AULA 3 - SÍNDROME COMPARTIMENTAL Flashcards

1
Q

O que são os compartimentos?

A

São espaços anatômicos delimitados pelos ossos e por fáscia - são elementos relativamente inelásticos.

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2
Q

Quando ocorre a síndrome compartimental?

A

Quando há aumento da pressão do compartimento de modo a comprometer a perfusão tissular e colocar em risco a viabilidade das estruturas existentes (músculos, tendões, nervos e vasos).

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3
Q

Quais as duas causas?

A

Interna e compressão extrínseca.

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4
Q

Compressão extrínseca - motivos: (3)C

A

-Enfaixamento
-Aparelho gessado
-Pressão sobre o membro

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5
Q

Causa interna - motivos: (2)

A

-Edema
-Hemorragia

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6
Q

Qual a sequela clássica da sd do compartimento? O que ela é?

A

Contratura de Volkmann.

É uma contratura permanente de flexão devido à perda completa da musculatura, com substituição por tecido fibrótico, que se retrai e produz deformidades distais.
Nesse caso, também há lesão de nervo, o que pode levar a déficits sensitivomotores que podem afetar outros músculos não pertencentes ao compartimento.

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7
Q

Quais os dois tipos de síndrome compartimental?

A

Aguda
Crônica

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8
Q

Quando ocorre a aguda?

A

Quando a pressão intracompartimental excede a pressão arterial capilar por um período prolongado. É causada por mais frequência por traumatismo, lesão arterial e compressão extrínseca.

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9
Q

Qual a diferença da crônica?

A

Ela tem uma sintomatologia mais discreta, é desencadeada por atividades físicas.
Isso acontece porque o exercício aumenta a pressão intracompartimental - por elevação da perfusão capilar e do volume sanguíneo e do edema intersticial, e de fibras musculares.

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10
Q

Quais os locais mais comuns de acometimento da SD compartimental?

A

Extremidades superiores e inferiores.

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11
Q

Estão associadas a quais fraturas em MMII e MMSS?

A

MMII ==> tíbia
MMSS ==> antebraço

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12
Q

Qual é o resumo da fisiopatologia?

A

A elevação da pressão intracompartimental em níveis suficientes para comprometer a microcirculação dos tecidos, sendo o substrato final representado pelos edemas intersticial e intracelular.

Há acúmulo de líquidos e, em decorrência da pequena complacência das estruturas osteofasciais, a pressão intracompartimental, ao atingir limiares numéricos e temporais, causa comprometimento da perfusão, ocasionando sofrimento dos tecidos.

A isquemia aguda, por sua vez, aumenta a permeabilidade capilar, a qual eleva o edema intersticial, piorando a isquemia.

Instala-se um ciclo vicioso que, se mantido, resulta na destruição completa da musculatura e causa lesões variáveis aos nervos.

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13
Q

O que acontece se muitos compartimentos forem afetados?

A

Desenvolve-se a síndrome do esmagamento, com manifestações sistêmicas como acidose, hipercalemia, mioglobinúria, choque circulatório e até morte.

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14
Q

A lesão muscular ocorre apenas durante o período isquêmico?

A

Não, também ocorre na fase de reperfusão, quando é iniciada uma série dee eventos celulares e sistêmicos, em cadeia, que é conhecida como SÍNDROME DA REPERFUSÃO.

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15
Q

Qual o mecanismo da síndrome da reperfusão?

A

Durante a fase isquêmica, o músculo usa as vias anaeróbias para a obtenção de energia, o que causa acúmulo de catabólitos, principalmente representados por lactatos e produtos resultantes da degradação de nucleotídeos.

A reperfusão proporciona oxigênio e substratos exógenos, remove os catabólitos e promove a recuperação do músculo. Contudo, inicia processos que podem aumentar a agressão celular.

Com a vascularização, há dilatação local e aumento do fluxo de sangue, e como consequência, do edema.

Na reperfusão, há produção de radicais livres de oxigênio, que além de causarem agressões celulares adicionais, produzem substâncias (peptídeos) quimiotáxicas e ativadoras de neutrófilos, levando à adesão dessas células no endotélio, o que engendra mais radicais livres e agrava a lesão endotelial.

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16
Q

O que a sd de reperfusão pode causar?

