Caso 6: Sífilis, toxoplasmose e HIV Flashcards
SIFILIS
agente etiologico
transmissão
Treponema pallidum,
subespécie pallidum. Sua transmissão se dá principalmente por contato sexual;
contudo, pode ocorrer transmissão vertical para o feto durante a gestação de uma
mulher com sífilis não tratada ou tratada de forma não adequada
SIFILIS
Na gestação, a sífilis pode apresentar consequências severas, como 4
abortamento,
prematuridade, natimortalidade, manifestações congênitas precoces ou tardias e/ou
morte do recém-nascido (RN).
SIFILIS
qual estágio de maior transmissibilidade? porque
A transmissibilidade da sífilis é maior nos estágios iniciais (sífilis primária e
secundária), diminuindo gradualmente com o passar do tempo (sífilis latente recente/
tardia). Ressalta-se que, no primeiro ano de latência, 25% dos pacientes apresentam
recrudescimento do secundarismo e, portanto, pode haver a transmissão.
Essa maior
transmissibilidade explica-se pela riqueza de treponemas nas lesões, comuns na
sífilis primária (cancro duro) e secundária (lesões mucocutâneas). As espiroquetas
penetram diretamente nas membranas mucosas ou entram por abrasões na pele (4).
Essas lesões se tornam raras ou inexistentes a partir do segundo ano da doença
SIFILIS
qual taxa de transmissão vertical
como pode ocorrer a transmissão vertical
Em gestantes, a taxa de transmissão vertical de sífilis para o feto é de até 80%
intraútero.
Essa forma de transmissão pode ocorrer, ainda, durante o parto vaginal, se
a mãe apresentar alguma lesão sifilítica.
A infecção fetal é influenciada pelo estágio da
doença na mãe (sendo maior nos estágios primário e secundário) e pelo tempo durante
o qual o feto foi exposto. Até 50% das gestações em mulheres com sífilis não tratada
terão desfechos gestacionais adversos, entre deles morte in utero, parto pré-termo,
baixo peso ao nascer ou morte neonatal
SIFILIS
classificação
recente e tardia
› Sífilis recente (primária, secundária e latente recente): até um ano de
evolução; e
› Sífilis tardia (latente tardia e terciária): mais de um ano de evolução.
SIFILIS
característica da sifilis primária
- qual tempo de incubação
- primeira manifestação
- acompanhada de
- duração
o tempo de incubação é de dez a 90 dias (média de três semanas)
. A primeira manifestação é caracterizada por uma
úlcera rica em treponemas, geralmente
única e indolor, com borda bem definida e regular, base endurecida e fundo limpo, que
surge no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca,
ou outros locais do tegumento), sendo denominada “cancro duro”.
A lesão primária é
acompanhada de linfadenopatia regional (acometendo linfonodos localizados próximos
ao cancro duro).
Sua duração pode variar muito, em geral de três a oito semanas, e seu
desaparecimento independe de tratamento.
Pode não ser notada ou valorizada pelo
paciente. Embora menos frequente, em alguns casos a lesão primária pode ser múltipla.
SIFILIS
característica da sifilis secundária
- duração
-caracteristca das lesões inicialmente
ocorre em média entre seis semanas e seis meses após a
cicatrização do cancro, ainda que manifestações iniciais, recorrentes ou subentrantes
do secundarismo possam surgir em um período de até um ano. Excepcionalmente,
as lesões podem ocorrer em concomitância com a manifestação primária. As
manifestações são muito variáveis, mas tendem a seguir uma cronologia própria
Inicialmente, apresenta-se uma erupção macular eritematosa pouco visível
(roséola), principalmente no tronco e na raiz dos membros. Nessa fase, são
comuns as placas mucosas, assim como lesões acinzentadas e pouco visíveis nas
mucosas. As lesões cutâneas progridem para lesões mais evidentes, papulosas, eritemato-acastanhadas, que podem atingir todo o tegumento, sendo frequentes
nos genitais. Habitualmente, atingem a região plantar e palmar, com um colarinho de
escamação característico, em geral não pruriginoso
SIFILIS
característica da sifilis secundária
- característica das lesões mais adiante
- são achados eventuais 2
-o secundarismo é acompanhado de
Mais adiante, podem ser identificados condilomas planos nas dobras mucosas,
especialmente na área anogenital. Estas são lesões úmidas e vegetantes
frequentemente confundidas com as verrugas anogenitais causadas pelo HPV.
Alopecia
em clareira e madarose são achados eventuais.
O secundarismo é acompanhado de
micropoliadenopatia, sendo característica a identificação dos gânglios epitrocleares.
São comuns sintomas inespecíficos como febre baixa, mal-estar, cefaleia e adinamia
SIFILIS
característica da sifilis secundária
- característica importante da sintomatologia nessa fase
- tem se tornado mais frequentes 2
- pode acomapnhar essa fase
A sintomatologia desaparece em algumas semanas, independentemente de
tratamento, trazendo a falsa impressão de cura. Atualmente, têm-se tornado mais
frequentes os quadros oculares, especialmente uveítes.
