Atendimento inicial ao politraumatizado Flashcards
Pré-Hospitalar
- Segurança da cena: A vida do socorrista nao é colocada em perigo em momento algum.
1.1 Desastre x Catastrofe ( catastofre tem coisas que dificultam o resgate) –> Sempre analisar o cenário e tomar a melhor decisao. - Falar com a central de regulaçao para preparar o hospital
- Salvar as pessoas com maiores chances de viver ( se exceder a capacidade de atendimento dos socorristas)
- Classificar gravidade da vítima:
Anda e fala ? Verde
30, 2, Pode fazer? Amarelo
30, 2, Pode fazer? Vermelho
FR maior que 30
Enchimento capilar maior que 2
E nao pode fazer –> Inconsciente - ABCDE
Zonas no atendimento pré-hospitalar
Zona quente: Epicentro do desastre ( cuidado ao entrar e normalmente nao entra, somente em operaçoes feitas com cuidado)
Zona morna: Regiao segura mais próxima da zona quente, onde deve-se montar a tenda de atendimento avançada
Zona fria: Zona longe e segura da zona quente onde deve-se colocar a maior parte dos recursos materiais e humanos.
Disposiçao Trimodal das mortes no trauma
50%-> morte minutos ou segundos depois ( laceraçao de aorta , lesao no coraçao, medular, tronco cerebral )
30% –> horas depois (TCE e hemorragia )
20% -> >24h ( embolia pulmonar, sepse, falencia organica múltipla)
Airway
- Falou via aérea tá boa.
- 1 Paciente inconsciente? Fazer chin lift( levantar o queixo ) e jaw trust( levantar madíbula) facilitam a respiraçao em caso de queda da base da língua.
- 2 Mascara de oxigenio ( quando nao precisar de via aérea definitiva) –> sempre 12 l/min de 02
- Acesso definitivo de via áerea (VA) : Apneia, proteçao de via aérea ( convulsao, extensao trauma de face), comprometimento iminente de via aérea TCE grave ( glasgow < 8 -> risco de broncoaspiraçao).
- Vias possíveis: Intubaçao orotraqueal/nasotraqueal e Cirúrgicos ( criocotireoidostomia e traqueostomia )
- Uso de acesso cirúrgico: Trauma maxilo facial extenso, distorçao anatomia do pescoço e VA nao visualizada. OBS: A crico nao pode ser feita com lesao dos aneis da laringe e a traqueo entra na traqueia.
- Cricotireoidostomia por punçao: Paciente que pode ser submetido a técnica cirurgica e entra em apneia, utiliza-se essa técnica. Conecta o tubo a um sistema de ventilaçao intermitente a jato, nao podendo ficar mais de 30 minutos ( acumula co2- hipercapneia- pelo pouco tempo de expiraçao)
- Estabilizaçao de coluna cervical: Colar cervical + coxins
O transporte utiliza pranchas longas, que devem ser retiradas no hospital para evitar escaras
Observaçao: Na intubaçao de sequencia rápida utiliza-se hipnótico e bloqueador muscular.
Breathing - Ventilaçao/ Respiraçao
- Fornecimento de 02: Tubo endotraqueal, cateter nasal e mascara facial.
- Exame de tórax: Inspeçao, palpaçao, percussao e ausculta
- Ciladas da Fase B:
3.1 Pneumotorax Hipertensivo: Diagnóstico totalmente clínico, pois o paciente nao aguenta o raio-x
O ar entra na pleura, colabando o pulmao, desviando o mediastiano, diminuindo o outro pulmao e desviando a traqueia.
-> Taquipneia, Turgencia jugular ( comprime a cava superior), desvio de traqueia, fremito toracovocal abolido, hipertimpanismo a percusao e murmurio vesicular abolido ( escuta na parte anterosuperior)
–> Medida salvadora: Toracocentese: Linha axilar media 5 espaço
–> Tratamento: Linha axilar, 4/5 espaço intercostal com selo d`agua - 2 Pneumotórax aberto: Buraco > 2/3 da traqueia o ar vai preferir entrar pelo buraco do que pela traqueia.
