Cardiomiopatias/ valvulopatias/ ICC Flashcards
Um quadro de sopro sistólico que piora com a manobra de valsalva, devo pensar em?
Cardiomiopatia hipertrófica (CMH), jovem*
Importante: “valsalva deixa o coração valzio!”. E nessa patologia o coração não pode ficar vazio, pois assim o septo fecha a saída.
Qual é o objetivo do tratamento de uma cardiomiopatia hipertrófica?
Manter o coração cheio, evitando a taquicardia!
Controle de FC.
Em refratários: miectomia, embolização alcoólica.
✅ Como é o diagnóstico clínico e eletrocardiográfico de um quadro de pericardite aguda?
(Cai muito!)
Quadro clínico: Dor do tipo pleuritica (ventilatoriodependente). Piora com decúbito/ melhora com genopeitoral.
✅ ECG: Supra de st difuso! (Uma vez que inflama a parede e o tecido adjacente) (“é um supra sorridente”) + Infra PR.
Obs: ttd com AINES + colchicina.
✅Quadro de sopro diastólico* associado a hiperfonese de B1 estalido de abertura. Qual é o diagnóstico?
Estenose mitral!
Atenção: É na diástole que o sg tem de passar do átrio para o ventrículo (válvula mitral), o que gera o sopro.
✅Como é a clínica da estenose mitral?
- Haverá um crescimento importante do Átrio esquerdo**, para vencer a maior pressão estenótica.
- Piora com aumento da frequência cardíaca, devido ao maior fluxo retrógrado, o que pode culminar em Edema agudo de Pulmão **.
- Rouquidão e disfagia.
Como é a clínica da insuficiência mitral?
Exame demonstra um sopro sistólico*, com ictus desviado e B3 (sinais de hipertrofia ventricular🚨).
Clínica de ICC.
Quadro de sopro sistólico associado a pulso parvus/tardus e B4. Com risco de síncope e dispneia. Pensar em?
Estenose aórtica.
Pensar em um coração duro e hipertrofiado tentando vencer uma parede (angina, síncope, dispneia).
✅Peguei um caso de valvulopatia, cheio de sinais diferentes (Austin flint, corrigan…). Qual o diagnóstico?
Insuficiência aortica.
Haverá um sopro diastólico, clínica de ICC e eventualmente uma angina (Principalmente à noite)
“Pulso em martelo d’água”: o que retornou com a insuficiência volta para a aorta!”
OBS: “Sopro que aumenta com a manobra de handgrip”: mãos fechadas com força = aumento da resistência vascular periférica, refluindo mais sangue pela válvula.
Esses sinais se dão devido a um coração cheio de volume que ao conseguir enviar o fluxo envia grande qntd de uma vez, “em pancadas”.
OBS: Exemplo do “sopro de Austin flint”, em que há um ruflar diastólico devido ao sangue que fica no ventrículo se chocando à válvula mitral, gerando uma “estenose funcional”.
✅Qual é o “pacotão básico” de medicação indicado para o paciente com ICC com fração de ejeção reduzida (FE< 40 %) assintomático?
Betabloqueadores (melhoram a sobrevida: carvedilol, metropolol, bisoprolol) + IECA
Obs: um BRA pode ser utilizado para substituir o IECA, porém o IECA é mais indicado para ICC.
✅ ABC: Aldactone + Betabloq + Captopril.
Obs: depende da classificação.
A) “só fatores de risco”: tratar HAS, DM.
B) doença estrutural assintomática.
: IECA/BRA betabloq.
C) “C de de Cintomático”: espironolactona ou diurético.
Quais medicações podemos utilizar para quadro de ICC sintomáticos (“estágio C”)?”cintomatico”
Além do “Pacotão Básico”, em quadros sintomáticos iremos utilizar medicações justamente para lidar com os sintomas: ex espironolactona, hidralazina, furosemida, nitrato..
✅Quais são as contraindicações ao uso de IECA (ou BRA) em um paciente com ICC?
