APOSTILA-CAP.2 Flashcards

1
Q

TEXTO 2 - “Temas clássicos da Psicologia sob a ótica da Análise do Comportamento” (Maria Marta Hubner, Márcio Borges Moreira)

Capítulo 1 - _____ Filosóficas e Noção de Ciência em Análise do Comportamento.

A

Bases

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2
Q

Introdução

Este capítulo tem o _____ de apresentar, em linhas gerais, uma filosofia chamada Behaviorismo Radical e uma abordagem psicológica (ou ciência do comportamento) denominada Análise do Comportamento, bem como estabelecer relações entre ambas.

A

objetivo

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3
Q

Faremos uma distinção importante entre o Behaviorismo Radical (corrente atual) e o Behaviorismo _____.

A

Metodológico.

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4
Q

É importante que o leitor atente para esta distinção, pois a falta dela é, em parte, a razão de muitas críticas incorretas feitas ao moderno Behaviorismo _____.

A

Radical

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5
Q

O pensamento de B. F. Skinner e alguns dos principais pressupostos filosóficos de sua obra serão apresentados brevemente e terão a função de fornecer ao leitor um referencial ______ básico para a melhor apreciação dos demais capítulos deste livro.

A

teórico

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6
Q

Além dos aspectos concernentes ao Behaviorismo Radical, apresentaremos também a noção de ciência em Análise do Comportamento e algumas de suas características principais: seu objeto de _____, sua unidade de análise e seu método.

A

estudo

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7
Q

O surgimento do Behaviorismo

Por volta do final do século 19, a Psicologia começa a constituir-se como ciência _______, embalada, principalmente, pelas pesquisas de Gustav Fechner e Wilhelm Wundt (cf. Goodwin, 2005/2005).

A

independente

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8
Q

Essencial ao surgimento e desenvolvimento de uma ciência é a definição do seu objeto de estudo e do seu _____.

A

método

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9
Q

Nessa época, sobretudo após Wundt ter criado o primeiro laboratório de Psicologia _____ em Leipzig, Alemanha, difundiu-se a ideia de que o objeto de estudo da Psicologia era a consciência (e seus elementos constituintes), e o método eleito, a introspecção experimental (cf. Goodwin, 2005/2005).

A

experimental

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10
Q

É nesse contexto que, em 1913, o psicólogo John Broadus Watson publica um artigo intitulado A Psicologia como um _____ a vê.

A

behaviorista

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11
Q

Esse artigo ficou conhecido posteriormente como O ______ behaviorista.

A

Manifesto

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12
Q

Em seu artigo, Watson (1913) argumentou que o uso da introspecção experimental como método principal falhou em estabelecer a Psicologia como uma ciência natural (uma ciência que lida com fenômenos que ocupam lugar no tempo e no espaço, como a ____ e a Química).

A

Física

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13
Q

A crítica de Watson baseava-se principalmente na ___ de replicabilidade dos resultados produzidos, isto é, quando se realizava novamente uma mesma pesquisa com um outro sujeito, uma pessoa diferente, os resultados encontrados eram diferentes da pesquisa anterior.

A

falta

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14
Q

Para se ter uma ideia do que representa esse problema, imagine, por exemplo, que se a mesma questão fosse encontrada na ______, cada indivíduo que tomasse um analgésico teria uma reação completamente diferente e, provavelmente, nenhuma dessas reações seria a diminuição de uma dor de cabeça.

A

farmacologia

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15
Q

Watson (1913) salientou também outro problema importante com relação à _______ experimental: a “culpa” das diferenças entre os resultados obtidos a partir de tal método era atribuída aos sujeitos (que eram também os observadores), e não ao método ou às condições experimentais nas quais esses resultados foram produzidos.

A

introspecção

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16
Q

Se, por exemplo, as ______ de um sujeito sobre um determinado objeto, uma fruta, por exemplo, diferiam das impressões de outro sujeito, dizia-se que um deles não havia aprendido corretamente a fazer introspecção (a fazer observações corretas de seus estados mentais).

A

impressões

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17
Q

Para Watson, a Psicologia deveria seguir o exemplo de _______ bem estabelecidas, como a Física e a Química, as quais atribuíam as falhas em suas pesquisas aos instrumentos e métodos utilizados em seus estudos, o que levaria a Psicologia a um patamar equivalente de conhecimento do seu objeto de estudo.

A

ciências

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18
Q

Watson (1913) propôs, então, como principais objetivos da Psicologia a previsão e o ____ do comportamento.

A

controle

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19
Q

O comportamento observável (por mais de um observador) seria o objeto de investigação a partir do método _______, no qual se manipulam sistematicamente características do ambiente e verifica-se o efeito de tais manipulações sobre o comportamento dos sujeitos.

A

experimental

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20
Q

Para __, embora o comportamento humano fosse o principal interesse da Psicologia, o comportamento animal também deveria ser estudado como parte importante da agenda de pesquisas dessa ciência.

A

Watson

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21
Q

A obra de Watson estendeu-se além do texto de 1913 e incluía, segundo Matos (1997/2006), as seguintes características/ proposições principais:

“(…) estudar o comportamento por si mesmo;

opor-se ao Mentalismo e ignorar fenômenos, como consciência, sentimentos e estados mentais;

aderir ao evolucionismo biológico e estudar tanto o comportamento humano quanto o animal, considerando este último mais fundamental;

adotar o determinismo ______;

usar procedimentos objetivos na coleta de dados, rejeitando a introspecção;

realizar experimentação controlada;

realizar testes de hipótese, de preferência com grupo de controle;

observar consensualmente;

evitar a tentação de recorrer ao sistema nervoso para explicar o comportamento, mas estudar atentamente a ação dos órgãos periféricos, dos órgãos sensoriais, dos músculos e das glândulas” (Matos, 1997/2006, p. 64).

A

materialístico

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22
Q

O Manifesto behaviorista, como ficou conhecido o artigo de ______ (1913), é uma espécie de marco histórico do surgimento do Behaviorismo.

A

Watson

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23
Q

Embora muitas das concepções apresentadas por Watson em sua obra ainda se façam presentes, o que se conhece por Behaviorismo ______ (Skinner, 1974/2003), a proposta original sofreu reformulações, e a correta compreensão do que é o Behaviorismo hoje deve ser buscada principalmente não na obra de Watson (a despeito de sua relevância), mas na obra de Burrhus Frederic Skinner.

A

Radical

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24
Q

O BEHAVIORISMO RADICAL DE B. F. SKINNER

“O Behaviorismo não é a ciência do comportamento humano, mas, sim, a _______ dessa ciência.

A

filosofia

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25
Q

Algumas das questões que ele propõe são: É possível tal ciência? Pode ela ______ cada aspecto do comportamento humano? Que métodos pode empregar? São suas leis tão válidas quanto as da Física e da Biologia?” Proporcionará ela uma tecnologia e, em caso positivo, que papel desempenhará nos assuntos humanos? São particularmente importantes suas relações com as formas anteriores de tratamento do mesmo assunto.

A

explicar

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26
Q

O comportamento humano é o traço mais familiar do mundo em que as pessoas ______, e deve-se ter dito mais sobre ele do que sobre qualquer outra coisa.

A

vivem

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27
Q

E, de tudo o que foi dito, o que vale a pena ser ______?” (Skinner, 1974/2003, p. 7, grifo nosso).

A

conservado

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28
Q

É dessa forma que Skinner (1974/2003) começa seu _______ chamado Sobre o Behaviorismo.

A

livro

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29
Q

Destaca-se nessa citação uma distinção geralmente negligenciada: a ______ entre Behaviorismo e Análise do Comportamento.

A

diferença

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30
Q

Ciência e Filosofia – ou conhecimento _______ e conhecimento filosófico – andam, geralmente, de braços dados, mas há diferenças entre uma e outra.

A

científico

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31
Q

Como destacado por Skinner no trecho citado, quando falamos de Behaviorismo, estamos discutindo questões _____, isto é, questões que orientam a forma como entendemos o mundo ou uma parte específica dele; estamos falando de uma visão de mundo.

A

filosóficas

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32
Q

A própria possibilidade de uma ciência do comportamento é, em si, uma questão filosófica, é uma questão de como “_____” o ser humano.

A

enxergamos

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33
Q

Behaviorismos e as vicissitudes do sistema skinneriano

Uma consulta rápida sobre o Behaviorismo em muitos dos manuais introdutórios de Psicologia ou livros de História da Psicologia, atuais e antigos, revelará críticas tenazes ao Behaviorismo, críticas apresentadas, muitas vezes, sob rótulos como “mecanicista”, “simplista”, “reducionista”, “psicologia estímulo-resposta”, “psicologia da ____-preta” etc.

A

caixa

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34
Q

Embora se possa argumentar que a atribuição de alguns desses adjetivos a uma determina abordagem científica não seja necessariamente ruim (há uma má compreensão, ou uso inadequado, desses termos por alguns autores), atribuí-los ao sistema skinneriano é, pelo menos em parte, “chutar um cachorro morto”, isto é, tais críticas são feitas, geralmente, tendo como referência concepções behavioristas ________ (Chiesa, 1994/2006).

A

ultrapassadas

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35
Q

Essas concepções têm hoje, sobretudo, um interesse apenas ______, e devem ser atribuídas tanto a pensadores e pesquisadores diferentes de Skinner quanto ao próprio Skinner nos primeiros momentos de sua carreira (Chiesa, 1994/2006; Micheletto, 1997/2006).

A

histórico

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36
Q

Micheletto (1997/2006) sugere que a proposta de Skinner pode ser dividida em dois momentos distintos: de 1930 a 1938 e de ____ a 1990.

A

1980

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37
Q

Segundo Micheletto, o primeiro Skinner (1930-1938) é marcado por uma forte influência das ciências físicas, sobretudo a _______ newtoniana, e da filosofia do reflexo:

“(…) Skinner, neste momento, ainda tem uma suposição associada ao mecanicismo, decorrente de ter mantido características originais da noção de reflexo: apesar de operar com a noção de relação funcional e não com uma causalidade mecânica, busca um evento no ambiente relacionado com o que o organismo faz, mas considera que este evento deve ser um estímulo antecedente que provoca a ocorrência da resposta” (Micheletto, 1997/2006, p. 46).

A

mecânica

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38
Q

Já o “segundo” Skinner (1980-1990), como apontado por Micheletto (1997/2006), mostra-se mais comprometido com o modelo causal que embasa as ciências _____, influenciado principalmente pela teoria da evolução das espécies por seleção natural, de Charles Darwin (1859), e menos influenciado pelo modelo newtoniano.

A

biológicas

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39
Q

No entanto, já em 1938, Skinner apresentava uma ruptura com o modelo causal _____.

A

mecanicista

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40
Q

Um exemplo claro é a definição de reflexo, entendido à época como uma ligação direta entre _____ e resposta, e reinterpretado por Skinner (1938) como uma correlação entre dois eventos observáveis: “Em geral, a noção de reflexo deve se livrar de qualquer noção de ‘empurrão’ do estímulo.

A

estímulo

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41
Q

Os termos se referem aqui a eventos _____, e a nada mais” (Skinner, 1938, p. 21).

A

correlacionados

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42
Q

Diz-se, então, que Skinner substitui a noção de causalidade mecânica pela noção de relações ______ (Chiesa, 1994/2006; Skinner, 1953/1998).

