Caso 2: DPP, placenta prévia, rotura uterina, vasa prévia e seio marginal Flashcards
descolamento prematuro da placenta (DPP) definição:
separação da placenta normalmente implantada no corpo do útero, antes da expulsão fetal e após a 20a semana de gestação.
DPP epidemio (freq, morbidade materna, mortalidade perinatal, período que mais acontece)
1 para cada 100 a 120 gestações, e dois terços dos casos são considerados graves, com grande aumento da morbidade materna, fetal e neonatal.
O DPP é causa importante de sangramento vaginal na segunda metade da gravidez, especialmente entre 24 e 26 semanas. A mortalidade materna é de 0,4/1.000 casos, e a perinatal é de 12% (um terço de todas as mortes perinatais). A mortalidade perinatal é consequência da asfixia intrauterina e da prematuridade, e 15 a 20% dos recém-nascidos podem apresentar sequelas neurológicas.
DPP Etiologia permanece obscura. prov que maioria tenha relação com que?
Entretanto, acredita-se que a maioria dos casos está relacionada com a alteração placentária crônica. No início da gestação, anormalidades na formação das artérias espiraladas levam à necrose decidual, inflamação da placenta e, possivelmente, infartos, que, ao fim, promovem ruptura vascular e sangramento.
etiologia da DPP é incerta.
acredita- se que menoria dos casos tem relação com:
eventos mecânicos repentinos (trauma) ou descompressão uterina rápida, como após o parto do primeiro gemelar ou na ruptura de membranas na polidramnia. O trauma materno grave está associado ao aumento de 6 vezes no risco de DPP, e mesmo pequenos traumas podem resultar em descolamento placentário.
etiologia DPP
O DPP tem sido associado ao uso de x, que é conhecida por apresentar efeitos hipertensivos e vasoconstritivos.
cocaína
relação uso de cocaína e DPP
DPP Fisiopatologia
quais as Alterações uteroplacentárias?
independente da etiologia> sangue chega à zona de clivagem deciduoplacentária e inicia a separação-> vasos maternos se abrem e o espaço retroplacentário é invadido-> útero reage com hipertonia, aumenta tensão no local da coleção sanguínea, provocando o descolamento de novas áreas-> aí:
1. Parte do sangue coagula, fica aprisionada atrás da placenta e é eliminada somente após o parto> constitutindo hematoma retroplacentário
2. outra parte sangue:
80% dos casos= descola as membranas e flui para o exterior-> hemorragia externa
20% restantes= o sangue fica totalmente retido-> hemorragia oculta
DPP Fisiopatologia
Alterações uteroplacentárias
qual a origem predominante do sangramento?
vasos maternos
Raramente o sangramento se origina nos vasos fetais placentários.
DPP Fisiopatologia
Alterações uteroplacentárias
o que é hemoâmnio?
quando sangue alcança a cavidade amniótica, por soluções de continuidade das membranas-> ocorre ocasionalmente
DPP Fisiopatologia
Alterações uteroplacentárias
Quando as membranas permanecem íntegras e se encontram totalmente descoladas pelo sangue o que acontece? qual consequência fetal da separação completa da placenta?
membrana íntegras descoladas->o peso do hematoma retroplacentário e o da própria placenta podem determinar a rotação intrauterina do ovo, constituindo a eventualidade rara do prolapso da placenta.
A separação aguda da placenta corta o suprimento fetal de oxigênio e de nutrientes, e o feto geralmente morre quando o descolamento é maior que 50%.
DPP Fisiopatologia
Alterações uteroplacentárias
defina quadro da apoplexia uteroplacentária ou útero de Couvelaire
ocorre em 10 a 20% dos casos de DPP
a hemorragia oculta é intensa; as hemácias e o soro, provenientes do coágulo retroplacentário, são impulsionados pelo miométrio, no qual dissociam o sistema de miofibrilas-» O útero, as tubas uterinas, os ovários e os ligamentos largos, à conta das efusões sanguíneas ou equimoses que se assestam sob a serosa, mostram coloração azulada marmórea característica.
A atonia uterina que se observa no pós-parto é, em grande parte, proveniente dessa desorganização da estrutura miometrial.
DPP Fisiopatologia
Alterações uteroplacentárias
Em casos de DPP recente e antigo o exame da placenta delivrada revela:
DPP recente: coágulo aderido à sua face materna
DPP caso antigos: no local do descolamento, há depósitos de fibrina, infartos e depressão característica, conhecida como cratera.
DPP Fisiopatologia
Alterações renais
qual a afeccção mais comum? quais os sintomais clinicos?
DPP é a causa mais comum de necrose cortical aguda na gravidez.
Graus incompletos da afecção, a necrose tubular aguda, provocam oligúria temporária, com eventual recuperação; manifestações graves, responsáveis pela anúria completa, são raras.
DPP Fisiopatologia
Síndrome de Sheehan
qual outro nome?
é outra complicação importante do DPP, principalmente em que casos?
necrose hipofisária pós-parto
é outra complicação importante do DPP, principalmente nos casos com grande sangramento, choque e coagulação intravascular disseminada (CID)
DPP Fisiopatologia
Síndrome de Sheehan
como se caracteriza?
rever entendi nada
DPP Fisiopatologia
Alterações da hemocoagulação
o que acontece na cascata de coagulação?
A cascata da coagulação é ativada pela liberação de tromboplastina (fator tecidual) na circulação materna, proveniente do hematoma, com o consumo dos fatores da coagulação determinando a CID.
