ASMA Flashcards
Qual a definição de asma?
Doença inflamatória crônica das VAI (tosse, sibilância), caracterizada por hiperresponsividade e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento (deve apresentar quadros alternantes).
GINA: Doença heterogênea, geralmente caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas. É definida pela história de sintomas respiratórios, como chiado, falta de ar, aperto no peito e tosse, que variam no tempo e na intensidade, juntamente com limitação variável do fluxo aéreo expiratório.
Quais são os fatores desencadeantes?
Aeroalérgenos: Exposição a animais de estimação, mofo, umidade, perguntar sobre alergias prévias, ácaros domésticos, ar frio ou mudança brusca de temperatura.
Fatores irritantes: Uso ou contato com tabaco, maconha, vape.
Infecções virais respiratórias: São o principal fator desencadeante
Exercício: Broncoespasmo induzido por exercício tem um bom valor preditivo positvo para asma. Ocorre em até 90% das crianças.
Estresse e Riso
Refluxo gastroesofágico
AINH
Qual é a tríade para o diagnóstico de Asma?
Sintomas compatíveis e/ou demonstração de limitação de fluxo expiratório pela espirometria, se disponível.
Obstrução reversível documentada
Exclusão de diagnósticos diferenciais
Obs.: Espirometria normal ou obstrução reversível não observada não excluem diagnóstico de asma.
Qual a clínica adequada para os quadros de asma?
Episódios de sibilância, dispneia, falta de ar, tosse, aperto no peito, particularmente à noite e pela manhã.
Tosse: Tosses noturnas, que ocorrem sazonalmente, que ocorrem após exposição a estímulos específicos (ar frio, poeira, exercício, riso, choro) ou tosse que dura mais de 3 semanas após infecção respiratória.
Sibilância: Indica o ar sendo forçado nas vias aéreas, costuma ser heterogêneo. Em casos severos, pode-se ouvir a sibilância na inspiração e na expiração.
Outros sintomas: Dispneia, aperto no peito.
Sintomas variam ao longo do dia, com piora ao acordar e à noite.
Quais exames complementares podem indicar obstrução reversível de via aérea?
Espirometria
VEF 1 menor que 80%
VEF1/CV menor que 0,85 (adultos menor de 0,75-0,8)
Reversibilidade do VEF1: Aumento de 12%/200mL - Indica obstrução; Aumento de 12% do predito após broncodilatador ou após 4 semanas de corticoide - Indica obstrução.
Peak Flow meter
Aumento de 20% pós BD - Indica obstrução
Variabilidade diurna maior de 13% - adultos maior que 10% - Indica obstrução
Teste de broncoprovocação: desencadeia crise com Metacolina; alto valor preditivo negativo.
Quais exames de imagem podem ser usados?
RX de tórax: Mais usado para Diagnósticos Diferenciais, mas pode estar hiperinsuflado ou retificação de diafragma.
Quais exames podem indicar atopias?
Hemograma: Eosinofilia pode indicar um fenótipo de asma.
IgE total elevado pode indicar uma atopia e quadros alérgicos podem estar associados a um quadro alérgico.
IgE específico para aeroalérgenos positivo
Fração exalada de Óxido nítrico (FeNO): O óxido nítrico é um subproduto de inflamação eosinofílica, assim, quando a FeNO é aumentada pode indicar quadro alérgico.
Qual a classificação para Asma?
Asma leve: Asma cujo controle é atingido com uso apenas de medicação de alívio, ou com doses baixas de corticoesteroide inalatório ou antagonistas de leucotrieno.
Asma moderada: Asma que está bem controlada com o uso da associação de broncodilatador de ação prolongada (LABA) com corticosteróide inalatório (ICS) em baixa dose.
Asma Grave: Aquela que requer o uso de altas doses de ICS mais LABA ou que se mantém não controlada mesmo com tratamento otimizado.
Quais as medicações de alívio?
SABA (salbutamol, fenoterol)
Anti-colinérgico (brometo de ipatrópio)
Corticoide sistêmico (oral x venoso)
Sulfato de magnésio IV
LABA com CI
SABA com CI
Xantinas: Aminofilia, teofilina - desuso pelo SABA
B2-agonista venoso -desuso pelo SABA
Inalação com adrenalina - desuso pela SABA
Quais as medicações de controle?
Corticoides Inalatórios: Beclometasona, budesonida, fluticasona
Broncodilatadores de longa ação (LABA)
Anti-leucotrienos
Anticolinérgico de longa ação
Imunobiológicos: Anti-IgE, anti IL-4, anti receptor de IL-4 e anti IL-5
Quais os imunoblógicos disponíveis?
Anti IgE: Omalizumabe - Asma eosinofílica alérgica
Anti IL-5: Mepolizumabe, benralizumabe - Asma eosinofílica não alérgica
Anti IL-4r: dupilumabe - Asma eosinofílica não alérgica
Anti linfopoietina estromal tímica (TSLP): Tezepelumabe - Qualquer tipo, mas especialmente para Asma não eosinofílica não alérgica.
Qual a abordagem inicial na exacerbação?
Se na avaliação inicial não forem identificados sintomas de Sonolência, confusão ou ausculta pulmonar diminuída, deve-se prosseguir com a triagem de acordo com a sintomática.
Se, na avaliação inicial, estiverem presentes os sintomas de Sonolência, confusão, ausculta pulmonar diminuída
Encaminhar para UTI, iniciar SABA e O2 e preparar para intubação.
Qual a abordagem da crise leve ou moderada?
Sintomas: Fala frases completas, prefere sentar a deitar, não fica agitado, não usa musculatura acessória, FC entre 100 e 120 bpm. SatO2: 90-95%; PFE maior de 50% do previsto.
Cuidado básico:
SABA: Em exacerbações moderadas/graves administrar 4 jatos (400 mcg) de salbutamol a cada 10 min por até 4 horas.
Considerar brometo de ipatrópio, O2 para manter saturação entre 93-95% (crianças entre 94-98%)
Corticoide oral
Avaliar frequentemente a melhora clínica (pelo menos 1 hora após o início)
Se a deterioração continuar: Encaminhar para a UTI.
CRISE MODERADA: Se VEF1 ou PFE se mantiverem entre 60-80% ou sintomas melhorarem já pode-se iniciar planejamento de alta.
CRISE GRAVE: VEF1 ou PFE menor de 60% ou ausência de resposta clínica: Continuar o tratamento e reavaliar com frequência.
Qual a abordagem da crise grave?
Sintomas: Conversa em palavras, senta-se curvado para frente, agitado, FR mais de 30/min, Utiliza musculatura acessória, FC maior de 120 bpm, SatO2 menor de 90%, PFE menor de 50%.
Cuidado Básico:
SABA: Em exacerbações moderadas/graves administrar 4 jatos (400 mcg) de salbutamol a cada 10 min por até 4 horas.
Considerar brometo de ipatrópio: Apenas para exacerbações moderadas/graves. Nebulização com SF 0,9% - 5 mL.
O2 para manter saturação adequada
Corticoesteroide oral ou EV: Via oral preferencialmente, em adultos prednisolona/prednisona - 50 mg/dia, por 5-7 dias eem crianças prednisolona 1-2 /kg/dia. Via EV apenas se Oral não for disponível.
Considerar sulfato de magnésio EV: 2 g diluídos em 50 mL de SF e infusão por 20 min. Indicado em exacerbações graves que não respondam ao tratamento inicial.
Considerar altas doses de corticoide inalatório
Como é o tratamento de manutenção em adultos e adolescentes?
1.. Estágio 1: Sem sintomas frequentes
Doses baixas de Corticóide inalatório (Formoterol) quando necessário (Track 1) ou sempre que B2CA for necessário (Track 2)
- Estágio 2: Sintomas 2 vezes por mês ou mais
Doses baixas de corticóide inalatório quando necessário (track 1) ou associado com SABA (track 2) - Estágio 3: Sintomas a maioria dos dias ou acordando a noite uma vez na semana ou mais
Baixa dose de ICS-Formoterol para manutenção e alívio (track 1) ou baixa dose de ICS associado com LABA e SABA quando necessário (track 2) - Estágio 4: Sintomas diários, acordando a noite ou função pulmonar prejudicada
Dose média de ICS-Formoterol para manutenção e alívio (Track 1) ou Dose média/alta de ICS-Formoterol com LABA e SABA quando necessário. (Track 2)