A

funcionais

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43
Q

Como aponta o próprio Skinner (1953/1998), a ciência tem substituído o termo “causa” pelo termo “relação funcional”, pois o primeiro remete a forças e mecanismos que “_____” dois eventos, já o segundo apenas estabelece regularidade entre dois (ou mais) eventos.

A

ligam

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44
Q

Essa mudança no pensamento skinneriano é comumente atribuída (ou correlacionada) à influência do físico e _______ Ernest Mach (cf. Chiesa, 1994/2006; Micheletto, 1997/2006; Todorov, 1989).

A

epistemólogo

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45
Q

Ernest Mach (cf. Chiesa, 1994/2006) causou certa discussão entre filósofos e físicos ao afirmar que o conceito de ___ era absolutamente redundante para o adequado entendimento e aplicação da mecânica clássica.

A

força

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46
Q

A noção proposta por Mach, de que não é necessário inferir ou postular uma “força de atração” para explicar por que objetos caem, é a mesma noção proposta por Skinner (1938), de que não é necessário inferir uma força ou mecanismo que estabeleça o _____ entre um estímulo e uma resposta.

A

elo

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47
Q

Um ponto marcante no desenvolvimento do sistema de pensamento skinneriano, e considerado o “______” do Behaviorismo Radical (Tourinho, 1987), é a publicação, em 1945, do artigo intitulado Análise operacional de termos psicológicos (Skinner, 1945/1972).

A

nascimento

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48
Q

Skinner fora convidado para participar de um simpósio sobre o _______, uma doutrina filosófica proposta por Bridgman (1927) e cuja tese principal era a de que os conceitos devem ser definidos em termos das operações que o produzem.

A

Operacionismo

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49
Q

O significado, por exemplo, de comprimento deveria ser buscado nas ______ pelas quais o comprimento é medido (Skinner, 1945/1972; Tourinho, 1987).

A

operações

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50
Q

Embora Skinner (1945/1972) reconheça a ______ da proposta de Bridgman em seus trabalhos iniciais, neste momento de sua obra ele questiona a utilidade do Operacionismo para o desenvolvimento de uma ciência do comportamento, sobretudo o que está relacionado com a definição e entendimento de conceitos psicológicos.

A

influência

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51
Q

Skinner (1945/1972) argumenta inicialmente que conceitos devem ser analisados como aquilo que realmente são: comportamentos _____.

A

verbais

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52
Q

Para Skinner, então, analisar conceitos significa analisar o comportamento verbal do cientista (ou de quem os usa) e, para tanto, deve-se buscar as condições _______ e as condições consequentes do uso de determinado conceito (análise funcional).

A

antecedentes

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53
Q

As implicações dessa proposta de Skinner (1945/1972), e os caminhos percorridos para chegar a ela, serão apresentadas com mais detalhe em capítulos subsequentes deste ___.

A

livro

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54
Q

Por enquanto, para os propósitos deste capítulo, basta-nos saber que tal proposta estabelece uma distinção drástica entre o behaviorismo de Skinner, denominado por ele Behaviorismo _____, e o Behaviorismo praticado (ou defendido) por alguns de seus contemporâneos, referido por Skinner como Behaviorismo Metodológico.

A

Radical

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55
Q

No Behaviorismo Radical, há o reconhecimento de que eventos psicológicos ____ (p. ex., pensamento, consciência etc.) devem fazer parte do objeto de estudo de uma ciência do comportamento e podem ser estudados com o mesmo rigor científico que eventos públicos.

A

privados

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56
Q

Outra importante característica do Behaviorismo Radical apresentada no artigo de 1945, e da qual deriva, pelo menos em parte, a possibilidade do estudo científico dos eventos privados, é a proposição de Skinner (1945/1972) de que eventos privados (ou comportamentos privados) são tão físicos quanto os eventos públicos (ou comportamentos públicos), isto é, são de mesma natureza:

“De acordo com essa doutrina [behaviorismo metodológico], o mundo está dividido em eventos ____ e privados; e a psicologia, para atingir os critérios de uma ciência, precisa se confinar ao estudo dos primeiros.

A

públicos

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57
Q

Esse nunca foi um bom behaviorismo, mas era uma posição fácil de expor e ______ e frequentemente defendida pelos próprios behavioristas (…).

A

defender

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58
Q

A distinção público- privado enfatiza a árida filosofia da ‘_______ por concordância’. (…)

A

verdade

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59
Q

(…) O critério último para a adequação de um conceito não é a concordância entre duas pessoas, mas se o cientista que usa o conceito pode _____ com sucesso sobre seu material – sozinho se necessário.

A

operar

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60
Q

(…) A distinção entre público e privado não é, de forma alguma, a mesma que a distinção entre físico e ____.

A

mental

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61
Q

É por isso que o behaviorismo metodológico (que adota a primeira) é bem _____ do behaviorismo radical (…).

A

diferente

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62
Q

O resultado é que, enquanto o behaviorismo radical pode, em alguns casos, considerar eventos privados (…), o operacionismo _______ se colocou em uma posição em que não pode” (Skinner, 1945/1972, p. 382-383).

A

metodológico

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63
Q

Curiosamente, muitas das críticas que Skinner (1945/1972) fazia aos behavioristas metodológicos há mais de seis décadas são ainda hoje, feitas ao próprio ______.

A

Skinner.

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64
Q

Essas críticas são, obviamente, equivocadas – quando feitas ao Behaviorismo _____.

A

Radical

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65
Q

Fica claro no texto de 1945/1972, bem como em obras subsequentes de Skinner (p. ex., Skinner, 1974/2003), que o Behaviorismo Radical:

● É ____ (entende eventos privados e públicos como sendo de mesma natureza)

● Tem como critério de verdade a efetividade – no uso do conhecimento – e não a concordância entre observadores

● Toma os eventos privados como legítimos objetos de estudo, resgatando a introspecção e o estudo da consciência, não como método, mas como comportamentos em seu próprio direito.

A

monista

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66
Q

Como apontado, uma mudança importante no pensamento skinneriano foi a transição de um modelo explicativo menos influenciado pela física e mais voltado para o modelo das ciências biológicas, notadamente a teoria da evolução das espécies por seleção natural, de Charles ____ (1859).

A

Darwin

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67
Q

Em 1981, Skinner publicou na revista Science um dos mais importantes e influentes _______ científicos no mundo, um artigo intitulado Seleção por consequências (Skinner, 1981/2007).

A

periódicos

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68
Q

Embora algumas das ideias apresentadas no artigo já estivessem presentes em trabalhos bem anteriores de Skinner (p. ex., Skinner, 1953/1998), o artigo representa uma espécie de formalização do modelo explicativo do Behaviorismo Radical: o modelo de seleção pelas _______.

A

consequências

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69
Q

Em seu livro de 1859, Darwin explica a origem das diferentes espécies de seres vivos, bem como diferenciações de uma mesma espécie, a partir de dois processos básicos principais: ____ e seleção.

A

variação

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70
Q

Cada indivíduo de uma dada espécie é único, no sentido de ser _______, em maior ou menor grau, de outros membros da mesma espécie.

A

diferente

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71
Q

Essas diferenças referem-se a características _____, fisiológicas e comportamentais.

A

anatômicas

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72
Q

Falamos aqui, então, de variação ou ____ entre membros de uma mesma espécie.

A

variabilidade

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73
Q

Os membros dessa espécie vivem, geralmente, em um mesmo ambiente, e suas características anatômicas, fisiológicas e _______ são favoráveis à vida neste ambiente, isto é, a espécie está adaptada ao ambiente.

A

comportamentais

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74
Q

Enquanto esse ambiente se mantiver inalterado, as características dessa espécie manter-se-ão inalteradas, mesmo que haja _______ entre cada membro.

A

diferenças

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75
Q

De acordo com Darwin (1859), entretanto, se houver mudanças no ambiente da espécie, aqueles indivíduos cujas características mostrarem-se mais adequadas ao novo ambiente terão mais chances de ______ e passar seus genes adiante (prole).

A

sobreviver

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76
Q

Eis um exemplo fornecido por Darwin:

“Vejamos o exemplo de um lobo, que caça vários tipos de ____, conseguindo alguns pela estratégia de caça, outros pela força e outros pela rapidez; suponhamos que uma presa mais rápida, um veado, por exemplo, por algum motivo, aumentou seu número em um determinado local, ou que outras presas diminuíram seu número, durante a época do ano na qual o lobo mais precisa de comida.

A

animais

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77
Q

Sob essas circunstâncias, não vejo razão para duvidar de que os lobos mais rápidos e mais magros teriam as melhores chances de ______, e, portanto, de serem preservados ou selecionados (…)” (Darwin, 1859, p. 90).

A

sobreviver

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78
Q

Nesse exemplo, podemos identificar os dois princípios básicos apontados por Darwin (1859): lobos, membros de uma mesma espécie, diferem, por exemplo, em força e agilidade ou rapidez (______);

e quando o ambiente muda (maior disponibilidade de presas velozes) aqueles lobos mais velozes têm mais chances de sobreviver e transmitir seus genes para sua prole e, consequentemente, depois de algum tempo haverá maior quantidade de lobos mais velozes, isto é, o ambiente selecionou esta característica.

A

variação

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79
Q

Dizer que o ambiente selecionou uma característica é o mesmo que dizer que ela se tornou mais frequente. No exemplo de Darwin (1859), em um primeiro momento, a maioria dos lobos era capaz de _____ a certa velocidade média X.

A

correr

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80
Q

Alguns poucos lobos eram capazes de correr a uma velocidade média um pouco menor que X e outros a uma velocidade média um pouco maior (_____).

A

variabilidade

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81
Q

Quando as presas disponíveis no ambiente dos lobos eram aquelas mais velozes, aqueles poucos lobos que eram mais rápidos (e isso era uma característica genética deles) foram mais capazes de se alimentar e transmitir seus genes para seus _______ que, provavelmente, também eram mais velozes que a média.

A

descendentes

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82
Q

Depois de algum tempo, aquela velocidade média (mais veloz) passou a ser bem mais frequente naquele grupo de lobos, isto é, havia mais lobos capazes de desenvolverem velocidades _____.

A

maiores

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83
Q

Em seu artigo de 1981, Skinner (1981/2007) afirma que o processo de seleção natural (Darwin, 1859) é apenas um primeiro nível – ou tipo – de seleção pelas consequências, e que nos explicaria a origem das diferentes espécies, assim como nos explicaria parte do comportamento dos ______, como apontado pelo próprio Darwin.

A

organismos

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84
Q

Ao observarmos os comportamentos de indivíduos de diferentes espécies, percebemos que há uma série de comportamentos que estes organismos emitem sem que seja necessária uma experiência anterior, sem que haja ______ (Moreira, Medeiros, 2007).

A

aprendizagem

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85
Q

Entretanto, como apontado por Skinner, há, de maneira geral, duas características dos animais que foram selecionadas pelo ambiente que são fundamentais para a Psicologia, pois estão diretamente relacionadas com a nossa capacidade de aprender:

“O comportamento funcionava apropriadamente apenas sob condições relativamente similares àquelas sob as quais fora _____.

A

selecionado

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86
Q

A reprodução sob uma ampla gama de condições tornou- se possível com a ____ de dois processos por meio dos quais organismos individuais adquiriam comportamentos apropriados a novos ambientes.

A

evolução

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87
Q

Por meio do condicionamento _____ (pavloviano), respostas preparadas previamente pela seleção natural poderiam ficar sob o controle de novos estímulos.

