Asma na criança Flashcards
Conceito asma:
- Sintomas recorrentes típicos
- Hiper-responsividade das vias aéreas inferiores
- Inflamação crônica
- Obstrução ao fluxo aéreo reversível
Indicativos de asma:
São indicativos de asma:
- Dispnéia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou desconforto torácico, particularmente à noite ou nas primeiras horas da manhã
- Sintomas episódicos
- Melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas para asma (broncodilatadores e corticoides)
- Diagnósticos alternativos excluídos
Diagnóstico asma:
- Condições clínicas
- Avaliação funcional
Espirometria
Pico de fluxo expiratório
Teste de Broncoprovação
PFE - Avaliação de alergia
Dosagem de IgE total ou específica
Testes cutâneos > 2 anos
Fisiopatogenia asma:
Mecanismo imunoslérgico
Mecanismo neurogênico
Hiperreatividade brônquita (mastócitos)
Disfunção mucociliar
Patogenia asma:
Toda crise de asma tem hipoxemia por conta da perturbação da relação oxigenação-perfusão.
P aTOlOgia
Como vimos, a principal alteração patológica da asma é a existência de um processo infla- matório crônico nas vias aéreas inferiores. Trata-se de um tipo especial de inflamação, marcado pela infiltração mucosa principalmen- te por linfócitos Th2, eosinófilos e mastócitos. A intensidade da infiltração celular NÃO pos- sui correlação direta com a gravidade da doen- ça, porém, tanto as alterações patológicas quanto os sinais e sintomas clínicos melhoram com o uso de corticoide inalatório.
Apesar de seus exatos mecanismos ainda não terem sido totalmente esclarecidos, sabe-se que esse tipo de processo inflamatório crônico se relaciona com a HIPER-REATIVIDADE BRÔNQUICA que caracteriza a asma.
A inflamação se acompanha de uma resposta regenerativa que, quando persistente, leva ao remodelamento brônquico. Observa-se depo- sição de colágeno na membrana basal do epi- télio, porém isto é apenas um marcador de infiltração eosinofílica, já que é igualmente encontrado na bronquite eosinofílica não as- mática (condição caracterizada por tosse crô- nica na ausência de broncoespasmo). A mu- cosa apresenta áreas de desnudamento epite- lial devido ao descolamento celular (friabili- dade), com exposição de terminações nervosas que podem mediar reflexos colinérgicos broncoconstrictores. Existe neoangiogênese e vasodilatação na parede brônquica, com aumento da permeabilidade capilar e eritema/ edema local. Há também hipertrofia e hiper- plasia das células caliciformes (secretoras de mucoproteínas), das glândulas submucosas e da camada muscular lisa. Este conjunto de modificações anatômicas contribui para o es- treitamento progressivo e irreversível da via aérea nos pacientes que não recebem trata- mento anti-inflamatório adequado.
Diferença asma vs bronquiolite:
Asma: mecanismo imunoalérgico é o principal, contração da mm lisa.
Bronquiolite: vírus como agente etiológico, não tem contração da mm. lisa,
FOTO
Sinais de atopia
Eczemátide (manchas hipocrômicas em face e raizes de membros)
Dupla prega de Dannie-Morgan
Dermografismo (risca com caneta e fica hiperemiado)
Língua geográfica
Fatores desencadeantes de asma:
Infecções virais Alérgenos ambientais Irritantes: cigarro, poluentes do ae Mudanças climáticas Exercícios vigirosos Stress Aditivos alimentares
Fisiopatogenia asma:
Como vimos, a principal alteração fisiopatoló- gica da asma é a obstrução variável e reversível ao fluxo aéreo, que ocorre de forma predomi- nante na fase EXPIRATÓRIA da respiração. Isso acontece principalmente devido ao bron- coespasmo (contração da musculatura lisa brônquica), mas também em consequência ao edema da mucosa e à hipersecreção de muco no lúmen da via aérea.
