AULA 1 - ENTORSE DO TORNOZELO Flashcards

1
Q

Quais são as lesões ligamentares mais comuns?

A

Tornozelo. Correspondem a 15% de todas as lesões do esporte, 31% das lesões do futebol e 45% das lesões em basquete.

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2
Q

Ocorre quantas entorses por inversão por dia a cada 10 mil pessoas?

A

1.

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3
Q

Quantos % são os atendimentos de trauma em PA devido a entorse?

A

7 a 10%.

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4
Q

Por que essas lesões são frequentemente banalizadas e subtratadas?

A

Justamente devido à alta prevalência.

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5
Q

Em quantos por cento dos casos tratados conservadoramente ocorre persistência de sintomas residuais?

A

20 a 40% dos casos.

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6
Q

Por qual movimento ocorre a maioria das entorses?

A

Inversão.

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7
Q

A inversão lesa qual complexo ligamentar?

A

Lateral.

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8
Q

Sindesmose tibiofibular distal - pelo que é formada?

A

A superfície articular do maléolo lateral/fibular é levemente convexo e encaixa-se perfeitamente na incisura fibular da tíbia e mantém íntimo contado pela sindesmose.

E a sindesmose é formada pelo LTFA (ligamento tibiofibular anterior), LTFP (ligamento tibiofibular posterior) e pelo ligamento interósseo (espessamento da membrana interóssea na porção mais distal).

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9
Q

Sindesmose tibiofibular distal - onde se origina e insere o LTFA?

A

Se origina tubérculo de Tillaux-Chaput (no canto ântero-lateral da tíbia) e se insere na borda anterior do maléolo fibular.

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10
Q

Sindesmose tibiofibular distal - onde se origina e insere o LTFP?

A

Se fixa na porção póstero-lateral da epífise distal da tíbia (triângulo de Volkmann) e na borda posterior do maléolo lateral.

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11
Q

Sindesmose tibiofibular distal - onde se localiza o ligamento interósseo?

A

Se situa junto à margem superior da incisura fibular da tíbia e da faceta articular do maléolo fibular.

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12
Q

Complexo ligamentar lateral - formado por quais ligamentos?

A
  1. Talofibular anterior.
  2. Talofibular posterior.
  3. Fibulocalcâneo.
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13
Q

O que esse complexo garante?

A

Que o maléolo lateral seja o mais importante para a estabilidade e para a mobilidade da articulação talocrural.

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14
Q

Maléolo medial/tibial é maior ou menor? Mais anterior ou posterior?

A

Mais anterior e menor.

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15
Q

Ligamento deltoide do maléolo medial - complexos?

A

Superficial e profundo.

Superficial:
>Tibionavicular
>Tibiocalcâneo
>Tibiotalar posterior

Profundo:
>Dividido em anterior e posterior e pega toda porção não-articular da face medial do tálus.

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16
Q

Qual é o ligamento mais comumente acometido?

A

Ligamento talofibular anterior, em 60 a 70% das vezes.

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17
Q

Como ocorre a lesão de talofibular anterior?

A

A imensa maioria das entorses ocorre por inversão com lesão do complexo ligamentar lateral.

Quando o pé inverte com flexão plantar, o tálus fica menos contido dentro da pinça maleolar porque a porção posterior do tálus é mais estreita que a porção anterior.

Como o pé está parcialmente apoiado, à medida que ele inverte, a perna roda externamente.

O primeiro ligamento a ser distendido ou rompido é o LFTA, é a lesão mais frequente (60 a 70% dos casos).

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18
Q

Em qual parte do LFTA mais acontece a ruptura?

A

Na porção média.
São mais raras as desinserções da fíbula ou do tálus.

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19
Q

Além da ruptura do LFTA, o que mais pode acontecer?

A

Ruptura do LFC em 20% dos casos. Isso acontece porque o tálus pode rodar mais internamente se depois de rompido o LFTA se a força de inversão continuar agindo.

O LFC é mais carregado à medida que o pé passa de flexão plantar para dorsiflexão.

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20
Q

É possível ruptura de LFC sem ruptura de LFTA?

A

Não. Os dois funcionam sincronicamente e não é possível.

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21
Q

O que acontece se o LFC se romper?

A

Também ocorre ruptura da bainha dos fibulares devido às conexões fibrosas do LFC com a face profunda da bainha dos fibulares.

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22
Q

O que a ruptura o LFTA provoca?

A

Aumenta a possibilidade de o tálus rodar internamente e deslizar para a frente na articulação talocrural (gaveta anterior).

Com isso, somente a ruptura combinada dos dois permite a inclinação em varo do tálus dentro da pinça maleolar.

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23
Q

Qual é o ligamento mais forte?

A

LFTP. Ele raramente se rompe. Ele se contrapõe ao deslocamento posterior do tálus e à rotação externa.

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24
Q

O LFC estabiliza quais articulações?