A

respondente

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88
Q

Por meio do condicionamento operante, novas respostas poderiam ser fortalecidas (“_____”) por eventos que imediatamente as seguissem” (Skinner, 1981/2007, p 129-130).

A

reforçadas

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89
Q

Como apontado por Skinner (1981/2007) nesse trecho, quando determinado comportamento é selecionado em uma determinada espécie, tal comportamento somente será ____ enquanto as condições ambientais que o selecionaram permanecerem as mesmas.

A

adaptativo

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90
Q

No entanto, o próprio processo de seleção natural teria sido _______ pela seleção de duas características importantes que passaram a permitir que os membros de uma espécie pudessem, durante o período de sua vida, adaptar-se a ambientes diferentes – ou lidar mais facilmente com mudanças em seu próprio ambiente

A

responsável

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91
Q

Essas características podem ser definidas como capacidades para aprender a interagir de novas maneiras com o ______.

A

ambiente

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92
Q

Essas aprendizagens ocorrem de duas maneiras: por meio do condicionamento respondente e do condicionamento ________(esses dois processos de aprendizagem serão aprofundados em capítulos subsequentes).

A

operante

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93
Q

Segundo Skinner (1981/2007), o condicionamento operante é um segundo tipo de seleção pelas ______.

A

consequências

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94
Q

A analogia entre seleção natural e seleção operante é _____.

A

direta

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95
Q

No entanto, a seleção natural produz as diferenças entre _____, as mudanças ocorridas (selecionadas) ao longo de milhares de anos; já a seleção operante estabelece as diferenças comportamentais individuais e as mudanças comportamentais ocorridas durante a vida de um indivíduo.

A

espécies

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96
Q

Apenas como um exercício para entendermos, de maneira geral, o modelo de seleção pelas consequências no nível individual (seleção operante), tente imaginar um ser humano em diferentes _____ de sua vida, desde o seu nascimento até sua morte;

e tente imaginar também esse ser humano em diferentes situações do seu cotidiano – e, ao imaginar essas situações, tente imaginar não só o que esse ser humano está fazendo, mas também o que acontece depois que ele faz alguma coisa.

A

momentos

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97
Q

Imagine, por exemplo, um pequeno bebê em seu berço, sorrindo para sua ___ e balbuciando.

A

mãe

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98
Q

O bebê emite diferentes sons _______ (variabilidade) e, em algum momento, emite um som parecido com “mãn”.

A

aleatoriamente

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99
Q

Quando isso acontece, a mãe do bebê “faz uma festa” com seu filho que acaba de dar o _______ passo em direção à palavra “mamãe”, aconchegando e falando com o bebê.

A

primeiro

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100
Q

As reações da mãe poderão ter um efeito ______ sobre o comportamento do bebê, ou seja, poderão tornar mais provável que ele repita aquele som (dizemos que a reação da mãe funcionou como uma consequência reforçadora para o comportamento do bebê).

A

fortalecedor

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101
Q

O bebê, então, passa a falar “mã”_____ vezes.

A

mais

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102
Q

Neste sentido, dizemos que esse comportamento foi selecionado por suas consequências no ambiente, neste caso, a reação ______ da mamãe.

A

orgulhosa

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103
Q

Algumas vezes o “mã” é seguido por sons parecidos com “pá”, outras por “dá” etc. (______).

A

variabilidade

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104
Q

Em algum momento, o “mã” é seguido por outro “mã”, e lá estará a mãe para fazer outra “festa” com seu filho, que está quase falando “_____”.

A

mamãe

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105
Q

Dizemos então que o comportamento de dizer, por enquanto, “mãmã” foi selecionado por suas _______.

A

consequências

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106
Q

Imagine agora uma criança por volta dos seus ___ ou 4 anos que pede educadamente um doce a seu pai, e este diz não.

A

3

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107
Q

Ao ouvir o “não”, a criança pede o ___ de modo mais vigoroso, e ouve outro não, passando a pedir cada vez mais de maneira mais enérgica até iniciar uma birra (variabilidade).

A

doce

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108
Q

No ápice da ___, seu pai a atende, dá-lhe o doce.

A

birra

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109
Q

Imagine que situações parecidas continuem ocorrendo até que a criança passe a “dar birras” _______.

A

frequentemente

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110
Q

Dizemos então que este comportamento, “dar birras”, foi selecionado por suas _______.

A

consequências

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111
Q

Imagine as diversas interações entre pais e filhos (o que os ____ fazem ou dizem quando os filhos fazem ou dizem alguma coisa;

e o que os filhos fazem ou dizem quando os pais fazem ou dizem alguma coisa);

imagine as diversas interações entre professores e alunos;

imagine as diversas interações entre alunos; imagine as diversas interações entre adolescentes pertencentes a um mesmo grupo;

imagine as diversas interações entre amigos; entre chefes e funcionários;

entre funcionários e funcionários;

tios e sobrinhos;

avós e netos;

enfim, as diversas interações que ocorrem cotidianamente na vida de todos nós.

A

pais

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112
Q

Se examinarmos com algum cuidado essas interações, perceberemos que a reação dos outros ao que pensamos, falamos ou fazemos ______ bastante a nossa maneira de pensar, o que falamos e o que fazemos, ou seja, essas reações são consequências dos nossos comportamentos e os selecionam, no sentido de tornar alguns de nossos comportamentos mais frequentes e outros menos frequentes.

A

influencia

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113
Q

Obviamente, nosso comportamento também funciona como _____ para o comportamento das pessoas com as quais interagimos, e também seleciona certos comportamentos dessas pessoas.

A

consequência

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114
Q

O uso do termo “_____” não é por acaso e implica analisar as experiências individuais como um processo de retroalimentação.

A

interação

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115
Q

Cada interação do indivíduo com seu ambiente _____ o modo como as interações seguintes ocorrerão, caracterizando um processo extremamente dinâmico e complexo.

A

altera

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116
Q

A Psicologia, de maneira geral, ocupa-se dos fenômenos relacionados com este segundo nível de ______ pelas consequências.

A

seleção

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117
Q

Entendendo como os processos de variabilidade e seleção operam neste segundo nível, nos tornamos capazes de explicar, entre outras coisas, como a personalidade de um indivíduo é formada, como surge boa parte das psicopatologias, como aprendemos a falar, escrever, pensar, descrever nossos sentimentos; como surgem nosso temperamento e a subjetividade, como passamos a ter ________ de nós mesmos e do mundo, e uma infinidade de outros comportamentos e processos psicológicos.

A

consciência

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118
Q

Parte significativa deste livro dedica-se a apresentar cada um desses processos à luz do modelo de ______ pelas consequências.

A

seleção

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119
Q

A seleção natural, ou ______, nos ajuda a entender a origem das diferenças entre as espécies; a seleção operante, ou ontogenia, nos ajuda a entender a origem das diferenças comportamentais entre os indivíduos e, embora este segundo nível de seleção nos permita explicar uma infinidade de comportamentos e processos psicológicos, há ainda uma lacuna para a adequada compreensão do ser humano.

A

filogenia

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120
Q

Segundo Skinner (1981/2007), essa lacuna é preenchida por um terceiro nível de seleção pelas consequências: o nível de ____ cultural.

A

seleção

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121
Q

De acordo com Skinner (1981/2007), em algum momento da evolução da espécie humana, “a musculatura vocal ficou sob controle _____” (p. 131).

A

operante

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122
Q

Isso quer dizer que vocalizações emitidas por um indivíduo ficaram sensíveis às suas ______, ou seja, passaram a ter sua probabilidade de voltar a ocorrer aumentada ou diminuída em função do que acontecia no ambiente do organismo que as emitia.

A

consequências

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123
Q

Nesta característica residem a origem (ou possibilidade) da linguagem e o caráter eminentemente social do ser humano:

“O desenvolvimento do controle ambiental sobre a musculatura vocal aumentou consideravelmente o auxílio que uma pessoa recebe de outras. Comportando-se verbalmente, as pessoas podem cooperar de maneira mais eficiente em atividades comuns. Ao receberem conselhos, ao atentarem para avisos, ao seguirem instruções, e ao observarem regras, as pessoas podem se beneficiar do que outros já aprenderam. Práticas éticas são fortalecidas ao serem codificadas em leis, e técnicas especiais de autogoverno ético e intelectual são desenvolvidas e ensinadas. O ________ ou consciência emergem quando uma pessoa pergunta a outra questões como ‘O que você vai fazer?’ ou ‘Por quê você fez aquilo?’. A invenção do alfabeto propagou essas vantagens por grandes distâncias e períodos de tempo. Há muito tempo, diz-se que essas características conferem à espécie humana sua posição única, embora seja possível que tal singularidade seja simplesmente a extensão do controle operante à musculatura vocal” (Skinner, 1981/2007, p. 131).

A

autoconhecimento

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124
Q

De acordo com Skinner (1981/2007; 1987), o surgimento da linguagem _______ o aparecimento de ambientes sociais cada vez mais complexos, ou seja, tornou possível o rápido desenvolvimento da cultura (ou de práticas culturais).

A

possibilitou

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125
Q

Para Skinner, assim como o modelo de seleção pelas consequências nos explica as _______ e as diferenças entre as espécies, explica-nos as origens e as diferenças dos comportamentos individuais, esse modelo também nos explica as origens e as diferenças entre as culturas.

A

origens

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126
Q

Vimos que a variabilidade nas características (anatômicas, fisiológicas e comportamentais) entre membros de uma mesma espécie possibilita a seleção de _____ características que, em algum momento, passam a ser mais adequadas a um ambiente (seleção no nível filogenético)

A

novas

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127
Q

Vimos também que a ________ nos comportamentos individuais faz com que novos comportamentos sejam selecionados pelo ambiente (seleção no nível ontogenético).

A

variabilidade

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128
Q

Da mesma forma, a variabilidade nas práticas culturais de um grupo permite o surgimento de novas práticas culturais, isto é, a ______ na cultura.

A

mudança

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129
Q

As práticas culturais de um povo, segundo ______ (1953/1998; 1981/2007), produzem certas consequências para esse grupo.

A

Skinner

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130
Q

Por exemplo, se a maioria dos indivíduos de um determinado grupo, que mora à beira de um rio, emite regularmente comportamentos que mantêm o rio limpo, e observamos esse hábito por meio das gerações nesse grupo, dizemos então que esses comportamentos constituem uma prática _____ daquele grupo.

A

cultural

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131
Q

Segundo Skinner, ter o rio limpo (livre de doenças, água potável etc.) é uma _________ da prática cultural e é esta consequência, esse efeito sobre o grupo como um todo que mantém a ocorrência dessa prática.

A

consequência

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132
Q

___ sentido, dizemos que esta consequência selecionou aquela prática cultural.

A

Neste

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133
Q

Causalidade e explicação no behaviorismo radical

Por que as flores caem no outono e não na primavera? Por que o céu é azul? Por que as coisas caem para baixo e não para cima? Por que depois de cozido o ovo não pode ser “descozido”? Por que temos cinco dedos em cada mão e não seis? Por que algumas pessoas induzem vômito em si mesmas depois de comer? Por que algumas crianças aprendem mais rapidamente que outras? Por que alguns grupos sociais odeiam outros grupos sociais? Por que fulano fez ____? Por que sicrano tem agido de forma tão estranha? Essas perguntas são apenas exemplos de um traço bastante característico do comportamento humano: queremos explicar tudo o que acontece ao nosso redor, principalmente aquilo que as pessoas (ou nós mesmos) fazem ou deixam de fazer.

