Caso 6: Sífilis, toxoplasmose e HIV Flashcards

1
Q

SIFILIS
agente etiologico
transmissão

A

Treponema pallidum,
subespécie pallidum. Sua transmissão se dá principalmente por contato sexual;
contudo, pode ocorrer transmissão vertical para o feto durante a gestação de uma
mulher com sífilis não tratada ou tratada de forma não adequada

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2
Q

SIFILIS
Na gestação, a sífilis pode apresentar consequências severas, como 4

A

abortamento,
prematuridade, natimortalidade, manifestações congênitas precoces ou tardias e/ou
morte do recém-nascido (RN).

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3
Q

SIFILIS
qual estágio de maior transmissibilidade? porque

A

A transmissibilidade da sífilis é maior nos estágios iniciais (sífilis primária e
secundária), diminuindo gradualmente com o passar do tempo (sífilis latente recente/
tardia). Ressalta-se que, no primeiro ano de latência, 25% dos pacientes apresentam
recrudescimento do secundarismo e, portanto, pode haver a transmissão.

Essa maior
transmissibilidade explica-se pela riqueza de treponemas nas lesões, comuns na
sífilis primária (cancro duro) e secundária (lesões mucocutâneas). As espiroquetas
penetram diretamente nas membranas mucosas ou entram por abrasões na pele (4).
Essas lesões se tornam raras ou inexistentes a partir do segundo ano da doença

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4
Q

SIFILIS
qual taxa de transmissão vertical
como pode ocorrer a transmissão vertical

A

Em gestantes, a taxa de transmissão vertical de sífilis para o feto é de até 80%
intraútero.

Essa forma de transmissão pode ocorrer, ainda, durante o parto vaginal, se
a mãe apresentar alguma lesão sifilítica.

A infecção fetal é influenciada pelo estágio da
doença na mãe (sendo maior nos estágios primário e secundário) e pelo tempo durante
o qual o feto foi exposto. Até 50% das gestações em mulheres com sífilis não tratada
terão desfechos gestacionais adversos, entre deles morte in utero, parto pré-termo,
baixo peso ao nascer ou morte neonatal

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5
Q

SIFILIS
classificação
recente e tardia

A

› Sífilis recente (primária, secundária e latente recente): até um ano de
evolução; e
› Sífilis tardia (latente tardia e terciária): mais de um ano de evolução.

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6
Q

SIFILIS
característica da sifilis primária
- qual tempo de incubação
- primeira manifestação
- acompanhada de
- duração

A

o tempo de incubação é de dez a 90 dias (média de três semanas)
. A primeira manifestação é caracterizada por uma
úlcera rica em treponemas, geralmente
única e indolor, com borda bem definida e regular, base endurecida e fundo limpo, que
surge no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca,
ou outros locais do tegumento), sendo denominada “cancro duro”.

A lesão primária é
acompanhada de linfadenopatia regional (acometendo linfonodos localizados próximos
ao cancro duro).

Sua duração pode variar muito, em geral de três a oito semanas, e seu
desaparecimento independe de tratamento.
Pode não ser notada ou valorizada pelo
paciente. Embora menos frequente, em alguns casos a lesão primária pode ser múltipla.

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7
Q

SIFILIS
característica da sifilis secundária
- duração
-caracteristca das lesões inicialmente

A

ocorre em média entre seis semanas e seis meses após a
cicatrização do cancro, ainda que manifestações iniciais, recorrentes ou subentrantes
do secundarismo possam surgir em um período de até um ano. Excepcionalmente,
as lesões podem ocorrer em concomitância com a manifestação primária. As
manifestações são muito variáveis, mas tendem a seguir uma cronologia própria

Inicialmente, apresenta-se uma erupção macular eritematosa pouco visível
(roséola), principalmente no tronco e na raiz dos membros. Nessa fase, são
comuns as placas mucosas, assim como lesões acinzentadas e pouco visíveis nas
mucosas. As lesões cutâneas progridem para lesões mais evidentes, papulosas, eritemato-acastanhadas, que podem atingir todo o tegumento, sendo frequentes
nos genitais. Habitualmente, atingem a região plantar e palmar, com um colarinho de
escamação característico, em geral não pruriginoso

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8
Q

SIFILIS
característica da sifilis secundária
- característica das lesões mais adiante
- são achados eventuais 2
-o secundarismo é acompanhado de

A

Mais adiante, podem ser identificados condilomas planos nas dobras mucosas,
especialmente na área anogenital. Estas são lesões úmidas e vegetantes
frequentemente confundidas com as verrugas anogenitais causadas pelo HPV.

Alopecia
em clareira e madarose são achados eventuais.