- -> Tratamento: Fixar um curativo quadrangular em tres pontas
3.3 Hemotórax:
Ausculta na base da parte posterior.
Confirmada com radiografia de tórax.
Circulation
Qual a principal causa de choque no politraumatizado? Hemorragia ( abdomen- figado e baço principalmente), fraturas pelvicas instáveis e hemotórax maciço)
- Como ver se tá chocando?
Observe a PA, Coloraçao da pele, DIURESE, PVC, taquicardia, oxigenaçao e conosciencia - Tá chocando, oque fazer?
-Acesso periférico nos dois MMS
-Amostra de sangue ( lembrar de teste de gravidez para mulheres e teste de prova cruzada para tipo sanguíneo) e RINGER
-Passa sonda vesical ( adulto 0.5ml/kg/h e criança 1 ml/kg/h) cateter de foley ou owen ( owen tem uma via a mais para infundir medicamento) e pega acesso central para ver PVC
-Fast ou lavado periotoneal diagnóstico–> abdomen
RX–> pelve e tórax
-Parar o sangramento
-Pressao tá aguentando? Nao? Ringer - Como tá o lactato? Até 2,5 tá traquilo. Como baixar? Taca volume para melhorar a perfusao e diminuir o lactato.
- Quando migra para reposiçao de sangue e nao ringer? Hematócrito nao é uma boa, pois ele só cai quando o trem tá muito feio. Olhe e observe os parametros do choque. Choque grau 3 e 4 exigem ringer + sangue. Também pelo tipo de resposta ao choque.
Exame físico
Hemorragia externa–> compressao
Torniquete? exceçao ( amputaçao traumatica)
Hemorragia nao aparente- cavidade abdominal, torácica, pélvica
Reposiçao sanguínea- depende do nível do choque ( grau 4)
Hemorragia maciça- 10UI transfundidos em 24h
Reposiçao de plasma e plaquetas ( discussao se da 1 de cada para cada 1 ou 2 concentrados de hemacias)
Dor no abdomen mas nao acha nada? Lembre que fratura nos dois últimos arcos costais e na pelve podem dificultar, já que a palpaçao do abdomen vai ser dolorosa.
Disiness ( neurológico )
1.Glasgow:
-> 1.1 Ocular: 4
Espontanea
Chamado
Pressao
Nao abre
–> 1.2 Verbal: 5
Orientada
confusa
palavras
sons
Nenhuma
–> 1.3 Motora: 6
Obedece comando
Localiza dor
movimento de retirada
flexao anormal
extensao anormal
nao movimenta
2. Reaçao Pupilar:
Isocoricas? Anisocoricas? Miose? Midriase?
- Movimentaçao de exremidade
O objetivo aqui é impedir um perda neuronal maior. A gente consegue isso mantendo a pressao de perfusao adequada ( PA > Pressao intercraniana PIC). Por isso faz o ABC.
TCE LEVE- Observaçao ( mas em idosos, maior que 60 anos, uso de anticoagulante.. pode fazer a tomo)
TCE moderado- TOMO
TCE grave- Tomo, via aérea definitiva e controle da PIC.
E–> exposiçao e controle de ambiente
Despir o paciente:
Avaliaçao da cabeça aos pés
Cobertor e manta térmica- evitar hipotermia
- -> Monitorizaçao com ECG
- -> Cateter urinário-cateter de foley ou owen ( owen tem uma via a mais para infundir medicamento) ( vesical?) –> n poder pssar com lesoes de pelve, precisando fazer uretrocistografia. Se tiver lesao punçao suprapubica.
- -> Cateter gástrico( para evitar reflexo vagal): Nao passar com suspeita de lesao de base de cranio ( sinal do guaxinim, otorreia e rinorreia). O cateter é utilizado para dminuir o volume gástico, pois ocorre uma gastrroparesia devido as catecolaminas.
