CASO 3 Flashcards
O que é o câncer
é o nome usado para descrever as formas mais agressivas de neoplasia, um processo patológico caracterizado por uma proliferação celular descontrolada que leva ao surgimento de uma massa ou tumor (neoplasma)
o que precisa acontecer para uma neoplasma ser câncer?
ele também deve ser maligno, o que significa que não somente seu crescimento é descontrolado, mas também é capaz de invadir os tecidos vizinhos que circundam o local original (o sítio primário) e podem-se disseminar (“metastatizar”) para locais mais distantes
Tumores que não invadem ou metastatizam não são cancerosos, mas são considerados tumores X, embora sua função, tamanho ou localização anormais possam fazer com que eles sejam qualquer coisa, muito menos benignos para o paciente.
benignos
O câncer não é uma doença única, mas pode ser encontrado em muitas formas e graus de malignidade. Existem três classes principais de câncer:
- Sarcomas, casos em que o tumor é originado no tecido mesenquimal, tal como osso, músculo ou tecido conjuntivo, ou no tecido do sistema nervoso;
- Carcinomas, casos em que o tumor se origina no tecido epitelial, tal como as células de revestimento do intestino, brônquios, ou ductos mamários; e
- Neoplasmas malignos hematopoiéticos e linfoides, tais como leucemia e linfoma, que se disseminam por toda a medula óssea, sistema linfático e sangue periférico.
Dentro de cada um dos principais grupos, os tumores são classificados pelo local, tipo tecidual, aspecto histológico, grau de malignidade, aneuploidia cromossômica e, cada vez mais, por quais mutações gênicas e anormalidades na expressão gênica são encontradas no tumor.
o que é uma mutação passageira?
A maioria das mutações encontradas pelo sequenciamento do tecido tumoral parece ser aleatória, não é recorrente em tipos específicos de câncer, e, provavelmente, ocorreu à medida que o câncer se desenvolveu, e não provocando diretamente o desenvolvimento ou a progressão da neoplasia. Tais mutações são denominadas de mutações “passageiras”.
o que é uma mutação condutora?
um subconjunto de algumas centenas de genes tem sido repetidamente considerado como sofrendo mutações em alta frequência em muitas amostras do mesmo tipo de câncer ou mesmo em múltiplos tipos diferentes de câncer, commutações em uma frequência tão alta que seria difícil que fossem mutações passageiras. Desse modo, presume-se que esses genes estejam envolvidos no desenvolvimento ou na progressão do câncer em si e, portanto, são considerados como genes “condutores”, ou seja, eles abrigam mutações (assim chamadas mutações gênicas condutoras) que provavelmente provocam o desenvolvimento ou a progressão de um câncer.
Embora muitos genes condutores sejam específicos para determinados tipos de tumor, alguns, tais como aqueles presentes no gene X são encontrados na vasta maioria de cânceres de muitos tipos diferentes.
TP53 que codifica a proteína p53
Quais alterações podem ocorrer no espectro das mutações gênicas condutoras? 8
- uma mudança em um único nucleotídeo ou uma inserção ou deleção pequena pode ser uma mutação condutora.
2.erros de replicação isolados resultam em milhares de novos nucleotídeos únicos ou pequenas mutações de inserção/deleção no genoma em cada célula do organismo
3.Alguns agentes ambientais, como carcinógenos da fumaça do cigarro ou radiação por raios ultravioleta ou raios X, irão aumentar a taxa de mutações ao longo do genoma.
4.Mutações cromossômicas e subcromossômicas também podem servir como mutações condutoras
5.Translocações particulares algumas vezes são altamente específicas para determinados tipos de câncer e envolvem genes específicos (p.ex., a translocação BCR-ABL na leucemia mieloide crônica
6.outras neoplasias podem mostrar rearranjos complexos, nos quais os cromossomos se quebram em numerosos fragmentos e se reúnem, formando combinações novas e complexas (um processo conhecido como “estilhaçamento cromossômico”).
7.grandes alterações genômicas envolvendo muitas quilobases de DNA podem formar a base para a perda da função ou aumento da função de um ou mais genes condutores.
8.Grandes alterações genômicas incluem deleções de um segmento de um cromossomo ou multiplicação de um segmento cromossômico para produzir regiões com muitas cópias do mesmo gene (amplificação gênica).
Detectou-se que muitos miRNAs são altamente superexpressos ou sub-regulados em vários tumores, algumas vezes de forma exuberante. Uma vez que cada miRNA pode regular até 200 diferentes genes-alvo, a superexpressão ou subexpressão de miRNAs pode ter disseminado efeitos oncogênicos, porque muitos genes condutores serão desregulados. Os miRNAs não codificantes que causam impacto na expressão gênica econtribuem para a oncogênese são denominados como
oncomiRs.
O que são proto oncogenes?
Como ele são denominados após serem ativados? como ocorre sua ativação
- Esses são genes normais que, quando sofrem mutação por muitos caminhos específicos, tornam-se genes condutores através de alterações que conduzem a níveis excessivos de atividade.
- Uma vez que sofrem mutação por esse caminho, os genes condutores desse tipo são denominados oncogenes ativados.
- Apenas uma única mutação em um alelo pode ser suficiente para ativação, e as mutações que ativam um proto-oncogene podem variar desde mutações pontuais altamente específicas, causando a desregulação ou a hiperatividade de uma proteína, passando por translocações cromossômicas que guiam a superexpressão de um gene, até eventos de amplificação gênica que criam uma superabundância do RNAm codificado e do produto proteico
O que são os genes supressores de tumor TSGs?
quais mecanismos que causam? 3
- no quais mutações causam uma perda da expressão de proteínas necessárias para controlar o desenvolvimento de neoplasias.
- Para guiar a oncogênese, a perda de função de um TSG requer tipicamente mutações em ambos os alelos
- Existem muitos caminhos pelos quais uma célula pode perder a função dos alelos TSG.
Os mecanismos de perda de função podem variar desde mutações de sentido trocado (missense), sem sentido (nonsense), ou de mudança de matriz de leitura (frameshift) até deleções gênicas ou perda de uma parte ou mesmo um cromossomo inteiro. - A perda de função dos TSGs também pode resultar de silenciamento epigenômico transcricional, em virtude da alteração da conformação da cromatina ou da metilação do promotor , ou ao silenciamento traducional pelos miRNAs ou perturbações em outros componentes da estrutura traducional
RETINOBLASTOMA
o gene X que tem como produto gênico Y e de possível função Z
são relacionados a distúrbio familiar A e esporádico B
X: RB1
Y: P110
Z: regulação do ciclo celular
A: retinoblastoma
B: Retinoblastoma, pulmão, mama
POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR
o gene X que tem como produto gênico Y e de possível função Z
são relacionados a distúrbio familiar A e esporádico B
X: APC
Y: APC
Z: : regulação da proliferação e adesão celular
A: polipose adenomatosa familiar
B: câncer colorretal
MAMA
o gene X que tem como produto gênico Y e de possível função Z
são relacionados a distúrbio familiar A e esporádico B
X: BRCA1 E BRCA2
Y: mesmo
Z: reparo de cromossomos em resposta a quebras de DNA de dupla fita
A: câncer de mama e ovário
B: Câncer de mama e ovário
Síndrome de Lynch
o gene X que tem como produto gênico Y e de possível função Z
são relacionados a distúrbio familiar A e esporádico B
X: MLH1 E MSH2
Y: mesmo
Z: Reparo de nucleotídeos mal pareados entre as fitas de DNA
A: Síndrome de Lynch
B: câncer colorretal