AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DO TRAUMA Flashcards

1
Q

FRATURAS - definição

A

Descontinuidade em um osso (ou cartilagem). pode ser em osso calcificado ou não –> Resultante de forças mecânicas que excedem a capacidade do osso de suportá-las.

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2
Q

FRATURAS - fisiopatologia
(3 fases)

A

Os eventos que ocorrem após uma fratura podem ser divididos em três fases principais:
1. Inflamatória
2. Reparativa
3. Remodelação

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3
Q

MÉTODOS DE IMAGEM NA AVALIAÇÃO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO (4)

A
  1. radiografia convencional
  2. tomografia
  3. ultrassonografia
  4. ressonância magnetica

OSSOS: radiografia convencional, tomografia e ressonância

PARTES MOLES: ultrassonografia e ressonância

ressonância é o melhor via de regra para o musculo esquelético

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4
Q

RADIOGRAFIA CONVENCIONAL

A
  • Geralmente o 1º exame a ser solicitado
  • Alta resolução para estruturas ósseas

Principais vantagens:
* Baixo custo – ampla disponibilidade
* Grande experiência metodológica acumulada para avaliação das imagens
* Não depende do operador
* Facilmente reprodutível – pode fazer facilmente em sequência para comparação
* Possível comparação temporal

Desvantagens:
* Baixa resolução tecidual para avaliação de partes moles
* Sobreposição de estruturas ósseas
* Uso da radiação ionizante - Dose muito baixa (3 horas de radiação natural).

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5
Q

COMO SOLICITAR A RADIOGRAFIA CONVENCIONAL

A

Ao menos 2 incidências: a depender da parte do corpo a ser vista, via de regra é AP e perfil
* AP
* Perfil
* Obliqua

Cada incidência com 2 articulações adjacentes ao osso lesado:
* Avaliar sub/ luxação associada (do osso afetado). pq é comum acontecer fratura e luxação

Na dúvida?
* Membro contralateral.
* TC / RM! mais sensíveis

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6
Q

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

A

Não é usado como exame de triagem

Vantagens:
* Rápido
* Alta resolução espacial: NÃO TEM SOBREPOSIÇÃO ÓSSEA; grande vantagem – resolução espacial
o Possível realizar reconstrução multiplanar (inclusive em 3D) –> não requer mobilização do paciente (mt bom para o pct imobilizado)
* Excelente resolução da estrutura óssea (cortical e medular bem-vistas)

Desvantagem:
* Radiação ionizante muito alta
* Avaliação limitada de partes moles (tendão, ligamento etc).

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7
Q

ULTRASSONOGRAFIA (USG)

A

BOM para a avaliação das partes moles SUPERFICIAIS!

Vantagens:
* Baixo custo - grande disponibilidade
* Não utilização de radiação ionizante
* Movimentação durante o exame (exame dinâmico).
Mt bom para portes moles; Só vê a cortical do osso que o som entra em contato; Não é tão bom para osso

Desvantagens:
* Exame médico-dependente
* Impossibilidade de avaliação de estruturas mais profundas - Não há passagem do feixe sonoro pelo osso.

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8
Q

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM)

A

Principal método de imagem na avaliação de partes moles; boa para tudo; MELHOR MÉTODO

boa para tudo, boa resolução tecidual e espacial

Ótimo para avaliação de algumas alterações ósseas relacionadas ao trauma:
* Contusões ósseas (nem a tomo vê)
* Fraturas ocultas (que nenhum outro método viu)
* Osteonecrose em estágio inicial.

Vantagens:
* Excelente resolução espacial e tecidual:
o Possibilidade de avaliação da composição bioquímica do tecido avaliado: Diferentes sequências.
* Não utiliza radiação ionizante;
* Documentação das imagens para comparação futura ou segunda opinião - Impossível no estudo de USG.

Desvantagens:
* Custo do exame (principal limitante) - baixa disponibilidade
* Tempo de exame
* Dificuldade de realização em pacientes claustrofóbicos
* Impossibilidade de movimentação do paciente
* Não permite reconstruções.

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9
Q

Qual é o principal método de imagem na avaliação de partes moles?

A

ressonância magnética

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10
Q

AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DAS FRATURAS

Caracterizar de acordo com as variáveis (7)

A
  1. Local e extensão
  2. Tipo de fratura
  3. Alinhamento dos fragmentos
  4. Direção da fratura em relação ao eixo ósseo
  5. Características especiais
  6. Anormalidades associadas
  7. Tipos especiais
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11
Q

AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DAS FRATURAS
1. Local e extensão

A

LOCAL:
* Epífise (extremidades)
* Metáfise (proximal ou distal)
* Diáfise (parte mais central)
* Referencias anatômicas de cada osso – ex. Colo cirúrgico do úmero

Identificar se proximal ou distal, direita ou esquerda

EXTENSÃO:
* Avaliar se a fratura se estende a SUPERFÍCIE ARTICULAR! –> lesão na cartilagem de revestimento da superfície articular –> Pseudoartrose
* Crianças - avaliar se acomete a fise!