O parâmetro espirométrico mais afetado é o
Volume Expiratório Forçado no 1o segundo
(VEF1), que diminui subitamente. A relação VEF1/CVF (Índice de Tiffenau) se reduz, atin- gindo a faixa dos distúrbios obstrutivos da ventilação (< 0.75-0.80 em adultos ou < 0.90 em crianças). O Pico de Fluxo Expiratório (PFE), que pode ser medido com aparelhos portáteis (“fluxômetros”), também diminui, sendo, entretanto, um parâmetro menos fide- digno do que o VEF1 medido por espirometria convencional. A resistência das vias aéreas aumenta, e pode ocorrer hiperinsuflação pul- monar (aprisionamento aéreo), com aumento do volume residual pulmonar. A pletismografia evidencia estas últimas alterações
Raramente a crise asmática causa insuficiência respiratória aguda! A gasometria arterial do paciente costuma mostrar apenas HIPOCAP- NIA, isto é, queda da pCO2, devido à hiperven-tilação alveolar (alcalose respiratória aguda). Esta alteração é naturalmente esperada em qualquer paciente taquipneico…
Por outro lado, se houver normo ou mesmo hi- percapnia (pCO2 normal ou aumentada, respec- tivamente), temos um importante sinal ominoso, indicando que o paciente está entrando num processo de fadiga progressiva da musculatura respiratória, devendo ser intubado e colocado em prótese ventilatória. A fadiga tende a apare- cer de forma mais precoce nas crianças asmáti- cas com menos de dois anos de idade…
Nas crises muito graves, especialmente aquelas que afetam as pequenas vias aéreas periféricas e comprometem a ventilação alveolar, ocorre HIPOXEMIA. O mecanismo é o desequilíbrio entre ventilação e perfusão (distúrbio V/Q), isto é, o parênquima pulmonar (alvéolos) não recebe ventilação, mas continua sendo perfun- dido. Assim, o sangue passa pela circulação pulmonar sem ser adequadamente oxigenado, gerando queda da pO2 e da SpO2.
Na asma grave, um aprisionamento aéreo mui- to intenso, com aumento desproporcional do volume residual, pode reduzir a Capacidade Vital Forçada (CVF), fazendo a relação VEF1/ CVF ficar artificialmente “normalizada”. Nesta curiosa situação, como tanto o VEF1 quanto a CVF serão baixos, pode-se ter a falsa impres- são de um distúrbio restritivo da ventilação… Clinicamente, no entanto, em tais casos não costuma haver dúvida quanto ao diagnóstico de asma, pois a história é geralmente típica…
Sintomas asma:
Sibilos Respiração curta Tosse Dispneia Aperto no peito e dor torácica
Exames para asma:
Espirimetria (É O PRINCIPAL)
VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO no 1 seg (VEF1 < 80%) que melhora a prova broncodilatadora (> 12 % ou 200 ml valor basal) - prova broncodilatadora positiva
VEF1/FVC > 0,9
Testes alérgicos a partir do 2 anos
Eosinofilia ao hemograma
IgE pode estar aumentada
Asma controlada:
6 meses sem crise e 2 provas de função sem alteração.
Informações importantes no tratamento de asma:
Conhecer o paciente: fenótipo, tipo de crise, ambiente de convívio
Avaliar condições sociais e econômicas
Aderência ao tratamento
Questões práticas no uso da medicação inalatória
DETECTAR OS FATORES
DESENCADEANTES
Controle ambiental e tratamento farmacológico
Asma extrínseca: ácaros do pó, animais de estimação, baratas, cigarro
Tratamento farmacológico asma na criança
Corticoide inalatorio baixas doses por 6 meses (caso não responda, dobrar a dose) ex. Betametazona
– Corticóide inalatório (mais eficaz) ou sistêmico, inibidores dos leucotrienos, β2 de ação longa oral ou inalado, cromoglicatos e teofilina
• Medicações de Alívio
– β2 de ação rápida inalado (ex Aerolin) droga de escolha na agudização
– Anticolinérgicossem grandes utilidades fora das agudizações
– Corticóides sistêmicos
Qual a técnica correta de uso dos corticoides inalatorios:
Escova o dente, bocheca e cospe no mais velho, no mais novo, mae seca a saliva com um pano.
No mais velho, expira e usa na inspiração, prendendo por 10 segundos, em seguida expira pelo nariz.
No mais novo, usa espaçador, fecha bem no rosto, permanece por 20 segundos.