O secundarismo é acompanhado de
micropoliadenopatia, sendo característica a identificação dos gânglios epitrocleares.
São comuns sintomas inespecíficos como febre baixa, mal-estar, cefaleia e adinamia

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9
Q

SIFILIS
característica da sifilis secundária
- característica importante da sintomatologia nessa fase
- tem se tornado mais frequentes 2
- pode acomapnhar essa fase

A

A sintomatologia desaparece em algumas semanas, independentemente de
tratamento, trazendo a falsa impressão de cura. Atualmente, têm-se tornado mais
frequentes os quadros oculares, especialmente uveítes.
A neurossífilis meningovascular,
com acometimento dos pares cranianos, além de quadros meníngeos e isquêmicos,
pode acompanhar essa fase, contrariando a ideia de que a doença neurológica é
exclusiva de sífilis tardia. Há que se considerar esse diagnóstico especialmente, mas
não exclusivamente, em pacientes com imunodepressão.

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10
Q

SIFILIS
características da sifilis latente
- sintomas
- diagnóstico faz-se exclusivamente pela
- latente recente e latente tardia

A

período em que não se observa nenhum sinal ou sintoma.
O
diagnóstico faz-se exclusivamente pela reatividade dos testes treponêmicos e não
treponêmicos. A maioria dos diagnósticos ocorre nesse estágio.
A sífilis latente é
dividida em latente recente (até um ano de infecção) e latente tardia (mais de um ano
de infecção). Aproximadamente 25% dos pacientes não tratados intercalam lesões de
secundarismo com períodos de latência.

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11
Q

SIFILIS
características da sifilis terciária
- inflamação causada pela sífilis nesse estágio provoca
- é comum 2
- formação de

A

ocorre aproximadamente em 15% a 25% das infecções não tratadas,
após um período variável de latência, podendo surgir entre entre um e 40 anos depois
do início da infecção. A inflamação causada pela sífilis nesse estágio provoca destruição
tecidual. É comum o acometimento do sistema nervoso e do sistema cardiovascular.
Além disso, verifica-se a formação de gomas sifilíticas (tumorações com tendência
a liquefação) na pele, mucosas, ossos ou qualquer tecido. As lesões podem causar
desfiguração, incapacidade e até morte

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12
Q

SIFILIS - diagnóstico
o que são os exames diretos

A

Os exames diretos são aqueles em que se realiza a pesquisa ou detecção do T. pallidum
em amostras coletadas diretamente das lesões

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13
Q

sífilis
definição, agente etiológico

A

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela
bactéria (espiroqueta) Treponema pallidum.

frequente, com potencial acometimento grave
do feto e do recém-nascido, se ocorrer a transmissão congênita

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14
Q

sífilis
meios de transmissão para feto: 2

A

transmissão mucocutânea de lesões com presença
do agente (fases primária e secundária), ou passagem transplacentária, por via
hematogênica, para o feto

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15
Q

sífilis
quadro clínico na gestante
qual padrão visto?

A

períodos de atividade com manifestação
clínica, intercalados com períodos de latência, com infecção assintomática

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16
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
sífilis primária
quando?

A

2 a 6 sem após contágio
Cancro duro: úlcera genital de bordas elevadas, fundo limpo e não dolorosa, geralmente
na área de inoculação do agente (mucosas genital, anal ou oral)> cicatriza com 3 a 6 sem

Linfonodos regionais.

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17
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
sífilis Secundária
quando?

A

45-60 dias após cranco
rash máculo-papular com lesões generalizadas, inclusive em palma da mão e planta
dos pés, decorrentes de reação inflamatória provocada pelas espiroquetas
disseminadas por via hematogênica.

Podem ocorrer mal-estar geral, febre baixa, cefaleia e linfadenopatia generalizada, além de lesões mucosas em
região oral e genital, condiloma plano, alopecia

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18
Q

qual duração das lesões da fase primária e secundária?

A

autolimitadas, desaparecem independente do tratamento

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19
Q

manifestações clínicas
fase latente
quando

A

assintomática
é o período que vai do desaparecimento das
lesões do secundarismo até a ocorrência de lesões da fase terciária

fase latente recente (até
um ano de infecção) e tardia (doença com mais de um ano de duração), e o
diagnóstico só por exames sorológicos

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20
Q

manifestações clínicas
sífilis terciária
(4 áreas principais)

A

acontece em 15 a 25% dos não tratados, após latência, até 40 anos depois do inicio da infeccção
Cutâneas: lesões gomosas e nodulares, caráter destrutivo
Ósseas: perioistite, osteíte gomosa
Cardiovasculares: estenose de coronárias
Neurológicas: meningite, gomas do cérebro ou da medula

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21
Q

sífilis transmissão vertical
qual principal forma?
qual período mais ocorre transmissão?

A

A principal via de transmissão é a transplacentária, embora a transmissão
intraparto, por meio do contato com a região genital contaminada, também
seja possível.

