Câncer de pulmão Flashcards
Classificação histológica
Adenocarcinoma (mais comum - 57% dos casos): predominam na periferia; raramente escavados (com cavidade). Pode ter padrão lipídico (bronquíolo alveolar), acinar, papilar, micropapilar e sólido (com secreção mucinosa).
Carcinoma de grandes células: predominam na periferia, mas escavam mais que adenocarcinoma (buraco dentro das lesões).
Carcinoma de células claras
Carcinoma de células gigantes
Carcinoma adenoepidermóide.
Carcinoma das glândulas brônquicas.
Carcinoma adenóide-cístico
Carcinoma mucoepidermóide.
Carcinoma neuroendócrino / de pequenas células: predominantemente central (brônquio principal).
Carcinoma de células “em grão de aveia” = oat cell
Carcinoma de células intermediárias
Carcinoma epidermóide (espinocelular): predomínio central (brônquio lobar)
Queratinizante (bem diferenciado)
Não queratinizante (mal diferenciado)
Carcinoma combinado ou misto
Locais de metástase
Vasos linfáticos (70%), fígado (39%), cérebro (30%)
quadro clínico
Precoces:
Tosse: seca ou com expectoração, com mudança do padrão relacionado à tosse típica do tabagista (95%)
Dor ou desconforto torácico (40%)
Escarro hemóptico (20%)
Dispneia (15%)
Pneumonias persistentes (10%)
Disfagia e disfonia (10%)
Perda de peso (7%)
Sibilos e chiados (5%)
Tardios extra-torácicos: doença que virou sistêmica (não é mais locorregional). Aparecem perto daquelas 41-42 duplicações de volume do nódulo pulmonar.
Perda de peso importante (mais notório).
Linfonodo palpável.
Epilepsia, hemiplegia, cefaleia, dislalia.
Ascite, icterícia (fígado).
Síndrome de Addison (suprarrenais).
Dores ósseas (metástase óssea)
Tardios intra-torácicos:
Disfonia: compressão de prega vocal
Soluços: compressão do nervo vago
Disfagia: compressão do esôfago
Síndrome de Claude Bernard-Horner: ptose, miose e hemoftalmia.
Câncer de pulmão que compromete região posterior do ápice pulmonar, comprometendo o primeiro gânglio simpático torácico.
Síndrome de Dejerine-Klumpke (síndrome dos ortopedistas): dor persistente no ombro que progride para o cotovelo e posteriormente para a mão. Raramente notada pelo ortopedista. Deve-se à massa em parede posterior do pulmão que compromete primeiro a parte externa do plexo braquial (sensitiva) e depois a parte medial (motora)
Síndrome de Pancoast-Tobias: tumor que invade parede torácica pegando primeira costela e primeiro gânglio simpático torácico.
Mistura dos dois quadros descritos acima
Síndrome obstrutiva da veia cava superior: tumor ou linfonodo comprimindo a veia cava
Dor
Dispneia (é uma síndrome que pode ter diferentes etiologias): por dor torácica, obstrução, paralisia diafragmática ou CCVV, atelectasia, derrame pleural
Exames não invasivos
Clínico: pacientes com mais de 50 anos e carga tabágica de 20 maços.ano.
Citologia de escarro (pouco utilizada no Brasil)
Radiografia de tórax (PA e perfil)
Ruim para ver nódulos (lesões < 3 cm) → diagnóstico na fase tardia
Avalia: atelectasia segmentar lobar ou pulmonar, opacidade hilar unilateral, enfisema obstrutivo de segmento lobo ou pulmão, cavidade com paredes grossas e superfície interna irregular, pneumonias de difícil resolução, sinal do “entalhe na massa tumoral
TC de tórax, crânio e abdômen
Crânio e abdome pensando em estadiamento
Avaliar parênquima e do mediastino, linfonodos hilares, cadeia paratraqueal, estenoses brônquicas, metástases, detalhes morfológicos da massa
Maior poder de resolução para pequenas metástases
Reconstrução tridimencional
Fazemos TC de tórax com corte no abdome superior acima das suprarrenais
USG abdominal: se não tiver TC
Cintilografia óssea: substituída pelo PET-Scan
PET-Scan: junta a análise funcional e anatômica (TC + cintilografia)
Bom para estadiamento
Alto custo, pouco acessível
Não funciona para SNC, porque o cérebro capta muita glicose → RNM ou TC de crânio com PET-Scan para estadiamento
Laboratoriais: TGO e TGP, DHL, proteínas totais, fosfatase alcalina, CEA - nenhum marcador específico para câncer de pulmão