A

HiperK, IRA, insuficiência respiratória, insuficiência cardíaca.

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17
Q

Desenho perna com músculos e fáscias

A
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18
Q

Fluxograma fisiopato

A
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19
Q

Quais elementos compressores?

A

Enfaixamento e aparelhos gessados.

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20
Q

Qual fator externo pode predispor sd compartimental?

A

Queimaduras elétricas e térmicas
Injeções intravenosas e de substâncias tóxicas
Administração de líquidos intra-ósseos

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21
Q

As lesões arteriais podem causar aumento de pressão por qual motivo? E principalmente depois de quantas horas?

A

Principalmente pelo edema pós-isquêmico (reperfusão), principalmente se a isquemia excedeu 6 a 8 horas.

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22
Q

Quais tipos de cirurgias podem propiciar sd compartimental?

A

Pacientes inconscientes na mesma posição ==> intervenções urológicas e ginecológicas.

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23
Q

Quais procedimentos ortopédicos podem propiciar sd compartimental?

A

Osteotomias de tíbia
Tração excessiva em mesa ortopédica para redução de fraturas

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24
Q

Qual o principal sintoma?
OBS: pode ser desde quadros leves até dramáticas.

A

Quando o indivíduo está consciente, a queixa mais importante é a dor referida na região d ocompartimento afetado, além daquela esperada para esse tipo de lesão.

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25
Q

Como é o caráter da dor?

A

-Dor crescente
-De caráter pulsátil
-Estado de intranquilidade que leva o paciente a queixar-se de forma constante
-A dor se distribui pelo segmento do membro que contém o compartimento > não fica restrita ao local do traumatismo inicial.
-A dor pode estar diminuída ou ausente quando há lesão de nervo associada ou quando usa narcóticos/analgésicos.

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26
Q

O paciente fica imóvel ou se movimenta?

A

-O paciente tende a manter a extremidade afetada imóvel, mas percebe que não melhora com a imobilização; pelo contrário, pode até piorar com o uso de imobilizador.

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27
Q

Como pode ficar a pele do paciente?

A

À palpação, a região se apresenta tensa.

A pele pode estar brilhante e quente, com aparência de celulite (mais avançado).

Também pode ter flictenas (mais avançado ainda).

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28
Q

Deve se manter gesso e curativo mesmo com risco de se perder a redução?

A

Não, eles devem ser retirados. Apenas a tensão dos tecidos moles sobre a região do compartimento não justifica o diagnóstico de sd do compartimento, mas se a região está com tensão normal e a musculatura é indolor, o diagnóstico é pouco provável.

No entanto, a avaliação da tensão fica prejudicada quando o compartimento é profundo, como na região da panturrilha.

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29
Q

Qual a posição antálgica que pode aparecer?

A

Flexão principalmente nos dedos, sendo que a menor tentativa de estendê-los produz dor intensa.

30
Q

As extremidades podem estar frias?

A

Não, normalmente elas estão quentes e o indivíduo fica incapaz de movimentá-las ativamente.

31
Q

Sintomas de edema de extremidade podem vir associados de quais outros sintomas?

A

Edema +
*alteração da coloração cutânea (palidez até escurecimento)
*parestesia
*paresia
*hipoestesia

32
Q

O pulso é um parâmetro considerado para avaliação?

A

Não é confiável, porque ele pode estar normal ou discretamente diminuído.

33
Q

Quais são os 6Ps clássicos para diagnóstico? Eles são considerados para diagnóstico precoce?

A

Não podem ser utilizados para diagnóstico porque só aparecem tardiamente, quando as alterações são irreversíveis e as sequelas são inevitáveis.

Pain
Pressure
Pulse
Paraesthesia
Paresia
Pink colour

34
Q

Como deve ser suspeitado o diagnóstico?

A

Sempre que o paciente apresente:
1. Dor crescente no membro, com as características já descritas, principalmente se já tiver sofrido trauma, imobilização ou ciurgia.

OBS: pode ocorrer mesmo na ausência de causa óbvia.

35
Q

Quais os possíveis dx?

A

TVP
DAOP

36
Q

Fatores que dificultam o diagnóstico.

A

Pct inconsciente

Pct sem história clara de compressão e injeções intraarteriais.