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12
Q

AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DAS FRATURAS
2. tipo de fratura

A

TIPO DE FRATURA: completa x incompleta

COMPLETA:
- Traço de fratura transfixante
- Gera um fragmento ósseo (proximal x distal; anterior x posterior; lateral x medial)
- Pode ser:
* Simples (2 pedaços de osso)
* Cominutiva (mais de 2 fragmentos ósseos)

INCOMPLETA:
- Não transfixante (trincado – quebra, mas não separa o osso)
- Mantém a integridade de parte do osso (uma das corticais)
- Tipos “especiais” (crianças):
* Em curvatura - Sem descontinuidade cortical aparente, osso torto, mas sem fratura, é considerado quebrado
* Em “galho verde” - Curvatura + descontinuidade de uma face óssea (lado oposto o osso permanece intacto).
* Em “torus” - Há compactação por forças compressivas

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13
Q

AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DAS FRATURAS

  1. ALINHAMENTO DOS FRAGMENTOS
A

ALINHAMENTO DOS FRAGMENTOS: Alinhada x desalinhada

DESALINHADAS:
* Deslocamento: P.ex.: Medial x lateral; anterior x posterior; fragmento distal é o que está deslocado, quando sai do lugar para frente ou trás
* Angulação: P.ex.: Medial x lateral; anterior x posterior; interna ou externa
* Rotação: Interna x externa;
* Cavalgamento x afastamento. Ou deslocamento proximal x distal

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14
Q

AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DAS FRATURAS

  1. Direção da fratura em relação ao eixo ósseo (4)
A

DIREÇÃO DA FRATURA EM RELAÇÃO AO EIXO ÓSSEO:
* Transversa
* Obliqua: angulada
* Espiral
* Longitudinal

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15
Q

AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DAS FRATURAS

  1. Características especiais (4)
A

CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS

IMPACÇÃO: Fratura em que um fragmento é firmemente empurrado para o outro (“entra”). quando o osso quebra … gera encurtamento do osso, área cinza clara, comum no colo do fêmur

DEPRESSÃO: Depressão/compressão focal de uma área da cortical. contexto de luxação, amassado do osso

COMPRESSÃO: Perda volumétrica total/subtotal do osso e habitualmente não é visto o traço de fratura. usado para fraturas de corpos vertebrais na coluna; perda volumétrica do corpo vertebral

AVULSÃO: Separação de um pequeno fragmento do córtex ósseo no local de fixação de um ligamento ou tendão. quando um tendão ou ligamento sofre tração e arranca cortical do osso em que está inserido, geralmente ocorre em atletas e adolescentes (ao invés de romper o tendão, arranca o osso que ele está inserido – pq o tendão é forte)

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16
Q

AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DAS FRATURAS

  1. Anormalidades associadas (2)
A

ANORMALIDADES ASSOCIADAS
Se ver uma dessas, procurar fratura e se ver fratura, procurar essas alterações

  • PERDA DA RELAÇÃO ARTICULAR:
  • Completa: luxação
  • Parcial: subluxação
  • DIASTASE: quando um osso se afasta de outro, mas são ossos que não se articulam, pq se eles se articulam se chama luxação
  • Deslocamento ou disfunção acidental de 2 ossos –> Sugere lesão ligamentar associada.
17
Q

AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DAS FRATURAS

  1. Tipos especiais (2)
A

TIPOS ESPECIAIS

Fratura POR ESTRESSE:
- 2 tipos: fadiga e insuficiência.
- FADIGA: osso normal, estresse anormal ou carga repetida (ex.: corrida)
- INSUFICIÊNCIA: osso anormal (doente difusamente ), estresse normal

Fratura PATOLÓGICA:
* Ocorrem devido um anormalidade lesão óssea pré-existente (por exemplo: metástase óssea ou cisto ósseo). ex. metástase de CA de próstata em osso

18
Q

Fatores de risco para fratura por insuficiência (5)

A

Condições que enfraquecem o osso:
* Osteoporose – principal disparadamente
* Artrite reumatoide
* Doença de Paget
* Osteomalácia
* Corticóides.

19
Q

Locais mais Comuns (por estresse)

A
  • colo do fêmur – insuficiência por osteoporose

De fadiga:
* tíbia proximal
* metatarsos
* osso do tarso

20
Q

Achados na Radiografia Convencional (para insuficiência e fadiga)

A

Inicialmente normais
* Início - (S): 15-35%
* Follow up (segmento) - S: 30-70% - alterações começam a aparecer

Ossos longos - Reação periosteal:
* Fraturas da diáfise –> Formação de calos.
* Fraturas da metáfise e epífise –> Esclerose linear

Ossos não longos - Área de esclerose difusa e mal definida (cinza mais clara – difícil ver e associar com fratura)

  • Confirmado por TC ou RM (diferenciar de focos metastáticos).
  • RM é o exame com maior acurácia!!! osso fraturado fica edemaciado (aumenta quantidade de líquido/ água – vista em T2)
21
Q

CONSOLIDAÇÃO DA FRATURAS

Variáveis envolvidas (5)

A

Consolidação = cicatrização (no contexto de fratura)

Variáveis envolvidas:
* Estado do suprimento sanguíneo – por ele que chega matéria prima para fazer a consolidação, DM deficiente
* Quantidade e posição dos fragmentos – grande de fragmentos quantidade é difícil; consolidação deficiente
* Qualidade da imobilização ou fixação (colocar gesso, placa, pino)
* Idade do paciente – mt relacionado ao suprimento sanguíneo
* Presença ou ausência de anormalidades associadas como infecção ou osteonecrose – osso com infecção ou necrose não cicatriza

22
Q

CONSOLIDAÇÃO DA FRATURAS - tipos de consolidação

A

A consolidação pode ser (predominantemente) primária ou secundária.

PRIMÁRIA:
- Ocorre em fraturas ALINHADAS e a anatomicamente reduzidas e IMOBILIZADAS
- A linha de fratura é obliterada por calo ENDOSTEAL (interno).

SECUNDÁRIA:
- Ocorre nas fraturas DESLOCADAS/DESALINHADAS ou com um espaço entre os fragmentos
- Predomínio do calo PERIOSTEAL (externo) excessivo
- Pode haver deformidade óssea residual:
* Se intraarticular –> artrose! (por lesão de cartilagem)