Os períodos da doença nos quais ocorre maior transmissão são as fases com lesões primária, secundária e a fase latente recente, já que nessas
fases ocorre uma intensa replicação e disseminação do agente

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22
Q

sífilis
Quanto mais avançada a gestação, maior a
probabilidade de x decorrente da maior permeabilidade da
barreira placentária

A

x= infecção congênita

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23
Q

sífilis
rastreio
confere imunidade?

A

sífilis não confere imunidade, pode ser
readquirida na mesma gestação se parceiros estiverem contaminados e não
tratados

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24
Q

sífilis
diagnóstico
quando deve ser realizado o rastreio? 3

A

teste rápido na primeira consulta de pré-natal,
no início do terceiro trimestre e na admissão para parto ou aborto

*Devem-se
considerar repetições mais frequentes em situação de exposição ou pacientes
de alto risco

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25
sífilis qual o exame padrão ouro para diagnóstico em pacientes com doença sintomática recente, especialmente na presença da fase primária? qual limitação?
A identificação do treponema pela pesquisa microscópica em campo escuro (é um teste direto) essa prova laboratorial não pode ser usada em lesões orais e anais, pois não diferencia de outros treponemas que, eventualmente, podem ser encontrados
26
sífilis diagnostico defina o que é um teste direto e exemplos
testes em que pesquisa de T pallidum é por amostras coletadas diretamente da lesão ex.: exame em campo escuro pesquisa direta com material corado
27
sífilis testes sorológicos treponêmicos São baseados na detecção de anticorpos específicos contra antígenos do T. pallidum.
TPPA (treponema pallidum agglutination assay), TPHA (treponema pallidum haemagglutination assay), FTA-abs (fluorescent treponemal antibody absorption assay) e os vários métodos imunoenzimáticos e os testes de imunocromatografia em fita (testes rápidos). testes treponêmicos confirmam diagnóstico
28
sífilis testes sorológicos não treponêmicos: 3
VDRL (venereal disease research laboratory), o RPR (rapid plasma reagin) e o TRUST (toluidine red unheated serum test) são testes não treponêmicos reatividade desses testes pode ocorrer ao redor da 4a semana da infecção. A sensibilidade na fase primária: +- 75% e alcança 100% no secundarismo
29
sífilis diagnóstico qual tipo de teste é mais sensível?
EM geral, os testes treponêmicos são mais sensíveis e específicos que os não treponêmicos em todos os estágios da sífilis, e falso positivos são infrequentes. Os testes treponêmicos confirmam o diagnóstico da doença. Entretanto, mesmo após tratamento adequado, eles não negativam
30
sífilis diagnóstico vantagens e desvantagens testes não treponêmicos
baratos, de fácil execução e amplamente disponíveis, têm menor sensibilidade nas fases primária e terciária da doença, podem apresentar resultados falso-positivos> falsa positividade ocorre, entretanto, com títulos geralmente baixos (≤1/4) e deve ser considerada situação de exceção durante a gravidez. testes não treponêmicos devem ser o padrão de seguimento após tratamento, buscando-se observar os títulos decaindo ou negativando,
31
sifilis diagnostico quando o teste não treponemico reage? como os titulos estão em fases tardias da doenças
1 a 3 sem após aparecimento de cranco duro infecção detectada em fase tardia fica com título baixos (<= 1:4)
32
sífilis tratamento qual medicação? dose varia com estágio da doença (ver se precisa saber)
penicilina G e, realizado no primeiro trimestre, previne a infecção fetal, já que a transmissão transplacentária em idades gestacionais precoces é bem reduzida, e o feto ainda não terá desenvolvido a reação inflamatória ao T. pallidum, que causa as lesões. tratar parceiro e usar preservativo pq pode ser reinfectado
33
sífilis precisa fazer algum exame após tratamento?
VDRL mensal após tratamento, para acompanhamento da queda dos títulos, que varia a depender do estágio da doença materna e do momento do tratamento na gestação.
34
sífilis falha na queda das titulações sugere o que? intervalo entre tratamento e parto para considerar efetivo
neurossífilis, deve ser realizada investigação o tratamento materno só será adequado para prevenção da infecção congênita se realizado e iniciado até 30 dias antes do parto
35
sífilis tratamento em caso de alergia a penicilina?
recomendação clássica é a de dessensibilização e tratamento com penicilina em ambiente hospitalar penicilina é único antibiótico adequado para o tratamento da sífilis em gestantes.
36
sífilis o que define resposta adequada ao tratamento:
queda de duas diluições dos testes não treponêmicos em três meses, ou de quatro diluições em seis meses após a conclusão do tratamento (exemplo: prétratamento 1:64 e, em três meses, 1:16 ou, em seis meses, 1:4).
37