A

aquilo

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134
Q

Em um sentido amplo, explicar ____ apontar as causas de alguma coisa.

A

significa

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135
Q

Durante um curso de Psicologia, por exemplo, boa parte do que os professores ensinam refere-se às causas dos comportamentos dos indivíduos; por que pensam o que pensam? Por que sentem o que sentem? Por que falam o que falam? Por que fazem o que fazem? Ou por que deixam de falar, fazer, pensar ou sentir o que falam, fazem, pensam e sentem? Entretanto, o aluno de Psicologia, já no primeiro semestre do curso, depara-se com um “______” que o acompanhará até o final do curso – e até mesmo depois de formado: o estudante começa a aprender que existem diversas abordagens em Psicologia e que cada uma delas aponta diferentes causas para os comportamentos das pessoas.

A

problema

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136
Q

Para complicar mais ainda a vida do estudante, muitas vezes há conflitos, _______ entre as explicações.

A

divergências

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137
Q

Na aula do primeiro horário o professor diz que as causas de um determinado fenômeno _______(um transtorno de personalidade, por exemplo) são X; já na aula do segundo horário o professor diz “Turma, X não explica nada sobre esse transtorno de personalidade. Na verdade, as verdadeiras causas são Y e Z”.

A

comportamental

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138
Q

Por que isso ocorre? Por que essa _______? Essa “confusão” ocorre por um simples motivo: existem diversos modelos explicativos na Psicologia – e nas ciências em geral.

A

divergência

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139
Q

Um modelo ________ refere-se, de maneira geral, ao modo como se explicam e se apontam as causas de um dado fenômeno.

A

explicativo

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140
Q

Por exemplo, imagine o caso de um rapaz que tem dificuldades de ____ e manter uma conversa com uma garota que ele ache atraente.

A

iniciar

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141
Q

Uma forma de explicar essa dificuldade é dizer que o rapaz é tímido, ____.

A

introvertido

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142
Q

Outra é dizer que ele tem medo de ser rejeitado, ou que tem baixa _______, ou, ainda, que hoje esse rapaz tem essa dificuldade porque em outras vezes que abordou uma garota que achou interessante as consequências foram desastrosas.

A

autoestima

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143
Q

Por que os organismos se comportam?

O subtítulo acima _____ o mesmo nome do Capítulo 3 do livro Ciência e Comportamento Humano (Skinner, 1953/1998).

A

leva

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144
Q

Nesse capítulo, Skinner aborda algumas causas gerais utilizadas comumente pare se explicar o _________, apontando alguns problemas em se utilizar tais causas.

A

comportamento

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145
Q

Um primeiro ponto destacado por Skinner é que nenhum tipo de causa deve ser descartado de imediato: “Qualquer _____ ou evento que tenha algum efeito demonstrável sobre o comportamento deve ser considerado (p. 24)”.

A

condição

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146
Q

Note, entretanto, o uso da palavra “_______”.

A

demonstrável

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147
Q

O problema de se atribuir certas causas ao comportamento não é a ____ em si, mas a falta de evidências que atestem que aquele evento ou condição, de fato, exerce alguma influência sobre o comportamento de alguém.

A

causa

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148
Q

Se uma pessoa acredita, por exemplo, que a posição dos astros no momento do nascimento de outra pessoa, ou dela mesmo, influencia ou até mesmo _______ os comportamentos de alguém pelo resto de sua vida, esta pessoa deveria ser capaz de demonstrar essa influência.

A

determina

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149
Q

Skinner (1953/1998) aponta que o problema com explicações advindas, por exemplo, da _______ e da numerologia “são tão vagas que a rigor não podem ser confirmadas ou desmentidas (p. 25)”.

A

astrologia

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150
Q

Se você diz a um amigo: “Amanhã vai chover, mas pode fazer sol”, ficará difícil dizer que você estava ______ na sua previsão.

A

errado

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151
Q

Da mesma forma, dizer, por exemplo, “os arianos costumam ser bastante _______, porém com espírito inquieto e selvagem às vezes” constitui uma proposição difícil de demonstrar que está incorreta, difícil de avaliar.

A

ingênuos

152
Q

Outra explicação (ou causa) que as pessoas geralmente usam para explicar o comportamento de alguém, ou delas próprias, é a ________.

A

hereditariedade

153
Q

Como já vimos, parte do comportamento dos organismos é fruto da seleção natural, ou seja, é determinado _______.

A

geneticamente

154
Q

Entretanto, segundo Skinner (1953/1998), explicar as diferenças de comportamento, de _______ e as aptidões de indivíduos de uma mesma espécie a partir da hereditariedade pode constituir um equívoco.

A

personalidade

155
Q

É bastante plausível presumir que a hereditariedade possa desempenhar algum papel na explicação dos ________ de uma pessoa.

A

comportamentos

156
Q

No entanto, é comum exagerar-se na importância desse papel, além do fato de que se infere que um comportamento é inato por desconhecermos os efeitos da experiência ______ para o seu desenvolvimento (hereditário é o que não consigo provar que é aprendido).

A

individual

157
Q

Além da falta de dados conclusivos sobre a influência desses fatores no comportamento humano, isto é, além da falta de evidências de que esses fatores são causas (ou influências) legítimas do comportamento, há um problema ainda maior: quanto mais o comportamento de uma pessoa for ______ por esses fatores, menos o papel do psicólogo será necessário (Skinner, 1953/1998).

A

explicado

158
Q

Se a “_____” da timidez de alguém for hereditária, por exemplo, isso significa dizer que é genética, logo, essa pessoa estaria “condenada” a ser tímida pelo resto de sua vida.

A

causa

159
Q

É curioso observar como alguns psicólogos e alunos de Psicologia gostam de dar tanta ênfase ao papel da hereditariedade na “______” do comportamento.

A

causação

160
Q

Devemos reconhecer que a hereditariedade possa explicar parte do comportamento de uma pessoa, mas devemos “apostar nossas fichas” mais na _______ e na interação do que na hereditariedade.

A

aprendizagem

161
Q

Psicólogos que acreditam que “pau que nasce ____ morre torto” estão na profissão errada.

A

torto

162
Q

Skinner (1953/1998) aponta ainda um outro conjunto de causas – equivocadas – do comportamento que ele chamou de causas internas, que são de três tipos:

● Causas _____

● Causas internas psíquicas

● Causas internas conceituais

Estamos explicando o comportamento a partir de causas neurais quando utilizamos expressões como “fulano estava com os nervos à flor da pele” e “sicrano tem miolo mole ou não bate bem da bola”. Podemos usar termos mais técnicos também, como, por exemplo, “fulano está deprimido porque seus níveis de serotonina estão baixos”.

A

neurais

163
Q

Skinner (1953/1998) faz ____ considerações importantes acerca da atribuição de causas neurais do comportamento.

A

duas

164
Q

A primeira delas diz respeito ao fato de que condições específicas do nosso sistema nervoso não são as causas de um dado comportamento; são parte do ______ do indivíduo.

A

comportamento

165
Q

Por exemplo, quando dizemos que uma pessoa está deprimida, estamos dizendo, entre outras coisas, que ela pode estar tendo pensamentos recorrentes de morte ou ____ e também que seus níveis de serotonina podem estar baixos.

A

suicídio

166
Q

A causa relevante da depressão, para o psicólogo, estará em acontecimentos da ____ da pessoa (p. ex., perda de um ente querido).

A

vida

167
Q

Um segundo problema em se atribuir causas neurais ao comportamento é de ordem mais prática: o psicólogo, no exercício de sua profissão, não dispõe de instrumentos para “acessar” o sistema nervoso de uma pessoa, além de não poder “interferir” diretamente nesse sistema nervoso com, por exemplo, _____ e medicamentos.

A

cirurgias

168
Q

Além disso, conforme apontado por Skinner (1953/1998), mesmo conhecendo todos os aspectos neurológicos relacionados com a depressão, por exemplo, ainda assim deveremos buscar na história da pessoa com depressão eventos, situações que serão, de fato, a causa (ou causas) da sua depressão, ou seja, que serão a causa última dos “______ comportamentais” (p. ex., ideias suicidas), bem como das alterações neurológicas (p. ex., baixo nível de serotonina).

A

sintomas

169
Q

Os dois outros tipos de causas internas (psíquicas e conceituais) apontados por Skinner (1953/1998) podem ser agrupados em um único tipo, dado que apresentam os mesmos problemas: são _______ e expressam a ideia de outro ser ou agente que habita nossos corpos e causa nossos comportamentos.

A

circulares

170
Q

Esses dois tipos de causa podem ser exemplificados pelo uso de expressões como “fulano tem uma personalidade desordenada”, “sua consciência é seu guia”, “fulano fuma demais porque tem o vício do fumo”, “ele joga bem xadrez porque é inteligente”, “ela briga por causa do seu instinto de _____” ou “sicrano toca bem piano por causa de sua habilidade musical” (Skinner, 1953/1998, p. 32-33).

A

luta

171
Q

Esses dois tipos de explicação são o que Skinner (1974/2003) chamou de explicações _________, isto é, explicações que nos dão a falsa impressão de estarmos explicando algo quando, na verdade, não estamos. Veremos o porquê a seguir.

A

mentalistas

172
Q

Explicações circulares do comportamento

Tomemos como exemplo a frase citada anteriormente: “fulano ____ demais porque tem o vício do fumo”.

A

fuma.

173
Q

Quando dizemos essa frase, estamos querendo explicar por que alguém fuma demais, ou seja, estamos apontando a ___ do “fumar demais”.

A

causa

174
Q

Estamos tão acostumados com este tipo de explicação que muitas vezes não percebemos um ____ lógico inerente a ele: causa e efeito não podem ser a mesma coisa, o mesmo evento (p. ex., “cair água do céu” não pode ser a explicação de por que está chovendo).

A

erro

175
Q

Se dedicarmos um pouco do nosso tempo para analisar proposições como essa, ____ perceberemos que nada estamos explicando.

A

logo

176
Q

“Fulano fuma demais” e “fulano tem o vício do fumo” são exatamente a ________ proposição, isto é, têm exatamente o mesmo significado.

A

mesma

177
Q

Quando dizemos “fulano fuma demais”, o dizemos ao _________ o comportamento de alguém (o número de cigarros que um amigo ou conhecido fuma por dia, por exemplo).

A

observar

178
Q

Ao observar o comportamento (fumar demais), queremos explicá-lo, indicar sua ____, então dizemos “fulano fuma demais porque tem o vício do fumo”.

A

causa

179
Q

Dizer que fulano tem o vício do fumo, de algum modo, nos passa uma ideia de que há algo (o vício) ______ daquela pessoa, e que este vício a impele a fumar.

A

dentro

180
Q

No entanto, a única evidência que temos da existência desse vício é o ____ comportamento de fumar.

A

próprio

181
Q

O diálogo a seguir talvez deixe mais clara a circularidade desse tipo de explicação:

Pessoa 1: Por que fulano fuma tanto?

Pessoa 2: Porque ele é _____.

Pessoa 1: Ah! Mas como você sabe que ele é viciado?

Pessoa 2: Ora! Porque ele fuma demais!

Pessoa 1: Mas por que ele fuma demais?