A

Talocrural e subtalar.

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25
Q

O que acontece após a ruptura do LFC?

A

A progressão da lesão ocasiona ruptura dos ligamentos subtalares laterais.

Os mais superficiais são:
>Ligamento fibulocalcâneo
>Ligamento talocalcâneo lateral
>Parte profunda do retináculo extensor inferior

Profundos:
>Ligamento cervical (entre o colo do tálus e o corpo do calcâneo).
>Ligamento interósseo talocalcâneo (dentro do seio do tarso).

26
Q

O que uma inversão muita violenta do pé pode causar?

A

Pode lesar um ou mais feixes desse complexo ligamentar subtalar, ocasionando subluxações ou luxações.

Como elas se reduzem espontaneamente, podem passar desapercebidas e se constituírem uma causa de instabilidade do tornozelo.

27
Q

Na sindesmose, qual é o ligamento mais forte?

A

Também é o posterior - por isso a ruptura do LTFA é muito mais frequente.

A tensão maior na sindesmose se produz com o pé em dorsiflexão, e a rotação externa tende a romper o LTFA, enquanto a rotação interna provoca ruptura do LTFP.

28
Q

Definição das lesões ligamentares?

A

Estiramento ou ruptura dos ligamentos.
As fibras são pouco elásticas, não se alongam e rompem quando o coeficiente de elasticidade é ultrapassado.

Logo, as rupturas parciais podem deixar o ligamento mais longo e relaxado sem que seja possível ver isso macroscopicamente. Já nas completas, é possível observar a solução de continuidade macroscopicamente.

29
Q

Classificação lesões ligamentares

A
30
Q

Como são classificadas as lesões crônicas?

A

Como instabilidades mecânicas e instabilidades funcionais.

31
Q

Qual a diferença de instabilidade mecânica e instabilidade funcional?

A

Funcional: sensação subjetiva de que o tornozelo cede ou desloca com entorses de repetição, às vezes com dificuldade para andar em solo irregular. No entanto, não se detecta nenhum movimento anormal no tornozelo. Parece se resultar principalmente de um dano às terminações nervosas do ligamento e da cápsula articular, gerando uma deficiência proprioceptiva. Outras causas são a fraqueza dos fibulares e retropé varo.

Mecânica: existe movimento anormal na articulação, além dos limites do movimento fisiológico - os testes de instabilidade são positivos, comprovando frouxidão ligamentar como causa principal.

32
Q

Para que serve a palpação?

A

Para detectar pontos dolorosos. Pode se chegar a um diagnóstico muito preciso avaliando o mecanismo do trauma, o ponto doloroso, o ponto e o momento em que começou o edema e a capacidade funcional logo após o acidente e no momento do exame.

quando o exame é feito pouco tempo após a lesão, antes que o edema aumente e a dor se torne mais difusa, a precisão é maior, ká que a dor é bem mais localizada.

33
Q

O que fazer frente à suspeite de lesão ligamentar?

A

Manobras que testam a estabilidade.

34
Q

Quais são as duas manobras?

A

> Da gaveta anterior.
Inclinação do tálus.

35
Q

Como fazer o teste da gaveta anterior?

A

Uma mão no calcâneo empurrando-o para a frente e rodando internamente, e a outra mão sobre a face anterior do terço distal da perna e com um dedo sobre a borda anterior do corpo do tálus.

Se esse dedo detectar um movimento do tálus para a frente, é sinal de ruptura do LFTA.

Se o tálus não se desloca, mas o calcâneo cede para a frente, é sinal de instabilidade subtalar.

OBS: de preferência, realizar o teste com o pé em leve flexão plantar, porque é a posição de maior instabilidade.

36
Q

Como funciona o teste de inclinação lateral do tálus?

A

É mais difícil de ser percebido.

Joelho fletido em 90° e com o pé em leve flexão plantar, uma mão agarrando o retro e o mediopé invertendo-o fortemente, enquanto a outra mão faz a contrapressão, com um dedo no ângulo ântero-lateral da articulação, pode-se perceber um sulco se abrindo sob esse dedo.

37
Q

Quais os testes para avaliação da sindesmose?

A
  1. Compressão látero-medial da fíbula contra a tíbia no terço médio da perna.
  2. Teste de rotação externa do pé com o joelho em 90° e o pé em flexão neutra.

Se ele referir dor > grande chance de lesão da sindesmose.

38
Q

Quando fazer radiografias com estresse/manobras?

A

Não existe um consenso.

Normalmente são empregadas quando existe dúvida considerável se há ruptura ligamentar mais grave e em atletas de alto desempenho.Q

39
Q

Quais os valores normais de translação anterior do tálus em gaveta anterior? RX perfil.

A

5 a 10mm
OU
3mm a mais que o contralateral

Mais que isso sugere ruptura de LFTA

40
Q

Qual o limite do ângulo de inclinação do tálus na radiografia? RX AP.