sífilis o que é cicatriz sorológica?
persistência de resultados reagentes em testes não treponêmicos com títulos baixos (1:1 a 1:4) durante um ano após o tratamento, quando descartada nova exposição de risco durante o período analisado
38
sífilis Critérios para retratamento da gestante 3
* Não redução da titulação em duas diluições (exemplo: de 1:32 para 1:8, ou de 1:128 para 1:32) no intervalo de 6 meses (sífilis recente) ou 12 meses (sífilis tardia) após o tratamento adequado. * Aumento da titulação em duas diluições (exemplo: de 1:16 para 1:64, ou de 1:4 para 1:16) em qualquer momento do seguimento. * Persistência ou recorrência de sinais e sintomas em qualquer momento do seguimento --ausência de diminuição em duas diluições em três meses pode ocorrer devido à reposta imunológica lenta e não significa, necessariamente, falha terapêutica --importante realizar um VDRL imediatamente antes do início da medicação para se ter certeza do título inicial
39
sífilis Definição de tratamento adequado na gestação inclui: 6
* Administração de penicilina benzatina. * Início do tratamento até 30 dias antes do parto. * Esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico. * Respeito ao intervalo recomendado entre as doses. * Avaliação quanto ao risco de reinfecção. * Documentação de queda do título do teste não treponêmico em pelo menos duas diluições em três meses, ou de quatro diluições em seis meses após a conclusão do tratamento (resposta imunológica adequada).
40
toxoplasmose definição, etiologia
A toxoplasmose é uma infecção causada pelo protozoário intracelular obrigatório denominado Toxoplasma gondii, cujo hospedeiro definitivo é o gato.
41
TOXOPLASMOSE como ocorre a transmissão para hospedeiros intermediários O ciclo vital do T. gondii e a forma como este parasita pode contaminar a gestante e o feto estão ilustrados na Figura 1.
A transmissão do T. gondii para os hospedeiros intermediários ocorre através do contato com terra ou areia e ingestão de alimentos que tenham sido contaminados pelos oocistos depositados no meio ambiente, como frutas ou vegetais mal lavados. A contaminação por oocistos pode também ocorrer por meio do consumo de água contaminada, jardinagem realizada sem luvas, contato íntimo com gatos contaminados e com indivíduos sujos de terra ou areia. Além disso, pode haver contaminação por meio da ingestão de carnes cruas ou malcozidas, as quais podem conter cistos teciduais contaminantes. Peixes e crustáceos também podem albergar temporariamente o T. gondii, quando vivem em águas contaminadas. Esses dados explicam a razão pela qual o consumo de carne de qualquer tipo crua ou com pouca cocção pode resultar em contaminação de outros indivíduos.
42
TOXOPLASMOSE A taxa de transmissão vertical do T. gondii é X proporcional à idade gestacional, enquanto a morbimortalidade fetal é Y proporcional ao tempo de gestação no momento da infecção aguda. N
X: diretamente Y: inversamente
43
TOXOPLASMOSE epidemiologia de infecção do feto
No primeiro trimestre, de 15 a 20% dos fetos serão contaminados, chegando a de 25 a 30% no segundo trimestre e de 50 a 90% no terceiro trimestre. No entanto, o risco de fenômenos disruptivos fetais é menor quanto mais avançada for a gestação, ou seja, de 60 a 80% no primeiro trimestre, de 30 a 50% no segundo trimestre e de 10 a 20% no terceiro trimestre.
44
TOXOPLASMOSE quais manifestações maternas 5 ocasionando a síndrome na gestação pode ocasionar 3
A infecção é assintomática na maioria dos casos (> 90%). Nos casos sintomáticos, pode ocorrer linfadenomegalia associada a sintomas inespecíficos de astenia, cefaleia, mialgia e febre, caracterizando a chamada síndrome “mononucleose-like” (anticorpos heterófilos ausentes). Em geral, o diagnóstico de infecção aguda é um achado de rastreio sorológico. Além disso, a toxoplasmose na gestação pode ocasionar perda fetal, natimortalidade e prematuridade
45
TOXOPLASMOSE o que significa a avidez de IgG alta e baixa e o que prediz sobre a infecção
Se o teste de avidez for realizado até a 16ª semana de gestação e apontar elevado percentual de ligação de IgG ao antígeno (alta avidez), é seguro excluir infecção aguda na gestação em curso, visto que alta avidez indica que os anticorpos foram produzidos há mais de 12¬ a 16 semanas. Após 16 semanas de gestação, independentemente do resultado do teste (baixa, alta ou indeterminada), a avidez não tem autonomia para definir o tempo da infecção. A avidez de IgG baixa, associada a elevados títulos de IgM e IgG, é fortemente sugestiva de infecção adquirida na gestação. Entretanto, o valor preditivo positivo da avidez baixa apresenta limitações, sendo a avidez baixa observada em até 15% de pacientes com infecção antiga e, em alguns casos, por até um ano após a infecção aguda por T. gondii.
46
HIV- Abordagem da gestante vivendo com HIV