Pessoa 2: Porque tem esse vício!

Pessoa 1: Não estou entendendo! Ele fuma demais porque é viciado em cigarro ou é viciado em cigarro porque fuma demais?

Pessoa 2: Os dois, ora!

A

viciado

182
Q

Dizer, portanto, que alguém tem o vício do fumo significa apenas dizer que alguém fuma (demais), mas nada nos explica sobre a ______, a causa, do fumar demais (ou do vício).

A

origem

183
Q

É relativamente simples perceber a ________ dessa explicação, pois vício do fumo refere-se a uns poucos comportamentos do indivíduo relacionados com o consumo de cigarros.

A

circularidade

184
Q

Entretanto, há uma série de outras explicações que lançam mão de conceitos psicológicos para _________ comportamentos mais complexos e que incorrem no mesmo erro.

A

explicar

185
Q

O uso do conceito de _________ é um bom exemplo.

A

inteligência

186
Q

Vejamos a seguinte frase: “João joga ______ xadrez porque é inteligente”.

A

bem

187
Q

Certamente jogar xadrez bem _____ é a única realização de uma pessoa que nos leva a dizer que ela é inteligente.

A

não

188
Q

Há uma infinidade de coisas que as pessoas falam e ______ que nos levam a dizer que essas pessoas são inteligentes.

A

fazem

189
Q

Entretanto, usar, por exemplo, inteligência como ___________, como causa de comportamentos, implica o mesmo problema apontado para o uso de vício como explicação para o comportamento de fumar: a única evidência que temos de que a pessoa é inteligente é o fato de que ela joga bem xadrez (ele joga bem xadrez porque é inteligente ou é inteligente porque joga bem xadrez?).

A

explicação

190
Q

Então, as frases “fulano é inteligente” e “fulano joga bem xadrez” _______ a mesma coisa; uma proposição não é a explicação, a causa, da outra.

A

significam

191
Q

Se pararmos por um momento para analisarmos os usos que fazemos do ________ de inteligência, perceberemos facilmente que não estamos explicando por que algumas pessoas fazem ou falam certas coisas – ou falam ou fazem certas coisas de certas maneiras.

A

conceito

192
Q

O uso desse conceito, por exemplo, tem uma função adverbial, isto é, não estamos explicando o comportamento das pessoas, mas sim usando o conceito como um ______ (jogar bem xadrez versus jogar mal xadrez; Oliveira-Castro, Oliveira-Castro, 2001).

A

advérbio

193
Q

Analisar como usamos certos conceitos psicológicos é uma ótima atividade para percebermos que muitas das causas/ explicações que atribuímos ao comportamento dos outros, e ao nosso próprio, na verdade, ______ explicam.

A

nada

194
Q

No Capítulo 5 deste livro – ________ – você verá mais alguns exemplos dessas análises.

A

Motivação

195
Q

O problema com agentes internos que causam comportamento

Outro tipo de “causa” interna psíquica que normal- mente se atribui ao comportamento das pessoas, e que Skinner (1953/1998) também aponta como problemática ou falaciosa, é a explicação do comportamento a partir de agentes internos como o eu, a _________ a mente ou o self.

A

consciência,

196
Q

Quando, por exemplo, alguém diz “fiz o que minha consciência me ditou”, essa pessoa está dizendo que sua consciência causou seu comportamento, ou seja, ela (ou o que ela ditou) é a _______ do comportamento.

A

explicação

197
Q

Novamente, temos, no mínimo, uma explicação _______, pois nos restaria ainda responder à seguinte pergunta: “E quem ditou à sua consciência o que fazer?”.

A

incompleta

198
Q

O uso de conceitos como self ou mente, por exemplo, para explicar o comportamento traz implícita a ideia de que existe uma “_____ pessoa” dentro da pessoa, e que “dita” a ela o que fazer.

A

outra

199
Q

No entanto, quem dita a essa “pessoinha” interna o que fazer? Outra “pessoinha”? E a essa outra “pessoinha”? Uma outra? Perceba que quando analisamos esse tipo de explicação caímos em um erro lógico que os filósofos chamam de _________ ao infinito.

A

regressão

200
Q

Nesse caso, criaríamos “_______” infinitamente, uma para explicar o que a outra fez.

A

pessoinhas

201
Q

Com o gigantesco avanço das ________ na década de 1990, um outro tipo de explicação falaciosa para o comportamento começou a “virar moda”.

A

neurociências

202
Q

Bennett e Hacker (2003) chamaram esse tipo de explicação de falácia mereológica, que consiste em atribuir ao cérebro capacidades ou ações que só fazem sentido quando atribuídas a um indivíduo íntegro, como um ______, e não a partes desse indivíduo (p. ex., o cérebro decide; o cérebro escolhe; o cérebro sente, interpreta etc.).

A

todo

203
Q

Raramente ouvimos dizer “as mãos de fulano pegaram a caneta” ou “as pernas de sicrano caminharam até a ____”.

A

porta

204
Q

É mais comum ouvirmos “fulano pegou a caneta” e “sicrano _______ até a porta”.

A

caminhou

205
Q

É mais comum porque o uso _______ desses verbos refere- se a indivíduos como um todo, e não a partes deles, assim como decidir, interpretar, escolher etc.

A

correto

206
Q

Dizer que o cérebro fez isso ou aquilo implica o mesmo erro apontado por Skinner (1953/1998) de dizer, por exemplo, “minha consciência _______”.

A

decidiu

207
Q

É necessário ressaltar novamente que dizer que não é a consciência de um indivíduo, ou o seu self, ou sua personalidade, ou o seu eu interior, ou o seu cérebro, por exemplo, que explica o comportamento das pessoas, que são as causas de seus comportamentos, não quer dizer de forma alguma que, para o Behaviorismo Radical, as pessoas são uma “caixa-preta” ou um organismo ____.

A

vazio

208
Q

Apenas quer dizer que as causas dos comportamentos não devem ser atribuídas a processos ou estruturas ________ inferidas a partir da observação do próprio comportamento do indivíduo

A

internas

209
Q

As explicações para o que as pessoas fazem, falam, pensam ou sentem devem ser buscadas na sua história de interações com seu ________, sobretudo interações com outras pessoas.

A

ambiente

210
Q

Neste sentido, o modelo causal na perspectiva behaviorista radical é o modelo de seleção pelas __________ (apresentado anteriormente), nos três níveis em que ocorre: filogenético, ontogenético e cultural (Skinner, 1981/2007).

A

consequências

211
Q

Os demais capítulos deste livro fornecerão uma ________ amostra de como se explica o comportamento a partir desse modelo.

A

excelente

212
Q

A concepção de homem no behaviorismo radical

“Os homens agem sobre o ______, modificando-o, e, por sua vez, são modificados pelas consequências de sua ação” (Skinner, 1957/1978, p. 15).

A

mundo

213
Q

Esta é a primeira frase do livro de Skinner chamado O comportamento verbal, a qual ilustra, de maneira geral, a concepção de homem do Behaviorismo _______, denotando o caráter relacional entre o homem e o mundo em que vive (lembrando que o principal aspecto desse mundo, para entendermos corretamente essa frase, são os outros membros da mesma espécie, as outras pessoas).

A

Radical

214
Q

É comum ouvirmos ou lermos que, para o Behaviorismo, o homem é um ser _________.

A

passivo

215
Q

Essa afirmação é, no mínimo, equivocada e denota apenas a ________ de compreensão de muitos autores sobre a obra de Skinner.

A

falta

216
Q

Apenas a análise da frase inicial de O comportamento verbal (Skinner, 1957/1978) já pode nos mostrar que, para o Behaviorismo Radical, o homem é um ser _____ em seu mundo.

A

ativo

217
Q

A frase citada anteriormente é composta por, pelo menos, três proposições básicas:

● Os homens _____ sobre seu mundo

● Os homens modificam seu mundo (essas modificações são descritas como as consequências de suas ações)

● Os homens são modificados pelas consequências de suas ações.

A

agem

218
Q

Se o homem muda em função das mudanças em seu mundo, produzidas por ele mesmo (das consequências de suas ações), então cada homem é ______ de construir-se como homem, como pessoa, a partir de suas próprias ações.

A

capaz

219
Q

Esta concepção, ao contrário do que afirmam muitos críticos, talvez seja uma das concepções de homem que mais conferem a este o domínio sobre sua própria vida, já que não considera o homem uma “____” de motivações inconscientes, de estruturas de sua personalidade e de instintos, entre outras coisas.

A

vítima

220
Q

A correta compreensão da proposição de que o homem age sobre o mundo, modificando-o, e sendo modificado por essas mudanças que ele mesmo produziu (Skinner, 1957/1978), requer a noção adicional de que o homem é também _______.

A

histórico

221
Q

Pense, por um instante, em você como você é _____ .

A

hoje

222
Q

Pense que você age sobre seu mundo (p. ex., faz perguntas às pessoas; faz declarações de amor, escreve recados; pede favores; dá ordens; pede conselhos; dá conselhos; ______ da vida às vezes; diz, às vezes, que não poderia estar mais feliz; emite opiniões sobre os mais diversos assuntos etc.).

A

reclama

223
Q

Todas essas ações produzem, pelo menos ocasionalmente, mudanças no mundo ao seu redor (p. ex., as pessoas concordam ou discordam de suas opiniões; suas declarações de amor são __________ com carinho ou rechaçadas; suas ordens e seus pedidos de favor às vezes são atendidos e às vezes não; seus conselhos podem ser seguidos; suas “reclamações da vida” podem ser criticadas ou confirmadas por outras pessoas e assim por diante).

A

respondidas

224
Q

De acordo com essa filosofia, chamada de Behaviorismo Radical, é nesse turbilhão de interações com o seu mundo, principalmente com as pessoas que o cercam, que você ________ a ser quem você é, aprende as habilidades que tem, os “defeitos” que tem, as virtudes que tem, sua maneira de pensar e de sentir, aprende a ter consciência de quem você é e, entre inúmeras outras coisas, a ter consciência do mundo em que vive.

A

aprende

225
Q

No entanto, se você pensar não apenas nas suas interações com o seu mundo, e como elas influenciam seu comportamento, e pensar também nas interações das pessoas que você conhece, rapidamente perceberá que certas consequências dos seus comportamentos _________ você de maneiras diferentes do que as mesmas consequências influenciariam o comportamento das pessoas que você conhece

A

influenciam

226
Q

No entanto, se você pensar não apenas nas suas interações com o seu mundo, e como elas influenciam seu comportamento, e pensar também nas interações das pessoas que você conhece, rapidamente perceberá que certas consequências dos seus comportamentos _________ você de maneiras diferentes do que as mesmas consequências influenciariam o comportamento das pessoas que você conhece.

A

influenciam

227
Q

Por exemplo, imagine que você e um colega fizeram uma prova e que os dois ____ se saíram muito bem.

A

não

228
Q

Fazer uma prova (responder às questões) é ________, é agir sobre o mundo.

A

comportamento

229
Q

Receber uma nota boa ou uma nota ruim é uma ___________ desse comportamento.

A

consequência

230
Q

Para facilitar o exemplo, imagine também que as __________ de vocês na prova foram bastante parecidas.

A

respostas

231
Q

Portanto, em nosso exemplo, você e seu colega emitiram um mesmo comportamento, uma mesma ______ sobre o mundo, e as consequências (nota ruim) foram também muito similares.