A neurossífilis meningovascular,
com acometimento dos pares cranianos, além de quadros meníngeos e isquêmicos,
pode acompanhar essa fase, contrariando a ideia de que a doença neurológica é
exclusiva de sífilis tardia. Há que se considerar esse diagnóstico especialmente, mas
não exclusivamente, em pacientes com imunodepressão.
SIFILIS
características da sifilis latente
- sintomas
- diagnóstico faz-se exclusivamente pela
- latente recente e latente tardia
período em que não se observa nenhum sinal ou sintoma.
O
diagnóstico faz-se exclusivamente pela reatividade dos testes treponêmicos e não
treponêmicos. A maioria dos diagnósticos ocorre nesse estágio.
A sífilis latente é
dividida em latente recente (até um ano de infecção) e latente tardia (mais de um ano
de infecção). Aproximadamente 25% dos pacientes não tratados intercalam lesões de
secundarismo com períodos de latência.
SIFILIS
características da sifilis terciária
- inflamação causada pela sífilis nesse estágio provoca
- é comum 2
- formação de
ocorre aproximadamente em 15% a 25% das infecções não tratadas,
após um período variável de latência, podendo surgir entre entre um e 40 anos depois
do início da infecção. A inflamação causada pela sífilis nesse estágio provoca destruição
tecidual. É comum o acometimento do sistema nervoso e do sistema cardiovascular.
Além disso, verifica-se a formação de gomas sifilíticas (tumorações com tendência
a liquefação) na pele, mucosas, ossos ou qualquer tecido. As lesões podem causar
desfiguração, incapacidade e até morte
SIFILIS - diagnóstico
o que são os exames diretos
Os exames diretos são aqueles em que se realiza a pesquisa ou detecção do T. pallidum
em amostras coletadas diretamente das lesões
sífilis
definição, agente etiológico
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela
bactéria (espiroqueta) Treponema pallidum.
frequente, com potencial acometimento grave
do feto e do recém-nascido, se ocorrer a transmissão congênita
sífilis
meios de transmissão para feto: 2
transmissão mucocutânea de lesões com presença
do agente (fases primária e secundária), ou passagem transplacentária, por via
hematogênica, para o feto
sífilis
quadro clínico na gestante
qual padrão visto?
períodos de atividade com manifestação
clínica, intercalados com períodos de latência, com infecção assintomática
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
sífilis primária
quando?
2 a 6 sem após contágio
Cancro duro: úlcera genital de bordas elevadas, fundo limpo e não dolorosa, geralmente
na área de inoculação do agente (mucosas genital, anal ou oral)> cicatriza com 3 a 6 sem
Linfonodos regionais.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
sífilis Secundária
quando?
45-60 dias após cranco
rash máculo-papular com lesões generalizadas, inclusive em palma da mão e planta
dos pés, decorrentes de reação inflamatória provocada pelas espiroquetas
disseminadas por via hematogênica.
Podem ocorrer mal-estar geral, febre baixa, cefaleia e linfadenopatia generalizada, além de lesões mucosas em
região oral e genital, condiloma plano, alopecia
qual duração das lesões da fase primária e secundária?
autolimitadas, desaparecem independente do tratamento
manifestações clínicas
fase latente
quando
assintomática
é o período que vai do desaparecimento das
lesões do secundarismo até a ocorrência de lesões da fase terciária
fase latente recente (até
um ano de infecção) e tardia (doença com mais de um ano de duração), e o
diagnóstico só por exames sorológicos
manifestações clínicas
sífilis terciária
(4 áreas principais)
acontece em 15 a 25% dos não tratados, após latência, até 40 anos depois do inicio da infeccção
Cutâneas: lesões gomosas e nodulares, caráter destrutivo
Ósseas: perioistite, osteíte gomosa
Cardiovasculares: estenose de coronárias
Neurológicas: meningite, gomas do cérebro ou da medula
sífilis transmissão vertical
qual principal forma?
qual período mais ocorre transmissão?
A principal via de transmissão é a transplacentária, embora a transmissão
intraparto, por meio do contato com a região genital contaminada, também
seja possível.
Os períodos da doença nos quais ocorre maior transmissão são as fases com lesões primária, secundária e a fase latente recente, já que nessas
fases ocorre uma intensa replicação e disseminação do agente
sífilis
Quanto mais avançada a gestação, maior a
probabilidade de x decorrente da maior permeabilidade da
barreira placentária
x= infecção congênita
sífilis
rastreio
confere imunidade?
sífilis não confere imunidade, pode ser
readquirida na mesma gestação se parceiros estiverem contaminados e não
tratados
sífilis
diagnóstico
quando deve ser realizado o rastreio? 3
teste rápido na primeira consulta de pré-natal,
no início do terceiro trimestre e na admissão para parto ou aborto
*Devem-se
considerar repetições mais frequentes em situação de exposição ou pacientes
de alto risco