Creatinina > 3
K > 5,5
Estenose bilateral da artéria renal
Obs: na intolerância vale a substituição para ✅ hidralazina + nitrato (a combinação é interessante).
✅Qual combinação medicamentosa é responsável por melhorar a sobrevida em pacientes negros com ICC?
Hidralazina + nitrato.
Qual é a combinação medicamentosa atual que tem mostrado melhores resultados em pacientes com ICC sintomática refratária + IECA em alta dose?
Valsartana + Sacubitril (“entresto”). (Melhores resultados que o enalapril).
Quando, em um paciente com ICC, devo pensar em adicionar espironolactona ao tratamento vigente?
Pacientes classificados com classificação funcional NYHA 3 e 4 (limitação moderada - pequenos esforços - grave - em repouso) é obrigatório, mas opcional em classificação 2 (aos médios esforços). Podendo-se adicionar os sintomáticos (diuréticos, digoxina..).
Defina IC direita e IC esquerda:
O raciocínio deve ser feito com o fluxo retrógrado ao processo de insuficiência:
IC direita: o fluxo sanguíneo que chega ao coração é o sistêmico, definindo as manifestações - estase jugular, MMII, congestão hepática.
IC a esquerda: o fluxo sanguíneo aferente é o pulmonar, definindo um quadro de congestão pulmonar.
Observação: Uma IC esquerda define uma congestão pulmonar, que por sua vez define uma IC direita.
OBS 2: cor pulmonale é uma IC direita devido a uma resistência pulmonar.
Quais são as opções medicamentosa para um quadro de Insuficiência cardíaca classe C refratária?
- ✅Adicionar ao “ABC”, hidralazina + nitrato.
- Ivabradina (FC> 70).
- Digital (não altera sobrevida, e pode intoxicar).
- Ressincronização ventricular.(apenas quando a terapia otimizada já se mostrou ineficaz).
- Dapagliflozina (mesmo em não diabéticos, medicação promissora)
Qual é a conduta para pacientes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção preservada? (FE > 50)
- Sem consenso sobre terapia ideal! (Controlar PA, FC e congestão)
- IECA, betabloq, diurético em baixa dose.
🚨importante: Digital é contraindicado!
Obs: para os pacientes de FE 40-49, a tendência tem sido medicar com o ABC.
Qual é a conduta em uma descompensação de ICC com o perfil quente/ úmido?
Vasodilatação (IECA, nitrato), diurético.
Qual é a conduta em uma descompensação de ICC com o perfil frio e úmido?
🚨 Mais grave! É o perfil de um choque cardiogênico.
- Inotropicos (dobutamina).
Qual é a conduta em um quadro de ICC com o perfil frio/seco?
Possivelmente um quadro de desidratação.
Hidratação cautelosa.
Qual é a conduta em um quadro de ICC com o perfil quente/ seco?
Investigar outra causa!
TEP, anemia..
O que determina o escore de block?
- Esse escore define o “grau” da estenose mitral, analisando: calcificação, espessamento, mobilidade das cúspides e aparato valvar.
- a partir dele dá para determinar uma necessidade de troca valvar ou uma comissurotomia. (Acima de 8 = troca).
Quanto aos desdobramentos de segunda bulha, determine quais são os tipos e em que situações estão localizados?
- Desdobramento fisiológico: todos possuem, ocorre na inspiração. Nesse momento aumenta o fluxo no coração direito, fazendo com a valva pulmonar se feche um pouco após a aortica. Desdobrando a segunda bulha.
- desdobramento fixo: nesse caso independentemente de inspiração o fluxo sempre estará um pouco aumentado no coração direito. Comum em BRD e CIA.
- Desdobramento paradoxal: a aórtica bate mais atrasado. Devido a um bloqueio de ramo esquerdo.
Em um quadro de fibrilação atrial, é possível obser um reforço pré-sistólico ou a presença de B4?
Não!
Tais achados corresponde a justamente ao final da contração atrial, observados em situações de hipertrofia ventricular, por exemplo. Como em uma FA o átrio não contrai, não há como observá-los.