Antipsicóticos Flashcards
Como são divididos os sintomas da esquizofrenia?
Em positivos e negativos (relacionado com o fármaco que foi usado pela primeira vez e ainda hoje são usados – os antipsicóticos típicos).
Quais os sintomas positivos?
Alucinações Distorção da linguagem Agitação psicomotora Delírios Comportamento e discurso desorganizado
Quais os sintomas negativos?
Embotamento afetivo: dificuldade em expressar sentimentos e emoções
Alogia: diminuição da fluência da fala
Avoliação: diminuição de comportamento orientado por metas
Por quê diferencia-se os sintomas da esquizofrenia em positivos e negativos?
São divididos assim por causa da resposta ao tratamento farmacológico; em que os positivos ocorre quando há um alívio de certos sinais por meio do tratamento, já os negativos são os que não respondem ao tratamento podendo até agravar sua situação a depender do fármaco.
Como os antipsicóticos são divididos?
Os antipsicóticos podem ser divididos em típicos (ou clássicos) e em atípicos.
Caracterize os fármacos típicos?
Os típicos bloqueiam os receptores D2 (antagonista D2), reduzindo os sintomas positivos e agravando os sintomas negativos, podendo causar efeito adverso. Mas eles podem bloquear outros tipos de receptores, como D1, receptor muscarínico e receptor 5 HT2 serotonérgico.
Caracterize os fármacos atípicos.
Os atípicos bloqueiam 5HT2a, mas também atuam bloqueando D2, H1 e outros receptores. Como efeito colateral de ser antagonista H1 a pessoa pode apresentar sonolência e aumento de peso.
Quais as hipóteses neuroquímicas para a esquizofrenia?
Existe três hipóteses para o desenvolvimento da esquizofrenia, são elas: dopaminérgica, serotonérgica e glutamatérgica.
Explique a hipótese dopaminérgica.
A hiperatividade dopaminérgica pode ser considerada a causa da esquizofrenia, já que alguns estudos demostraram que substâncias que aumentavam os níveis de dopamina, como a anfetamina e a cocaína (inibe o transportador de monoaminas), ou as que ativam seus receptores, a apomorfina, promovem um estado esquizofreniforme - alucinações, delírio, etc.
Ou, ainda, quando se utiliza fármacos antagonistas de dopamina (bloqueadores), especificamente os de D2, há um alívio dos vários sintomas da doença em muitos pacientes. Todavia, esta hipótese têm uma falha, pois ao se ter uma hipoatividade dopaminérgica na via mesocortical haverá a sintomatologia negativa.
Descreva o processo de produção até a liberação de dopamina nas fendas sinápticas.
A dopamina é produzida a partir da tirosina através da enzima tirosina hidroxilase que a converte em L-DOPA, posteriormente convertida em dopamina pela enzima DOPA descarboxilase. Ao ser produzida ela é transportada para o interior das vesículas pelo trasnportador monoamina vesicular (VMAT), quando um potencial de ação chega ao neurônio pré-sináptico, as vesículas aderem-se nas membranas e liberam seu conteúdo. Após ação será recaptada pelo transportador de DA (DAT), tal sistema envolve um co-transportador de Na+. Entretanto, a dopamina pode ser degrada pela ação das enzimas catecol-O-metiltransferase (COMT) ou a monoamina oxidase (MAO), ao ácido homovanílico (HVA), sendo excretado na urina.
Qual o problema causado pela associação de inibidores da MAO-A com simpaticomiméticos das catecolaminas?
A MAO-A é responsável pela degradação em geral das catecolaminas centrais e periféricas, quando inibidas juntamente com agentes simpaticomiméticos que liberarão maior quantidade de catecolaminas, como a ação indireta da tiramina - encontrada em queijos e vinhos - levará a uma toxicidade fatal de catecolaminas no organismo.
Quais as vias dopaminérgicas existentes no sistema nervoso central?
Via nigro-estriatal Via tuberoinfundibular Via mesocortical Via mesolímbica Área postrema
Quais os tipos de receptores dopaminérgicos?
Existem dois tipos de receptores os excitatórios - ativam adenilato ciclase - e inibitórios - inibem adenilato ciclase, proteína Gi - respectivamente, D1 e D5, e D2, D3 e D4.
Qual a consequência da inibição de D2 pelo fármacos antipsicóticos na via túberoinfundibular?
A via túberoinfundibular é importante no controle da Prolactina, uma vez que a dopamina liberada por neurônios na circulação porta - que conecta a eminência mediana com a adenohipófise e liga aos receptores D2 - inibe tonicamente a liberação da prolactina aos lactotrófos da hipófise, provocando a intumescência das mamas, a ginecomastia.
Qual a importância da via mesolímbica e sua relação com a esquizofrenia?
A via mesolímbica é a principal via que desencadeia os sintomas esquizofrênicos positivos e parte dos negativos, quando há hiperatividade dopaminérgica. Além das psicoses, ela é importante na dependência, já que a liberação de DA nessas áreas há a sensação de prazer e bem-estar, pois relaciona-se com o sistema límbico.
Qual a consequência do bloqueio de D2 na via mesocortical?
A via mesocortical quando em hipoatividade dopaminérgica causa os sintomas negativos e déficits cognitivos associados à esquizofrenia, já que o córtex pré-frontal é responsável pela atenção, planejamento e comportamento motivado.