A

ação

232
Q

No entanto, ao receber a nota, você diz “vou me esforçar mais da próxima vez” (e você faz exatamente isso na próxima prova) e seu colega diz “essa matéria é muito ________, vou ‘trancar’ a disciplina” (e assim ele faz).

A

difícil

233
Q

Neste exemplo, a consequência das suas ações e das ações de seu colega _______ seus comportamentos futuros, e os de seu colega, de maneiras diferentes.

A

influenciou

234
Q

Duas implicações importantes podem ser extraídas desse exemplo:

a primeira é que, mesmo de maneiras diferentes, a consequência do comportamento, seu e de seu colega, influenciou comportamentos futuros (desistir ou se esforçar mais), i. e., vocês agiram sobre o ______, modificando-o, e foram modificados pelas consequências de suas ações;

a segunda implicação importante diz respeito ao fato de que uma mesma consequência influencia de maneiras diferentes comportamentos de diferentes pessoas.

A

mundo

235
Q

Novamente, as razões dessa diferença, de por que diferentes pessoas reagirem de formas diferentes a aspectos do seu ambiente, devem ser buscadas na história de _______ da própria pessoa.

A

interações

236
Q

Neste caso, poderíamos nos perguntar, por exemplo, como os seus _______ e os pais de seu colega reagiram a notas ruins no passado.

A

pais

237
Q

É neste sentido, portanto, que dizemos que, para o Behaviorismo _______, o homem é um ser histórico.

A

Radical

238
Q

O homem é também, para esta filosofia, um ser inerente- mente social, já que boa parte das modificações que produzimos no mundo são, na verdade, _______ nos comportamentos das pessoas com as quais convivemos.

A

mudanças

239
Q

Como vimos anteriormente, o homem é pertencente à espécie humana e, portanto, parte do seu comporta- mento e de suas capacidades é resultado de um processo de _______ e variação no nível filogenético.

A

seleção

240
Q

O homem aprende com suas interações com o mundo, muda seus comportamentos em função das modificações que produz nesse mundo: processo de variação e seleção (de comportamentos) no nível _________.

A

ontogenético

241
Q

Essa aprendizagem se dá, sobretudo, pela _______ de outras pessoas.

A

mediação

242
Q

Muitas pessoas em um grupo social fazem muitas coisas parecidas, gostam de muitas coisas parecidas, têm ________ e valores semelhantes, entre outras coisas.

A

crenças

243
Q

Essa ___________ entre os comportamentos de indivíduos de um mesmo grupo é muitas vezes chamada de cultura, e é transmitida de geração para geração: falamos então do processo de variação e seleção (de comportamentos) no nível cultural.

A

similaridade

244
Q

Portanto, dizer que o homem é um ser social e histórico é dizer que ele é, constitui-se como homem, como pessoa, a partir de processos de variação e seleção nesses três níveis: __________, ontogenético e cultural.

A

filogenético

245
Q

A proposta de uma ciência do comportamento

Provavelmente você já ouviu o ditado popular “de médico e louco todo mundo tem um pouco”. Para que ele ficasse um pouco mais completo, deveria ser: “de médico, ______ e psicólogo todo mundo tem um pouco”.

A

louco

246
Q

Como citado, todos temos nossas próprias explicações para os comportamentos das outras pessoas e para o ______ próprio.

A

nosso

247
Q

Esse conhecimento – que as pessoas em geral têm sobre os mais diversos assuntos e, nesse caso, sobre o comportamento humano – é chamado de conhecimento do ____ comum.

A

senso

248
Q

Inúmeros filósofos, muitos deles muito importantes (p. ex., Sócrates, Aristóteles e Platão), produziram uma quantidade absurda de conhecimento sobre o ser humano, sobre suas essências, sua natureza, suas razões etc. Esse tipo de conhecimento é chamado conhecimento ________.

A

filosófico

249
Q

Padres, pastores, sacerdotes e clérigos em geral também têm suas próprias concepções e explicações para muitos assuntos humanos; esse conhecimento é chamado conhecimento _________.

A

religioso

250
Q

Há, entretanto, um tipo de conhecimento diferente desses três apresentados: o conhecimento _________.

A

científico.

251
Q

Quais são, então, as diferenças entre esses tipos de conhecimento? Poderíamos dizer que o conhecimento do senso comum é produzido pelas pessoas em geral, que o conhecimento filosófico é aquele produzido pelo filósofo, que o conhecimento religioso é aquele produzido por religiosos (padres, bispos, pastores etc.) e que o conhecimento científico é aquele produzido por ________.

A

cientistas

252
Q

Mas essa distinção ainda nos deixa outra pergunta: o que nos permite dizer que alguém é um cientista ou um filósofo ou um religioso? A resposta a essa pergunta, e que também distingue um tipo de conhecimento de outro, está na maneira como o conhecimento é _________.

A

produzido

253
Q

Dissemos que o Behaviorismo Radical é uma filosofia que embasa uma _____ do comportamento (Skinner, 1974/2003).

A

ciência

254
Q

Essa ciência é chamada ______ do Comportamento.

A

Análise

255
Q

Behaviorismo Radical e Análise do Comportamento tratam do ser humano e de seus comportamentos, no entanto, abordam esses assuntos de maneiras diferentes, e o conhecimento derivado de cada um desses campos do saber é produzido também de ______ diferentes.

A

modos

256
Q

Se já existe uma filosofia que trata desses assuntos, para que precisamos de uma ciência que também trata desses assuntos? O conhecimento filosófico é extremamente importante e dele deriva inclusive a ________ concepção de ciência.

A

própria

257
Q

Praticamente não há uma ciência que não esteja fortemente ancorada em pressupostos ________.

A

filosóficos

258
Q

Embora cada tipo de conhecimento tenha sua _______, cada tipo também tem suas limitações.

A

utilidade

259
Q

O conhecimento científico (o produzido de forma científica) apresenta certas características importantes que preenchem algumas ______ deixadas pelos outros tipos de conhecimento.

A

lacunas

260
Q

Essas características do conhecimento científico permitem que, de certa forma, ele avance mais __________ que as outras formas de conhecimento.

A

rapidamente

261
Q

Vejamos o que diz Skinner sobre isso:

“Os resultados tangíveis e imediatos da ciência tornam-na mais fácil de avaliar que a Filosofia, a Arte, a Poesia ou a Teologia. (…) a ciência é única ao mostrar um progresso acumulativo. Newton explicava suas importantes descobertas dizendo que estava de pé sobre os ombros de gigantes. Todos os cientistas (…) capacitam aqueles que os seguem a começar um pouco mais além. (…) Escritores, artistas e filósofos contemporâneos não são apreciavelmente mais eficazes do que os da idade de outro da Grécia, enquanto o estudante secundário médio entende muito mais a natureza do que o maior dos cientistas gregos (p. 11). (…) Os dados, não os cientistas, falam mais alto (p. 13). (…) Os cientistas descobriram também o valor de ficar sem uma _____ até que uma satisfatória possa ser encontrada (p. 14). (…) O comportamento é uma matéria difícil, não porque seja inacessível, mas porque é extremamente complexo. Desde que seja um processo, e não uma coisa, não pode ser facilmente imobilizado para observação. É mutável, fluido e evanescente, e, por esta razão, faz grandes exigências técnicas da engenhosidade e energia do cientista (p. 16)” (Skinner, 1953/1998, p. 11-16).

A

resposta

262
Q

Resumidamente, o que Skinner (1953/1998) está dizendo nesse trecho é que cada _____ geração de cientistas que se forma tem um conhecimento mais preciso sobre os assuntos que estuda do que a geração anterior, mas o mesmo não é válido para, por exemplo, novas gerações de filósofos ou artistas.

A

nova

263
Q

Isso só é possível porque os cientistas descobriram um modo de _______ o conhecimento que produzem (o método científico).

A

testar

264
Q

A ________ como os cientistas trabalham e divulgam o conhecimento produzido permite que outros cientistas repitam a pesquisa que seus colegas fizeram, e que avaliem se os resultados apresentados por seus colegas se repetem ou não.

A

maneira

265
Q

A ciência, neste sentido, é _________: equívocos são passíveis de identificação e correção.

A

autocorretiva

266
Q

É interessante destacar também a seguinte frase da citação anterior de Skinner (1953/1998): “Os cientistas descobriram também o valor de ficar sem uma resposta até que uma _________ possa ser encontrada”.

A

satisfatória

267
Q

É por isso que muitas vezes vemos _________ de produtos dizendo que seus feitos foram testados cientificamente.

A

propagandas

268
Q

Quando o cientista divulga um __________, geralmente ele tem muitos dados (obtidos por meio de experimentação) que sustentam o que está dizendo, e não apenas hipóteses e argumentos lógico-linguísticos bem estruturados.

A

conhecimento

269
Q

O objeto de estudo da análise do comportamento

Já foi dito que o que distingue o conhecimento científico dos demais tipos de conhecimento é a maneira como ele é __________, o método utilizado para produzi-lo.

A

produzido

270
Q

Mas o que distingue uma ciência da outra? O que distingue a Física da Química? Ou a Biologia da Psicologia? Essa distinção se dá, principalmente, pelo _______ de estudo de cada ciência.

A

objeto

271
Q

Se digo que estudo o movimento dos corpos, então estou falando de uma área da Física; se estudo o desenvolvimento embrionário de répteis, então estou falando de uma área da _________.

A

Biologia

272
Q

Porém, qual é o objeto de ________ da Psicologia?

A

estudo

273
Q

Não há na Psicologia, talvez por ser ainda uma ciência relativamente nova, _________ sobre qual é o seu objeto de estudo.

A

consenso

274
Q

Diferentes abordagens psicológicas (p. ex., Análise do Comportamento, Psicanálise, Psicologia Humanista) postulam diferentes objetos de estudo para a _______.

A

Psicologia.

275
Q

Para a Análise do Comportamento, a Psicologia deve ter como objeto de estudo as interações dos organismos vivos com seu mundo, como apontando por Todorov (1989) em um artigo chamado A Psicologia como o Estudo de Interações:

“A psicologia estuda _______ de organismos, vis- tos como um todo, com seu meio ambiente (Harzem, Miles, 1978). Obviamente não está interessa- da em todos os tipos possíveis de interações nem em quaisquer espécies de organismo. A psicologia que para entendê-lo muitas vezes tenha que recorrer ao estudo do comportamento de outras espécies animais (Keller, Schoenfeld, 1950). Quanto às interações, estão fora do âmbito exclusivo da psicologia aquelas que se referem a partes do organismo, e são estudadas pela biologia, e as que envolvem grupos de indivíduos tomados como uma unidade, como nas ciências sociais. Claro está que a identificação da psicologia como distinta da biologia e das ciências sociais não se baseia em fronteiras rígidas: as áreas de sobreposição de interesses têm sido importantes a ponto de originar as denominações de psicofisiologia e psicologia social, por exemplo. As interações organismo- ambiente são tais que podem ser vistas como um continuum onde a passagem da psicologia para a biologia ou para as ciências sociais é muitas vezes questão de convencionar-se limites ou de não se preocupar muito com eles. (…) Nesta caracterização da psicologia, o homem é visto como parte da natureza. Nem pairando acima do reino animal, como viram pensadores pré-darwinianos, nem mero robô, apenas vítima das pressões do ambiente, na interpretação errônea, feita por alguns autores (…)” (Todorov, 1989, p. 348).