- -> Radiografias: AP de tórax, pelve e lateral da coluna cervical.
- -> USG abdomin
Avaliaçao secundária
História clínica completa: A-> Alergias M-> Medicamentos P--> Passa médico e prenhez L--> Liquidos e alimentos A -> Ambientes e eventos relacionados ao trauma
Exame físico minucioso da cabeça aos pés e medidas auxiliares ( tomografia computadorizada, exames endoscopicos e rx de extremidade)
Cricotireoidostomia
Feita na membrana cricotireoidea: Entre a cartilagem tireoidea e cricoidea
Separada em punçao e cirurgica.
Punçao: Pode ser feita em todo mundo. Coloca o jato em 4:1 ( 4 de expiraçao e 1 de inspiraçao), pois a expiraçao é passiva, demorando mais tempo. Máximo de 30-40 min pois faz hipercapnia.
Cirurgica: Via definitiva e só pode ser feita em maiores de 12 anos.
Lesoes do B a serem tratadas no exame primário ( lesoes com risco de morte)
Pneumotórax hipertensivo ( punçao desccomprensiva no 2 ou 5 espaço)
Pneumotorax Aberto ( curativo de 3 pontas)
Lesao de árvore traqueobronquica ( suporte ventilatório/drenagem/broncoscopia/cirurgia)
Hemotórax maciço ( drenagem pleural e avaliaçao cirurgica precoce)
Tamponamento cardíaco ( periocardiocentese e toracocentese) –> Triado de beck–> abafamento das bulhas, hipotensao e turgencia jugular)
Lesoes do B que devem ser tratados no exame secundário
Pneumotórax simples Hemotórax e contusao pulmonar Tórax instável Contusao cardíaca rotura traumatica de aorta ferimento transfixante do mediastino Rotura traumática do diafragma Outras- enfisema subcutaneo, asfixia traumática, ruptura esofágica, daturas ósseas.
Classificaçao do choque
Classe 1-> Perda sanguínea < 15% e tá tudo normal ( FC, FR, PA,PA de pulso, diurese e glasgow) Déficit de base na gasometria entre 0 e -2. Monitorizar e nao repoem volume.
Classe 2-> Perde de 15-30% : Aumento na FC e Queda na PA de pulso. Déficit de base entre -2 e -6 na gasometria. Talvez reposiça volemica.
Classe 3-> Perda entra 30-40%: Aumenta FC, Queda na PA, queda na PA de pulso e Aumenta na FR. Queda na diurese e rebaixamento no glasgow. Déficit de base entre -6 e -10. Reposiçao volemica.
Classe 4-> Perda maior que 40%: Aumento da FC e FR e queda significativa na PA e PA de pulso, queda braba na diurese e glasgow. Déficit de base maior que -10 e protocolo de reposiçao volemica maciço.
PA de pulso: Normal é maior que 30. Quando ela abaixa siginfica que sangrou, o corpo fez vasoconstriçao pra segurar a PA e a distólica subiu, fazendo convergencia.
Na classe 3 –> Pedir sangue específico de prova cruzada.
Classe 4–> Universal. O+ E - HOMENS E APENAS O- MULHERES.
Tipo de resposta a reposiçao volemica
Rápida: Retorno ao normal. Provável que nao precise de cirurgia, nem de mais soro ou sangue. Perda baixa de sangue.
Transitória: Reicidiva dos sinais de choque. Perda de 20-40%. Baixa necessidade de soro e moderada/alto de sangue e cirurgia.
Sem resposta: Perda >40%. Alta necessidade de soro e sangue( IMEDIATA) e necessidade cirúrgica.
Medidas na reposiçao volemica sem resposta
PROCURAR O SANGRAMENTO:
- Abdomen: Lavado peritoneal e FAST
- Tórax: exame físico e raiox
- pelve: exame físico e raio x
Medidas auxiliares:
- Cateterismo vesical
- Sonda gástrica