Lesões isoladas de nervos e artérias podem confundir o diagnóstico

37
Q

Usar analgésicos?

A

Não, porque podem mascarar a dor.

38
Q

Em qual nível manter a extremidade?

A

No nível do coração.

39
Q

Quando realizar a elevação + anticoagulação?

A

Na vigência de phlegmasia cerulea dolens.

40
Q

Qual é o único tratamento que comprovadamente funciona

A

Fasciotomia descompressiva de urgência

41
Q

A fasciotomia está indicada a partir de qual pressão?

A

30mmHg em pacientes normotensos.

Esse limite depende dos níveis da pressão diastólica e das características de cada caso.

42
Q

Medidas simples para evitar sd compartimental?

A

Drenagem postural
Movimentação ativa precoce da extremidade
Abertura do gesso
Enfaixamentos muito apertados
Gessos inadequados
Posições incorretas durante a cirurgia
Uso prolongado do garrote

43
Q

Quais procedimentos devem vir acompanhados de fasciotomias profiláticas?

A

-Reconstruções arteriais
-Fraturas graves
-Osteotomias proximais e derrotatórias da tíbia

44
Q

Qual paciente deve receber atenção?

A

O pct com anestesia peridural porque não apresenta dor

45
Q

Realizar a fasciotomia em quais compartimentos?

A

Todos os do membros

46
Q

A pele deve ser aberta?

A

Sim, deve-se realizar abertura ampla da pele e limpeza do compartimento.

47
Q

O que acontece nos casos clássicos quando a fáscia é seccionada?

A

A musculatura sofre extrusão pela incisão.

48
Q

A pele deve ser deixada aberta?

A

Sim, pois se fechada ela pode se transformar em elemento de constrição, sendo fechada posteriormente.

49
Q

O que fazer com tecido necrótico?

A

Removê-lo

50
Q

O que fazer, já que a ferida fica aberta?

A

ATB EV sistêmico

51
Q

O que fazer nos quadros com fratura externa?

A

Fixação externa

52
Q

Quantas incisões fazer na perna?

A

Somente uma incisão única lateral, que consegue alcançar todos os compartimentos de uma vez

53
Q

E quantas incisões fazer nos outros locais?

A

Nem sempre se consegue realizar apenas uma incisão, por exemplo nas mãos e nos pés é preciso de mais.

54
Q

Qual o perfil de paciente que ocorre sd compartimental crônica

A

Em jovens praticantes de esportes e a sintomatologia tem relação com a atv físicaQ

55
Q

Qual a ordem de frequência?

A
  1. Compartimento ântero-lateral da perna
  2. Compartimento posterior profundo da perna
  3. Compartimento posterior superficial da perna
56
Q

No membro inferior é mais comum em H ou M?

A

Em M

57
Q

Costuma ser bilateral ou unilateral?

A

Bilateral

Surge após o esporte

58
Q

Como é a sintomatologia?

A

Costuma ser bilateral, surgir após o esporte como dor difusa na face anterior ou posterior da perna, cãibras, edema ou parestesias no pé. Também podem apresentar sintomatologia mais sutil, como instabilidade no tornozelo, juntamente com dor.

59
Q

Qual diagnóstico diferencial?

A

DAOP porque confunde muito com claudicação intermitente.

Preicsa de descartar síndromes compressivas da artéria poplítea, IVC.

60
Q

Como é o EF em repouso?

A

Negativo, ele pode se tornar positivo após o exercício físico, com dor à palpação profunda ou tumefação.

61
Q

É positivo com quantos mmHg?

A

20 a 25mmHg da pressão diferencial e demora mais para voltar aos níveis basais

62
Q

Fluxograma suspeita de sd do compartimento

A
63
Q

Qual tratamento de síndrome do compartimento crônica?

A

Descompressão, como tratamento eletivo, porque o tratamento conservador é ineficaz.

Pode fazer aberta ou via endoscópica.

64
Q

Tabela dx sd comp, lesao arterial e lesao nervosa

A
65
Q

Mecanismo de medida da pressão intracompartimental

A
66
Q

Com qual valor de pressão fazer fasciotomia?

A
67
Q
A
68
Q
A
69
Q
A
70
Q
A