A

interações

276
Q

Alguns pontos dessa citação merecem um destaque _________.

A

especial

277
Q

O primeiro refere-se ao fato de que, para a Análise do Comportamento, devemos estudar interações comportamento-ambiente, e não apenas o que o indivíduo faz, fala, pensa ou sente.

O que o indivíduo faz, fala, pensa ou sente deve sempre ser contextualizado.

Dizer, por exemplo, “Maria chorou” não é de muita utilidade para o psicólogo. Não estamos interessados somente no que as pessoas fazem, ou pensam, ou sentem; estamos interessados nas condições em que este fazer/pensar/sentir ocorre e nas __________ (mudanças ambientais) relacionadas com esse fazer/pensar/sentir.

Um segundo ponto importante está relacionado com o fato de que não são todas as interações que interessam à Psicologia, e que o limite entre o que é objeto de estudo da Psicologia e o que não é nem sempre é muito claro.

Os fenômenos que estão nessa “fronteira” muitas vezes são estudados por áreas que chamamos de áreas de interface, como a Psicobiologia, por exemplo.

A

consequências

278
Q

No entanto, de uma coisa podemos ter certeza, como destacado pelo professor João Claudio Todorov em muitas de suas palestras: “onde há pessoas se _______, há espaço para o psicólogo”.
Você, muito provavelmente, lerá e ouvirá no decorrer do curso de Psicologia coisas como “para o behaviorismo não existe pensamento”; “a análise do comportamento não estuda as emoções”; “o behaviorismo não estuda a consciência ou a criatividade”; “a Análise do Comportamento (ou o behaviorismo) não leva em consideração a personalidade do indivíduo”.

A

comportando

279
Q

Frases como essas, em última análise, estão “_____” circunscrever o objeto de estudo da Análise do Comportamento.

A

tentando

280
Q

Todas elas, e muitas outras _________, são absolutamente inverídicas.

A

parecidas

281
Q

Todos esses fenômenos/processos psicológicos (personalidade, consciência, ________, pensamento e emoções) fazem parte do objeto de estudo da Análise do Comportamento.

A

criatividade

282
Q

No entanto, em função de esses fenômenos/processos serem estudados pela Análise do Comportamento como comportamentos, e não como causa de outros comportamentos, muitos autores e ________ tendem a dizer, equivocadamente, que eles não pertencem ao escopo da Análise do Comportamento

A

psicólogos

283
Q

Os capítulos seguintes desse livro ilustrarão melhor como alguns desses fenômenos/_______ são abordados pela Análise do Comportamento.

A

processos

284
Q

A unidade básica de análise

Para que um determinado _______ possa ser estudado adequadamente, é necessário identificar quais são seus componentes mais básicos, mais simples.

A

fenômeno

285
Q

Dissemos anteriormente que o objeto de estudo da Análise do Comportamento são as interações de ações do _________ com seu ambiente.

A

organismo

286
Q

Isso quer dizer que não é suficiente somente o que o organismo faz e nem só o ambiente, ou seja, a unidade de análise não é nem um, nem outro isoladamente, mas a interação entre ______.

A

ambos

287
Q

Para a Análise do Comportamento, portanto, qualquer fenômeno psicológico (ou comportamental) deve ser analisado a partir de _______ entre eventos.

A

relações

288
Q

A unidade básica de análise que descreve e relaciona esses eventos chama-se _________, que pode ser definida como uma descrição (do tipo se isso então aquilo) de relações entre eventos (Skinner, 1969; Todorov, 2002).

A

contingência

289
Q

O trabalho do psicólogo é, primordialmente, encontrar e _______ tais relações.

A

modificar

290
Q

Chamamos de análise ________ a identificação dessas relações entre indivíduo e ambiente.

A

funcional

291
Q

Murray Sidman (1989/1995) descreveu de maneira bastante simples essa tarefa e sua importância para o trabalho do psicólogo:

“Se quisermos entender a conduta de qualquer pessoa, mesmo a nossa própria, a primeira pergunta a fazer é: ‘O que ela fez?’ O que significa dizer, identificar o _________. A segunda pergunta é: ‘O que aconteceu então?’ O que significa dizer, identificar as consequências do comportamento. Certamente, mais do que consequências determinam nossa conduta, mas essas primeiras perguntas frequentemente hão de nos dar uma explicação prática. Se quisermos mudar o comportamento, mudar a contingência de reforçamento – a relação entre o ato e a consequência – pode ser a chave.

A

comportamento

292
Q

Frequentemente gostaríamos de ver algumas pessoas em particular mudar para melhor, mas nem sempre temos _________ sobre as consequências responsáveis por sua conduta.

A

controle

293
Q

Se tivermos, poderemos mudar as consequências e ver se a conduta também _________.

A

mudará

294
Q

Ou poderemos prover as mesmas consequências para conduta ________ e ver se a nova substituirá a antiga.

A

desejável

295
Q

Esta é a essência da análise de contingências: identificar o ____________ e as consequências; alterar as consequências; ver se o comportamento muda.

A

comportamento

296
Q

Análise de contingências é um procedimento _______, não uma especulação intelectual.

A

ativo

297
Q

É um tipo de experimentação que acontece não apenas no ________, mas, também, no mundo cotidiano.

A

laboratório

298
Q

Analistas do comportamento eficientes estão sempre ____________, sempre analisando contingências, transformando-as e testando suas análises, observando se o comportamento crítico mudou.

A

experimentando

299
Q

(…) se a análise for _________, mudanças nas contingências mudarão a conduta” (Sidman, 1989/1995, p. 104-105).

A

correta

300
Q

Previsão e controle

Boa parte do conhecimento já produzido pelo homem tem a função de dar algum sentido ou _________ a vários aspectos do seu mundo (p. ex., “há uma vida após a morte”), ou simplesmente explicar por explicar, dar uma causa (p. ex., “as pessoas agem por impulso”).

A

significado

301
Q

A ciência, entretanto, busca algo _______.

A

mais

302
Q

Para a ciência, o “bom conhecimento”, ou o conhecimento ___, é aquele que permite previsão e/ou controle sobre seu objeto de estudo (Skinner, 1953/1998).

A

útil

303
Q

Uma teoria que explique apenas coisas que já aconteceram _____ é muito útil.

A

não

304
Q

Imagine, por exemplo, uma teoria psicológica que explique “__________” por que alguém cometeu suicídio, mas de que nada adiante para podermos identificar suicidas em potencial; ou em que nada nos ajude a fazer um suicida em potencial “mudar de ideia”.

A

perfeitamente

305
Q

Previsão do comportamento

Quando se fala em ________ o comportamento, em ciência, deve-se ficar claro que não estamos falando de nada esotérico e, a exemplo de outras ciências, raramente podemos prever eventos do cotidiano com 100% de precisão.

A

prever

306
Q

Quando estudamos o comportamento para tentar prevê-lo, estamos tentando identificar que fatores o _____, que fatores alteram sua probabilidade de ocorrência.

A

influenciam

307
Q

Tentar prever o comportamento é tentar responder, por exemplo, perguntas como “o que pode levar um indivíduo à depressão?”; “por que algumas crianças aprendem mais rapidamente que outras?”; “que circunstâncias podem levar uma pessoa a __________ um transtorno obsessivo-compulsivo?” etc.

A

desenvolver

308
Q

Só é possível prever o _________ porque existe certa ordem, certa regularidade na maneira como as pessoas se comportam.

A

comportamento

309
Q

Essa previsibilidade do comportamento, muitas vezes, é mais óbvia do que pensamos. Vejamos o que Skinner (1953/1998) nos diz sobre isso:

“Um vago senso de ordem emerge de qualquer ob- servação demorada do comportamento _______. Qualquer suposição plausível sobre o que dirá um amigo em dada circunstância é uma previsão ba- seada nesta uniformidade. Se não se pudesse des- cobrir uma ordem razoável, raramente poder-se-ia conseguir eficácia no trato dos assuntos humanos. Os métodos da ciência destinam-se a esclarecer es- tas uniformidades e torná-las explícitas” (Skinner, 1953/1998, p. 17).

A

humano

310
Q

Todos nós sabemos como um amigo irá reagir ao ouvir uma piada mais “_______”; ou como nosso pai irá reagir ao ouvir que “tiramos” uma nota baixa na prova; ou que ficaremos tristes ou alegres ao ouvir uma ou outra notícia etc.

A

picante

311
Q

Em certo sentido, todos nós somos hábeis em prever o comportamento das pessoas que conhecemos e o nosso próprio comportamento, ou seja, somos capazes de identificar ordem, _________ no comportamento.

A

regularidade

312
Q

A ciência (seus métodos), segundo Skinner (1953/1998), apenas aperfeiçoa, amplia, nossa capacidade de _______ o comportamento, de tornar as uniformidades explícitas.

A

prever

313
Q

Para fazer uma previsão, qualquer que seja, devemos nos __________ em alguma coisa.

A

basear

314
Q

Se olhamos para o céu e vemos, por exemplo, nuvens escuras, geralmente fazemos a previsão de que irá __________.

A

chover

315
Q

Estamos, portanto, nos baseando na ocorrência de um ________ (presença de nuvens escuras) para prever outro (a chuva).

A

evento

316
Q

Mais importante ainda, só somos capazes de fazer a previsão porque _________ essa relação “nuvens escuras-chuva” algumas vezes no passado (identificamos uma regularidade na natureza).

A

observamos

317
Q

Com o comportamento, não é muito diferente (talvez apenas mais complexo, _________ do comportamento).

A

dependendo

318
Q

Fazemos previsões sobre o comportamento (que são eventos) baseado em outros eventos (_________, incluindo como ambiente o próprio comportamento).

A

ambientais

319
Q

Se podemos prever como um amigo reagirá a uma piada, o fazemos baseados em __________ dessa relação: “piada contada-reação do amigo”.

A

observações

320
Q

Obviamente, ___ sempre acertamos nossas previsões; nem sempre chove quando nuvens escuras estão presentes no céu e nem sempre nosso amigo fica vermelho ao ouvir certo tipo de piada.

A

nem

321
Q

Um meteorologista certamente faz previsões mais acuradas sobre precipitações atmosféricas que um não meteorologista, isto é, ele _______ mais vezes e com mais precisão.

A

acerta

322
Q

Mas o que o permite fazer isso? De modo geral, o que o permite prever melhor certos eventos que nós é o conhecimento que ele tem sobre as variáveis que influenciam esses __________ atmosféricos (pressão atmosférica, temperatura, velocidade do vento, umidade do ar etc.).

A

fenômenos

323
Q

Da mesma maneira, o psicólogo experiente terá mais sucesso nas suas previsões sobre o comportamento porque tem ___________ de mais variáveis que influenciam a ocorrência do comportamento.

A

conhecimento

324
Q

Entretanto, mesmo o meteorologista mais treinado ou o psicólogo mais experiente eventualmente fará __________ que não se confirmarão.

A

previsões

325
Q

A razão para tais “fracassos” está no fato de que cada fenômeno, por mais simples que seja, é quase sempre influenciado por muitas variáveis e, quase sempre, o cientista ou o psicólogo não conhece todas as variáveis que, em conjunto, são ______________ por produzir um determinado fenômeno.

A

responsáveis

326
Q

A tarefa do cientista, neste sentido, é conhecer cada vez mais quais são as variáveis que ___________ a ocorrência de determinado fenômeno e as condições sob as quais ele é observado.

