Aula 03 - ... Flashcards
Quais são os três critérios para definir um ritmo sinusal no ECG?
Morfologia e orientação normal da onda P (entre -30° e +90°):
A onda P deve ser positiva em D1, D2, aVF, V5 e V6.
Deve ser negativa em aVR.
Uma onda P para cada complexo QRS.
Ondas P com mesma morfologia em todas as batidas.
Como a onda P deve se apresentar para ser considerada de origem sinusal?
A onda P deve ser positiva em D1, D2, aVF, V5 e V6 e negativa em aVR, refletindo um estímulo que parte do nó sinoatrial.
O que significa a presença de mais de uma morfologia da onda P no ECG?
Ondas P com morfologias diferentes podem indicar ritmo atrial ectópico, ritmo atrial multifocal ou até fibrilação atrial.
O que significa a ausência de onda P antes do complexo QRS?
A ausência de onda P antes do QRS pode indicar fibrilação atrial, ritmo de junção AV ou outros tipos de arritmias supraventriculares.
Quais anormalidadess atriais podem ser identificadas no ECG?
- Bloqueios
- Sobrecargas
O que caracteriza a sobrecarga atrial direita (SAD) no ECG?
A SAD é caracterizada por uma onda P aumentada (>2,5 mm) e pontiaguda, especialmente em D2 e V1, sendo chamada de P pulmonale.
Qual o nome do achado eletrocardiográfico clássico da sobrecarga atrial direita (SAD)?
P pulmonale, que se refere a uma onda P alta e pontiaguda (>2,5 mm) em D2 e V1.
Quais doenças pulmonares podem levar à sobrecarga atrial direita (SAD)?
Doenças pulmonares obstrutivas crônicas, como DPOC e hipertensão pulmonar crônica, podem levar à sobrecarga do ventrículo direito, resultando em SAD.
Quais são as principais doenças cardíacas congênitas associadas à sobrecarga atrial direita (SAD)?
Tetralogia de Fallot
Estenose da artéria pulmonar
Anomalia de Ebstein
Como a Anomalia de Ebstein causa sobrecarga atrial direita (SAD)?
A Anomalia de Ebstein causa deslocamento da válvula tricúspide, levando a regurgitação tricúspide e aumento do átrio direito, resultando em SAD.
Como a regurgitação valvar pode causar sobrecarga atrial direita?
A regurgitação tricúspide faz com que o sangue retorne para o átrio direito, sobrecarregando-o e levando à SAD.
Qual o impacto das cardiomiopatias graves na sobrecarga atrial direita?
As cardiomiopatias graves podem comprometer o ventrículo direito, aumentando a pressão no átrio direito, resultando em SAD.
O que significa?
Qual é o critério eletrocardiográfico para identificar sobrecarga atrial direita (SAD) nas derivações inferiores?
Onda P mais ampla que 2,5 quadradinhos em D2, D3 e aVF.
Em quais derivações a onda P deve ser analisada para diagnóstico de SAD?
Derivações inferiores (D2, D3, aVF) e precordiais (V1 e V2).
Qual é a característica da onda P em V1 ou V2 na sobrecarga atrial direita?
A porção positiva da onda P deve ser maior que 1,5 quadradinho.
Os critérios de sobrecarga atrial direita no ECG são sensíveis ou específicos?
São pouco sensíveis e muito específicos, ou seja, se estiverem presentes, confirmam o diagnóstico, mas sua ausência não exclui SAD.
Além das alterações na onda P, qual outro parâmetro pode estar alterado na sobrecarga atrial direita (SAD)?
O complexo QRS, que normalmente avalia o ventrículo, também pode apresentar alterações.
Qual a sensibilidade e especificidade do sinal de Peñaloza-Tranchesi-Reeves para sobrecarga atrial direita?
Sensibilidade: 46%
Especificidade: 93%
O que é o sinal de Peñaloza-Tranchesi-Reeves?
Critério eletrocardiográfico para sobrecarga atrial direita (SAD) baseado na amplitude do QRS.
Como se manifesta o sinal de Peñaloza-Tranchesi-Reeves no ECG?
Inclui:
- Amplitude do QRS em V1 ≤ 4 quadradinhos
- Aumento de 5 vezes na amplitude do QRS em V2
Quais são as principais condições que podem levar à sobrecarga atrial esquerda (SAE)? (4)
As principais causas de sobrecarga atrial esquerda (SAE) incluem:
- Estenose mitral
- Cardiomiopatias dilatadas
- Hipertensão arterial
- Doença arterial coronária.
Essas condições podem levar a um aumento da pressão no átrio esquerdo, resultando em alterações eletrocardiográficas características.
Como identificar uma onda P normal no ECG?
A onda P tem uma morfologia simétrica e dura até 100 ms. A amplitude é ≤ 2,5 mm em D2. Em V1, pode ser bifásica, com a porção positiva e negativa equilibradas.
Quais são os critérios para sobrecarga atrial direita (SAD) no ECG?
