Aula 04 - QRS, eixo, bloqueios e sobrecarga Flashcards

1
Q

O que é o sistema hexaxial no ECG?

A

É a representação dos eixos das seis derivações do plano frontal, separadas por 30°, usado para calcular o eixo elétrico médio do QRS.

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2
Q

Qual a convenção para os polos positivos e negativos no sistema hexaxial?

A

O polo positivo de D1 está em 0°. Acima de D1, os valores são positivos; abaixo, são negativos.

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3
Q

Como os ângulos são organizados no sistema hexaxial?

A

A partir de D1 (0°), aumentam de 30° em 30° no sentido horário até +180°, e no sentido anti-horário até -180°.

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4
Q

Como identificar a metade positiva e negativa de cada derivação?

A

A metade positiva tem linha cheia (eletrodo explorador) e a negativa tem linha tracejada.

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5
Q

Qual a importância do sistema hexaxial no ECG?

A

Permite calcular o eixo elétrico médio do QRS e avaliar desvios do eixo cardíaco.

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6
Q

O que é o sistema hexaxial no ECG?

A

O sistema hexaxial representa os eixos das seis derivações do plano frontal, separados por ângulos de 30°.

Ele é utilizado para calcular o eixo elétrico médio do complexo QRS. O polo positivo de D1 está em 0°, e os graus aumentam de 30° em 30° no sentido horário até +180° e no sentido anti-horário até -180°.

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7
Q

Como são distribuídas as metades positiva e negativa das derivações no sistema hexaxial?

A

Cada derivação tem uma metade positiva (onde está o eletrodo explorador) e uma metade negativa. A metade positiva é representada por uma linha cheia e a negativa por uma linha tracejada.

Exemplo: o polo positivo de aVL está em -30°.

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8
Q

O que representa a orientação do QRS no plano frontal do ECG?

A

O eixo elétrico normal do QRS no plano frontal está entre -30º e +90º.

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9
Q

Como identificar um desvio do eixo elétrico no ECG?

A

Se o eixo estiver além de -30º, há desvio para a esquerda. Se estiver além de +90º, há desvio para a direita.

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10
Q

Quais derivações são usadas para avaliar a orientação do QRS?

A

DI, DII e aVF são utilizadas para analisar o eixo elétrico do QRS.

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11
Q

O que significa um eixo elétrico entre +30º e +90º?

A

Indica um eixo elétrico normal, direcionado para baixo e levemente à esquerda.

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12
Q

Em que situação o eixo elétrico estaria em +180º?

A

Em bloqueios ou hipertrofias severas, pode haver desvio extremo do eixo para +180º.

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13
Q

O que é considerado um desvio extremo do eixo?

A

Eixo do QRS entre -90º e -180º.

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14
Q

Quais derivações são usadas para avaliar o eixo elétrico?

A

DI, DII, aVF, aVL, aVR e DIII.

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15
Q

O que caracteriza um desvio de eixo para a esquerda?

A

Eixo do QRS entre -30º e -90º.

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16
Q

O que caracteriza um desvio de eixo para a direita?

A

Eixo do QRS entre +90º e +180º.

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17
Q

Quando o eixo do QRS é considerado normal?

A

Quando D1 e aVF são positivos, indicando um eixo entre 0º e +90º.

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18
Q

Qual é a configuração eletrocardiográfica de um possível desvio do eixo para a esquerda?

A

D1 positivo e aVF negativo, com eixo entre 0º e -90º.

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19
Q

Quando ocorre um desvio do eixo para a direita?

A

Quando D1 é negativo e aVF é positivo, com eixo entre +90º e +180º.

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20
Q

O que caracteriza um desvio extremo do eixo?

A

D1 e aVF negativos, com eixo entre +90º e +180º.

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21
Q

Como identificar a derivação perpendicular ao vetor resultante do QRS?

A

Procurar a derivação com um complexo QRS isodifásico.

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22
Q

Como determinar a direção do vetor resultante do QRS?

A

O vetor resultante se direciona para a derivação com maior amplitude positiva ou se afasta se for negativa.

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23
Q

O que ocorre quando duas derivações possuem amplitudes iguais?

A

O vetor resultante estará entre essas duas derivações.

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24
Q

Qual a relação entre D1, D2 e o eixo elétrico normal?

A

Se D1 e D2 forem positivos, o eixo elétrico será normal (-30° a +90°).