A

influenciam

327
Q

Imagine, por exemplo, que um determinado fenômeno __ ocorre sempre que os fenômenos A, B, C, D, E, F, G e H ocorrem conjuntamente.

A

X

328
Q

Imagine que este fenômeno seja chover e que ___ seja “nuvens escuras no céu”.

A

A

329
Q

Para que chova, é _____________ que ocorra A+B+C+D+E+F+G+H.

A

necessário

330
Q

Às vezes, você olha para o céu e verifica a presença de A, diz que vai chover e, logo depois, ____ a chover.

A

começa

331
Q

Embora você tenha observado apenas a variável A, as variáveis B, C, D, E, F, G e H estavam ____________, por isso choveu.

A

presentes

332
Q

Em outro momento, você verifica a presença de A, diz que vai chover, mas _________ chove.

A

não

333
Q

Provavelmente, neste caso, uma das demais variáveis ___ estava presente.

A

não

334
Q

Suponha que você aprenda a identificar a ___________ de B (umidade do ar acima de 80%, por exemplo).

A

ocorrência

335
Q

A partir desse momento, você só fará a previsão de chuva se verificar a presença de ___+B.

A

A

336
Q

Embora você ainda erre muitas vezes, pois não conhece – ou não é capaz de identificar – a presença das demais variáveis, você ___________ mais vezes do que quando conhecia apenas a variável A; e a cada nova variável que você aprende a identificar mais acurada fica sua previsão.

A

acertará

337
Q

O mesmo raciocínio vale para o ___________ e vários exemplos serão apresentados ao longo desse livro.

A

comportamento

338
Q

Controle do comportamento

Um primeiro ponto que deve ficar claro quando falamos de controle do comportamento, na perspectiva da Análise do Comportamento, é que o termo “_________” não tem, neste referencial teórico, nenhuma conotação “ruim” (Sidman, 1989/1995).

A

controle

339
Q

No dia a dia dizemos, de maneira pejorativa, que fulano é ___________ ou que sicrano “fica me controlando o tempo todo” no sentido de “ser obrigado a fazer algo”.

A

controlador

340
Q

Controle aqui não significa obrigar alguém a fazer alguma coisa; controle deve ser entendido como ___________.

A

influência

341
Q

_________ as variáveis que controlam um comportamento significa buscar as variáveis que influenciam a ocorrência desse comportamento, que o tornam mais ou menos provável de ocorrer.

A

Buscar

342
Q

Quando damos conselhos, estamos exercendo controle sobre o comportamento de alguém, caso o conselho altere a probabilidade de quem ouviu o conselho emitir um ou outro comportamento;

quando ________ alguém, estamos exercendo controle sobre o comportamento dessa pessoa, caso nosso elogio aumente as chances de a pessoa fazer ou dizer aquilo que nos levou a elogiá-la;

quando castigamos uma criança que “fez arte”, estamos exercendo controle sobre seu comportamento caso o castigo altere a probabilidade de a criança “fazer arte” ou de outro comportamento.

A

elogiamos

343
Q

Do momento em que acordamos até o momento em que vamos dormir estamos o tempo todo influenciando o comportamento dos outros, e os outros estão ___________ controle sobre nosso comportamento.

A

exercendo

344
Q

A partir do momento em que nos tornamos capazes de identificar regularidades no comportamento, ou seja, quando encontramos as variáveis (pelo menos algumas) das quais um dado comportamento é função, tornamo-nos também, na maioria das vezes, mais ________ de controlar esse comportamento alterando as variáveis que o controlam.

A

capazes

345
Q

É assim, segundo a _________ do Comportamento, que o psicólogo se torna capaz de lidar eficazmente com depressões, transtornos de ansiedade, problemas de aprendizagem, motivação, transtornos de personalidade, criatividade e todos os fenômenos com os quais lida.

A

Análise

346
Q

Essa, entretanto, não é uma tarefa fácil.

O comportamento, geralmente, é multideterminado, i. e., existe sempre uma grande quantidade de variáveis que o controlam.

A pesquisa em Psicologia nos mostra cada vez mais variáveis que são importantes para se explicar, prever e controlar uma variedade de comportamentos.

Para complicar ainda mais esta tarefa, diferentes variáveis podem controlar de formas diferentes comportamentos diferentes de diferentes pessoas, pois o controle que uma determinada variável exerce hoje sobre o comportamento de alguém só pode ser entendido se conhecermos a história desse indivíduo com essa variável ao longo de sua vida.

Por exemplo, algumas pessoas sentem-se bem ao serem elogiadas em público, outras não.

Essa diferença, ou o efeito do elogio sobre o comportamento desses dois indivíduos, só pode ser entendida buscando-se a ________ dessas pessoas em situações similares.

A

história

347
Q

O método de pesquisa

O método de pesquisa de uma abordagem, ou de uma ciência, é a maneira como tal abordagem produz ______________.

A

conhecimento

348
Q

Como dissemos antes, observações cotidianas dos comportamentos de nossos amigos, e das situações nas quais esses comportamentos ocorrem, nos permitem fazer previsões dos comportamentos de nossos amigos, bem como ___________ tais comportamentos.

A

influenciar

349
Q

Dissemos também que os __________ da ciência tornam tais relações mais explícitas.

A

métodos

350
Q

Para que isso seja possível, é necessário que essa observação das relações entre o ___________ e a contingência seja feita de maneira diferente.

A

comportamento

351
Q

Não basta apenas observar tais relações, é preciso observá-las em situações que podem ser repetidas e ___________ (o laboratório é um bom lugar para se fazer isso).

A

variadas

352
Q

O tempo todo há muita coisa acontecendo ao nosso redor, __ e depois de nossos comportamentos.

A

antes

353
Q

Já sabemos que eventos que ocorrem antes e depois de nossos comportamentos podem exercer alguma influência sobre eles (podem alterar sua probabilidade de _____________).

A

ocorrência

354
Q

Mas o que, de ____ que acontece à nossa volta, é de fato importante para entendermos determinado comportamento?

A

tudo

355
Q

Para que essa pergunta seja respondida adequadamente, é necessário criar situações mais simples, com menos coisas acontecendo, para estudarmos o comportamento e suas __________ com os eventos que o cercam.

A

interações

356
Q

Imagine, por exemplo, que você está interessado em estudar a __________, mais especificamente, você quer saber se a cor das palavras de um texto (preto ou vermelho) influencia o quanto as pessoas lembram daquele texto.

A

memória

357
Q

Para responder a sua pergunta, então, você pede à sua mãe, na sua casa, que ________ o “Texto 1” (em letras vermelhas) e que depois responda a algumas perguntas em um questionário.

A

leia

358
Q

No dia seguinte, você pede a um colega de faculdade que leia o “Texto ___” (em letras pretas) e que depois responda a um questionário.

A

2

359
Q

Se você fizer apenas isso, provavelmente os ___________ que você encontrará não serão muito conclusivos.

A

resultados

360
Q

Como dito, o comportamento é _______________.

A

multideterminado

361
Q

O comportamento de lembrar (ou lembrar mais versus lembrar menos), portanto, não é influenciado _________ por uma variável (p. ex., cor do texto).

A

apenas

362
Q

O grau de dificuldade e o conteúdo dos textos que você usou poderão influenciar o lembrar;

as condições em que os participantes da pesquisa realizaram a leitura (barulho, temperatura, cansaço, hora do dia etc.);

a ___________ de cada participante com leitura, e com leitura daquele assunto específico;

a motivação em participar da pesquisa;

a forma como você os instruiu a realizar a tarefa;

as questões de cada questionário e uma série de outras variáveis podem interferir no resultado de sua pesquisa.

A

experiência

363
Q

Para que você possa dizer que foi a cor do texto, e não inúmeras outras variáveis, que ______________ o lembrar dos seus participantes (sua mãe e seu colega), você deve “isolar” essas outras possíveis influências, ou, pelo menos, atenuar seus efeitos sobre o quanto os participantes lembram de cada texto após lê-los.

A

influenciaram

364
Q

Há várias maneiras de se fazer isso, e essas maneiras são chamadas de ___________ de pesquisa (ver, por exemplo, Cozby, 2003).

A

delineamentos

365
Q

Uma dessas maneiras, e a mais utilizada em Análise do Comportamento, é utilizar o delineamento de sujeito como seu próprio __________.

A

controle

366
Q

Uma das maiores fontes de variabilidade em uma pesquisa é o ______ sujeito, em função de sua história única de interações com seu mundo.

A

próprio

367
Q

Sendo assim, se você faz a pesquisa com o mesmo sujeito, em condições _____________ diferentes (p. ex., o mesmo sujeito lê o “Texto 1” e o “Texto 2”), muitas das variáveis que poderiam enviesar sua pesquisa ficam automaticamente controladas (ficam constantes entre condições).

A

experimentais

368
Q

Pesquisas nas quais se manipula, se altera uma variável, e se mantêm constantes outras que poderiam também influenciar o fenômeno em estudo são chamadas de ___________ experimentais.

A

pesquisas

369
Q

A ênfase em Análise do Comportamento em tais pesquisas, pelos resultados robustos que produzem, é tão forte que é comum referir-se a esta ciência do comportamento como Análise __________ do Comportamento.

A

Experimental

370
Q

Embora a pesquisa experimental seja a preferida, ela não é o único tipo de pesquisa utilizado na ___________.

A

Psicologia

371
Q

Vários outros tipos de pesquisa que não serão detalhados aqui (p. ex., pesquisas correlacionais) podem ser utilizados, __________ de uma série de fatores (incluindo fatores práticos – possibilidade de se fazer a pesquisa – e fatores éticos).

A

dependo

372
Q

Pesquisa com animais não humanos

Muitas pesquisas em Análise do Comportamento (ou Análise Experimental do Comportamento) são realizadas com ratos, pombos e outros animais não humanos. Se a Psicologia busca entender o comportamento humano, por que, então, realizar pesquisas com seres diferentes dos seres humanos? A resposta a essa pergunta passa por dois pontos principais:

● O que aprendemos ao estudarmos o comportamento de animais não humanos pode, em algum grau, ser usado para explicarmos o comportamento humano

● O comportamento de animais não humanos é mais simples que o comportamento de seres humanos e, para a ciência, é importante partir do simples para o _________, e não o contrário.

A

complexo

373
Q

É importante lembrar que não são os comportamentos em si dos animais estudados em laboratórios que são de interesse para o psicólogo, mas sim os _________ comportamentais que podem ser estudados.

A

princípios

374
Q

Quando estudamos o comportamento de um rato, como pressionar uma alavanca em uma caixa, nossa preocupação fundamental não é com o pressionar a barra, mas sim em entender como certas variáveis ambientais _________ esse, ou qualquer outro, comportamento.

A

afetam

375
Q

Um dos princípios comportamentais mais básicos é o de que certas consequências _________ a probabilidade do comportamento que as produziu (Skinner, 1953/1998).

A

aumentam

376
Q

Esse princípio foi, e ainda é, amplamente estudado em laboratório, e fora dele, com animais não humanos e também com seres humanos, e o estudo desse princípio com animais não humanos foi ___________ para se entender melhor como ele opera quando o assunto é o comportamento humano.

A

fundamental

377
Q

Por fim, gostaríamos de convidar o leitor a aprofundar seu conhecimento sobre o Behaviorismo _________ e a Análise do Comportamento.

A

Radical