ANTROPOLOGIA E SAÚDE O CORPO NA HISTÓRIA Flashcards
História do corpo
História do corpo
“No corpo estão inscritas todas as regras, todas as normas e todos os valores de uma sociedade específica, por ser ele o meio de contacto primário do indivíduo com o ambiente que o cerca.” (Daolio, 1995, p. 105).
A história do corpo humano é a história da civilização;
Para se conhecer os sentidos construídos para o corpo humano no presente, será necessário caminhar pela História, observar as diferentes formas de tratar o corpo, a sexualidade, os gêneros.
O corpo pode ser visto como dinâmico, construído pela cultura e pela sociedade.
A idealização do corpo: Grécia Antiga
A idealização do corpo: Grécia Antiga
O corpo era visto como elemento de glorificação e de interesse do Estado;
O corpo nu era objeto de admiração, representação a sua saúde.
A cultura grega antiga seria vista como “civilização da vergonha”, por oposição à judaico-cristã que seria uma “civilização da culpa”. (Dodds, 1988; Tucherman, 2004)
Um corpo em silêncio, proibido: Cristianismo
Um corpo em silêncio, proibido: Cristianismo
“O corpo passa da expressão da beleza para fonte de pecado, passa a ser ‘proibido’”;
O “corpo é a abominável vestimenta da alma”, diz o papa Gregório Magno.
Cabia ao homem descobrir-se mais como alma que deve lutar contra os desejos para escapar da morte e conquistar a eternidade e a salvação. (Vaz, 2006)
“A lição divulgada era a morte de Cristo, o lidar bem com a dor do corpo, seria mais importante do que saber lidar com os prazeres.” (Tucherman, 2004)
O desprezo e mortificação do corpo/o corpo paradoxal: Idade Média
O desprezo e mortificação do corpo/o corpo paradoxal: Idade Média
Na sociedade agrária, características físicas e vínculo com a terra determinavam as funções sociais;
Na sociedade “religiosa”, o corpo era visto como culpado, perverso, necessitado de ser dominado e purificado através da punição.
O novo corpo: Era Moderna
O novo corpo: Era Moderna
O corpo, agora sob um olhar “científico”, serviu de objeto de estudos e experiências.
A crise do corpo: dias atuais
A crise do corpo: dias atuais
“O corpo pós-moderno passou do mundo dos objetos para a esfera do sujeito, assumido e cultivado como um ‘eu-carne’, credor de reconhecimento e de glorificação, e mesmo objeto-sujeito de culto.” (Ribeiro, 2003, p.7)
O corpo entra no mercado como capacidade de consumir e ser consumido. (Vaz, 2006)
Veicula-se a representação da beleza estética associada a determinados ideais de saúde, magreza e atitude.
As indústrias da beleza e da saúde têm no corpo o seu maior consumidor
Ciber-corpo: que futuro?
Ciber-corpo: que futuro?
O corpo pós-moderno: Se no passado o corpo foi dividido em matéria física e parte abstrata (alma), na pós-modernidade o corpo é a própria fragmentação, parte-se em pedaços, divide-se e adquire sentido próprio. (Rosário, 2006)
O físico agora decompõe-se em músculos, glúteos, coxas, seios, boca, olhos, cabelos, órgãos genitais…
Conclusão
Conclusão
O corpo não se revela apenas enquanto componente de elementos orgânicos, mas também enquanto fato social, psicológico, cultural, religioso.