Aterosclerose Flashcards
Qual a definição de Aterosclerose?
Doença inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre em resposta a uma agressão endotelial acometendo principalmente a camada íntima das artérias de médio e grande
calibre podendo ser focal ou difusa. Tal inflamação crônica envolve em sua fisiopatologia elementos da parede vascular, lipídios, trombose e células imunes, num silencioso e longo processo através da vida adulta pontuado por dramáticos eventos
cardiovasculares agudos.
Qual a clínica da aterosclerose?
A maioria dos ateromas não causa sintomas, e muitos jamais produzirão manifestações clínicas. Contudo, algumas manifestações, como AVEi, isquemia cerebral transitória, infarto, angina estável ou instável e arteriopatia periférica (claudicação intermitente, gangrena e necrose), podem ocorrer.
Quais os fatores de risco para a aterosclerose?
FATORES DE RISCO MAIORES
Não modificáveis: idade >50 anos, sexo masculino (ou feminino pós-menopausa), genética/ histórico familiar positivo.
Modificáveis: dislipidemia*, tabagismo, DM, HAS,
obesidade e sedentarismo.
*(Aumento do LDL-colesterol ou redução do HDL–colesterol +hipertrigliceridemia).
FATORES DE RISCO MENORES
Modificáveis: obesidade, sedentarismo, estresse
emocional (tipo A), menopausa, dieta rica em gorduras saturadas, dieta rica em carboidratos, alcoolismo, homocisteína, doenças inflamatórias, câncer, etc. (MedCurso citou também HIV, microalbuminúria, proteína C reativa aumentada).
Como controlar a aterosclerose?
Manter a PA abaixo de 12/8, cessar tabagismo, controle rigoroso do DM, controle dislipidemia.
Como as células espumosas são formadas?
Os leucócitos- monócitos e os linfócitos T - após
aderirem ao endotélio, essas conseguem penetrar na camada íntima e lá são retidos. Uma vez “residentes” na camada íntima da artéria, os monócitos se diferenciam em macrófagos, que então endocitam partículas de LDL oxidado, transformando-se nas Células Espumosas – típicas da aterosclerose. O acúmulo de lipídios (apoptose e núcleo necrótico das células espumosas) e de células espumosas na camada íntima caracteriza
as estrias gordurosas, que são as lesões primordiais da aterosclerose.
Qual a consequência imediata da rotura de uma placa aterosclerótica?
Trombose.
Quais os tratamentos para a aterosclerose?
NÃO FARMACOLÓGICO
A terapia nutricional – redução de
bebidas alcoólicas e carboidratos, bem como de AG
saturados e trans- deve sempre ser adotada. O alcance das metas de tratamento é variável e depende da adesão à dieta, às correções no
estilo de vida − perda de peso, atividade física e cessação do tabagismo − e, principalmente, da
influência genética da dislipidemia em questão. A utilização de técnicas adequadas de mudança do
comportamento dietético é fundamental.
o FARMACOLÓGICO
Estatinas. Até o presente, a redução do LDL-C por inibidores da hidroximetilglutaril coenzima A
(HMG CoA) redutase ou estatinas permanece sendo a terapia mais validada por estudos clínicos para reduzir a incidência de eventos CVs. A redução do LDL-C varia muito entre as estatinas. As estatinas reduzem os TGs também. Efeitos colaterais são raros no tratamento com estatinas. Entre eles, a miopatia é o mais comum.