As gestantes diagnosticadas com HIV, a partir de qualquer metodologia de testagem, devem ser encaminhadas para o pré-natal de alto risco. No seguimento especializado, a gestante portadora do HIV deverá ser orientada a respeito da infecção e do impacto positivo do uso da terapia antirretroviral (Tarv) durante o pré-natal como principal intervenção para redução do risco da TV. Vale ressaltar a importância de investigar o HIV na parceria sexual e nos filhos anteriores, aproveitando para orientar sobre a prática de sexo seguro e sobre o uso de preservativo nas relações sexuais. Não se deve esquecer de investigar sintomas respiratórios, de infecções oportunistas e de outras infecções sexualmente transmissíveis.
47
HIV - diagnóstico quais testes utilizados
o Ministério da Saúde sugere que os serviços de saúde utilizem o fluxograma que emprega um imunoensaio de 4ª geração (IE4ªG) como teste inicial e um teste molecular complementar para amostras reagentes no teste inicial. O diagnóstico do HIV também pode ser feito com o teste rápido. Os testes rápidos têm a vantagem de não requererem estrutura laboratorial, podendo ser utilizados em regiões de difícil acesso, unidades básicas de saúde, seguimento de populações flutuantes, maternidades e prontos-socorros. Podem ser realizados por punção digital e fornecem a leitura em até 30 minutos. Devem ser feitos por equipe capacitada, e a paciente deve receber orientações antes e após o teste. MS Os testes rápidos para HIV são os métodos preferenciais para diagnóstico, pois possibilitam início precoce da terapia antirretroviral e, consequentemente, resposta virológica mais rápida. A testagem laboratorial pode ser utilizada, desde que a entrega do resultado ocorra em tempo oportuno, tendo como objetivo não apenas o início do tratamento precoce da gestante para a sua própria saúde, mas também a prevenção da transmissão vertical, que depende de uma janela de tempo
48
HIV- Momentos para oferecer testagem de HIV à gestante
pré natal: 1 consulta do pré natal idealmente no 1 trimestre da gestação e início do 3 trimestre de gestação 28 semanas Maternidade: parto/aborto e sempre que houver história de exposição de risco/violência sexual *oferecer testagem rápida também as parceiras sexuais das gestantes
49
HIV-Periodicidade de consultas
Recomenda-se um número mínimo de 6 (seis) consultas de pré-natal, sendo a primeira consulta realizada idealmente no 1º trimestre da gestação.
50
HIV- Quadro 10 – Periodicidade de realização de exames durante a gestação
Quadro 10 – Periodicidade de realização de exames durante a gestação
51
HIV- Além da rotina pré-natal habitual, acrescenta-se, para as gestantes portadoras de HIV: condutas e exames
* Provas de função renal e hepática. * Repetir trimestralmente: hemograma, provas de função renal e hepática, toxoplasmose (para as não imunes), urina 1 e urocultura. * Sorologia para hepatite A. * Sorologia para Chagas em grupos de risco. * Checar calendário vacinal, devendo acrescentar as vacinas para pneumococo, meningococo e Haemophilus, para mulheres menores que 19 anos não vacinadas previamente, e hepatite A para gestantes susceptíveis. * Pesquisa de tuberculose para pacientes sintomáticas respiratórias e em situação de risco.
52
HIV- quais vacinas acrescentadas e quais contraindicados Quadro 11 – Imunizações recomendadas em gestantes vivendo com HIV
devendo acrescentar as vacinas para pneumococo, meningococo e Haemophilus, para mulheres menores que 19 anos não vacinadas previamente, e hepatite A para gestantes susceptíveis. As vacinas virais vivas que contêm os componentes do sarampo, da rubéola, da caxumba e da febre amarela não são recomendadas na gestação A vacina da febre amarela deve ser evitada; porém, em regiões de risco elevado ou em situações de surto, poderá ser administrada, avaliando-se relação de risco-benefício, devido à alta morbimortalidade da doença, a partir do terceiro trimestre da gestação. Nessas situações, será necessária a avaliação de um especialista e a correlação com a contagem de LT-CD4+ da gestante A vacina contra o HPV não está indicada para as gestantes. No entanto, em situação de vacinação inadvertida, não se recomenda a interrupção da gestação. A gestante deve ser acompanhada durante o pré-natal e o esquema completado após o parto. Quadro 11 – Imunizações recomendadas em gestantes vivendo com HIV
53
HIV- A abordagem laboratorial do HIV tem por objetivo avaliar a condição geral de saúde da gestante e identificar o status da infecção HIV, sua situação imunológica e virológica inicial, dosando a 2 O principal fator determinante da transmissão vertical é a X A taxa de TV do HIV é inferior a 1% em gestantes em uso de Tarv que mantêm níveis de CV abaixo de Y cópias/mL, sendo ainda menor quando a CV estiver indetectável. Além disso, a CV é utilizada para monitoramento da gestante infectada pelo HIV, auxiliando na avaliação da resposta à Tarv.
carga viral (CV) e CD4 X: CV Y: 1.000
54