Onda P alta e pontiaguda (> 2,5 mm) em D2, D3 e aVF. Duração normal (< 120 ms). Em V1, a porção positiva da onda P pode estar aumentada. Associado a doenças pulmonares crônicas.
O que é o índice de Morris e qual sua importância?
O índice de Morris é um critério para sobrecarga atrial esquerda (SAE). No ECG, é caracterizado por uma onda P bifásica em V1, com a porção negativa > 1 mm². Sugere aumento do átrio esquerdo, comum em estenose mitral e hipertensão arterial.
O que é o Índice de Morris e como ele é calculado?
Índice diagnóstico de sobrecarga atrial esquerda (SAE). Calculado como: duração da fase negativa da onda P em V1 (ms) × amplitude da fase negativa (mm). Se > 40 ms × mm, confirma SAE com alta especificidade (>90%).
Qual é o critério eletrocardiográfico do Índice de Morris para diagnóstico de SAE?
Onda P bifásica em V1 com fase negativa aumentada. Produto (duração × amplitude) > 40 ms × mm. Alta especificidade para SAE (>90%).
Onda P bifásica em V1 com fase negativa alargada e aprofundada pode indicar o quê?
Sobrecarga atrial esquerda (SAE). Confirmada pelo Índice de Morris > 40 ms × mm. Comum em estenose mitral e hipertensão arterial.
O que caracteriza um bloqueio interatrial no ECG?
Aumento da duração da onda P maior que 120 ms (≥ 3 quadradinhos) em derivações inferiores (D2, D3 e aVF). Pode ser confundido com sobrecarga atrial esquerda (SAE), mas tem uma fisiopatologia diferente.
O que não é critério exclusivo para sobrecarga atrial esquerda (SAE)?
Aumento da duração da onda P > 120 ms em D2, D3 e aVF não é suficiente para diagnóstico de SAE. Isso está mais associado a bloqueio interatrial do que à SAE.
Qual é a principal diferença entre bloqueio interatrial e sobrecarga atrial esquerda no ECG?
Bloqueio interatrial: Aumento da duração da onda P ≥ 120 ms em derivações inferiores. SAE: Índice de Morris positivo (fase negativa da onda P em V1 ≥ 40 ms e ≥ 0,1 mV).
Qual é o critério principal do Índice de Morris para diagnóstico de SAE?
Porção negativa da onda P em V1 ≥ 40 ms e ≥ 0,1 mV. Alta especificidade para sobrecarga atrial esquerda (>90%).
Qual critério combina bloqueio interatrial + índice de Morris para sugerir SAE?
P ≥ 120 ms em D2 + fase negativa da onda P em V1 ≥ 40 ms. Sensibilidade: 50% | Especificidade: 87%.
Qual achado não é confiável para diagnóstico de SAE?
P ≥ 120 ms apenas em D2, D3 ou aVF tem baixa especificidade (35%). Pode ser apenas bloqueio interatrial sem SAE.
O que é o bloqueio interatrial (BIA)?
É um marcador de fibrose atrial e pode indicar cardiomiopatia atrial. Caracteriza-se pela onda P prolongada no ECG. Pode estar associado a fibrilação atrial (FA), AVC e demência.
Quais são as possíveis complicações do bloqueio interatrial (BIA)?
Aumento do risco de arritmias supraventriculares, especialmente fibrilação atrial. Maior chance de AVC devido à predisposição à FA. Pode estar relacionado ao desenvolvimento de demência.
Como o bloqueio interatrial se apresenta no ECG?
Onda P prolongada (> 120 ms). Pode apresentar morfologia bifásica em V1. Pode ser confundido com sobrecarga atrial esquerda, mas tem causa funcional diferente.
Quais são os graus do bloqueio interatrial e suas características?
1º grau: Condução atrial retardada, mas ocorre completamente. 3º grau: Bloqueio total entre os átrios, levando a ativação retrógrada do AE.
O que caracteriza o bloqueio interatrial de primeiro grau no ECG?
Onda P ≥ 120 ms nas derivações D2, D3 e aVF. Morfologia bifásica (bifida). Indica retardo na condução entre os átrios, mas sem bloqueio total.
Como é definido o bloqueio interatrial de segundo grau?
Pode alternar entre primeiro e terceiro grau de forma intermitente. Representa uma transição na falha da condução interatrial. Não tem um padrão fixo, sendo identificado em registros dinâmicos.
Quais são as características do bloqueio interatrial de terceiro grau?
Onda P ≥ 120 ms em D2, D3 e aVF com morfologia plus-minus. Indica bloqueio completo na condução interatrial. Pode levar à ativação retrógrada do átrio esquerdo.
Como diferenciar os graus do bloqueio interatrial no ECG?
1º grau → P ≥ 120 ms, bifásica em D2, D3 e aVF. 2º grau → Alternância entre padrões do 1º e 3º grau. 3º grau → P ≥ 120 ms, com morfologia plus-minus e bloqueio total entre átrios.