A

Com a manobra de inversão forçada (20°de rotação interna), mede-se o ângulo de inclinação do tálus > é feito pelo traçado das linhas tangentes às articulares da tíbia e do tálus.

Valor > 10° ou diferença >5° em relação ao outro membro = ruptura de LFTA + LFC.

41
Q

E para a articulação sublatar?

A

É difícil correlacionar com os sintomas de instabilidade.

42
Q

Tratamento para entorse grau III: um dos métodos > conservador com imobilização, conservador funcional, ou cirúrgico > minimiza as chances de complicações tardias?

A

Não.

43
Q

Tratamento para entorse grau III: um dos métodos melhora a persistência de dor, edema e limitação funcional?

A

Não.

44
Q

Tratamento para entorse grau III: o tratamento funcional devolve a ADM mais cedo?

A

Sim, mas ao final de um ano não há diferença.

45
Q

Tratamento para entorse grau III: pacientes tratados com imobilização ou cirurgia têm atrofia de panturrilha?

A

Sim, mas depois de 6 meses a diferença já não existe.

46
Q

Tratamento para entorse grau III: há diferença entre os tipos de tratamento para a reincidência?

A

Não.

47
Q

Tratamento para entorse grau III: o tratamento cirúrgico é isento de complicações?

A

Não. O funcional sim, imobilização também é muito seguro, mas o cirúrgico pode ter complicações graves ocasionalmente.

Por isso, não há nenhuma escolha preferencial para a escolha de cirurgia.

48
Q

Como se divide o tratamento conservador para lesões grau I e II?

A

É dividido em 3 fases:

1ª fase: RICE por 1 a 2 semanas - essas medidas reduzem edema, inflamação e dor.
Gelo por 15 a 20 minutos, 3 a 4 vezes por dia, por 1 a 5 dias.
Compressão é feita com ataduras elásticas e esparadrapo ou tornozeleira. A deambulação é parcial e limitada, com utilização de muletas.
À medida que a dor diminui, o PCT deve exercitar a flexoextensão várias vezes ao dia.

2ª fase: a duração é variável e busca retomar a função da musculatura e o restabelecimento da função proprioceptiva (prejudicada pela lesão ligamentar).
São fornecidos exercícios para fortalecimento dos fibulares e para alongamento do tríceps quando contraturado.
Os exercícios se iniciam com permanência em apoio monopodal sobre o membro afetado de olhos abertos e depois de olhos fechados, em torno de 15 segundos.
Não havendo mais perda de equilíbrio ou oscilação do corpo, iniciam-se os exercícios sobre a prancha oscilante e de ADM. Essa fase se encerra quando não houver mais dor e houver mobilidade ampla.

3ª fase: exercícios de força, agilidade, amplitude de propriocepção > com o objetivo de voltar às atividades anteriores.

49
Q

Como é o tratamento conservador das lesões grau III - por quanto tempo deve ser feito?

A

4 a 6 semanas.

50
Q

Como é o tratamento conservador das lesões grau III - com qual tipo de tala?

A

Tala em U, bota gessada ou uma órtese imobilizadora do tornozelo.

51
Q

Fazer a imobilização imediatamente?

A

Não, em caso de muito edema e dor, pode fazer o RICE antes.

52
Q

Como deve ser a imobilização?

A

Posição neutra, leve dorsiflexão (5°) e eversão para evitar cicatrização com ligamento alongado e juntar a ruptura.

53
Q

Pode permitir o apoio total ou parcial com quanto tempo?

A

A partir da 3a semana se usar essa imobilização, dispensando uso de muletas.

54
Q

Tratamento funcional com exercícios acelera?

A

Sim, tem resultados mais rápidos do que ficar só com a imobilização rígida por várias semanas.

55
Q

Como prosseguir com rupturas do ligamento deltoide?

A

Tratamento conservador quando nao houver interposição entre o ligamento e maléolo tibial e o tálus.

56
Q

Pode fazer o tratamento cirúrgico imediato em casos de ruptura de grau III?

A

Pode pode, alguns autores defendem isso, tem a teoria de que a sutura dos ligamentos rotos evite uma cicatrização viciosa porque as extremidades do ligamento podem estar enroladas, mas não há nenhum consenso quanto a isso.

57
Q

Como é o tratamento nas instabilidades crônicas?

A

O tratamento conservador com uso de suporte externo, treinamento proprioceptivo e fortalecimento dos fibulares tem eficácia de 50%.

58
Q

Os melhores resultados são obtidos nas instabilidades funcionais ou mecânicas?

A

Funcionais.

59
Q

Vale a pena fazer RX com estresse antes de fazer cirurgia nesses casos de instabilidade crônicas?

A

Sim

60
Q

Outras opções de exames para inst crônicas?

A

RM e ECO.

61
Q

Quais são os procedimentos cirúrgicos?

A

Anatômicos: