Arritmias Cardíacas e Morte Súbita Flashcards

1
Q

Homem, 52 anos, queixa de palpitação há 30 min. ECG mostra distancia RR< 3 quadrados grandes (FC>100), ausencia de onda P ou onda f de flutter, QRS estreito (origem supraventricular) e intervalo RR regular. Diagnostico e mecanismo:

A

Taquicardia Supraventricular Paroxistica (TSVP) = “taqui supra”

Formação de um circuito de reentrada dentro do nó AV (reentrada nodal)

OBS: onda P linha negativa após o QRS na derivação DII corrobora com o diagnostico

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2
Q

Homem, 54 anos, com IAM com supra de ST em parede anterior, submetido a trombolise com delta T de 3h. Evolui com criterios de reperfusao e em Killlip II. No segundo dia de internação, apresenta palpitação, dor toracica e dispneia sem perda da consciencia. ECG mostra taquicardia com complexo QRS largo. Diagnostico e conduta:

A

No pós-IAM, provavelmente representa uma Taquicardia Ventricular Monomorfica Sustentada (TVMS).

O paciente esta instavel clinicamente, já que possui dor toracica e piora da congestao pulmonar. (dispneia e Killip II). Logo, devemos fazer CARDIOVERSAO ELETRICA (como o paciente esta lucido, devemos primeiro sedar o paciente e dar analgesia). Com o desfibrilador bifasico, a dose inicial é de 100J (para monofasico seria 200J)*

OBS: taquicardia ventricular sustentada surge direto no miocardio ventricular, sendo distal ao feixe de His, por exemplo.

  • alguns lugares falam 200 bifasico e 360 monofasico (inclusive mais de um lugar)
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3
Q

Boas praticas para atuar na PCR:

A
  • compressao toracica com frequencia de 100-120 por minuto
  • deprimindo o esterno entre 5-6 cm. permitindo apos cada compressao o retorno completo do torax a sua posição original
  • compressoes alternadas com 2 ventilações em adultos, independente do numero de socorristas
  • vitimas de afogamento: seguimos o ABC, realizando abertura das vias aereas, duas ventilações de resgate e, em seguida, pulso

OBS: DIRETRIZ 2015

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4
Q

Boas praticas para atuar na PCR:

A
  • compressao toracica com frequencia de 100-120 por minuto
  • deprimindo o esterno entre 5-6 cm. permitindo apos cada compressao o retorno completo do torax a sua posição original
  • compressoes alternadas com 2 ventilações em adultos, independente do numero de socorristas
  • vitimas de asfixia/afogamento: seguimos o ABC, realizando abertura das vias aereas, duas ventilações de resgate e, em seguida, pulso

OBS: DIRETRIZ 2015

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5
Q

Mulher, 28 anos, com episodios de sincope desde os 15 anos, que ocorrem em dias quentes quando ela esta em pé. Prodromos = nauseas, calor, sudorese, visao borrada e depois perda da consciencia. Havia relato de palidez e breves movimentos clonicos durante os desmaios. Após se recuperar, sentia fadiga, mas sem dor muscular ou cefaleia. EF normal. Diagnostico:

A

Sincope vasovagal (descarga vagal ou sincope neurocardiogenica) = ocorre intenso aumento do tonus vagal, que leva a vasodilatação e redução da força contratil cardiaca. (diagnostico mais provavel em jovens sem comorbidades) = forma mais comum de síncope

OBS: epilepsia nao haveria recuperação espontanea e imediata. ALém disso, haveria periodo pós-ictal (sintomas pós-crise:cefaleia, confusao, etc) e nao teria descoberto aos 15 anos

OBS 2: causa psicologica nao geraria fadiga após sincope

OBS 3: taquiarritmias gerariam palpitações

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6
Q

V OU F.

As celulas miocardicas atriais e ventriculares normalmente nao apresentam atividade de marca-passo.

A

V.

Dentre os cardiomiocitos, existem as celulas com propriedade de marca-passo (que se despolarizam espontaneamente- como aquelas do nó sinoatrial) e celulas contrateis (sao desprovidas de atividade de marca-passo)

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7
Q

V ou F.

A reentrada é o mecanismo gerador de taquiarritmias supraventriculares e ventriculares mais frequente e relevante, podendo ser anatomica ou funcional

A

V.

As arritmias podem ocorrer por alterações na geração do impulso (automatismo anormal e atividade deflagrada) e/ou na condução do impulso (reentrada),, sendo esta ultima mais relevante e frequente.

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8
Q

V OU F.

As arritmias cardiacas podem ser classificadas quanto a repercussao clinica em estavel ou instavel.

A

V.

É instavel pela presença de alteração do nivel de consciencia, IC aguda, desconforto toracico, hipotensao e sinais de choque.

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9
Q

V ou F.

A distinção entre taqui supra e taqui ventricular é de fundamental importancia, nao somente para a reversao aguda, mas para adoção de estrategias para a prevenção de recorrencias a longo prazo.

A

V.

EX: na urgencia: paciente estavel com QRS estreito (causa supraventricular), podemos usar adenosina (para reverter a alteração eletrica ou para lentificar a FC e facilitar a avaliação do ECG). Já na taqui ventricular (QRS alargado), nao usa.

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10
Q

V OU F.

Cicatrizes (fibrose) miocardicas secundarias a cardiopatia estrutural nao favorecem o desenvolvimento de reentrada.

A

F.

A presença de cicatrizes ou areas manipuladas cirurgicamente servem como substrato para o mecanismo de reentrada (como o do Flutter atrial)

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11
Q

Qual o momento de se fazer epinefrina (1 mg a cada 3-5 min)* em uma PCR de ritmo FV?

  • outro VASOPRESSOR (melhoram DC e PA) que pode usar é vasopressina (retirada em 2015!!) 40 U, dose única, substituindo a primeira ou a segunda dose de adrenalina

** depois podemos usar ANTIARRITMICOS (amiodarona 300 mg dose de ataque e 150 mg depois OU lidocaína 1,5 mg/kg) -> somente depois desfibrilação e adrenalina

A

Após a segunda desfibrilação:

1) Identificou ritmo chocável = choque + acesso venoso
2) Identificou ritmo chocável = choque e epinefrina

OBS: lembrar que a primeira desfibrilação ainda é considerada BLS (basic life suport) e não avançado

OBS 2: em pacientes que suspeitamos de PCR por isquemia miocardica devemos acionar o serviço de hemodinamica para revascularização miocardica do paciente (cuidado pós-parada)

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12
Q

Características de um eletro de FA:

A

Arritmia, sem ondas P, intervalos RR irregulares e QRS estreito

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13
Q

Fatores de risco para FA:

A
  • idade avançada
  • HAS/DM
  • tireotoxicose (síndrome clínica decorrente da exposição do organismo à altas doses de hormônios tireoidianos circulantes)
  • IC
  • DAC
  • doença valvar
  • DPOC
  • apneia obstrutiva do sono

Arritmias no geral:

  • libação alcoolica
  • obesidade
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14
Q

Fatores de risco para eventos tromboembolicos em pacientes com FA:

A

CHA2DS2-VASC:

C- insuficiencia cardiaca = 1 ponto
H- HAS = 1 ponto
A- age/ idade >75 anos = 2 pontos
D- diabetes = 1 ponto
S- stroke/ AIT/ AVE prévio = 2 pontos
V- doença vascular (IAM, doença arterial periferica, etc) = 1 ponto
A- age/idade 65-74 anos = 1 ponto
Sc- sexo feminino = 1 ponto

OBS: se pontuar 0, nao recebe terapia antitrombotica nem anticoagulante
Se pontuar 1, recebe terapia antitrombótica
Se pontuar 2 ou mais, recebe anticoagulaçao

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15
Q

O que é overdrive suppression?

A

Todas as celulas do miocardio possuem automatismo (capazes de gerar estimulo cardiaco). No entanto, quando as celulas da parte superior (no sinusal) despolarizam, elas impedem a despolarização das celulas subsequentes.

OBS: sequencia de ativação: no sinusal-> miocardio atrial-> miocardio atrial baixo/ nodulo AV -> Feixe de His -> Purkinge). Isso é conhecido como RITMO DE ESCAPE, quando começa a despolarização em outro ponto fugindo do overdrive suppression

OBS 2: se tivermos pelo menos algum complexo QRS normal no ECG, significa que não temos um bloqueio fixo a condução

OBS 3: bloqueio intermitente + ritmo de escape dps = pode ser BRADICARDIA SINUSAL (hiperatividade do parassimpático ou intoxicação). Quanto mais baixo o escape, menor a FC e mais largo o QRS (abaixo do feixe de His).

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16
Q

Caracteristicas de BAV total (3º grau):

A

Atrios e ventriculos se despolarizam de maneira independente, resultando em:

Ondas P entrando no QRS e na onda T

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17
Q

Caracteristicas de BAV segundo grau Mobitz tipo I:

A

Fênomeno de Wenckebach (alargamento progressivo do intervalo PR a cada ciclo, ate a ocorrencia do bloqueio = onda P nao seguinda de QRS

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18
Q

Caracteristicas de BAV segundo grau Mobitz tipo II:

A

Intervalo PR constante, mas de tempos em tempos uma onda P é bloqueada

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19
Q

Paciente criança chega em AESP. Conduta:

A

Manter RCP, administrar epinefrina em intervalos regulares, além de investigar e tratar as causas reversíveis (5H e 5T)

hipovolemia,
 hipóxia,
 hipocalemia, hipercalemia, 
hipotermia, 
H+ (acidose), 
tromboembolismo pulmonar,
 tamponamento cardíaco, 
tóxicas,
 tensão no tórax (pneumotórax hipertensivo) e 
trombose coronariana (IAM)
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20
Q

Qual dado do exame fisico exclui FA:

A

Presença da quarta bulha (sua origem é a contração atrial que empurra o sangue para dentro de um ventriculo duro, congesto, gerando este som caracteristico). Logo, há contração atrial, nao fibrilação

OBS: por outro lado, ausencia de onda “a” no pulso venoso (essa onda representa a elevação pressorica causada pela FA) e anisocardioesfigmia (dissociação entre as bulhas e o pulso) falam a favor de FA

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21
Q

O que é a Sindrome de Wolff-PArkinson-White e quais as caracteristicas no ECG?

A
  • intervalo PR reduzido (menor que 3 quadradinhos)
  • presença de onda delta em ritmo sinusal (QRS normal mas presença de um ramo ascendente inicial alargado na onda R = lembrar que onda delta indica que há uma comunicação paralela entre átrio e ventrículo (feixe de Kent, gerando pré-excitação ventricular)

OBS: muito associado a arritmias paroxisticas (pode descer pelo feixe certo e subir pela via acessoria - forma ortodromica (+ comum/QRS estreito)- ou entao descer pela acessoria e subir pelo feixe normal -antidromica (menos comum/QRS largo). Pode ter tbm FA (grande problema é os estimulos atriais descerem pela via acessoria = taquiarritmia com QRS largo e FC muito elevada, com risco de FV e morte subita cardiaca)

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22
Q

Paciente com queixa de sincope procura atendimento, No momento esta assintomatico. Quais exames pedir?

A
Glicemia capilar (afastar hipoglicemia)
Hemograma (afastar anemia ou sugerir infecção - alterações neurologicas em idosos)
- eletrolitos (disturbio eletrolitico relacionado a arritmias cardiacas)
- ECG (faz diagnostico de apenas 5%, mas é pedido pq é barato e pode mostrar arritmias e risco de morte subita)
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23
Q

Quando usar desfibrilação ou cardioversao eletrica:

A

Cardioversao eletrica precisa de pulso palpavel, para sincronizar o choque com a onda R dos complexos QRS (TV com pulso acompanhada de instabilidade)

Desfibrilação nao precisa sincronizar (pacientes sem pulso em ritmos chocaveis - FV/TVSP)

OBS: desfibrilar uma pessa com pulso pode levar ela a ficar sem pulso em FV

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24
Q

Paciente com TEP entra em AESP (ritmo mais comumente associado ao TEP). Conduta:

A

Adrenalina (causa vasoconstrição periferica garantindo que o sangue das comperessoes vá para o cerebro e coração) e trombolitico (desobstruir a saida do VD)
OBS: sem indicação de amiodarona

Mecanismo: trombo se aloja na saida do VD e impede que chegue sangue pro VE (no inicio, coração bate sem ejetar sangue. Com o tempo, sem DC ocorre baixa perfusao coronariana e o coração morre = isquemia miocardica global -> AESP vira assistolia e a mortalidade aumenta)

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25
Q

Caracteristicas de uma TSVP (taquicardia supraventricular paroxistica) por reentrada nodal :

OBS: bom prognostico

A
  • onda P linha (polaridade negativa nas derivações inferiores -DII, DIII e avF)
  • complexo QRS estreito
  • intervalo RR regular
  • intervalo R-P linha curto

OBS: TSVP por reentrada nodal é típica de corações saudaveis e de grande incidencia em crianças pequenas (FC chega a mais de 220 em menores de 1 ano) e mulheres jovens

Infusão IV ou IO de um bolus de adenosina (crianças = 0,1 mg/kg, maximo de 6 mg; adultos = dose inicial de 6 mg e depois pode repetir com 12 mg). Se o paciente estiver estavel, podemos tentar uma manobra vagal antes da adenosina (colocação de uma bolsa de gelo na face por 15-30 seg ou estimulação retal com termometro. Ja no adulto fazemos massagem do seio carotideo ou do globo ocular e Valsalva)
Outras opções são verapamil/diltiazem venosos ou BB venosos. Todas essas drogas agem inibindo o nodulo AV (parte fundamental do circuito de reentrada da arritmia tanto AV nodal quanto via acessoria)

OBS: se a TSVP ocorrer com muita frequencia, pode ser indicado ablação da via anomala do nodulo AV

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26
Q

Sequencia para analisar uma taquiarritmia:

A

1) Existe taquicardia (olhar FC)
2) Existe onda P (onda P positiva em DI e DII) -> se nao houver, ritmo não é sinusal. Atenção a onda P linha
3) Existem ondas F de Flutter
4) QRS largos ou estreitos (QRS estreito = origem supraventricular)
5) Intervalo RR regular ou irregular (FA irregular, por exemplo)

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27
Q

Caracteristicas de um BAV total ou de 3º grau:

A
  • intervalos P-P e R-R regulares com completa dissociação atrioventricular (algumas ondas P inclusive caem dentro do complexo QRS)

OBS: cardiopatia é o que mais mata em chagásicos. Chagásico pode ter qualquer arritmia, eventos tromboembolicos, IC progressiva)

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28
Q

O que é arritmia sinusal (mais comum em crianças)?

A

Ritmo cardiaco sofrendo influencia do ritmo respiratorio, simulando uma arritmia (ritmo irregular). No final da inspiração o ritmo aumenta e na expiração fica mais lento (de acordo com variações do tonus vagal). Arritmia benigna, nao necessitando de tratamento

29
Q

Paciente internado após IAM de parede inferior está com mal estar e tonteira. Paciente apresenta hipotensao arterial e na ACR: quarta bulha, pausas ventriculares precedidas hipofonese progressiva da primeira bulha . No ECG há eventuais ondas P não seguidas de QRS, presença de onda Q e inversão de onda T em DII, DIII e avF. Diagnóstico:

A

BAV de 2º grau Mobitz I

OBS: IAM de parede inferior muito relacionado aos BAV. Pode ser:

1) BAV benigno = 1º grau (15%) e 2º grau MObitz I (10%) (mecanismo: vagotonia = aumento do tonus vagal sobre o tecido de condução supra-hissiano, geralmente transitório e assintomatico)
2) BAV maligno = 2º grau Mobitz II, BAV avançado* e 3º grau (10%, sendo marcador de mau prognóstico) (mecanismo: isquemia direta e necrose das regiões intra/infra-hissianas, geralmente lesões permanentes, graves e de pessimo prognostico-> evolução para BAV 3º grau e assistolia)

  • a condução atrioventricular está alterada em uma relação fixa, na qual mais de uma onda P é bloqueada antes que haja condução

OBS 2: descrição clinica do fenomeno de Wenckebach (aumento progressivo de PR acompanhado de redução progressiva de RR):
- RR reduzido = tempo entre um batimento ventricular e outro estao reduzidos = menor intervalo diastólico = menor enchimento ventricular = bate com menos força = hipofonese crescente

OBS 3: ramos direito e esquerdo sao estruturas infra-hissianas. Logo, BAV + bloqueios de ramo = lesao extensa do sistema de condução

30
Q

Bulhas cardíacas:

A

Primeira bulha (B1): fechamento da valva mitral e tricúspide, o componente mitral antecedendo o tricúspide. Coincide com o ictus cordis e o pulso carotídeo. É mais grave e tem duração um pouco maior que a 2ª bulha. O som pode ser representado por “TUM”.

Segunda bulha (B2): é constituído por 4 grupos de vibrações, porém só são audíveis as originadas pelo fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Ouve-se o componente aórtico em toda região precordial (principalmente foco aórtico), enquanto o ruído da pulmonar é auscultado em uma área limitada (foco pulmonar). Durante a expiração as duas valvas fecham dando origem ao som representado por “TA”. Na inspiração, devido ao prolongamento da sístole ventricular (maior afluxo de sangue), o componente pulmonar sofre um retardamento, sendo possível perceber os 2 componentes. Esse fenômeno é chamado de desdobramento fisiológico da 2ª bulha que pode ser auscultado como “TLA”.

Terceira bulha (B3): é um ruído protodiastólico de baixa frequencia que se origina da vibração da parede ventricular distendida pela corrente sanguínea que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido. É mais audível na área mitral com o paciente em decúbito lateral esquerdo. Pode ser representada por “TU”.

Quarta bulha (B4): ruído débil que ocorre no fim da diástole ou pré-sístole e pode ser ouvida mais raramente em crianças e adultos jovens normais. Sua gênese não está completamente esclarecida, mas acredita-se que seja originada pela brusca desaceleração do fluxo sanguíneo na contração atrial em encontro com o sangue no interior do ventrículo, no final da diástole.

31
Q

Paciente idoso e hipertenso chega com palpitação há 12 horas (taquiarritmia estavel*). O ECG mostra FC elevada, QRS estreito e ondas F negativas nas derivações inferiores e em V1 ( Flutter atrial). Conduta:

  • instabilidade seria dor torácica, congestão pulmonar e/ou hipotensao arterial grave, confusão mental
A

1) Cardioversao eletrica sincronizada com dose inicial de 50J (TODAS AS TAQUIARRITMIAS)
2) Anticoagulação

OBS: podemos usar terapia farmacologica, apesar de nao responder tao bem aos antiarritmicos: usar ibutilida e dofetilida

OBS 2: BB e antagonistas dos canais de cálcio nao servem para reverter o Flutter, somente para controlar a frequencia (nao resolve a arritmia aguda)

32
Q

Ritmos chocáveis e não chocáveis:

A
Chocáveis = FV/TVSP (usa desfibrilador, epinefrina e amiodarona)
Não-chocáveis = AESP e assistolia (usa só epinefrina)
33
Q

Homem, 75 anos, com historico de IAM previo sentiu palpitações e depois sincope. Provavel diagnostico:

A

TAQUICARDIA VENTRICULAR, porque sincope precedida por palpitações em pacientes portadores de cardiopatias isquemicas = arritmia ventricular com baixo debito

34
Q

Taquicardia ventricular polimórfica sem pulso* que aparece em pacientes com intervalo QT longo (congenito ou adquirido):

Tratamento:

  • se difere de FV por existirem complexos QRS discerniveis
A

Torsades des pointes (torção das pontas).
Esse ritmo se apresenta com instabilidade hemodinamica grave, podendo gerar PCR.

Tratamento imediato é desfibrilação eletrica (é um ritmo chocavel) e depois da reversao, administrar sulfato de magnésio (2g IV em 15 min, podendo ser repetido conforme necessidade)-> MESMO QUE NÃO EXISTA HIPOMAGNESEMIA (alguns recomendam repor potassio tbm, mesmo sem hipocalemia). Drogas que diminuem a duração do QT podem ser utilizadas na prevenção da recidiva, como lidocaina. Já certos antiarritmicos podem ter como efeito colateral a torsades des pointes -> grupo IA e III (amiodarona)

35
Q

Paciente com ausencia de onda P e intervalo RR irregulares, alem de FC aumentada. Diagnostico e tratamento:

A

FA de alta resposta ventricular.

Paciente instavel -> pensar em cardioversao eletrica imediata

Sintomas mais de 48h -> nao reverter o ritmo para sinusal de imediato (risco de complicações tromboembolicas)

Paciente estavel, com sintomas mais de 48h = controle da resposta ventricular (FC) e anticoagulação por 3-4 semanas antes da reversão (ou entao realizar ECO transesofagico e, caso nao tivesse trombos cavitarios, fazer logo a cardioversao). Após a cardioversao, manter anticoagulação em TODOS os pacientes por no minimo 4 semanas (pode haver remora atrial = estase sanguinea e formação de trombos)

36
Q

Medidas que reduzem a mortalidade em uma PCR:

A

Massagem cardíaca e desfibrilação precoce

37
Q

Paciente em ritmo chocavel, quais os primeiros 3 passos:

A

Desfibrilação -> massagem cardiaca -> checar pulso

38
Q

ALgoritmo utilizado na PCR segundo o ACLS (advanced cardiovascular life support):

A

CAB (compressao, vias aereas, respiração) -> reduz mais mortalidade

39
Q

Taquicardias atriais primarias (sao aquelas confinadas no miocardio atrial e que nao dependem do nó AV, sistema His-Purkinje e dos ventriculos para manutenção da arritmia. Mecanismo: reentrada ou automatismo):

A
  • taquicardia sinusal
  • taquicardia atrial
  • flutter atrial

OBS: taquicardia juncional focal é um termo utilizado para taquicardia supraventricular que se origina em torno do nó AV por mecanismos diferentes da entrada

40
Q

Paciente diabetico (descompensado), hipertenso e dislipidemico, com FA de inicio indeterminado. Conduta:

A

Estatina para dislipidemia -> reduz mortalidade cardiovascular.

Como nao sabemos o inicio da FA (mais de 48h?), nao devemos cardioverter para ritmo sinusal por risco de trombo (entao nao usar amiodarona). Devemos entao controlar FC para redução dos sintomas e incremento do DC, alem de iniciar anticoagulação (alto risco de evento cardioembolico) => CHA2DS2-VASC =3

41
Q

Compressao de qualidade na RCP:

A

Rebaixar o esterno 5-6 cm, frequencia de 100-120 por minuto, permitindo o retorno total do torax. Trocar o socorrista para manter a qualidade (a cada 5 ciclos ou 2 min)

42
Q

Paciente com Flutter atrial assintomatico. Conduta:

A

Conduta igual de FA. Pode fazer cardioversao eletrica, mas primeiro tem que controlar FC e prescrever anticoagulantes, para reduzir sintomas e evitar eventos tromboembolicos.

43
Q

Paciente com taquiaritmia por FA com sinais de instabilidade. Conduta:

A

Cardioversao eletrica imediata

44
Q

Sinais de instabilidade na FA:

A
  • dor toracica
  • má perfusao
  • sinais de IC
  • rebaixamento da consciencia
  • dispneia/ estertoração pulmonar
45
Q

Fatores desencadeantes da Sincope vasovagal:

OBS: a perda de consciencia não é subita, há prodromos (como tonteira e escurecimento visual = pré-sincope)

OBS 2: o paciente recupera rapidamente a consciencia após ficar em decubito

A
  • Mudança brusca de posição
  • dor
  • ansiedade
  • medo
  • micção
  • tosse
46
Q

O que é a Sindrome de Brugada? Como fazer diagnostico?

A

Doença genetica causada por mutações nos canais de sodio dos cardiomiocitos que aumenta muito a chance de taquiarritmias ventriculares malignas espontaneas (em repouso ou durante exercicios), sendo uma causa de morte subita em jovens sem historia de cardiopatia estrutural previa

Pelo ECG: O padrão de ECG tipo 1 de Brugada tem elevação do segmento ST proeminente em V1 e V2 (algumas vezes envolvendo V3) com complexos QRS semelhantes a bloqueio do ramo direito nessas derivações. O segmento ST é arqueado e desce para uma onda T invertida.

47
Q

Sindrome do QT longo:

1) Possiveis etiologias:
2) Possiveis complicações:

A

1) Adquirida por uso de farmacos ou hereditaria (sindrome de Romano-Ward - sem surdez neurossensorial- e sindrome de Jervell-Lange-Nielsen- possui surdez neurossensorial)
2) Taquicardia ventricular polimorfica (torsades des pointes). Geralmente possui FC muito alta e risco alto de virar FV e morte subita.

48
Q

ECG mostrando taquicardia com complexos QRS largos (> 3 quadradinhos), polimorficos e irregulares. Diagnostico:

A

Taquicardia ventricular polimorfica (ou FA em portadores de WPW, menos provavel)

49
Q

Homem, 59 anos, com IAM previo e com IC, relata perda subita de consciencia enquanto estava deitado, sem prodromos e com recuperação rapida. Assintomatico, com ECG normal. Diagnostico e conduta:

A

Paciente com sincope = historia detalhada, exame fisico e ECG.

Sexo masculino + IAM previo + IC + sincope em posição supina + sem prodromos = nos leva a pensar em causas cardiacas.
Alem disso, o paciente ficou assintomatico após o evento, sugerindo uma arritmia cardiaca paroxistica.

Dito isso, devemos lembrar que a TV pode ocorrer em fase tardia após IAM (doença coronariana é a causa mais comum de TV), pois a area de cicatriz fibrotica serve como substrato para surgimento de um novo circuito de reentrada em seu entorno

Conduta: depende da frequencia das manifestações e da gravidade do caso. A monitorização por Holter de 24 horas ajuda em casos de manifestações clinicas frequentes. Mas no nosso caso, que foi um evento isolado e com risco alto pro paciente, devemos partir direto para o ESTUDO ELETROFISIOLOGICO*

  • O estudo eletrofisiológico é feito a partir da introdução de alguns cateteres pela veia femoral, que é a veia localizada na virilha, que são posicionados, com auxílio de uma microcâmera, em locais no coração que estão relacionados com os impulsos elétricos que chegam no órgão.
50
Q

Paciente hipertenso nao controlado com queixa de palpitação há 5 dias, sem instabilidade hemodinamica. ECG mostra Flutter. Conduta:

A

Ausencia de instabilidade + >48h do inicio do quadro = controle da FC (com bloqueadores do nó AV = BB são melhores, mas digitalicos podem ajudar tbm principalmente se tiver ICFER associada) e preparação para reversão (anticoagulação plena por 3-4 semanas ou realização de eco transesofagico)

  • nao cardioverter direto pelo risco de trombos intra-atriais
51
Q

Conduta em uma PCR:

A

1) Checar a responsividade do paciente
2) Chamar ajuda e pedir o desfibrilador
3) Verificar a respiração simultanea com o pulso carotideo (5 a 10s) e iniciar as compressões toracicas em sua ausencia (30:2)
4) Desfibrilação (se ritmo chocavel): lembrar que nao devemos interromper a RCP enquanto o desfibrilador ainda está sendo preparado, carregado ou analisando o ritmo, pois quanto menor o tempo entre a ultima compressão e o choque, melhor

52
Q

Para que serve a capnografia quantitativa contínua com forma de onda (ETCO2):

A
  • confirma o correto posicionamento da via aerea artificial
  • avalia a qualidade das compressoes toracicas
  • obtem informações quanto ao retorno da circulação espontanea (RCE)
  • mais recentemente, em pacientes intubados, a incapacidade de obter ETCO2 = 10mmHg após 20 min de RCP pode ser considerada UM DOS COMPONENTES DA ABORDAGEM para terminar os esforços de ressuscitação
53
Q

Paciente com insuficiencia renal apresenta PCR na emergencia. Fizeram RCP e deu certo. Rodaram um ECG que mostrou ritmo sinusal e ondas T apiculadas. Ph sanguineo = 7,1 (VR= 7,35-7,45), hiperglicemico e creatinina muito elevada. Diagnostico e conduta:

A

Duas possíveis causas:

1) Hipercalemia (ondas T altas e apiculadas):
- gluconato de calcio IV (estabilizar as membranas dos cardiomiocitos, mesmo que isso nao diminua por si só o potassio)
- Glicoinsulinoterapia (reduz potassio serico e melhora glicemia)
- bicarbonato de sodio
OBS: furosemida nao deve ser utilizada pois o paciente possui disfunção renal

2) Acidose metabolica
- bicarbonato de sodio (melhora a acidose e permite a entrada de potassio nas celulas, ajudando tbm na hipercalemia-> menos H+ no meio extracelular, sai H+ tamponado do intra para o extra e aí o K+ entra na celula no lugar do H+ tamponado)

Por fim, fazer hemodialise o mais rapido possivel.

54
Q

Agricultor do mato, teve um episodio de confusao mental e foi levado ao hospital. Foi internado. ECG mostrou FA com alta resposta ventricular. Disse que nao ia mais no medico. Conduta:

A

Dar alta com BB (nao precisa ajustar dose sempre)
OBS: pela FA e pelo provavel AIT que ele teve, o correto seria anticoagular. Mas nao tem como anticoagular alguem que se recusa a fazer acompanhamento medico

55
Q

Macete dos plantonistas para BAV:

A

BAV de primeiro grau – é aquele plantonista que sempre chega 20 ou 30 minutos atrasado, mas que nunca falta.

BAV de 2º grau tipo 1 – é a pessoa que rende o plantão sempre com atrasos maiores. No primeiro dia é de 20 minutos, depois de 30 minutos, 40 minutos e assim por diante. Até que um belo dia ele simplesmente não aparece.

BAV de 2º grau tipo 2 – é o plantonista que sempre chega na hora corretamente ate um dia, sem aviso prévio algum ou sem qualquer justificativa, faltar.

BAV de terceiro grau – aquele plantonista completamente desconectado da escala. Quando é o dia de descansar, chega pontualmente para dar plantão. Quando é o dia dele cobrir o plantão, falta sem avisar a ninguém.

56
Q

BAV 1º grau:

A

Caracteriza-se pelo prolongamento do intervalo PR, ou seja, intervalo PR > 0,20 s no adulto, mas as ondas P são conduzidas, com relação 1:1 (uma onda P para cada QRS).

57
Q

Paciente idoso com bradiarritmia sinusal persistente (FC < 60bpm) sem causas reversiveis (ex:medicamentos). Diagnostico e conduta:

A

Doença do nódulo sinusal (DNSA) de causa intrinseca, geralmente por fibrodegeneração das celulas do nodulo sinusal = doença de Lenégre.
Essa degenração pode afetar as células do miocardio atrial adjacente, o que predispoe ao fenomeno de reentrada e aumenta chance de taquiarritmias atriais paroxísticas (ex: FA, Flutter) = “sindrome bradi-taqui”

Implante de marca-passo definitivo.
Se o paciente nao tiver sintomas (o que é raro), podemos apenas observar, mas se tiver sindrome bradi-taqui ou sinais de baixo DC (fadiga, dispneia, pré-sincope ou sincope) esta indicado marca-passo (modo de funcionamento DDDR)

OBS: o marca-passo nao diminui a taxa de mortalidade, mas melhora sintomas e qualidade de vida

58
Q

Para que serve o marca-passo transcutâneo e como utilizar?

A

É um marca-passo provisório utilizado em situações emergenciais de bradiarritmia associada a instabilidade hemodinamica enquanto se providencia (em no maximo 30-60 min) o implante de um marca-passo transvenoso e possivelmente um definitivo futuro.
O MP transcutaneo dura pouco pq em poucos minutos aumenta a impedancia das pás e da parede toracica, fenomeno que atrapalha a captura das espiculas pelo miocardio ventricular (espicula vertical do MP no eletro representando o estimulo eletrico do MP.

Paciente precisa ser sedado e receber analgesia. Colocar as pás autoadesivas no torax despido do paciente (se tiver pelos, nao tirar tudo poiis pode atrapalhar impedancia, só cortar rente a pele) em posição anteroposterior. Depois colocamos a FC desejada (60-80 bpm) e fornecemos estimulos com energias cada vez mais altas ate a captura da espicula pelo miocardio ventricular (complexos QRS alargados e com onda T de polaridade oposta ao QRS). Definido o valor minimo para captura, colocamos 2-3x mais e acompanhamos se os parametros hemodinamicos estao melhorando a todo estante (pulso e PA)

59
Q

Paciente com IC. ECG mostra taquicardia, DII longo com a presença de 3 ou mais morfologias diferentes para onda P. Diagnostico, possiveis etiologias e condutas:

A

Taquicardia atrial multifocal (cada ciclo cardiaco um ponto diferente do miocardio atrial se ativa primeiro e comanda o ritmo).

Hipoxemia decorrente de doenças pulmonares graves (ex: DPOC descompensada); disturbios hidroeletroliticos (ex: hipocalemia e hipomagnesemia); intoxicações medicamentosas (ex:digitalicos)

Melhorar a intoxicação digitalica (paciente deve tomar pois tem IC), a partir da documentação dos niveis sericos da medicação para um acompanhamento mais apurado (exame para esclarecimento da causa)

60
Q

Homem, 9 anos, com episodios frequentes de desmaio. Fez ECG que mostrou BAV 2:1 e complexos QRS alargados . Diagnostico e conduta:

A

BAV de 2º grau (pois no 1º grau tem aumento de PR mas proporção continua 1:1 e no 3º grau é tudo desconfigurado e sem proporção), mas é dificil diferenciar entre os dois tipos somente com essa informação.

Os complexos QRS alargados nos dão uma pista de que a lesao é INFRA-HISSIANA (Mobitz tipo II -> pior prognostico, maior chance de virar BAV total e morte subita por bradiarritmia grave). Devemos internar o paciente e colocar em monitorização cardiologica continua. Devemos passar um MP transvenoso e programar um estudo eletrofisiologico invasivo (vai mostrar se o bloqueio é supra, intra ou infra- hissiana) e implante de MP definitivo.

61
Q

Como tratar BAV 2º grau Mobitz tipo I?

A

Mobitz tipo 1 é tratado com medicação como atropina (anti-muscarinico) ou regulando a dose dos medicamentos cardíacos

62
Q

Como se caracteriza um BRE no ECG:

A

Os critérios de ECG para um bloqueio do ramo esquerdo (BRE) incluem:

Duração QRS de> 120 milissegundos.
Ausência de onda Q em DI, V5 e V6.
Onda R monomórfica em DI, V5, V6 e.
Deslocamento oposto do segmento ST e onda T à grande deflexão do complexo QRS.

Na questão:
Não há Q em DI, V5 e V6 e que R em V1 e V2 é bem pequena.
QRS alargado, > 120 ms nas precordiais com padrao negativo em V1 (rS) e alterações na repolarização com onda T sempre invertida em relação ao QRS

OBS: macete: Uma maneira simples de diagnosticar um BRE em um ECG com um complexo QRS alargado (> 120 ms) seria a de olhar para a derivação V1. Se em V1 o complexo QRS é alargado e para baixo, um bloqueio do ramo esquerdo está presente. Se o complexo QRS é alargado e para cima em V1, trata-se de bloqueio de ramo direito.

63
Q

Como identificar BRD no ECG?

A

ORELHA DE COELHO:

O bloqueio de ramo direto (BRD) acontece por um retardo na condução do estímulo elétrico em qualquer porção intraventricular desse ramo, resultando em um padrão eletrocardiográfico característico que inclui três critérios:

  • Alargamento do QRS, com duração ≥ 120ms;
  • Padrão rsr’, rsR’, rSR’ ou mais raramente um R puro em V1 ou V2;
  • Onda S profunda e alargada (maior do que 40 ms) em DI e V6.
64
Q

Sintomas e tratamento de BRD:

A

O bloqueio do ramo direito em corações normais não apresenta gravidade. Porém, o acompanhamento médico com cardiologista pode detectar se existirá também algum comprometimento do ramo esquerdo ao longo do tempo. Caso aconteça, a associação do bloqueio de ramo direito com o bloqueio do ramo esquerdo leva ao bloqueio completo do batimento cardíaco, que se manifesta com desmaios, cansaço, falta de ar.

Não existe tratamento com medicamento que possa reverter um bloqueio do ramo direito instalado. A grande maioria das pessoas portadoras desse problema cardíaco não precisarão se submeter a nenhum tratamento ao longo da vida. O implante de marcapasso cardíaco apenas se faz necessário nos casos de bloqueio atrioventricular total.

65
Q

Sintomas e tratamento de BRE:

A

O bloqueio do ramo esquerdo não é grave por si só. Entretanto, o acompanhamento médico com cardiologista se faz necessário para detectar precocemente o avançar do processo degenerativo que compromete o restante do sistema elétrico de condução do batimento cardíaco.
Com a evolução da doença, pode ocorrer o bloqueio completo do batimento cardíaco, que se manifesta com desmaios, cansaço, falta de ar e até mesmo parada cardíaca.

Não existe tratamento com medicamentos que possam reverter um bloqueio do ramo esquerdo instalado. A maior parte das pessoas não precisará se submeter a nenhum tratamento, porém, quando há presença de desmaio ou evolução para bloqueio atrioventricular total, é necessário o implante de marcapasso cardíaco.

66
Q

Tratamento medicamentoso para TV sustentada que nao curse com instabilidade hemodinamica é:

A

Lembrar que TV sempre trata com PAS. Na instavel, com as pás do cardioversor (cardioversao eletrica sincronizada imediata). Na TV estavel, utilizamos o mnemonico PAS medicamentoso:
PROCAINAMIDA (1ª escolha)
AMIODARONA
SOTALOL

67
Q

Frequencia de via aerea avançada em PCR:

A

1 ventilação a cada 6-8s = 8-10 ventilações por minuto, sem sincronizar com as compressões (apesar de preferencialmente tentar ventilar com o torax retornando após as compressoes)

68
Q

Por que comprimir mais de 100-120 por minuto na compressão cardiaca pode dar ruim?

A

Leva a perda de efetividade da massagem:

FC muito elevada = diminuição do tempo de enchimento diastolico (pré-carga) = menor debito sistolico (cai tanto a cada batimento que no final nao compensa, pq fica menor o DC total)

69
Q

Qual medicamento pode ser utilizado tanto em arritmias supraventriculares quanto ventriculares?

A

Amiodarona (Grupo III dos antiarritmicos possui ação mais ampla. Mas a amiodarona possui a vantagem de, apesar de poder alargar QT, raramente se associa a torsades des pointes -> droga mais segura)

MECANISMO: bloqueiam canais de K+ da repolarização, aumentando a duração do potencial de ação, tanto no miocardio atrial quanto ventricular. Além disso, bloqueia canais de Na+ e exerce efeito BB, reduzindo o automatismo