A CID está presente em 10% dos casos de DPP, especialmente nos graves, suficientes para determinar o óbito fetal.
DPP Fatores de risco 4 (1 com 8)
RESUMO: ocorrencia de DPP em gestação anterior, cocaína e fumo, hipertensão e fatores de risco menores
1-ocorrência de DPP em gestação anterior é um dos principais (aumento do risco de DPP de 10 a 15 vezes na gestação subsequente)
2- uso de cocaína e fumo
(tabagismo- 2,5 vezes maior risco de descolamento grave, aumenta 40% a cada maço fumado por dia. 10% das mulheres que usam cocaína no terceiro trimestre podem apresentar DPP.)
3- hipertensão
(probabilidade 5 vezes maior de descolamento grave, em comparação com as normotensas.)=» combinação de tabagismo e hipertensão tem efeito sinérgico para DPP.
4- fatores de risco menores, podem ser citados: ruptura prematura das membranas, gravidez múltipla, polidramnia, idade materna avançada, multiparidade, placenta circunvalada, infecção intrauterina (corioamnionite) e trombofilias.
DPP quadro clínico clássico 3
outro sintoma que pode estar presente
quadro clássico é caracterizado pelo sangramento vaginal, dor abdominal (frequentemente acompanhada de contrações) e sensibilidade uterina
Geralmente, as contrações são de alta frequência e baixa amplitude, mas, do mesmo modo, é possível encontrar o padrão de contração típico de trabalho de parto.
A dor lombar também pode estar presente, principalmente nos casos de placenta posterior.
DPP detalhes sobre quadro clinico
(acho que quase tudo aqui ja tinha sido dito em outro card, mas vou colcoar pq repetiu no livro e é quadro clinico se tu quiser tu melhora)
Em 10 a 20% dos casos de DPP, as pacientes apresentam apenas dor abdominal acompanhada de contrações uterinas e nenhum ou pouco sangramento vaginal. Quando o sangue coagulado fica retido atrás da placenta, é formado o hematoma retroplacentário. Se isso acontece, é chamado sangramento oculto, onde todo ou a maior parte do sangue fica retida entre as membranas fetais e decídua. O sangue também pode descolar as membranas e fluir para o exterior, configurando quadro de hemorragia externa, que ocorre em 80% dos casos de DPP. Se o sangue alcançar a cavidade amniótica, causa o hemoâmnio. Quando as membranas permanecem íntegras e se encontram totalmente descoladas pelo sangue, o peso do hematoma retroplacentário e da própria placenta pode determinar um prolapso da placenta, que é bastante raro.
Nos casos de descolamento grande, com intensa hemorragia oculta, as hemácias e o soro, provenientes do coágulo retroplacentário, são impulsionados pelo miométrio e dissociam o sistema de miofibrilas. Trata-se do quadro da apoplexia uteroplacentária ou útero de Couvelaire (ver Figura 29.3). O útero de Couvelaire apresenta-se frequentemente em atonia e propenso à hemorragia pós-parto. Por vezes, é necessária a histerectomia para evitar a evolução para a CID.
Em casos de DPP recente, o exame da placenta delivrada revela o coágulo aderido à sua face materna (ver Figura 29.4); nos casos antigos, no local do descolamento, há depósitos de fibrina, infartos e depressão característica, conhecida como cratera.
DPP quadro clínico
DPP pode ser classificado em três graus, ao se considerarem os achados clínicos e laboratoriais:
descreva grau I (sintomas, repercussão no feto)
Grau I: assintomático ou com sangramento genital discreto, sem hipertonia uterina significativa e com vitalidade fetal preservada. Sem repercussões hemodinâmicas e coagulopatia materna. O diagnóstico é realizado após o nascimento, pela presença do coágulo retroplacentário
DPP quadro clínico
DPP pode ser classificado em três graus, ao se considerarem os achados clínicos e laboratoriais:
descreva grau II
(sintomas, repercussão no feto)
sangramento genital moderado com hipertonia uterina. Repercussões na hemodinâmica materna, com aumento de frequência cardíaca, hipotensão postural e queda do nível de fibrinogênio. Feto vivo, mas com vitalidade prejudicada
DPP quadro clínico
DPP pode ser classificado em três graus, ao se considerarem os achados clínicos e laboratoriais:
descreva grau III
(sintomas, repercussão no feto, subdivisão)
óbito fetal e por alterações mais acentuadas, com hipotensão arterial materna e hipertonia uterina.
Divide em:
IIIA, com coagulopatia instalada, e IIIB, sem coagulopatia instalada.
DPP diagnóstico
qual a base dele?
diagnóstico de DPP é essencialmente clínico, mas achados como exames de imagem, de laboratório e anatomopatológico da placenta no pós-parto podem ser usados para sustentar o diagnóstico clínico.
DPP diagnóstico clínico (3 pontos principais)
diagnóstico do DPP é eminentemente clínico: sangramento e dor abdominal, por vezes história de trauma ou ruptura prematura das membranas (RPM).
A sintomatologia é inconfundível e, em geral, torna o diagnóstico incontroverso; no entanto, há de ser afastada a placenta prévia VER TABELA 29.1
DPP diagnóstico por usg
imagem usg varia com que? qual a loc mais freq?
coágulo é identificado apenas à ultrassonografia em 25 a 60% dos casos.
A imagem sonográfica no DPP depende da extensão e da localização do coágulo, assim como da duração do acidente (Figura 29.7).
A localização mais frequente do hematoma é a subcoriônica.