HIV- Para as gestantes que diagnosticam HIV na gestação ou para aquelas que já sabem ser portadoras do vírus e estão com CV detectável, devem ser solicitados, na primeira consulta: 3
carga viral, genotipagem e CD4. Indica-se a genotipagem pré-tratamento para toda gestante que vai iniciar Tarv. No entanto, não é necessário aguardar o resultado dos exames e não se deve postergar a prescrição da Tarv, principalmente em gestantes que iniciam o prénatal tardiamente. A preocupação em genotipar o HIV vem da ocorrência de transmissão de cepas resistentes a uma ou mais classes de antirretrovirais.
55
HIV Para as gestantes soropositivas e com CV indetectável, deve-se solicitar apenas
CV e CD4.
56
HIV de quanto em quantas semanas repete o CV e ate quando quando deve ser feita a ultima CV
É preciso repetir CV a cada 4 semanas até negativação e, depois disso, próximo ao parto, ao redor de 34 semanas de gestação (a última CV deve ser idealmente realizada até 4 a 5 semanas antes do parto). Além disso, deve-se solicitar CV se houver dúvidas em relação à resistência viral ou a respeito da adesão da paciente à Tarv.
57
HIV- Tratamento antirretroviral (Tarv) na gestação A Tarv está indicada para toda gestante vivendo com HIV, independentemente dos critérios clínicos e imunológicos, e não deverá ser suspensa após o parto. Na escolha da Tarv, deve-se considerar se a paciente é ou não virgem de tratamento, avaliando o histórico de medicamentos usados, falhas, genotipagem prévia, toxicidade e tolerância relatadas. Esquema inicial preferencial para 1o trimestre (até 12 semanas): Quadro 1: Esquemas de Tarv para início de tratamento em gestantes que vivem com HIV/aids
não há estudos suficientes que garantam segurança total da exposição fetal à Tarv. Deve-se pesar risco-benefício para iniciar a Tarv nesse período. Se essa for a decisão, a recomendação é o esquema associando os inibidores da transcriptase reversa nucleosídicos (ITRN) tenofovir+lamivudina (TDF+3TC) associado ao inibidor da integrase (II) dolutegravor (DTG). Sendo assim, a recomendação da dupla de ITRN segue mantida, sendo o esquema preferencial aquele com a coformulação tenofovir com lamivudina (TDF 300 mg + 3TC 300 mg) 1 comprimido (cp)/dia em associação com 50 mg de DTG 1 cp/dia
58
HIV- Tratamento antirretroviral (Tarv) na gestação quando deve ser iniciado
A TARV poderá ser iniciada na gestante antes mesmo de se terem os resultados dos exames de LT-CD4+, CV-HIV e genotipagem – principalmente nos casos de gestantes que iniciam tardiamente o acompanhamento pré-natal, com o objetivo de alcançar a supressão viral o quanto antes. Recomenda-se iniciar TARV o mais rápido possível e abordar junto à GVHIV a relação risco-benefício e a necessidade de boa adesão.
59
HIV tratamento Paciente com HIV que engravidam em uso de Tarv contraindicações ao DTG dolutegravir se uso concomitante com anticonvulsivantes 3
Pacientes estáveis, com boa tolerância ao esquema e bons controles virológicos e imunológicos, avaliados pelas dosagens de CV e CD4 respectivamente, devem manter, preferencialmente, o esquema já iniciado antes da gestação, inclusive se nesse esquema estiver incluído o DTG. oxicarbamazepina, dofetilda ou pilsicainida
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Profilaxia de infecções oportunistas na gestante que vive com HIV/aids Profilaxia primária: definição cd4 menor que 200 células/mm3
visa evitar o desenvolvimento de infecções oportunistas, baseando-se no valor do CD4. e sulfametoxazol-trimetoprim (SMX-TMP) na profilaxia de pneumocitose e toxoplasmose se CD4 for menor que 200 células/mm3.
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Profilaxia de infecções oportunistas na gestante que vive com HIV/aids Profilaxia primária cd4 menor que 350
Uso de izoniazida se CD4 for menor que 350 células/mm3 > tuberculose (TB) é a principal causa de óbito em pacientes que vivem com HIV usa sulfametoxazol-trimetoprim tb? confirmar
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Profilaxia de infecções oportunistas na gestante que vive com HIV/aids Profilaxia primária CD4 for menor que 50 células/mm3
Uso de azitromicina se CD4 for menor que 50 células/mm3 para o complexo Mycobacterium avium.
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Profilaxia de infecções oportunistas na gestante que vive com HIV/aids Profilaxia secundária objetivo? doses subterapêuticas na tentativa de impedir recidivas de: 6
o objetivo evitar a recidiva de infecções oportunistas que já tenham recebido tratamento completo * Pneumocystis jiroveci: SMX-TMP * Toxoplasma gondii: sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico * Complexo Mycobacterium avium: claritromicina + etambutol * Cryptococcus sp.: fluconazol * Isospora belli: SMX-TMP * Histoplasmose (doença disseminada ou infecção do SNC): itraconazol