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25
Qual é a duração normal do complexo QRS em um ECG?
A duração normal do QRS é até 110 ms. Valores acima disso podem indicar distúrbios na condução elétrica ventricular, como bloqueios de ramo.
26
O que pode significar um QRS com duração superior a 110 ms?
Um QRS alargado (> 110 ms) pode indicar um distúrbio de condução intraventricular, como um bloqueio de ramo (direito ou esquerdo), ou até mesmo uma via acessória em condições como a síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW).
27
Como diferenciar um Bloqueio de Ramo Direito (BRD) em um ECG?
O BRD apresenta morfologia em 'M' (RSR') na derivação V1. A onda S é profunda em V6. O QRS pode estar alargado (>110 ms no BRD incompleto e >120 ms no BRD completo).
28
Como diferenciar um Bloqueio de Ramo Esquerdo (BRE) em um ECG?
O BRE apresenta QRS alargado (>120 ms). Em V1, há um padrão QS ou rS, ou seja, o QRS é predominantemente negativo. Em V6, há um R largo e sem onda Q, chamado de morfologia de torre (R larga pura). Pode estar associado a doenças cardíacas estruturais, como cardiomiopatia e isquemia.
29
Como diferenciar um BRD de um BRE apenas olhando V1 e V6?
Se V1 tem morfologia em M (RSR’) e V6 tem S profunda → Bloqueio de Ramo Direito (BRD). Se V1 tem QS ou rS (negativo) e V6 tem R largo sem onda Q → Bloqueio de Ramo Esquerdo (BRE).
30
O que acontece quando um ramo do sistema de condução cardíaco é bloqueado?
O estímulo elétrico leva mais tempo para chegar ao ventrículo correspondente, prolongando a despolarização ventricular e alargando o QRS.
31
Qual é o impacto do bloqueio de ramo no complexo QRS?
O bloqueio de ramo provoca alargamento do QRS ≥ 120 ms no ECG, indicando condução ventricular anormal.
32
Por que o QRS se alarga no bloqueio de ramo?
Como um ramo está bloqueado, a ativação ventricular ocorre por condução lenta, célula a célula, ao invés de pelo sistema especializado.
33
Como identificar um bloqueio de ramo no ECG?
O QRS estará alargado (>120 ms no bloqueio completo) e apresentará padrões típicos em V1 e V6: BRD: RSR’ em V1 e S profunda em V6. BRE: QS ou rS em V1 e R largo sem onda Q em V6.
34
O que acontece quando há atraso na condução do ramo direito?
O ventrículo direito recebe o estímulo elétrico atrasado, prolongando a ativação ventricular.
35
Como o atraso do ramo direito afeta o QRS no ECG?
O complexo QRS se alarga ≥ 120 ms e as forças finais apontam para V1 e aVR.
36
Qual é a principal alteração na morfologia do QRS no bloqueio de ramo direito (BRD)?
Apresenta padrão RSR' em V1 e onda S profunda em V6.
37
Como diferenciar um bloqueio de ramo direito no ECG?
QRS alargado ≥ 120 ms RSR’ (morfologia em “M”) em V1 S profunda em V6 Vetor final aponta para V1/aVR
38
Qual é o sinal clássico do bloqueio de ramo direito no ECG?
O sinal das orelhas de coelho em V1 (morfologia RSR’) e onda S empastada em V6.
39
Como se caracteriza o complexo QRS no bloqueio de ramo direito?
QRS ≥ 120 ms RSR’ em V1 (duas ondas R, como orelhas de coelho) Onda S alargada em V6
40
O que significa a morfologia RSR' em V1 no bloqueio de ramo direito?
Representa atraso na ativação do ventrículo direito, levando a uma segunda onda R.
41
Como diferenciar bloqueio de ramo direito no ECG?
QRS alargado (≥120ms) RSR’ (orelhas de coelho) em V1 S empastada em V6 Desvio do vetor para V1/aVR
42
Quais são as três formas clássicas do bloqueio de ramo direito de 3º grau?
rSR’ (Grishman) – Padrão clássico de BRD, com onda R’ (duas ondas R em V1). R puro (Cabrera) – Ausência de onda S, com R alargado em V1/V2. QRS ≥ 120ms – Critério fundamental para BRD completo.
43
Como identificar a morfologia rSR' (Grishman) no BRD?
Presença de duas ondas R (R' secundária) em V1, formando o sinal das orelhas de coelho.
44
