Cancro do pulmão Flashcards
Fatores de risco
- Tabagismo
- Exposição a carcinogénios
- História familiar
- Tecido cicatricial no pulmão (fibrose, história de tuberculose…)
Classificação
- Carcinoma de pequenas células
- Carcinoma não de pequenas células: adenocarcinoma; carcinoma pavimentocelular; carcinoma de grandes células
Carcinoma de pequenas células
- Localização central
- Neoplasia pulmonar mais associada ao tabagismo
- Tumor neuroendócrino, associado a várias síndromes paraneoplásicas
- Muito agressivo
Adenocarcinoma
- Localização periférica
- Tipo de cancro do pulmão mais frequente
- Tipo de cancro mais frequente nos não fumadores
Carcinoma pavimentocelular
- Localização central
- Grande associação com o tabagismo
- Podem existir lesões cavitárias
Carcinoma de grandes células
- Localização periférica
- Mau prognóstico
Sintomas pulmonares
- Tosse
- Hemoptise
- Dispneia
- Dor torácica
Constipações recorrentes em doentes com 40+ anos devem levantar a suspeita de cancro do pulmão!
Sintomas extrapulmonares
- Sintomas constitucionais
- Hipocratismo digital
- Sintomas e sinais de invasão: síndrome da veia cava superior; disfonia; disfagia; dispneia; pneumonite de obstrução
Síndromes paraneoplásicas (geral)
- Caquexia
- TVP/TEP
- Dermatomiosite
- Acanthosis nigricans
Síndromes paraneoplásicas (NSCLC)
- Hipercalcemia (CPC)
- Ginecomastia (carcinoma de grandes células)
- Endocardite (adeno)
- Osteoartropatia hipertrófica (todos)
Síndromes paraneoplásicas (SCLC)
- Síndrome de Cushing
- SIADH
- Síndrome de Lambert-Eaton
- Degeneração cerebelar
- Neuropatia periférica
Metástases
- Cérebro
- Fígado
- Suprarrenal
- Osso
Classificação TNM NSCLC - T1
- ]0; 3] cm
- Sem invasão mais proximal do que o brônquio lobar
Classificação TNM NSCLC - T2
- ]3; 5] cm
OU - Envolvimento do brônquio principal SEM carina
- Invasão da pleura visceral
- Associado a atelectasia ou pneumonite de obstrução
Classificação TNM NSCLC - T3
- ]5; 7] cm
OU - Associação com tumor separado no mesmo lobo
- Invasão direta da parede torácica, nervo frénico ou pericárdio parietal
Classificação TNM NSCLC - T4
- > 7 cm
OU - Tumor separado num lobo diferente mas ipsilateral
- Invasão do diafragma ou estruturas do mediastino
Classificação TNM NSCLC - N1
- Até aos gânglios hilares ipsilaterais
Classificação TNM NSCLC - N2
- Invasão dos gânglios subcarinais ou mediastínicos ipsilaterais
Classificação TNM NSCLC - N3
- Invasão de qualquer gânglio contralateral
- Invasão dos gânglios supraclaviculares ou escalenos
Classificação TNM NSCLC - M1
- Metástases à distância
- Nódulos pleurais ou pericárdicos
- Derrame pleural ou pericárdico maligno
Estadio I
- N0
- M0
- Até T2a
Estadio II
- M0
- Se N0: T2b ou T3
- Se N1: T1 a T2a
Estadio III
- Tudo o que é M0 e não se encaixa no I e II
Estadio IV
- M1
Diagnóstico
- Deve ser obtido por biopsia (se tumor central, endobrônquica; se periférico, transtorácica)
- Exceção: decisão por equipa multidisciplinar que a massa é neoplásica
Estadiamento locorregional de NSCLC (se gânglios mediastínicos negativos na TAC/PET)
- cN0 + tumor periférico + 3- cm: não é preciso confirmação
- cN1 OU tumor central OU > 3 cm: estadiamento ganglionar invasivo (EBUS / VAM)
Estadiamento locorregional de NSCLC (se gânglios mediastínicos positivos na TAC/PET)
Estadiamento ganglionar invasivo (EBUS -> se negativo, VAM)
Avaliação respiratória pré-operatória
- Se FEV1 e DLCO > 80% do previsto: pode fazer até pneumectomia
- Se não: ergometria e cálculo do consumo de O2: se <35%, não pode fazer; se >75% pode fazer até pneumectomia
- Se 35-75% VO2: teste de cada um dos pulmões e cálculo do volume máximo ressecável
Avaliação cardíaca pré-operatória
Escala RCRI
Cirurgia no tratamento de NSCLC estadios I e II
- É a primeira linha terapêutica
- Prefere-se a lobectomia em tumores com 2+ cm
QT no tratamento de NSCLC estadios I e II
- QT adjuvante em doentes com estadio II (e III)
- QT adjuvante pode ser considerada no estadio I em tumores de grandes dimensões
RT no tratamento de NSCLC estadios I e II
- Radioterapia estereotáxica é o tratamento de escolha em doentes em estadio I inoperáveis
- RT pós operatória não deve ser efetuada em tumores completamente ressecados
Cirurgia no tratamento de NSCLC estadio III
Classifica-se como ressecável:
- T4N0
- Até N2 com apenas um gânglio (se multifocal, prefere-se QRT)
Tratamento de NSCLC estadio III inoperável
QRT
Tratamento geral de NSCLC estadio IV
QT