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Manejo obstétrico e vias de parto na gestante vivendo com HIV - Pacientes com CV desconhecida ou maior que 1.000 cópias/mL -Para gestantes em uso de antirretrovirais e com supressão da CV sustentada, ou pelo menos CV menor que 1.000 cópias/ mL -Se não houver outra indicação para a via alta, além da infecção HIV
Pacientes com CV desconhecida ou maior que 1.000 cópias/mL devem, na 34a semana de gestação, ter a cesárea eletiva indicada com 38 semanas, pois essa medida reduz o risco de TV do HIV. Para gestantes em uso de antirretrovirais e com supressão da CV sustentada, ou pelo menos CV menor que 1.000 cópias/ mL, a via de parto é obstétrica. Se não houver outra indicação para a via alta, além da infecção HIV, o parto vaginal deve ser realizado, pois a cesárea com CV menor que 1.000 cópias/mL não muda o risco de TV
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Manejo obstétrico e vias de parto na gestante vivendo com HIV Gestantes com CV menor que 1.000 cópias/mL, mas ainda com valores detectáveis, devem receber
Gestantes com CV menor que 1.000 cópias/mL, mas ainda com valores detectáveis, devem receber zidovudina (AZT) por via endovenosa (EV) 2 mg/kg no início do trabalho de parto e, depois, 1 mg/kg de hora em hora, em infusão contínua, até o clampeamento do cordão.
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Manejo obstétrico e vias de parto na gestante vivendo com HIV - uso de AZT zidovudina injetável - não é necessário AZT EV em
. O AZT injetável também deve ser administrado, pelo menos por três horas, antes da cesariana eletiva indicada pela alta CV Não é necessário uso de AZT EV naquelas gestantes que apresentem CV indetectável após 34 semanas de gestação e que estejam em Tarv com boa adesão. Entretanto, independentemente da CV, se houver história de má adesão à Tarv, a equipe de assistência pode eleger ou não o uso do AZT intraparto EV.
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Manejo obstétrico e vias de parto na gestante vivendo com HIV As comorbidades obstétricas que surgirem durante o pré-natal, como hipertensão ou diabetes gestacional, devem ser manejadas como em gestantes não infectadas pelo HIV. Cuidado especial deve ser dado ao diagnóstico diferencial entre comorbidades que alterem as enzimas hepáticas relacionadas à gravidez (pré-eclâmpsia, síndrome HELLP, colestase ou insuficiência hepáticas) e distúrbios associados ao uso da Tarv. - TARV em relação a comorbidades 2
A Tarv que inclui inibidores da protease pode levar a hiperglicemia e dislipidemias.
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Manejo obstétrico e vias de parto na gestante vivendo com HIV As condições obstétricas que merecem atenção em gestantes e/ou puérperas vivendo com HIV são: 4
* Sepse puerperal: risco maior de três vezes quando comparadas a mulheres não infectadas pelo HIV. * Hemorragia pós-parto: no tratamento dessa intercorrência, não utilizar derivado da ergotamina se a paciente fizer uso de IP, pois essa associação está relacionada a respostas vasoconstrictoras exageradas e risco de graves isquemias centrais e periféricas. * Hiperemese gravídica: não utilizar metoclopramida pelo maior risco de liberação do sistema extrapiramidal quando em associação com os ARV. Além disso, a hiperemese pode alterar a biodisponibilidade e predispor à falha virológica. Avaliar CV nessas pacientes. * Corioamniorrexe prematura (CP) e trabalho de parto pré-termo (TPPT) são condições associadas a maior risco de TV do HIV.
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Manejo obstétrico e vias de parto na gestante vivendo com HIV Na mulher em trabalho de parto e CP, é preciso avaliar as condições de evolução do trabalho de parto e o risco de complicações. -. Frente à previsão de um parto demorado ou distócico, mesmo que a CV seja menor que 1.000 cópias/ mL, deve-se considerar -. Caso as condições do colo do útero sejam favoráveis e a gestante esteja usando Tarv, com CV menor que 1.000 cópias/mL e apresentação cefálica, a via de parto Nesse cenário, pode-se utilizar X E Y para induzir ou estimular o trabalho de parto.
Frente à previsão de um parto demorado ou distócico, mesmo que a CV seja menor que 1.000 cópias/ mL, deve-se considerar a resolução por cesariana. pode ser vaginal ocitocina e/ou misoprostol
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Manejo obstétrico e vias de parto na gestante vivendo com HIV Trabalho de parto pré-termo:
a tocólise é a conduta mais adequada se o evento for antes das 34 semanas de gestação. Atentar para o uso da zidovudina endovenosa concomitante à inibição do TPPT se CV for maior que 1.000 cópias/mL.
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HIV- Cuidados específicos durante o parto vaginal
