiledema, perda campo visual, paralisia VI par
tto: perda peso em obesos, medicamentos (acetazolamida - escolha, topiramato, furosemida

26
Q

cefaleia pós punção dural (lombar)

A

fístula na dura-máter
dor frontal ou occipital, pior em posição supina, melhora com decúbito
tto: inicial repouso em decúbito, cabeceira baixa e analgésicos (com ou sem cafeína); refratário - blood patch

27
Q

neuralgia do trigêmeo

A

dor unilateral (mandibular e maxilar), em choque, curta duração, recorrente, em 1 ou + territórios do trigêmeo
idosos
compressão vascular da raiz trigeminal
dx - clínico; RM para determinar causa secundária
tto - escolha Carbamazepina; oxacarbamazepina, baclofeno, lamotrigina

28
Q

epilepsia - definição

A
  1. pelo menos 2 crises não provocadas (ou reflexas) ocorrendo com intervalo superior a 24h
  2. uma crise não provocada (ou refelxa) e uma probabilidade de recorrência = ou > ao risco de recorrência geral após 2 crises não provocadas pelo próximos 10 anos (60%)
  3. dx de síndrome epiléptica
29
Q

crise epiléptica

A

ocorrência transitória de sinais e/ou sintomas secundários à atividade neuronal cerebral anormal excessiva ou síncrona

30
Q

convulsão

A
termo popular
atividade motora (tônica, clônica, mioclônica ou tônico-clônica) durante uma crise
31
Q

epilepsia resolvida

A

indivíduos que apresentaram uma síndrome epiléptica idade-dependente, e que já passaram da idade aplicável, ou àqueles que permaneceram livres de crises nos últimos 10 anos, sem medicação antiepiléptica nos últimos 5 anos

32
Q

crises generalizadas

A

originam-se simultaneamente dos 2 hemisférios cerebrais

ex: tônico-clônica generalizada, ausência, clônicas, tônicas, mioclônicas, atônicas e espasmos

33
Q

crises focais

A

atividade epiléptica começa em um hemisfério cerebral
consciência pode estar preservada ou comprometida
preservada - crise focal perceptiva
comprometida - crise focal disperceptiva

34
Q

aura

A

são sintomas subjetivos (alterações visuais, dormências, disartria) sentidos pelos pacientes antes da crise

35
Q

crise jacksoniana

A

propragação dos movimentos clônicos através de partes contíguas do corpo, unilateralmente. Respresenta a extensão da atividade epiléptica para uma região progressivamente maior do córtex motor. Ocorre, por exemplo, quando a crise se inicia nos dedos e evolui para acometer todo MS

36
Q

paralisia de Todd

A

paralisia localizada durante alguns minutos a muitas horas na região acometida durante a crise

37
Q

período pós-ictal

A

é o período de transição entre o final de uma crise com perda da consciência até a recuperação total da mesma
nesse momento, o paciente se encontra confuso e pode haver sonolência, afasia, hemianopsia, dormência e paralisia de Todd
dura de segundos a horas (maioria 10-20min)

38
Q

características das crises - Ausência típica

A

crise com início súbito, interrupção das atividades em curso, olhar vazio e possivelmente em breve desvio dos olhos para cima
normalmente o paciente permanece arresponsivo quando se tenta conversar com ele
duração de segundos a meio minuto, com rápida recuperação

39
Q

características das crises - Ausência atípica

A

crise de ausência com mudança de tônus que são mais pronunciadas que na típica ou início e/ou final da crise são graduais, não ocorrendo de forma abrupta

40
Q

características das crises - Atônica

A

crise que ocorre redução ou perda súbita do tônus muscular

1-2s

41
Q

características das crises - Tônico-clônica generalizada

A

inicia com contração tônica bilateral simétrica ou assimétrica para depois evoluir com contração clônica bilateral
frequentemente associada a fenômenos autonômicos e comprometimento da percepção
Grande mal

42
Q

características das crises - Mioclono-tônico-clônica

A

começa com abalos bilaterais dos membros, seguida pelo componente tônico-clônico

43
Q

características das crises - focal evoluindo para tônico-clônica generalizada

A

incio focal, tanto motor como não motor, com ou sem comprometimento da percepção, progredindo para atividade tônico-clônica bilateral
era classificada como crise parcial com generalização secundária

44
Q

Síndromes epilépticas - Ausência infantil ou pequeno mal

A

perda total da consciência, duração 5-25s, podendo ocorrer centenas de vezes ao dia
pode ser acompanhada de componente motor, autonômico e automatismos
Desencadeada por hiperventilação, estressei hipoglicemia
EEG complexo ponta-onda 3Hz
Sem pós ictal

45
Q

Síndromes epilépticas - Epilepsia mioclônica juvenil (sd de Janz)

A

crises mioclônicas principalmente ao despertar e geralmente desencadeadas por privação do sono
consciência pode estar preservada
frequentemente evoluem com com tônico-clônicas após as mioclonias (mioclônico-tônico-clônicas)
também pode haver crises de ausência
EEG- atividade complexos ponta-onda >3Hz (4-6)
Não usar carbamazepina - piora as crises

46
Q

Síndromes epilépticas - Epilepsia do lobo temporal

A

crise focal + comum do adulto
o foco epiléptico mais comum é em região mesial temporal (hipocampo, amigdala e giro para-hipocampal)
causa mais comum - esclerose hipocampal
crises focais disperceptivas recorrentes (30s-2min) - ausência mais prolongada
presença de aura é comum
pós-ictal de alguns minutos

47
Q

Epilepsia - dx

A

EEG + neuroimagem (preferencialmente RM)

48
Q

Epilepsia - medicamentos de 1ª linha para

A

Ausência infantil: etossuximida, valproato, lamotrigina
Tônico-clônica generalizada: valproato, lamotrigina, topiramato
Focal: carbamazepina, lamotrigina, oxcarbamazepina, fenitoína, levetiracetam
Ausência atípica, mioclônica e atônica: ácido valproico e topiramato

49
Q

como tratar status epilepticus

A
  1. diazepam ou lorazepam EV
  2. repetir dose
  3. fenitoína - repetir dose
    4, anestesia com midazolam, propofol ou pentobarbital
  4. fenobarbital
50
Q

convulsão febril

A

6m-5anos
características clássicas: febre alta e/ou aumenta rapidamente, <10 min, convulsão generalizada (pp tônico-clônico ou apenas clônica), pós-ictal com alteração de consciência
30-50% crises se repetem e o risco de epilepsia futura é mais alto apenas nas crianças com sinais de alarme
tto - acalmar os pais e tratar causa da febre. BZD nas crises. sem indicação de tto profilático com anticonvulsivantes

51
Q

Status epilépticos - definição

A

> =5 min

2 crises sem recuperação da consciência entre elas

52
Q

Crise febril

Indicação de punção lombar

A

<6 meses
Suspeita de meningite
6m-1a não vacinadas para haemophilus ou meningococo
Paciente em uso de atb que tem febre e crise

53
Q

Cefaleia trigemino-autonômica
SUNCT/SUNA
TTO ABORTIVO

A

Lidocaína EV