O que caracteriza o padrão R puro (Cabrera) no BRD?
Ausência da onda S em V1/V2 e presença de um QRS alargado ≥ 120 ms.
45
Qual é o critério eletrocardiográfico essencial para diagnóstico de BRD completo?
QRS ≥ 120 ms + Morfologia rSR’ ou R puro em V1/V2 + S larga em V6.
46
O que caracteriza a morfologia qR no bloqueio de ramo direito (Sodi-Pallares)?
Presença de uma onda q inicial seguida de R ampla e sem onda S em V1.
47
Qual a principal diferença entre a morfologia qR (Sodi-Pallares) e a rSR’ (Grishman) no BRD?
qR (Sodi-Pallares): Apresenta onda q inicial antes da R ampla. rSR' (Grishman): Apresenta padrão rSR', com R' tardio (orelhas de coelho).
48
A morfologia qR em V1 pode sugerir o quê além de BRD?
Pode estar associada a sobrecarga ventricular direita e cor pulmonale crônico.
49
Quais são os achados eletrocardiográficos no Bloqueio de Ramo Direito de Primeiro Grau?
QRS ≤ 120 ms Onda s curta em D1 e V6 Onda r curta e de alta amplitude em aVR Padrão rsr’ em V1
50
Como diferenciar o BRD de primeiro grau do BRD de terceiro grau no ECG?
BRD de primeiro grau: QRS ≤ 120 ms, rsr’ em V1, sem atraso significativo na condução. BRD de terceiro grau: QRS > 120 ms, ondas S e R empastadas, padrão rSR’ (Grishman) ou R puro (Cabrera) em V1.
51
Qual a principal característica do BRD de terceiro grau no ECG?
QRS alargado (> 120 ms) S empastada em D1 e V6 R empastado em aVR rSR’ em V1 (Grishman) ou R puro (Cabrera)
52
Qual o sinal clássico do Bloqueio de Ramo Esquerdo (BRE) no ECG?
Notch na onda R em V6 (morfologia de torre) QS ou rS em V1 (QRS negativo) QRS ≥ 120 ms
53
O que significa o sinal da torre do Senhor dos Anéis no ECG?
Representa o notch na onda R em V6 Característico do Bloqueio de Ramo Esquerdo (BRE)
54
Como diferenciar BRE de BRD no ECG?
BRE: QRS alargado com rS ou QS em V1 e notch na onda R em V6 BRD: QRS alargado com padrão rSR’ em V1 e S alargada em V6
55
Quais são as principais causas de lesões no sistema de condução cardíaco?
Lesões no tronco, ramos ou fibras de Purkinje Cardiomiopatia dilatada Cardiomiopatia hipertensiva Doenças da aorta
56
Quais procedimentos podem causar alterações no sistema de condução cardíaco?
Intervenções na aorta TAVR (até 65% em 24h) Troca cirúrgica (5%) Intervenções no septo ventricular Miectomia septal (40%)
57
Quais critérios definem o bloqueio de ramo de terceiro grau no ECG?
Ausência da onda Q septal em D1, aVL e V6 QRS ≥ 120 ms Notch ou slurring na porção média do QRS em pelo menos duas derivações (V1, V2, V5, V6, D1 e aVL) Padrão QS ou rS em V1 Inversão de ST-T
58
O que caracteriza a presença de notch ou slurring no ECG?
Irregularidade na porção média do QRS, sugerindo alteração na condução ventricular Presente em pelo menos duas derivações Pode ser encontrado em V1, V2, V5, V6, D1 e aVL
59
Qual a importância do intervalo do QRS no diagnóstico de bloqueios?
QRS ≥ 120 ms: indica possível distúrbio de condução QRS ≥ 140 ms: sugere bloqueio mais avançado, associado a maior impacto hemodinâmico
60
Quais são os critérios eletrocardiográficos de Sokolow-Lyon para Sobrecarga de VE?
S de V1 + maior R de V5 ou V6 ≥ 35 mm ## Footnote Sensibilidade: 57%, Especificidade: 86%
61
O que define o critério de Cornell para Sobrecarga de VE?
R de aVL + S de V3 ≥ 28 mm (homens) ou ≥ 20 mm (mulheres) ## Footnote Sensibilidade: 42%, Especificidade: 96%
62
Qual o critério de R em aVL para diagnóstico de Sobrecarga de VE?
R em aVL ≥ 11 mm ## Footnote Sensibilidade: 13%, Especificidade: 99%
63
Como funciona o escore de Romhilt-Estes para Sobrecarga de VE?
Escore baseado em pontos: 3 pts: S em V1/V2 ou R em V5/V6 ≥ 30 mm 3 pts: Strain 3 pts: Sobrecarga atrial esquerda 2 pts: Desvio do eixo além de -30° 1 pt: QRS ≥ 90 ms 1 pt: Deflexão intrínseca em V5/V6 ≥ 50 ms ## Footnote Sensibilidade: 52%, Especificidade: 97%