Parto instrumentalizado deve ser evitado. A aplicação do fórceps ou do vácuo-extrator será admitida somente com indicação obstétrica precisa. * Iniciar AZT EV quando indicado (se CV detectável) e manter infusão contínua até o clampeamento do cordão. * Evitar toques sucessivos durante o trabalho de parto, assim como amniotomia artificial. Utilizar partograma. * Se CV for >50 cópias e <1.000 cópias, evitar CP por longos períodos. A taxa de TV se eleva depois de quatro horas da bolsa rota. * A ligadura do cordão deve ser feita imediatamente após a expulsão do feto. Nunca ordenhar o cordão. * A episiotomia deve ser realizada apenas após avaliação criteriosa e protegida por compressas úmidas com o degermante utilizado na assepsia inicial.
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HIV- Cuidados específicos da cesariana eletiva
* Confirmar idade gestacional de 38 semanas. * e houver trabalho de parto antes da realização da cesárea, avaliar dilatação cervical. Em caso de dilatação menor que 4 cm, manter indicação de cesárea e iniciar imediatamente o AZT EV por pelo menos três horas. * Proceder a parto empelicado sempre que possível. * A ligadura do cordão deve ser imediata após a retirada do feto. * Antes da histerotomia, realizar a hemostasia do máximo de vasos maternos da parede abdominal com troca de campos estéreis, reduzindo o contato do feto com o sangue materno.
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HIV- Manejo de ARV na mulher no puerpério que vive com HIV - TARV - amamentação recomendação e medicação - criança exposta recomendação da alimentação
A Tarv deve ser mantida após o parto, independentemente da contagem de CD4, CV e dos sinais e sintomas clínicos da mulher O risco de TV do HIV continua por meio da amamentação Sendo assim, a lactação dessas pacientes deve ser bloqueada no pós-parto imediato com cabergolina 0,5 mg, dois comprimidos por via oral tomados juntos em dose única. a. O fato de a mãe utilizar Tarv não controla a eliminação do HIV pelo leite e não garante proteção contra a TV. Pela legislação brasileira, a criança exposta, infectada ou não, terá direito a receber a fórmula láctea infantil, até completar 6 meses de vida. Uma das intervenções mais efetivas para evitar a amamentação natural é começar a orientação para o aleitamento artificial já durante o prénatal
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HIV-Manejo de ARV na mulher no puerpério que vive com HIV são contraindicados em relação a amamentação orientação acerca da volta da ovulação
O aleitamento cruzado (amamentação da criança por outra nutriz), a alimentação mista (leite humano e fórmula infantil) e o uso de leite humano com pasteurização domiciliar são contraindicados. Deve-se considerar que mulheres que não amamentam podem voltar a ovular a partir de quatro semanas após o parto, com período curto de amenorreia no puerpério. Assim, essas pacientes devem ter uma orientação contraceptiva bem orientada, considerando seus direitos sexuais e reprodutivos.
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HIV- Manejo clínico do recém-nascido exposto ao HIV primeiras condutas após o nascimento
Após o nascimento, se for necessário, deve-se aspirar delicadamente as vias aéreas do recém-nascido (RN), assim como o conteúdo gástrico, evitando traumas É necessário realizar precocemente o banho em água corrente e limpar todo o sangue e as secreções maternas que possam estar aderidas ao corpo do RN. Recomenda-se colocar o RN junto à mãe o mais brevemente possível, orientando a não amamentação, substituindo o aleitamento materno pelo artificial até o 6º mês de idade. O RN deve permanecer em alojamento conjunto
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Quadro 1. Classificação de exposição de risco para transmissão vertical do HIV. BAIXO RISCO
Uso de TARV na gestação E Carga Viral do HIV (CV-HIV) indetectável1 a partir da 28ª semana (3° trimestre) E sem falha na adesão à TARV
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Quadro 1. Classificação de exposição de risco para transmissão vertical do HIV. ALTO RISCO Qualquer uma das condições abaixo: 9
- Pré-natal não realizado; - TARV não utilizada durante a gestação; - Profilaxia no momento do parto indicada, mas não realizada; - Início da TARV após 2ª metade da gestação; - Uso de antirretrovirais somente no intraparto; - Infecção materna aguda pelo HIV durante a gestação ou aleitamento; - Manutenção da CV-HIV detectável2 no 3º trimestre de gestação; - Carga viral do HIV materna desconhecida; - Diagnóstico materno da infecção pelo HIV realizado no momento do parto.
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HIV quais valores de CV - detectável - indetectável
CV-HIV detectável: resultado maior ou igual à 50 cópias. 2. CV-HIV indetectável: resultado inferior a 50 cópias
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HIV - Quadro 2: Composição dos esquemas profiláticos da exposição ao HIV indicados de acordo com IG
Quadro 2: Composição dos esquemas profiláticos da exposição ao HIV indicados de acordo com IG